Análise de “O mundo depois de nós”

A MALDIÇÃO DOS ROTEIROS DE FINAL DE MUNDO.

Sei que esse filme é baseado em um livro, mas vou apenas analisar a execução na tela. Como são obras diferentes, perspectivas diferentes e obviamente mudariam o fator qualidade que percebemos, vamos ao longa que contou com três nomes grandes no elenco, Julia Roberts, Ethan Hawke e Kevin Bacon. E não sei se reparam, mas há uma moda de lançar filmes do fim do mundo com elencos famosos no mês de dezembro. Repararam? Vamos lá!

A premissa do filme, e consta neste artigo SPOILERS, caso não queira ver antes, saiba que o final é bem sem noção. Bem eu diria que tem noção, mas há uma mania atual de fazer filmes com muita promessa e nenhuma explicação. Ainda que eu vá dizer, tem explicação. Mas acho que para um filme de 2h 21 min, eles poderiam ter feito isso em 50 minutos. E obviamente custaria menos. Não quero ensinar o padre rezar a missa e sei que fazer filmes e roteiros é deveras complicado, mas acho que posso falar pelo menos como escritor, que muitos filmes estão indo pela metade.

O Mundo depois de nós imagina uma situação de guerra em que todos os inimigos dos Estados Unidos se juntam para atacar o país. Para isso eles hackeiam o sistema de segurança e começar a isolar o país. Depois criam desinformação e por fim deixam o país entrar em uma guerra civil. Com algumas transições é possível ver que o país é atacado com uma ação cibernética, que o país foi atingido por bombas e quem a situação não anda boa. Certo, já vimos isso em trocentos filmes, no que esse é diferente? Em nada.

O final que eu disse sem noção precisa ter um contexto. Porque ele tem um sentido, mas acho que os cineastas querem conversar com um público que estuda metalinguagem e esquecem que a maioria não quer ser estudante de cinema, só que ver um filme na santa paz. Então o conceito beira a reflexão do que seria ‘expressão de atuação’. Mais uma encenação que demonstra a natureza surtando, os animais começam a agir de uma forma estranha, tem até uma cena da perspectiva da lua mostrando a bandeira americana e um eclipse solar, dando a entende que é mais do que um ataque terrorista.

E tudo isso para demonstrar o efeito – “De um ataque surreal”. Até aqui eu entendendo a ideia do diretor. Mas quando você faz um filme, a compreensão das emoções precisam estar bem traduzidas para não parecer aqueles poesias que as pessoas só falam que entendem para não pagarem de ignorantes na sala cheia. Mas no final elas só concordam para não pagar mico, porque no final ficou aquele tom, e daí? São 140 minutos de filme que não acrescenta em nada do que já vimos. E noto que quanto maior o filme, maior será a decepção.

O contexto é o seguinte, no final do filme a menina de 13 anos, Rose que é fissurada em Friends (série), provavelmente filmado antes da infeliz passagem de Mathew Perry, demonstra se importar mais com a série do que a família. A mãe (Julia Roberts) é uma mulher amarga, sofrida e que acha a humanidade terrível, por consequência ela também age assim. E muitas vezes não sabe porque. Seu marido (Ethan Hawke) é o tido otimista que procura pelo lado bom da humanidade. Sempre, mesmo que isso signifique um efeito cavalo de tróia.

Alugam uma casa, que acontece de forma repentina, no começo do filme já se nota aquele efeito LACRATE. Que é agora a mulher tem tanto empoderamento, que neste filme, os homens são fracos e adotam as medidas simples e sempre compartilhadas. Condescendentes, esperançosos e otimistas. E as mulheres pessismistas, com poder de ação e rápido raciocínio. Não que eu diga que o contrário de antes. Mas pelo que sei Ripley nunca precisou ser representado por homem para mostrar força. E nem a mãe de Carol Anne, Diana em Poltergeist precisou pedir permissão ao marido para salvar sua filha, ela foi colocando ordem na casa.

