Magic the Gathering (50) – Azorious

Jace Beleren e Gideon Jura: Planejamento Estratégico.

A Guilda Azorious é a combinação de duas cores que seguem uma roda de sinergia, entre o balanço, temos o azul entre duas cores. Branco e Preto. A primeira se refere a combinação Azorious que é Azul + Branco. Muito referido por decks com a nomenclatura UW Control ou similares. Inclusive o deck que ganhou a competição de Las Vegas em 2019 usava um UW Control contra uma combinação de três cores Jeskai (Azul , Vermelho e Branco).

O azul é uma cor que possui uma filosofia de ser a referência para o conhecimento, tecnologia, o plano bem executado, não dinâmico, conservador, reflexivo, acadêmico, antecipação, anulação, controle. Em suma é uma cor que possui pouco Aggro em suas habilidades, mas muito possui Control e com a construção certa, possui os outros arquétipos: Midrange, Control, Aggro e Ramp.

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A união dela com uma cor branca é compreender que há uma intensa sensação de sucesso com elas. Mas como todo jogo com azul, ela demanda a paciência de um jogo de xadrez. O que compila uma excelente combinação com o branco, já que este pretende transformar a vantagem da paciência em algo mais produtivo. A observação é um claro ponto positivo, mas quando não é aliado a ação, torna tudo inerte.

Como o azul é muito defensivo e reativo, só tem ação quando o outro tem ação. O branco permite a ação e a proteção que o azul necessita para tomar o campo de batalho ao seu favor. Diversas cartas do branco refere-se a tribo dos cavalheiros. Ou de surtir aumento de energia, ainda que possamos explorar as criaturas aladas de ambas manas, elas casam muito bem a ideia de obter vitória.

Manas anti-sinergia com o Azul.

No início, e muitas das vezes que joguei comprovei isso, o azul tinha uma certa tendência em conseguir vitórias com Simic (Verde e azul) e Izzet (Vermelha e Azul), mas eram vitórias atrapalhadas. Porque parte do que ganhava o jogo eram cartas vermelhas ou verdes, mas nenhuma azul. Elas não participavam da mecânica. O tornava na verde essa guildas uma sensação de unir duas cores, mas serem monored e monoblue. Mas se está ganhando que mal tem?

Sempre gostei da cor azul, e iniciei MTG já tendo essa preferência antes de conceber que o jogo possuía tais infra-estruturas. Quando optei por Jace Beleren, e apesar de somente ter ele e Gideon na prateleira, foi por uma predisposição. Sem saber se a Wizard aplicaria a psicologia as cores. Mas ela aplica, então o azul como aprendemos sua intenção a influência, resguardas as características próprias.

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Jace Beleren e Liliana Vess.

Então todo azul é mais defensivo, observador, estudioso, pesquisador e diplomata. Muito do deck azul temos criaturas aquáticas e aéreas, tecnologias, antecipação, anulação e compra de cards. Mas como todo pesquisador, a dura impressão é que não temos resultados, porque em sua maioria do tempo estamos pesquisando e analisando. E não agindo. Portanto a primeira impressão que tive foi de fazer uma união de Azul com Verde (RAMP) e Vermelha (Aggro).

Seria a lógica se não fosse pela inaplicabilidade da psicologia das cores. O verde não atende por uma demanda de combinação positiva com o azul por ser um cor ativa. Da vontade. Do espontâneo. E a cor vermelha é raivosa, urgente e imediata. Características que matam o poder do azul. O que de fato vemos. A anulação da mana azul nas vitórias consistentes do deck Simic e Izzet. Tal como ocorre no Metagame temos mais cores tendo para o azul quando não monocolor, guildas em formato Azorious ou Dimir (Preta e Azul).

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Capa OS Defensores – A melhor Defesa (2019)

Ou quando unido as outras cores, que a maioria esteja tendendo para cor que se quer ter foco. No caso do Jeskai seria criar a tendência para o azul, já que temos um azul e não um Azul, Verde e Vermelha. Neste caso seria mais fácil não ter o azul, já que ela vai sofrer com o menos 1. Sendo ela o menos 1.

Quando jogava monoblue sentia que a cor não tinha todo o aparato de vitórias e vantagens que o Simic tinha. Ora porque o verde fazia todo trabalho. E quando no Simic, o azul tem cartas similares ao verde mais que precisa do gerador de mana dele para ter a capacidade de fazer um oito em campo.  E com o vermelho é cada um por si. Representativo esse perfil inclusive na lore de Magic.

