BALDUR’S GATE 3 – PLAYLIST JUNCA GAMES

No dia 3 de agosto, a Larian Studios, responsável por desenvolver o terceiro jogo de Baldur’s Gate, recriou em mínimos detalhes a mecânicas e regras do sistema da edição 5 de Dungeons and Dragons, e que torna possível (crível) o uso inclusive das regras presentes nos três livros lançados pela Wizard of the Coast em 2020.

Diferente dos seus antecessores, a adaptação, o modelo de Neverwinter tem suas peculiaridades e pontos positivos, que não recebem um ‘porém’ dado a presente obra de BD3, e sim que são diferentes dentro de sua aceitação e comunidade de jogadores que o adoram.

Mas quem é habituado a jogar o sistema de D&D nota a distância das mecânicas e regras e obviamente, o funcionalismo. Ao jogar BD3 é notável perceber que conseguiram não apenas replicar, mas transmitir a sensação de liberdade que se tem no jogo de boardgames famoso.

Em uma playlist disponível no canal da Junca Games, há no presente momento que este artigo é publicado, 5 vídeos apresentando desde da interface, mecânicas, sistema de combate, características especiais e sistema tático, entrelaçando a virtude de um jogo que permite ou não entrar em combates, ou apenas, viajar em uma jornada filosófica, e não estamos falando de ‘bulhufas’ aqui e sim do primeiro jogo que realmente faz diferença cada escolha sua.

Desde da criação do personagem e as opções de batalhas que quer levar consigo. E as devidas consequências que destas gerar e o que isso de fato irá influenciar no futuro próximo ou a longo prazo, é surpreendente, que tenham conseguido atingir esse grau de inovação e imersão, a liberdade é realmente real. Um open world digno de ser open world.

É claro que é mais que isso, por isso, assistam os vídeos. Pois eles irão contar não apenas o que parece ser uma cópia de RPGS que tantos temos por aí, mas que de fato, os detalhes o tornam algo que nunca existiu antes. Por isso que a abordagem do canal Junca Games não é apenas explorar o sistema de combate.

Pois este que melhorado, ainda que bem diferente, é tão similar aos RPGS comuns, que se formos olhar por este lado, o que o faz de diferente é porque valeria 200 reais? Então os vídeos batem em questões mais interessantes como recursos, dispositivos e até interações que BD3 permite e que não existe em nenhum outro título.

Aliás você pode optar seguir sua vida em frente, ajudar, jogo solo, jogar em equipe, sentar e comer peixe em um banco ou apenas observar as pessoas aos seu redor. O que presente fazer em Faerun?

Xadrez (5) – Precisão vs Chances de vitória

PRECISÃO é DIFERENTE de VITÓRIAS.

O conceito de precisão em Xadrez chama atenção para o propósito deste cálculo relacionado as vantagens, e não as chances. A cada turno, o jogador tem a possibilidade de mover uma peça para uma casa. E para cada movimento é feito uma decisão que irá nos oferecer um vantagem ou desvantagem. O objetivo é sempre gerar mais de 2 por turno.

E existe um cálculo que é considerado o que é uma casa de vantagem, ou seja, o espaço em que uma peça assume o controle. É considerado por exemplo um movimento inicial, os peões, irem para as casas do centro do tabuleiro. E é normal que uma defesa siciliana ocorra, para evitar o controle total desse centro.

Esses movimentos são ora benéficos e portanto considerados em cálculos de precisão como uma boa jogada e com chances de vantagem para movimentos futuros. Mas isso não significa chances de vitória. Ter uma alta precisão não é proporcional a uma alta chance de vitória e vive-versa. Então vamos conversar sobre isso aqui neste artigo.

CHESS. COM, CHESS ULTRA ou MODO TRADICIONAL (Físico).