E nem por isso nestes filmes você tem um homens idiotas. Mas neste filme tem. Todos são idiotas, e as mulheres são super poderosas ou frias. Mas que no fundo não adianta nada, porque todos estão no mesmo barco furado.

Mas o filme tem um conceito de lacrate, o homem impotente, a mulher super poderosa e crítica social, mas no fundo nada disso importa, porque a menina de 13 anos fugiu dos país deixando-os desesperados com um filho perdendo os dentes de repente, para ver o último episódio de Friends. Sei que parece loucura e até uma opinião crítica ferrenha.

Mas o filme termina assim. E sabe o que é ruim, é que nenhuma ação no final contribuí para aquela famosa lição, a moral do final da história. Você vê que cada um deles está tentando ser uma boa pessoa, mas no final, o que importa é o LACRATE e a menina que parece se importar mais do que Friends (que se fosse mostrar realmente o significado da série, seria bem diferente do que apresentado no filme) do que com a humanidade ao redor dela.

E detalhe que existe sim abandono. Mas o filme não explora isso. Ao contrário, os pais são contemplativos com uma família reunida. Não são ingênuos ou ausentes. Mas o final do filme da entender que a menina sofria negligência, o que não passa de mentira cabeluda. Quando o filme terminou com a música dos créditos de Friends sabe o que eu pensei? Que a verba para fazer o filme acabou ali. Essa é a parte sem noção.

VALE A PENA A VER?

Não vou te dizer o que você pode ou deveria ver. Mas uma recomendação do que você esperaria ver em filmes que beiram a fim do mundo ou o fim da sociedade que eu conhecemos, é que tenham aqueles conceitos de sobrevivência, de pesquisa, de ver o que está acontecendo. Mas este filme ele é bem raso. Acho que contratar três atores conhecidos murchou o investimento do filme antes que eles pudessem destacar algo de bom dele. Cerca de 90% do filme se trata do famoso drama relacional. E pingados são os momentos que surgem que algo está acontecendo.

Não espere um filme “revelador”. Na realidade há momentos em que os atores ficaram fitando o horizonte. Quando a câmera nos mostra o que eles estão vendo. É tão sem sal, que seria melhor ir ver o filme do Pelé. O filme durante, não parecia ser chato, existe um nível de encenação bacana, que dá a entender que mesmo há algo para ver. Mas não há. Então você pode esperar um filme do tipo:

  • Algo acontece (um evento desconhecido);
  • Sua perspectiva são dos atores;
  • Logo sua perspectiva é limitada aos eventos locais;
  • A narrativa é um pouco pobre em revelar algo mais;
  • No final você não sabe se associa isso a um ataque terrorista ou uma pane interna;
  • O filme também fala dos relacionamentos difíceis;
  • E da relação humana com o meio ambiente.

Mas os relacionamentos humanos e a relação do meio ambiente é feita as pressas. Não temos muita uma conexão. Não é possível criar riqueza durante o longa sobre estes dois temas. Mas há algo que vocês verão em intensidade, perda de tempo e tempo de cena para mostrar coisas relevantes. E quanto a interpretação da LACRAÇÃO, que pode ser pessoal e varia de espectador para espectador, eu achei LACRATE. Mas isso não necessariamente demoniza o filme, só não fica muito conectado com as ações das personagens.

De vez em quando os personagens assumem papéis de força, mas demonstram a maior parte do tempo fraqueza. E o filme é ‘um simulador atmosférico’, não há ação. O máximo são olhos arregalados e algo está acontecendo. Mas nós ficamos naquela ideia de que vamos entender o que está acontecendo. Mas não. Vai ser uma suposição sua. Diria que Cloverfield de 2008 tem mais respostas que esse filme.

