
Yakuza 4 é um jogo fraco.
Dando uma espiada no Yakuza 4.
O que você pensa quando um jogo chega na quarta sequência? Que ele seja melhor do os três anteriores. Se você gosta da série por ser estilo GTA, esqueça Yakuza 4. Apesar de muitos sites falarem que ele aborda uma cidade imensa como de Tóquio, poder explorar a cidade livremente. Mas não é assim. Eu joguei 1 hora, e achei o jogo extremamente repetitivo e limitado. Quando poderemos explorar, eu não sei dizer aos meus ávidos leitores. Só sei que tem mais de 45 minutos de cenas de vídeo só entre o capítulo I e III. Então se prepararem para não jogar. Vocês jogam entre 3-10 minutos, e o resto é cena de vídeo ou diálogo. Sugiro colocar nas opções Skip Cutscene (para poder pular de cena) ou vai ser um demagogo Metal Gear Solid.
Japonês adora explicar, mas neste jogo é um absurdo. Não vou dizer que o jogo é uma merda. Ele não é o que promete, mas ele tem excelentes gráficos, tem uma excelente atmosfera se você gosta do jogo Fatal Frame onde podemos explorar ambientes nipônicos e gosta de Blade Runner vai se sentir muito neste ambiente. Mas não espere um jogo livre como o GTA. Você tem uma cidade viva, mas vai se frustrar.
Uma coisa que li no site Baixaki, numa análise é que o jogo tem muita luta. E eu tomo a liberdade, de classificar o jogo como um jogo de luta. Ele é um jogo de luta. Vocês vão perceber isso. Você pode andar na cidade, mas é muito restrito. Vocês não podem ir em certos lugares, tem que seguir o objetivo. É muito demorado muitas coisas. É interessantes outras, mas quando surge uma novidade, eles exageram e abusam nas explorações possíveis daquela novidade. Um exemplo é quando você luta pela primeira vez. Você tem 3 tutoriais que surgem do nada de luta com um cronômetro.
Depois você tem que fugir da polícia, o mini-game chase. Depois, a próxima fase é você seguir uma pessoa que possivelmente lhe roubou, eu parei por aí porque achei o jogo muito ‘CENA DE VÍDEO’ e pouca ação. Para entender a história, vocês tem que ver as cenas de vídeo. É muita informação, é tanta que a história acaba se perdendo. Então sugiro este jogo para quem curte a cultura japonesa e adora a forma que eles criam os jogos. E para os amantes de jogos de luta. Para quem é fã de GTA, nem compra. Vai se arrepender.¹
Nota.
¹ Eu não joguei muito para saber se em algum momento é possível andar livremente pela cidade. Você jogador vai perceber que talvez o meu texto seja ambíguo quanto a andar livre na cidade. A cada metro que você anda, surge uma fase do nada. É como o Final Fantasy no World, batalhas aleatórias. Sabe, se o jogo for todo assim, é uma MERDA de jogo. Eu não espero um sistema de FF num jogo que é definido a ser GTA.
Sem falar que as lutas ficam limitadas á cercanias e pessoas fazendo vivas, ou seja você fica preso com os caras numa espécie de arena. Que é chato. Mas se fosse compensado com um jogo mais livre, menos cenas de vídeo, eu nem citaria com um fator negativo. Acho que é interessante, é que nem Pit Fight para quem é do tempo da onça, tipo anos 90 vai se lembrar desse jogo.
Como assim é cena de vídeo?

Rolo de filmagem (Foto: Reprodução/Mundo Pauta)
O jogo não é um jogo, é uma animação 3D com interação. Não é como o Heavy Rain, é como se fosse aquela coisa de “Pode experimentar, mas não desenvolver”, pois é o Yakuza 4 matou a idéia dos outros Yakuzas. Esqueça liberdade, esqueça jogo. E se torne uma pessoa ZEN pelo número de cutscenes que você ira presenciar. Só para ter uma noção, como padrão de ações. É sempre assim:
Você interage, vem uma cena de vídeo, vem uma cena de diálogo, vem uma cena de vídeo, vem uma cena de diálogo. Você joga um pouco, vem uma cena de vídeo, vem uma cena de díalogo, vem uma cena de vídeo e outra cena de vídeo.
A cena de diálogo é quando você pode interagir apertando o botão X, mas é uma chatice merdal. Eu adiantei todos as cenas de vídeos, se fosse seguir, eu começaria como joguei das 13:13 até as 14:00, eu na verdade terminaria de jogar, ou seja largar de jogo ás 15:00 beirando 15:30 e não é de jogo, é cena de vídeo.
É muito chato, a cada esquina uma pessoa te para ou tem luta ou tem um mini-game que surge. E você não tem opção de negar. Então, bye-bye free world. Fiquem de fato, definitivamente sabendo disso. Eu falei mil vezes, porque na análise do Baixaki fala que é um mundo recheado para fãs de GTA, não sei quando do jogo é possível realmente usufruir deste mundo livre. Porque eu sinceramente achei o jogo muito parado, muito Metal Gear Solid.
Quem já jogou o título do Kojima saca que o jogo é muito interessante. Mas ele é uma CENA DE VÍDEO. Se for feito um filme ou animação, basta pegar as cenas de vídeo do jogo e montar e fazer um mix para não ter hiatos entre elas. O jogo é um filme. Então o Yakuza é um filme, não é um jogo. Você interage de favor.
Segue a famosa análise do Baixaki, quero ressaltar que não estou querendo ‘desvalorizar’ o site. Mas veja que é uma ilusão a comparação de GTA no texto. Não é assim, quem for jogar vai falar – “Quando é que vou brincar?” quem jogou os títulos anteriores, deve reparar que tínhamos um momento rápido de aprendizado, e depois nós deixavam brincar pelo Japão. Aqui não, se quiser brincar compra outro jogo.
Para quem jogou eis minha análise dos prós e contra do Baixaki.