Já optei por jogar Xadrez? Um dos melhores jogos de estratégia. Ok que há vários modelos. Mas quando se trata de colocar os planos e táticas em prontidão, o Xadrez é um excelente exemplo para tal situação. Passei os últimos tempos avaliando qual seria o melhor formato de jogo estratégico para adotar. Para quem sabe da minha história de exploração, em 2019 estava procurando exemplares de jogos de RPG estratégico que fossem similares ou o próprio DnD (Dungeons and Dragons).

No lugar descobri sobre o Magic the Gathering. Que combina estratégia com probabilidade gerando cenários imprevistos. É uma boa dica, que, ao jogar MTG somos capazes de desenvolver o pensamento para improváveis cenários. E nisso consiste pensar em planos alternativos ao original. Em MTG isso é uma regra. Em Xadrez é um pulo do gato. No final de 2020 comprei um tabuleiro e passei a praticar desde as jogadas, aberturas, meios e finalizações jogos assistindo a diversos canais pelo Youtube e pesquisando sobre livros.

Desde de assistir partidas com 30-40 minutos entre Blitz, Bullet, modo padrão, campeonatos e jogos casuais. Também fui para os desafios práticos como o Chess.com jogando contra a IA ou ser humano. Depois até mesmo usando RV (Realidade Virtual) em Chess Ultra. Optando por jogar por modos de treinamentos e livres. Sempre aumentando a dificuldade do PC.

Como dizem – “Mal revolto ensina”. Então pode parecer complicado no início. Mas depois a gente aprende. Tudo muda quando aprendemos plenamente as regras. Táticas do garfo, cravamentos, coroação e movimentos furtivos. E claro os chamados dilemas, aberturas agressivas e o domínio do centro tabuleiro. Com essas ‘regras’ somos capazes de compreender o jogo ainda mais.

QUAL FOI MINHA INFLUÊNCIA?

Na mesma época coincidentemente, estava passando na Netflix, o Gambito da Rainha. Que insistentemente surgia o trailer em autoreprodução. Mas não foi essa série que me fez ir para o Xadrez. E sim meu ímpeto por estratégia mesmo. Ao longo de alguns anos, uns 30 anos.

Venho desenvolvendo gosto por jogos de estratégias, seja tradicionais ou eletrônicos. Desde de mistura de gêneros como RPG, Survivor, Aventura e estratégia para completar, tem sido não apenas um momento de recreação como algo que me ajuda a manter os neurônios funcionando.

As vantagens para jogos de estratégias são:

  • Agilidade de pensamento;
  • Organização mental;
  • Geração de ideais e criatividade;
  • Aumento de memória;
  • Aumento de qualidade de vida.

Estou há 3 anos jogando Magic, e notei que em algum momento podemos definir o ‘modus operandi’ deste em Xadrez com um certo salto. Tenho menos de 6 meses de Xadrez. Mas com um pouco de nota, posso considerar analisar jogadas de quem tem rating mais alto para ver se consigo deduzir as melhores jogadas.

O objetivo do Xadrez seria dar xeque-mate? Seria mais preciso e evitar também que o seu adversário dê o mate antes de você. Para isso você monta armadilhas ou dilemas de campo, onde peças de peso maior devem ser sacrificadas ou poupadas, você, impondo uma exigência de movimento, que faça o outro cair em uma arapuca. E ao mesmo tempo gerar com o material necessário (peças para dar mate) ganhar o jogo.

Parece simples. Mas é um jogo complexo.

PRECISÃO x RATING x VITÓRIA.

Se você ‘folhear’ qualquer fonte de Xadrez terá em mente os nomes de Nakamura, Carlsen, Karparov, Fischer. E considere também o notório espaço em que o Xadrez nos permite criar ‘táticas’ conforme vamos entendendo o que significa o jogo. Precisão não significa vitória e sim um sistema de ponderação que permite nos comunicar se uma casa ou movimento nos oferece vantagens de campo.

Rating é uma pontuação que nivela o tipo de jogador. Mas não necessariamente o imortaliza como sendo um GM imbatível. Encare como um sistema de escore. Que nos possibilita uma posição, mas não de domínio intangível. É possível um Rating mais alto perder para um Rating um pouco menor (1300 por 1250). É difícil de perder para alguém muito novato.