Dou nota -6,0. Os roteiristas precisam saber fazer uma história que faça sentido. Apesar do elenco, ele não se salva em momento algum. E são 2h 21 para chegar no final e ouvir a música de Friends, e ficar olhando para a tela esperando algo mais. Como isso não é um filme Marvel das antigas, não espere mais do que essa cena. Apenas considere o que você achou. E então, o que achou?

Nota: Mas pelo menos o ator Ethan Hawke pode concorrer ao melhor prêmio de Cosplay de Dr. Estranho.

A filosofia das 4 Casas de Hogwarts – Junca Games

“Vai conversar com o Chapéu Seletor para ver que casa entra?”

As 4 Casas de Hogwarts quando foram uma novidade no Brasil por conta dos filmes, muitos compararam elas com as armas do Colégio Militar do Rio de Janeiro que eram compostas por 4 companhias. Especificamente com as cores que até correspondiam. Infantaria (Verde), Cavalaria (Vermelho), Comunicações (Azul escuro) e Artilharia (Azul ultramar). E como em Hogwarts no sistema dos colégios militares, as duas armas mais famosas, eram Infantaria (Sonserina) e Cavalaria (Grifinória).

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Mas esse é um conto interno e faz parte de um reconhecimento dos alunos nos idos de 2001-2002 de algumas unidades espalhadas pelo Brasil. Outros começaram a então a supôr que as casas representavam um perfil psicológico, uma identidade, um grupo de pertencimento e até mesmo uma forma de construir arquétipos que pudessem ser similares aos seus hábitos. E nesta série de 4 vídeos, a Junca Games traz um apanhado das 4 casas com suas cores, animais simbólicos, fantasmas, artefatos, fundadores e perfis. Será que você é da Sonserina e um pouco de Lufa-Lula?

GRIFINÓRIA (PARTE 1)

LUFA-LUFA (PARTE 2)

CORVINAL (PARTE 3)

SONSERINA (PARTE 4)

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Análise de Vídeo – M3GAN – Vale á pena ver? (Junca Games)

M3GAN foi um filme lançado em 2022 que conta a história de uma inteligência artificial que se torna violenta ao querer proteger sua melhor amiga, Cady. Com a proposta de mostrar uma IA mais aos moldes do que a ciência nos apresenta hoje, o filme se perde um pouco nas histórias que apresenta. E este é a nossa análise de hoje. E este assunto foi o mais votado na enquete publicado no canal da Junca Games.

Vale à pena ver Peter Pan e Wendy?

As inúmeras adaptações que posso pensar de cabeça em relação a história do menino que não queria crescer não são muitas. E talvez a mais clássica de todas seja a protagonizada pelo falecido Robin Williams em 1991 como o menino que de fato cresceu teve filhos e voltou a terra do nunca no auge dos 40 anos. E a versão do desenho da Disney lançada em 1953 e a de 2003.

Em 2023 foi lançado em abril, mês passado nos cinemas um nova longa metragem que traz nada mais do que a mesma história de Peter Pan. Mas com uma leve diferença, uma paradeiro e origem da rivalidade entre Gancho e ele é revelada. Algo que em nenhum outra adaptação foi feita. Ambientada no século (provavelmente) 19, Wendy, Michael e John Darling são convidados pelo famoso Peter Pan a irem a terra do nunca.

As cenas marcantes do desenho estão presentes:

  • A visita a noite na casa dos Darlings;
  • A busca pela sombra;
  • O duelo de brincadeiras das crianças protagonizando a famosa lenda de Peter Pan;
  • Naná sendo repreendida;
  • O beijo em forma de dedal;
  • Wendy chegando na fase mais velha.

Elementos icônicos como:

  • Quem vai para terra do nunca é adulto ou mais velho não consegue usar a imaginação, portanto não consegue usar as ferramentas que as crianças usam. Esse é um elemento que no filme é representado por Wendy inicialmente não conseguir usar a luneta feita de graveto;
  • No filme de 1991, Robin Williams não vê a comida na cena do banquete.

