Contextualizando.
- No Material extra no final deste artigo, eu escrevi um anterior que fala sobre “Front-End: Uma área de Design ou T.I? está com um ( * ) para notificar um ponto de vista, que deixei explicado no tópico depois desse “Contextualizando”.
É uma mega provocação. Mas não é apenas uma provocação. É uma constatação. Desenvolvedor e projetista são áreas diferentes, que podem ser aplicadas a um mesmo campo. Mas tudo poderia ser resolvido no caso deste artigo, se Front-End não fosse Front-End e sim Webdesign. E vamos lá, porque você vai se interessar por este artigo, mesmo aqueles que vieram pelo título provocativo procurando revidar. Mas antes, leia, porque isso é mais do que uma mera ‘briga’ e sim uma ‘revelação’.
Há 20 anos Front-End, Back-End e Fullstack não eram reais, não existiam. Não tinham esse nome. E apesar e parecer sinônimos quando assumiam um outro nome, respectivamente Webdesign, Webmaster e ‘projetistas de website‘, eles possuem algumas diferenças que podem impactar inclusive sua escolha de como se capacitar e como se portar diante do mercado. Durante a pandemia de 2020, vagas de Front-End brotavam. Gurus diziam que era um campo fértil. Surgiram candidatos e interessados pelo ladrão. E nada podia impedir isso.
Muitos se consideram, aqueles que atuam como Front-End, desenvolvedores. Por aí sabemos que há uma deturpação de área. Desenvolvedor é quem programa, que desenvolve um programa, que realiza uma construção de solução utilizando o recurso de ‘software’. Por tanto Back-end pode ser considerado um desenvolvedor, mas um front-end? Não. Ele não desenvolve, ele usa o que está ali, para fazer uma aplicação visual. E há uma divisão enorme entre essas atuações.
O segundo problema é que existe uma falácia. Em 2005, Javascript mal era usado, quando cliente, apenas Html e anos mais tarde Css. Que ajudou em muito em elaborar recursos visuais. E quem se preocupava de como o website funcionava, era o webmaster e seus códigos em php ou asp. No passado, havia uma divisão bem clara. Quem atuava na interface era designer gráfico e até publicitário, e quem atuava no servidor, era um programador de T.I. Era bem claro isso. Mas havia uma luta, os T.I acreditavam que tudo que se tratava de site era da área de tecnologia. O designer acreditava que a interface era uma área essencial praticada pelo profissional de publicidade e design.
Até hoje é assim. Mas existe uma comunhão que essa área é uma área de T.I, quer dizer, website é uma área de atuação plena de T.I. O problema é que não é. E continua sendo como era em 2005, só que com nomes diferentes. E isso implica em muitas coisas. Que não o próprio ponto de onde você precisa capacitar. Por exemplo, uma pessoa que atua em Front-End deveria fazer uma faculdade de Computação ou Design?
Se você responder a primeira opção, provavelmente você está confundindo o uso do Javascript no lado do cliente (que é só para fazer efeitos, você não precisa de praticamente nenhum conhecimento avançado em computação, arquitetura, matemática aplicada) mas precisa ter conhecimento de UX Design, que quer você dure acreditar, não é uma cadeira existente no curso de computação. Mas sim de publicidade e de Design gráfico.
MOTIVO PELO QUAL O ARTIGO SE FAZ ESSENCIAL.
Em fevereiro de 2023, publiquei um artigo no Linkedin em minha Newsletter sobre Marketing e Publicidade, e o objetivo foi de “identificar” se o campo Front-End era design ou T.I. E lá fiz uma conclusão que ‘ambos’. No entanto após mais de um ano, senti a necessidade de ‘pontuar’ mais do que o necessário, já que de lá para cá, notei que o próprio mercado se confunde.