Mas lembre-se que 1200 para 1300 a diferença não é 100. Existem fatores que fazem muito mais distância do que a matemática entre esses dois números. O mesmo se refere as pessoas com rating iguais. Não são necessariamente eficiente iguais. Um pode ser mais que o outro. Vai depender do tipo de estudo que elas possuem. Esses Rating também garantem algum tipo de mensagem – “Mais experientes, menos experientes”.

Existem algumas tabelas que definem um pouco do que significa os Ratings:

Vitórias são realizadas de várias formas. Afogamento, ausência de material (para dar mate), desistências. E mesmo que por hora, um empate não é considerado vitória, é uma forma de finalização da partida. Que considera os movimentos por turnos como uma pontuação válida.

Xadrez (4) – Treinamento e Prática

Xadrez é um jogo de estratégia purista, que não recebe influência nenhuma da probabilidade. Mas lida com ela a base do conhecimento que o jogador escolhe ter durante a partida. Isso significa, que diferente de jogos de azar na qual a probabilidade é um agente catalisador e ativo, em jogos de estratégia como Xadrez que não o detém como agente controlador, o jogador pode definir suas estratégias controlando as ações futuras do seu oponente.

Não é de hoje, nem deste último ano, mas há muito tempo que eu detinha um gosto por jogos de estratégia. E quando fui atrás de alguns que estimulassem a característica de RPG, descobri um gosto específico por estratégia duelista (MTG) que eu não sabia ter. Mas também não considero MTG e Xadrez duelos, e sim estratégias onde o objetivo é chegar em um ponto de informação.

Avalio sim que jogos como esses o que menos temos que fazer é de combater o oponente. Levamos em questão que derrotar um adversário é bem mais complexo do que responder a questões do tabuleiro. À fornecer respostas aos problemas é bem mais simples e divertido. Estimulante e um exercício sem igual ao nosso cérebro. Assim podemos considerar um jogo que trabalha o raciocínio, paciência, memória e visão tática\estratégica.

No último dia de 2020 comprei um tabuleiro de xadrez, não foi o meu primeiro, mas muito mais sofisticado do que os já tive. E faço questão de todos os dias joga-lo. A mente se adequa, que nem aquele ditado de Albert Einstein, quando a mente se abre ela não volta fechar. Sua cabeça se acostuma e começa a ficar ágil. E devo dizer que muitos anos de jogos de estratégia, com um intensivo de MTG por 366 dias, fez com minhas habilidades ainda precoces em Xadrez não fossem banalizadas.

Estou mais atento, consigo perceber oportunidades em futuros turnos e fazer jogadas com a consciência de obter informação mais exata. Assim garantimos a vitória no Xadrez. Ela depende de como nós nos preparamos. E sim, estamos sempre aptos a fazer escolhas que irão impactar nossa jogada e a do nosso oponente. Diferente de um jogo de azar.

Durante o período de jogatina com MTG, eu sentia que menos pensava e mais deduzia o que seria bom naquele momento ter nas mãos. Uma carta com condição de vitória. Só pensava em estratégia ou até mesmo pensava, quando minha mão era favorecida. Pelas tantas vezes que isso acontecia durante a jogada, eram poucas vezes que eu pensava. Em Xadrez você pensa continuamente na sua e na partida do seu oponente. É um jogo que mantém as engrenagens se movendo sem parar.