Tem a cena do barco que voa, que aparece em outras adaptações. E diferente, porém levemente, a ida para Terra do Nunca se dá pela torre do Relógio (Big Ben), hoje torre Elizabeth. Em 2003 e 1991 era apenas voando para fora da terra.

SERÁ QUE O FILME NÃO É PARA CRIANÇA?

Eu acredito que vocês tenham lido por algum lugar que esse filme não é o clássico, que parece ter cenas ‘tenebrosas’ de violência e que não é um filme para crianças. Quem dirá o filme de Robin Williams que coloca um adulto de 40 anos tendo que agir como crianças, como seria visto hoje em dia. Peter Pan e Wendy tem um conceito leve sobre a narrativa que é a mesma do desenho de 1953, se gostou dele (e entendeu) vai gostar desse. Senão gostar (provavelmente não entendeu o desenho) mas ainda é opcional o gosto.

Cheguei a ouvir uma opinião de um canal de youtube e senti que eles não viram o mesmo filme. Pela descrição, eu achava que iria ver um filme de violência extrema envolvendo crianças e o famoso termo ‘lacração’. Mas acredito que tenham visto um longa totalmente diferente. Ou ainda, como costumo muitas vezes levantar em questão – a crítica pelo novo é típica da geração de quem viu os filmes dos anos 50 e 90. Ainda que possa ser uma leve provocação, é um anúncio que a idade está chegando (risos).

A versão de 2023 é parecida com a versão de 2003 e tem uma similaridade com a versão de 1991. Mas no lugar do Peter Pan que chegou a casa dos 40, tem uma surpresa no filme que em relação à isso. Há outras abordagens que achei interessante é que a terra do nunca não é habitada apenas pelos piratas e os meninos perdidos. É praticamente uma ‘outra terra’.

Pois a Terra do Nunca tem tribos indígenas, mas não formadas por crianças. A Tigrinha por exemplo deve ter uns 18 anos. E na tribo, tem alguns que possuem 60-70 anos. A tribo das crianças perdidas por assim dizer, já que não é só menino que está nela. Tem garota também. E a Tinker Bell, a sininho? Colocaram um conceito de ‘ouça sua voz interior’, porque ela fala tão baixinho que parece que você precisa ler seus lábios, tem uma questão moral interessante.

Algo que é muito haver com a Disney, fábulas do Esopo. O filme está cheio delas, como por exemplo:

  • Os dilemas de Peter Pan em relação ao seu passado;
  • Capitão Gancho e sua rivalidade com Peter é revelada e há conflito nisso;
  • Existem conclusões tanto para Wendy como para sua relação com crescer;
  • O famoso crocodilo faz sua aparição, diferente de 1991 que matou o Capitão Gancho, aqui só parece para causar uma cena ‘similar’ ao desenho;
  • O pó de fada concede voar com pensamentos positivos, mas Peter Pan e Wendy conseguem voar sem ele, o que faz Capitão Gancho afirmar que a menina ‘herdara’ o poder do seu arquinimigo;
  • Não existem essas quebras de representatividade, até porque estamos falando do século 18, havia uma imposição social. Por isso não vi nenhuma ‘lacração’ em que alguns canais afirmam ter, só o afirmo aqui que vocês podem assistir sem medo.

O QUE DIZER SOBRE O LONGA?

Fiquei surpreso, porque a diferença do filme de 2003 para este é que ele remontam a ideia (um elemento) do filme a Volta do Capitão Gancho de 1991 com Robin Williams e batem muito na tecla do desenho clássico de 1953. As atuações dos atores, Jude Law como Capitão Gancho foi capaz de passar uma devida personalidade ao ‘vingativo’ e ‘traumatizado’ capitão. Smee o fiel escudeiro e a tripulação que pareciam serem crianças em formato de pirata.