Apesar de ser ambos, ele está mais concentrado em Design do que em T.I. Tem T.I por conta da necessidade de haver um nível de interação com a tecnologia mais do que um usuário final teria. Mas que suas forças se concentraram mais nos recursos do Design, do que no de T.I, que apesar desse nome, eu diria que Tecnologia de Informação, transmite pouco sentido, quando falamos de uso “técnico” de conhecimentos de engenharia, como é o caso do uso da “Ciência da Computação”.
FRONT-END…WEBDESIGN.
Tem quem faça uma diferença. Daí podemos deduzir, ou nunca atuou como Webdesigner e supõe, ou atuou e está seguindo os conceitos do novo mercado sem indagar o que de fato era. Atuei (e até recentemente) como webdesigner por quase 20 anos. E nada de Front-End se diferencia do que era no passado. Você praticamente usa tecnologia para criar efeitos visuais. E mal usa script para isso. O que é realidade atual.
Na realidade é uma convenção esse título. Desenvolvedor deveria supor que você programa. Quer dizer, eu já li pessoas falando que Java (Swing, JavaFx) é uma negação para front-end. Mas eles adotam que ao usar Javascript são desenvolvedores. Por um lado há uma negação, por outro uma afirmação. Ora pois, Java foi e quando foi utilizado para criar interfaces na internet desde que Javascript era um feto e quando nasceu, mal fazia diferença frente ao próprio Java.
O que quero falar sobre isso? Existe pouco conhecimento da parte de quem fala sobre se autotitulação. Está mais para designer do que para dev. Bem mais. E isso deveria ser uma boa notícia. Porque você na realidade, o que atua em Front-End não é um T.I, não é uma exatas. É um Designer, humanas e artes visuais. E deveria ler mais sobre branding visual, diagramação, layouts e movimentos estéticos, do que sobre js, dart, flutter ou lógica de programação. E mais, isso já acontece de uma forma subjetiva.
A maioria dos ‘desenvolvedores’ front-end mal estuda lógica e programação. Por que? Eles não precisam. Não usam. Eles fazem especificação visual usando o css, o bootstrap (framework do css 3), na realidade você projeta a interface visual e se preocupa muito mais com Ux Design (UI Design também) do que a infraestrura do modelo TCP-IP, que o teu colega de back-end está careca de mexer. E você nem chega perto.
Algum front-end estuda matemática aplicada, cálculo e limite, integral? Estudam? Desenvolvem sistemas de conexão. Estuda API, API Resst? Estuda? Se estuda você não deveria estar em Front-End. Essa mistura ocorre. E isso causa os problemas. Talvez você esteja pensando – “Então estou trabalhando em duas áreas e recebendo por uma?” Sim. É isso que fez o motivo do Webdesign virar Front-End. Nunca foi pela mudança real das atividades.
Se fosse por pensar seria mais custo e benefício você programar em Java com o JavaFx para interfaces em website. Já que o próprio Java poderia desenvolver uma comunicação mais segura e íntegra do cliente-servidor, tanto no front como no back. Mas isso não se passa na sua cabeça. Porque você provavelmente não é um desenvolvedor. E sim um designer. E isso não é ruim. Porém você recebe por um deles. E atua com os dois. Mas não tem a habilidades em ambos.
ONDE TEM UM PONTO DE DISCORDÂNCIA AQUI?
Há muito tempo é que se confundia essa duas áreas, quando elas se chamavam Webdesigner e webmaster. Até porque o entendimento de site era ainda uma exclusividade tecnológica. E não um canal de comunicação, com o que temos hoje. E isso implicou na interpretação da atuação. Não sei se foi um tiro que sai pela culatra. Mas tentar ‘absorver’ o que seria a criação da interface pelo campo de T.I criou uma bola de neve. Aumentou a exigência, diminuiu a recompensa.