Alguns números comparativos (Xadrez vs MTG):

  • 1 Partida de Xadrez sem ser campeonato pode durar em média mínima de 3-4 horas ou até dias (máximas);
  • 1 Partida de MTG ou jogo B03 (pode durar 2 horas) considerando 3 partidas, nunca será em dias;
  • Xadrez você pensa a longo prazo, pensa antes de iniciar o primeiro movimento e elabora táticas sempre turnos à frente;
  • MTG você pensa no momento (curto), não tem o que pensar antes do primeiro movimento e elabora táticas sempre que tem alguma chance de criar danos ou oportunidades;
  • Xadrez você tem 315 bilhões de formas de mover os 4 primeiros movimentos, e depois de 10 lances você tem 170 trilhões de combinações possíveis;
  • MTG você não tem ideia de quantas as possibilidades e nem as combinações, nem medir quando isso ocorre;
  • Xadrez você tem o pleno controle;
  • MTG você não tem controle;
  • Xadrez é movido pela habilidade do jogador;
  • MTG é movido pela sorte do jogador.

Quando temos uma predisposição a gostar de certos jogos somos intransigentes a críticas. Então é normal que se você ler essa parte do artigo, não goste da ideia que em MTG a sorte lidere a suas chances. E que com certeza seu argumento será – “A pessoa não sabe fazer deckbuilder”. Mas o buraco é mais embaixo. MTG é um jogo eventual de estratégia que nos permite desenvolver a habilidade de resolver cenários improváveis, Xadrez é um jogo de estratégia nativa que nos permite tomar as decisões que nos levem a vitória ou não.

Ter como medir as combinações e soluções nos faz ter o controle. MTG você não consegue medir isso. E ainda precisa ter a disposição um controlador de probabilidade (decks caros) para ter alguma chance e mesmo assim não garante. Xadrez nos proporciona cenários imprevísveis também, também nos permite criar e inventar jogadas, não….MTG não proporciona. Ele limita.

Sei que o seu argumento seria, MTG é criativo. Se fosse dada a liberdade do conhecimento da informação (quais cartas), poder de controle (tirar a carta que quer), eu diria que a criatividade seria possível. Mas ela é só importante no Deck Building. E nisso consiste MTG, montar combinações que sejam capazes de nos dar uma chance em campo de batalha. Dar uma chance. Percebe?

Levei um ano de estudos para identificar que MTG dependia mais da sorte e do seu poder de aquisição (Deck caro) para ter alguma chance do que a possibilidade do seu esforço pessoal em criar maiores performances e expectativas que dessem pontuações superiores quanto as anteriores. Em MTG você aumenta sim sua capacidade de compreensão e agilidade. Mas não o que mais interessa em uma estratégia, controle. Você ainda precisa ter disposição e grana para comprar o melhor deck.

É como ser um piloto de corrida e depender mais do tipo do carro do que sua habilidade. Ainda que um carro faça uma diferença enorme. Será o piloto capaz de dar ao carro resultados que mecanicamente ou fisicamente se julgam serem imperfeitas e impossíveis antes de qualquer tentativa. O carro pode ser muito bom ou ruim, depende do piloto. Mas faz diferença quando comparamos uma Ferrari com um Fusca. Dependendo do terreno, o Fusca pode ser sair bem em relação a Ferrari, concorda?

Em MTG o valor absoluto é que independente do terreno a Ferrari vence o Fusca. Independente de qualquer vantagem que o Fusca teria, a Ferrari é melhor que ele.

No Xadrez não é bem assim. O Fusca pode ganhar sim a Ferrari. Se ele tiver alguns requisitos atendidos, mas baseado nas decisões do piloto:

  • Terreno;
  • Tipo de pneu;
  • Tipo de motor;
  • Torque para as viradas e Drifts;
  • Tamanho do carro;
  • Queima de Gasolina;
  • Manutenção do carro.

É como o ditado da Lebre e da Tartaruga. Pode parecer utópico, mas um Golias pode perder para um David quando você tem a liberdade de pensar em uma solução. Se for pelo MTG não interessa, o Golias vai vencer o David.

Cabe ter um Deck David Monstro para vencer o Golias Default. Mas basta o Golias Default nerfar e virar um Golias Master e o David Monstro perde. A base da estratégia é que se você tem uma chance baseada em sua autonomia, podemos considerar que não é um jogo de azar. E o treinamento e prática farão justiça para os enxadristas.