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Esquerda para Direita: Ajani, Jace, Liliana, Chandra e Garruk.

Nissa Revane é uma antissocial e Chandra é uma total rebelde que faz o que quer. Os únicos que mantém uma boa companhia não com um, mas com todos, são os representantes da disciplina, ordem, força e exército. Especificamente as cores azul, branca e preta. Que seriam Jace Beleren (líder dos Pactos das Guildas), Lilian Vess, Sorin Markov, Tamyo, Tezzerett, Teferi, Mu Yanling, Narset e etc.

Todos eles inspiram justamente o contrário de personagens como Garruk, Arlinn Kord, Nissa, Chandra, Vivian. Que pensam em sobrevivência e solidão. Ao contrário do que propôem as cores citadas anteriores. Que pensam em união, força combinada e diplomacia. Faz sentido? Tanto na lore como na jogatina, é simplesmente isso que acontece.

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Hulk vs Thor

E mesmo em histórias de outros universos o Verde nunca deu certo com o azul na prática. O mesmo podemos perceber nas histórias do Mago Supremo desde de 1963, data de sua criação por Stan Lee e Steve Ditko. Que quando os defensores foram criados você percebe que o Hulk (esmaga), mas vive xingando o mago o tempo todo. Ele não tem sinergia sequer com qualquer membro da equipe. Exceto pelo fato de destruir tudo. Sem ter algum critério.

Neste caso Nissa sabe ter mais foco. Mas mesmo assim, ela foi a Planeswalker que sozinha que resolveu destruir Ulamog para libertar Zendikar seu plano no lugar de contar com todo o grupo que dispunha. Ela conseguiu. Ótimo. E se não tivesse conseguido? Na prática ela consegue combater monstros, porque ela lida com seu exército e tropa. E por isso dispensa qualquer ajuda extra.

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Namor vs Capitão América

Namor que é do reino aquático, mas está mais para verde também, odeia os humanos. E também não vê com bom olhos fazer parte de um grupo como os Defensores. Ao contrário de Dr. Estranho (Jace Beleren) que visa unir forças para atingir objetivos. Similar os multiversos? Não, são iguais. Não faz mal. MTG apresentou-me o universo da Marvel. E são ótimos neste formato.

Surfisa prateado se assemelha com a cor branca. Ele pode ter os problemas deles. Mas não é um antissocial como o Hulk e o Namor. Ele tem mais diplomacia. Tanto quanto Valquíria (quando se junto durante o arco dos Vingadores vs Defensores – 1973). Tanto quanto nos filmes Vingadores quando Hulk é Banne, ele tem as mesmas ambições de Stark e Stephen Stranger. É a cor azul falando entre eles. Diferente quando ele se torna Hulk. Aí temos um mono green.

Mecânica do Deck Azorious.

Como o azul pretende obter mais conhecimentos do campo de batalha (Anulando o inimigo, comprando cartas) ele precisa ter uma força de embate, ou seja um exército frontal. Muitas cartas do azul busca na vantagem por exemplo da cor preta, que veremos no próximo artigo, que cartas que vão para o cemitério são devolvidas por cartas pretas. Oferecendo uma auto melhoria para suas chances e duplicidade de ataques que permitam que você se torne mais no campo.

Na cor branca o que oferece? Proteção (aumento de energia) dando tempo para que as estratégias do Azul possam ter forma. Força (cavalaria, gigantes e criaturas aladas) que compensam a força inicial do azul. O azul tende a reforçar suas criaturas antes de entrarem no campo de batalha. Para isso ele leva mais turno que o comum. E portanto exige mais tempo. Coisa que decks Aggro não permitem.

Publicação (3)

Dr. Estranho, Nissa Revane e Jace Beleren (Coleção Pessoal\RafaelJunqueira)

E sobretudo, você tem muita carta na cor branca que repete as habilidades do azul só que com as habilidades da cor branca. Se apontar temos uma soma. O que permite a ascenção da cor azul em campo. Não seria difícil de obter vitória quando você tem um exército com ajuda de um mago que impede do inimigo de ver de onde vem o ataque, certo? O mesmo acontece com o exércitos e habilidades natas da cor preta (Dimir). Mas que permitem uma congruência.

 

 

 

 

 

2 pensamentos sobre “Magic the Gathering (50) – Azorious

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