Quando que no passado era necessário ter conhecimento de Publicidade + Photoshop + HTML, hoje você é exigido saber Javascript, python, dart, go, flutter, design, ser t.i, ser publicitário, branding, marketing e receber menos de de 1/4 do que era no passado. É um acúmulo de área. Essa foi uma luta antiga dos T.Is que acreditavam que ao ‘pegar’ eessa área para si, se beneficiariam. O que eu leio de pessoas surtando na internet por causa do front-end não são poucas.
Sem falar que já, em um número frequente também, leio sobre pessoas que discutem sobre front-end, mal possuem conhecimento básico de design. Ficam entre a berlinda de um Dev que não é dev de um design que não é design. É uma área que sofreu uma zumbificação do que ela era mais clara no passado e agora parece uma integração de T.I com Design, que não é T.I e nem Design. É uma estação morta, é o andar entre dois que não existe. Você nem sabe o que você precisa ler ou estudar para de fato fazer o que é preciso.
Roadmap tem aos montes, mas o que eu ouço? Que a tecnologia muda da noite para o dia e você precisa constantemente estar atualizado(a). O engraçado é que isso é quase e unicamente uma realidade para Front-End. Back-end não tem essas mudança radical de tecnologia. Nem na área de desenvolvimento de software. Todo ano, um novo framework de js é inventado, todo ano, tem uma nova ferramenta para ser usado como ‘design’, todo ano você tem uma nova reformulação. E issso significa que você precisa reaprender e não e se atualizar, se torna uma das áreas mais estressantes do momento.
O ponto de discordância é que ela é clara, mas não é. Ela é uma área de T.I, mas não é. Ela pode ser defendida porque acha que precisa saber quase tudo e mudar toda hora, como um efeito de rotatividade, mas ao mesmo tempo, é uma ciência tecnológica “sem lógica”. Como você mantém segurança em um sistema, com mudanças constantes na tecnologia e portanto sua “recodificação”. E aí existem diversas teses, mas sem atentar ao conceito de integridade e lógica visual. Websites não precisam ser “inovativos” o tempo inteiro. Ele precisa funcionar e ser visualmente agradável.
Então por um lado, todos pensam que Front-End é uma área de T.I, porque ela se encontra ás vezes com isso, o que confundiu os T.Is do passado e sua reinvindicação. A interface de um website é formado por uma tecnologia de internet, mas seu trabalho e modelagem, dependem de uma visão de um design e não de um desenvolvedor. A mudança de nome criou um caos 100%, no lugar de “reserva de mercado” como era discutido em 2005.
CONCLUSÃO.
Não há desmerecimento. Não há necessidade de revidar. Porque a confusão dessa área, atormenta quem atua nela. E não é um ponto crucial que podemos concluir – “Você não é um desenvolvedor” e sim um designer que está sendo imposto a ser um desenvolvedor.
E ganhar por um. Por um lado você perde, e pelo outro lado, também perde. Porque você tem sua saúde mental abalada, tem um lado que você não se identifica profissionalmente, por outro lado você não sabe como se capacitar. Se deve ser pelo lado do Design, do T.I ou da Engenharia.
E ao mesmo tempo temos um conceito menos óbvio, o quanto você compreende, ganhou ou se realocou com facilidade quando nestes caos, você não se encontra, quando ao ler algo que pode lhe esclarecer, pode na realidade abrir mais portas?
Porque você saber que é um desenvolvedor vai lhe garantir uma resposta mais precisa pela sua procura do que ser um designer e vice-versa. E não confundir que o uso de uma tecnologia que pode lhe permitir ‘programar’ como é o caso do Javascript, do Kotlin, é que na realidade você está sendo ‘um usuário’ do programa do que um ‘engenheiro’ do programa.
Você faz uso do método criado, mas não desenvolve o método. Então esse artigo não vem para ‘roubar’ tua função. E sim pedir que você olhe para onde você está e o que faz. E ver para onde você quer ir. Muitos pensam que poderiam ser T.I e Design, mas será que poderia ser T.I (estamos falando de matemática) e de Design (estamos falando do que a maioria de fato quer). E até a próxima.
Material extra para leitura.