Se você leu meus outros artigos de Xadrez e os 64 de MTG, já deve ter notado que fiz uma análise complexa e profunda entre jogos de estratégia e de azar. E que minha primeira pergunta foi de definir se MTG era estratégia ou azar. Saiba que escrevi diversos artigos sobre isso. E que cheguei na conclusão que você depende sim da sorte para disputas em MTG.

E depende do poder de aquisição para ter o controle dessa sorte. E que o seu quociente de esforço é desproporcional a intensidade do poder do deck. É preciso saber operar o deck, então o jogador precisa ter conhecimento das regras e do traquejo das jogadas. Não pode ser um noob. Mas um jogador de 1 ano pode ganhar de um jogador de 10 anos.

Em Xadrez isso pode ocorrer? Com muita dificuldade. Mas pode. Se você tem alguma bagagem também pode ocorrer com muita facilidade. Mas contra um GM (Grand Master) do tipo Gasparov, Magnus, Fischer (falecido), não. Aqui é anos, anos e anos de prática. É diferente de enfrentar um GP (Grand Prix) no MTG. Se você tiver um tempo de jogatina, e é preciso ter, saber os paranauês, e com um deck bom, você ganha um campeão de MTG sem problemas.

Em Xadrez você tem as opções de vitória um pouco parecidas com a do MTG, mas elas seguem um raciocínio consciente, baseado em suas ações conscientes. Então cada jogada, partida, anotação algébrica, turnos, lances te ensinam a aprender sobre. Então quanto mais você joga, ganha ou perda, mais você aprende. Em MTG, durante um ano, o que eu aprendi não foi apenas a jogar melhor. Mas não é difícil de jogar, é ter a probabilidade de ter uma carta favorável para ter a oportunidade de aprender melhor.

É que depois de jogar muito eu aprendi que para não perder é preciso ter cartas muito boas. Então isso independe muito de minha habilidade pessoal. Mas depende do meu conhecimento teórico e prático de como uma carta pode ser usada. As cartas podem ser usadas partindo do conceito daquela função dela, ou podemos inventar outra função para ela. Mas isso depende do seguinte:

  • Desta carta sair;
  • Do Timing;
  • Da margem de erro do oponente;
  • Do combo em sua mão.

São pré-requisitos que dependem da probabilidade. Não temos exatamente um controle disso. E nem temos uma garantia do controle caso tenhamos alguma ferramenta que possa proporcionar o controle do controle. Isso muda quando falamos de Xadrez. Lá podemos pensar em funções diferentes das peças. Você pode ‘rampar’ por exemplo elas. Sabia?

Um peão pode ser promovido ou coroado, ao chegar na última linha oposta ao seu formato, ele pode virar uma Rainha, Torre, Cavalo e Bispo. Ou permanecer Peão. Sabia disso? Você tem todas as estratégias de MTG presentes:

  • Mana Azul (Control) – É a jogada nativa do Xadrez;
  • Mana Vermelha (Aggro) – São jogadas agressivas do Xadrez;
  • Mana Verde (Ramp) – São peças que podem de fato assumir outras identidades ou serem usadas hipoteticmente como outras peças;
  • Mana Preta (Death) – Os Gâmbitos (sacríficios) do Xadrez;
  • Mana Branca (Life) – Quando você salva uma peça sua, mas o seu oponente acaba tendo que sacrificar a dele por algum motivo.

A diferença de MTG para Xadrez é que você pode assumir as cinco estratégias (conscientemente) ou adotar uma delas. Em MTG você pode montar um deck control, mas depende muita da probabilidade de você caracterizar seus resultados em um deck control. No Xadrez, a maior parte do tempo você vai pensar como um Deck Control, seguindo as habilidades nativas dessa mana:

  • Scry (Vidência ou Vigiar) – Analisando os turnos seguintes;
  • Draw Card (Comprar card) – Mover uma peça em um momento oporturno;
  • Removal (Remover ou Anular) – Capturar uma peça chave ou anular as chances de um Xeque\Mate;
  • Desconjurar (Devolver) – Obrigar o oponente a mover a peça para uma outra casa ou recuar;
  • Paralisar – Tornar a peça do oponente inútil.