Fiquei surpreso que o filme fosse tão bom que superou o de 2003, e embora eu goste bastante da versão de 1991, esse conseguiu após 32 anos desbancá-lo. E não é um desafio fácil, eu nunca pensei que fosse possível também. Também fiquei surpreso que a pesquisa do Google de preferência resultou em 39% de satisfação do público e que pelo Rotten Tomatoes tenha dado 12% de aprovação.

Neste caso acredito que a maioria que viu estejam na casa dos 40 anos, é uma geração que gosta dos valores dos filmes de 1991 e até talvez o de 2003. Em 1991, a geração dos anos 50 não gostou também da versão de Robin Willians, aliás fugiu ‘bastante’ do conceito original. Mas é assim mesmo. No entanto achei uma nota baixa para um filme que me parece ter superado a qualidade de 2003 e a de 1991, inclusive tratando-se do mesmo elemento que fez sucesso por lá.

Após assistir uma crítica de um canal, e pelo jeito que falaram, esse filme era uma profanação a mente humana. Mas costumo dizer que as pessoas escolhem o gostam ou não gostam. E que não há problema algum em dar preferência a um tipo ou estilo específico de contar histórias. No entanto vale pela imparcialidade e privação da opinião pessoal, Peter Pan e Wendy é um filme para crianças e toda a família e digo que nos moldes clássicos dos filmes da Disney.

Por que se formos colocar uma opinião, em 2003 a fada sininho chega a morrer, o filme de 1991 o Peter Pan era um cara de 40 anos com dois filhos e o capitão gancho acaba devorado por um jacaré gigante e a própria ideia de Peter Pan é uma síndrome psicológica conhecida. Subestima-se a cultura que contorna o conto (e esses são os que eu vi) imagina os outros que vieram por década. Neste filme a única cena forte eu poderia dizer é quando Peter Pan despenca de uma altura e temporariamente fica fora de serviço.

E nota: Cena do tapa ao exagero os brindes. Pelo contexto, Wendy lasca na cara de Peter Pan pela ousadia dele fazer tudo sem avisar o que aconteceria. Aliás ele não avisou que tinha piratas mirando eles e seus irmãos quase que morrem. Mas o tapa foi a pior coisa? Contexto amigos.

VALE À PENA?

Apesar de 62% da crítica aprovar e 12% dos usuários acharem o filme ruim. E no Google um total de 39%. Esse é um daqueles casos em que temos que avaliar o público que viu, provavelmente os que possuem 40 anos ou mais. A crítica vale pelo que é “No meu tempo é melhor”. Não é o filme que lhes agrada. Mas apesar de ser da mesma geração, todos me agradaram.

Dou 95.0 para o filme.

Vale à pena ver Dr. Estranho 2 – Multiverso da Loucura? (2022)

UMA BREVE HISTÓRIA.

Multiverso da Loucura de Dr. Estranho 2 foi dirigido por Sam Raimi (A Morte do Demônio: A ascensão, Ash vs Evil Dead) seguido de um elenco formado por Benedict Cumberbatch (Dr. Estranho 1, Star Trek: Além da Escuridão) , Elizabeth Olsen (Wandavision, Amor e Morte) , Chiwetel Ejiofor (O homem que caiu na terra, The Old Guard) , Benedict Wong (Aniquilação, A elefanta do Mágico) , Xochitl Gomez (The Lone Drone, Roped) , Patrick Stewart (Star Trek: Picard, Coda), e Anson Mount (Star Trek: Strange new world, Star Trek: Discovery). Com acontecimentos que seguem o Dr. Estranho (2016), o Guerra Infinita: Ultimato, Wandavision e Homem Aranha: Sem Volta para a casa. Vamos lá!

Dr. Estranho combate um monstro em plena Nova York e se depara com uma viajante interdimensional chamada América Chávez. Que consegue abrir portais entre o multiverso. A criatura que lembra um Shuma Gorat, revela que há alguém por trás do ataque e do surgimento de Chavez naquela dimensão. Ao encontro de Wanda Maximoff, o mago descobre que agora a ex-vingadora se tornou Feiticeira Escarlate, sedenta por vingança e loucura a procura dos filhos que nunca teve.