Yakuza usando os critérios do Baixaki
Os prós.
- Kamurocho City – O baixaki fala de uma cidade rica, viva e com características semelhantes aos GTA quanto a compras, lanchonetes, vestuários. Podemos dizer que eles acertaram em cheio. Eu entrei num mercado e peguei uma chave para o Boulevard. É muito interessante, a cidade tem uma atmosfera sombria e claro, nipônica;
- Sistema de Pancadaria – É o que eles disseram, é tipo Final Fantasy.
Os outros prós eu não explorei.
Os contras.
- Paciência com a instalação – Eles dizem 20 minutos? É 10 minutos.
- Gráficos – Concordo com eles. Mas eu adoro este tipo de gráfico neste tipo de jogo. Então para mim não foi problema. Ás vezes a arte conceitual deve seguir a cultura. É a mesma coisa que tentar falar japonês nos Estados Unidos. Pode parecer legal, mas ninguém vai entender nada.
- CG longa e chata – Esperem CGs, cenas de diálogo constantes e longas. É a coisa que mais irrita no jogo. E o pior que se você não vir, não vai fazer a menor emoção o jogo.
- Lutas repetitivas – Qual jogo que a luta não é repetitiva? Neste ponto não acho que a luta chegue a ser uma contra. Eles esqueceram de explorar o sistema de menu/exp que tem. Somos capazes de inovar com novos golpes ganhando moedas por level. Não acho que isso seja um contra, saibam que o jogo pode ter CG chatas e longas, mas é um jogo de luta a lá Metal Gear Solid, existe um menu complexo de upgrades para melhorar o sistema de luta. Então discordo completamente.
- Um é bom, dois é melhor, dez é exagero – Não chega a atrapalhar não. Na verdade, é melhor que vocês nem use o Grab, porque ele atrapalha mais do que ajuda. Você ás vezes leva um bicão porque tentou pegar um inimigo e ele se defendeu ou deu combro break. Mas eu nunca peguei um vaso por muito objeto no lugar. Aliás basta você mirar manualmente para o inimigo que isso nem acontece. Mas tem várias armas para bater neles. O sistema de “ULTRA COMBO” quem tem familiaridade, este jogo tem. É é possível bater diversas vezes no inimigo pressionando o R1. Bastar pressiona-lo e apertar repetidas vezes o quadrado.
CG chatas, muita história, gráficos apodrecidos – e então?

O sistema de luta é complexo.
Digo que este jogo é uma mistura de Metal Gear Solid (devido as cutscenes longas e muita história), digo que um jogo que lembra a idéia de GTA (porque tem lojas ,taxis, departamentos que vocês podem entrar e interagir) e que faz alusão aos jogos de FF (Final Fantasy o sistema de batalhas aleatórias) e que é um jogo de luta. Tanto que o sistema de upgrades é completamente voltado para aprimorar os golpes.
Logo as batalhas são o SHOW do Yakuza 4. A cada level que sobe, é uma moeda ou tantas moedas que se recebe. Estas moedas são gastas num sistema de UPGRADE. Entre técnicas, corpo e outro item eu esqueci. Mas o que leva nesta análise é que o jogo é voltado para quem gosta de japoneses, Yakuza, a série Yakuza e batalhas. Mas não posso dizer o mesmo para quem adora GTA e Free World, porque eu sinceramente não sei dizer se é possível em algum momento haver esta liberdade.
Porque eu parei no capítulo III e até lá, eu não tinha liberdade de entrar na missão que eu queria, e sim em um modo linear de jogo. O que não se assemelha com os jogos como GTA.
Nota do Mundo Pauta.

Se o atrativo do jogo é belas mulheres, eu ainda não cheguei lá.
Mundo Pauta dá nota 8.5.
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Mundo Pauta.
Texto: Rafael Junqueira