Percebe? São táticas que existem no Xadrez e que possuem seus devidos nomes e que podem nos ajudar mais a entender como é que um treinamento em Xadrez unido com táticas de MTG nos favorece bastante no aprendizado.

Em Xadrez eu consigo, naturalmente ser Jace Beleren do que em MTG. Nós podemos identificar alguns pontos de tribos da mana azul nas peças:

  • Criaturas com voar – Cavalos;
  • Criaturas Aquáticas (Peças Líquidas) – Rainha, Bispo, Cavalos e Torre;
  • Planeswalker – Rei;
  • Terrenos – Um lance por turno;
  • Criatura Minúscula ou Pool Mana – Peão
  • Ramp ou Nerfar – Peão na última linha oposta sua formaçao.

No Xadrez o Rei é um Planeswalker, como você. Ele não pode dar xeque (atacar) o oponente. Mas ele pode capturar no caso do MTG seria uma espécie de Ultimate Skill. Mas que pode ser usado independente de sua lealdade. Mas comparável ao custo, temos que usar o Rei para colocar em dilema as estratégias. O Rei não pode ser capturado, portanto ele pode ser um pivô entre você e uma pedra no chão.

Ou seja ele invalida muitos movimentos. É arriscado coloca-lo, assim estará a mercê dos xeques das peças Rainha, Cavalo, Torre e Bispo. Mas também é uma peça Coringa. E seria uma criatura Hexproof e Indestrutível se comparado ao MTG.

Dentre os dois jogos, prefiro entreter-me com Xadrez, mas aprender com o MTG, as chances de vitória na estratégia nativa é mil vezes maiores do que se pode imaginar. Nisso consiste o treinamento e prática em Xadrez. Jogar todos os dias, mas:

  • Aliar estratégias de jogos de Azar;
  • Analisar probabilidades;
  • Jogar Sudoku;
  • Estudar táticas de guerras;
  • Manter um ritmo de disciplina em jogadas;
  • Fazer uso do Tabuleiro físico e virtual (Chess.com e Ultra Chess).

Xadrez (2) – Mapeamento de jogadas

Xadrez é um jogo com modalidade estratégica, que falamos no artigo Xadrez (1) e com uma comparação ao jogo de cartas – Magic the Gathering, ao qual passei 1 ano publicando até a presente data 64 artigos sobre minhas experiências. E agora completo esse círculo de mais de 365 dias fazendo um teste de estratégia real e aparente. Xadrez é um jogo que é possível mapear jogadas e tomar decisões com níveis diferentes de informações, algo impossível de ser aplicado ‘trivialmente’ em MTG.

Mapear jogadas é uma forma de analisar sua performance, respostas, reações, ações e o onde acertou e errou. E aprimorar suas jogadas. Em MTG mesmo que houvesse uma forma, uma notação algébrica para entender como o jogo progrediu, seria dispensável, porque a gente não controla a carta que sai. Você não tem esse controle. Então não pode garantir aquela abertura ou aquele progresso.

Em Xadrez existe uma notação que varia um pouco de regra, mas uniformemente ela segue o seguinte:

  • Nome da peça (ação) casa; (Ex. Rd2) – Rei se move para casa D2;
  • Nome da peça (ação) casa: (Ex: Dxa8) – Dama toma peça na casa A8;
  • Situação de xeque: (Ex: Td3+) – Torre faz xeque na casa D3;
  • Situação de xeque-mate: (Ex: Dd1# ou Dd1++) – Rainha faz mate na casa D1;
  • Situação de roque Menor (0-0, roque menor para o lado do rei);
  • Situação de roque Maior (0-0-0, roque maior para o lado da dama\Rainha);
  • Quando o movimento se trata do peão, omite o nome da peça;
  • Em alguns casos a casa de origem para destino são exibidas;
  • As notações são feitas pelos jogadores ou por um software;
  • Quando o peão passa por promoção ou coroação e chega na última linha (a1 = D) da coluna A2 é promovido (coroado) para Dama\Rainha;
  • Regra do En passant (é quando um Peão é tomado por outro peão na diagonal quando este está na casa casa 5 e o outro faz dois movimentos da posição inicial) (exd e.p.)