Wandavision e Homem Aranha: Sem Volta para a casa são sequências imediatamente anteriores ao Dr. Estranho 2 – Multiverso da loucura. E que revela alguns inimigos do mago além de Dormammu e Mordo. Também visita universos onde há o grupo dos Iluminatti que fazem parte dos novos Vingadores, e revela uma ligação com o demônio poderoso Cthon, Darkhold e Wanda.

PRÓS E CONTRAS.

O filme apesar de ser uma sequência digna do mago supremo, e diria até que seria muito bem aceitável, se ela fosse focada no mago e não na feiticeira escarlate. Há uma confusão de meio campo enorme. Muitas histórias para serem contadas e nenhuma de fato foi contada. Temos que admitir, o filme infelizmente se perdeu com a falta de foco no protagonista. Dr. Estranho era mais protagonista em Homem Aranha do que no próprio filme, apesar de termos cenas incríveis e passagens interessantes do conceito do Multiverso.

PRÓS:

  • Apresentação do Multiverso;
  • Citação da primeira vez do livro de Vishanti nos filmes;
  • A volta de Darkhold;
  • Os Iluminattis são revelados;
  • A magia no filme é bem aproveitada pelas batalhas que o Dr. Estranho trava;
  • A trilha sonora é excelente.

CONTRAS:

  • Roteiro confuso;
  • Dr. Estranho não é protagonista do filme e sim Feiticeira Escarlate;
  • Há furos: Prof Xavier nunca perderia em uma batalha telepática, Black Bolt não cometeria o erro de abrir a boca e morrer, e não seria possível uma vez que o poder dele não funciona daquela forma;
  • Darkholda não pode ser suplantado, nem mesmo por Feitceira Escarlate. Ela teria destruído os multiverso sem chances de lutar, mas de repente ela tinha forças para resistir.

COMENTÁRIOS SOBRE OS PRÓS E CONTRAS.

O filme foi uma receita que não deu certo. Apesar dele ter elementos fortes para as cenas de ação, com as características excelentes de duelo de magia, como a batalha de Kama-tar, e os saltos entre os multiversos. Não conseguiu formatar uma história, porque em parte se deu muito papel para a vilã, Wanda. E pouco foco no Dr. Estranho. Outro furo é o fato dela ter se tornado vilã no final de Wandavision, depois de tudo que ela passou.

Outro furo maior é que em Homem Aranha: Sem volta para a casa, Dr. Estranho foi o causador da ruptura das dimensão. Mas no Dr. Estranho 2, quem fez a ruptura foi a Feiticeira Escarlate. E a própria personagem América Chavez nem fez muito sentido no filme, tornando o protagonista menos evidente mais ainda. O roteiro é bastante confuso.

Os PRÓS são bons, mas apenas como pontos isolados. Como continuidade o filme infelizmente estragou a oportunidade de ser uma sequência de Dr. Estranho de 2016 e também não permitiu explorar o personagem de Wanda em um filme solo dela (que até hoje não teve). Foi considerado um fiasco pela crítica geral. A razão não é pelos PRÓS citados, mas a ofuscação do personagem e da mudança de fatos.

CONCLUSÃO.

Vale a pena ver? Como sequência de Dr. Estranho de 2016 não. Considere como um filme à parte. Suas conexões com títulos anteriores se foram na mudança de como multiverso se partiu. É um excelente título para ser visto como uma parte totalmente independente das fases do MCU. E neste caso não acrescenta ou progride com a história do Mago, nem mesmo da própria Feiticeira Escarlate.

Veja o filme pensando em ser isolado da própria Marvel. Como sendo até parte de um ‘universo’ diferente. De histórias isoladas e final experimental. A nota que Mundo Pauta dá é 5.5.