Símbolos especiais:

SímboloSignificadoExemploComentários
#MateTb8#Torre dá mate ao rei ao ser movida para a casa b8.
+XequeDe5+Dama dá xeque ao rei ao ser movida para a casa e5.
xCapturaDxCDama toma cavalo.
e.p.Captura en passantexd e.p.Peão da coluna e toma peão da coluna d pela regra do en passant.
O-OPequeno RoqueRoque efetuado na ala do rei.
O-O-OGrande RoqueRoque efetuado na ala da dama.
=Promoçãoe8=DPeão da coluna e alcança a oitava fileira e é promovido à dama.

A notação é descrita com o número da jogada seguindo de um ponto de enumeração com a jogada sua e do oponente. Pois representa a ação e a reação. Assim você pode entender quais as respostas dadas. Como funciona por turno você vai perceber quais os momentos em que teve um erro, uma perda de oportunidade, ou uma jogada mestre, ou uma ótima oportunidade. Diferente de MTG que essa notação não faria nenhuma diferença. (Razão pela qual eu classifico MTG como uma estratégia condicional).

Para comentar a partida pela notação:

SímboloSignificado
!Bom lance.
!!Lance brilhante.
?Mau lance.
??Lance péssimo.
!?Lance interessante.
?!Lance duvidoso.
±Vantagem branca.
+/=Ligeira vantagem branca.
+–Vantagem decisiva branca.
± invertidoVantagem negra.
=/+Ligeira vantagem negra.
–+Vantagem decisiva negra.
Posição incerta.

Pode ser considerado esta notação é uma base da informação do SIMX (Sistema de Informação de Xadrez). É onde você vai avaliar quais suas melhores jogadas, pontos fortes e fracos. É assim que s evolui no jogo.

Xadrez (1) – Fundamentos Básicos de estratégia

Base estratégica.

Xadrez é um jogo de estratégia antigo que possui diversos formatos, o mais famoso deles, é o xadrez clássico que lida com um tabuleiro de 64 casas (8×8) com 16 peças para cada jogador atendendo uma regra de limite de tempo por jogada e partida, e regras e vantagens por peças. Não depende da sorte em nenhum momento e exige visão de campo, previsão, paciência e atenção.

Até o artigo 64 de Magic The Gathering, leia sobre o diretório, finalizei (não vou deixar de publicar artigos por lá) que MTG pode ser considerado um jogo de simulação e orientação de estratégia, que se baseia na sorte para obter resultados de vitória ou de derrota. Ao contrário do jogo Xadrez. Que depende inteiramente de sua tática e esquema.

Procurei por um longo tempo no ano passado sobre boardgames de RPG e acabei encontrando um jogo de estratégia (MTG) e dali me inteirei sobre tudo que era material. Agora no final de 2020, acrescento na família, o xadrez. Que já era um velho conhecido. E que esteve presente em mais vezes do que eu posso contar. Todo jogo de estratégia utiliza as teorias de Xadrez para sua aplicação, o próprio MTG quando a sorte permite.

Tabuleiro x Cardgames.

Durante o meu período de 1 ano em MTG, senti que a criação de Decks era a fase mais importante do cardgames. Garantir uma forma de aplicar a estratégia com outra estratégia, conhecida como engenharia de deck. Era enfadonho, continua sendo. Exige pelo menos no cardgames físico ter um poder de aquisição considerável para se ter uma chance na mesa.

É uma verdade que tem que ser dita. MTGA mascara bem isso, porque você aparentemente não precisa ‘pay-to-win’ para tirar o melhor deck. Mas ainda sim há quem gaste ‘money’ real para conseguir os packs necessários. Diferente do físico, no virtual você não tem card avulso. Precisa comprar booster para tirar a carta essencial. E há uns usuários espertinhos que vendem contas com um número incrível de cartas por um valor alto….sim existe já isso.

Apesar de pensar que Xadrez é um jogo elite, nós temos um contrapeso enorme quando analisamos as chances de vitória e como a vitória ocorre. É certo que se você é jogador de Magic há muito tempo, pode vir a discordar dessa visão. Mas decks baratos (Groselha) tendem a ser menos eficientes em jogos de competição. E mesmo que muitos falem que é possível, é uma fala meio ‘for fun’. No fundo todo mundo sabe que os decks mais potentes são os mais caros.

Em Xadrez você não precisa comprar carta, não existe rotação. Você só precisa treinar todos os dias e jogar. Não precisa nem levar o tabuleiro, dependendo de onde você vai jogar. Se for num clube, numa loja, na casa do amigo, no campeonato, você só precisa levar o seu cérebro. Você não gasta nada. Percebe? Os valores dos prêmios de torneios são maiores que o da Wizard.

E embora muitos de fora possam imaginar que jogar xadrez é sopinha no mel (fácil), discordo. Especialmente se você entende de estratégia. Nada em Xadrez é óbvio. Você precisa ter uma atenção redobrada e já pensar em cenários possíveis antes da abertura. Porque você tem que pensar em quais as possibilidades que o seu oponente pode criar diante de seus lances.

Em MTG depende muito da sua mão e isso é que cria a sensação virtual de cenários imprevistos. Na maioria das vezes você precisa criar decks que funcionem como uma espécie de fetch. Cartas que buscam cartas para garantir que alguma estratégia ocorra. Mas as fetchs são cartas caras…caríssimas. Não é muito acessível. Já o Xadrez até para quem não possui muito, basta a tática mental para garantir algum retorno. Por isso citei que apesar do Xadrez parecer um jogo elite ele é ao contrário.

MTG é um jogo muito bom, não dispenso, ele me treina a pensar em cenários desfavoráveis e como lidar com situações beco sem saída. Mas não preza a parte que eu mais me interesso, a estratégia. Ela não depende muito de mim. Eu dependo da sorte e do azar do oponente para conseguir virar ou ganhar o jogo. E essa é uma habilidade única. Reviravolta em um jogo desvantajoso. Parabéns aos que conseguem revirar.

Mas ainda tenho interesse em continuar controlando minhas ações a todo momento do que depender da sorte para ter esse controle ou parcial controle. Mas jogar MTG nos ensina sobre algo que em Xadrez você levaria uns 10-15 anos para ter. Aquela pulga atrás da orelha. Quando a gente pensa como as peças vão se encaixar. Quais peças dos oponentes podemos superar, tomar ou desviar? Ou realizar o famoso lance de Gâmbito? Atrair através de um lance arriscado.

Em MTG em especial as manas que usam o famoso sacrifício, elas precisam pensar em muito, e normalmente se for a longo prazo, precisa rezar para que as cartas seguintes possam completar a tática. Em Xadrez tem movimentos no primeiro turno que influenciam suas chances no décimo terceiro ou vigésimo turno, e que você pode desfrutar se souber lidar com os cenários, é aqui que entra o papel do MTG no Xadrez.

Joguei algumas partidas e já me inteirei de regras, vantagens, notações que o Xadrez possui. Você aprende qualquer coisa rápida depois da montanha complexa que o MTG possui. Eu levei uns 3 dias. E em xadrez leveis um pouco menos de 1 dia. Fiz algumas jogatinas no chess.com, tenho até uma versão virtual para o RV (Ultra Chess) , e obtive um resultado satisfatório. Indo para dificuldade desafiadora.

Usando algumas regras da cartilha de jogadores PRO famosos, é de sempre pensar em turnos à frente. Coisa que a gente pensa também em MTG. A diferença é que em um temos uma chance de garantir a vitória e o outro depende do que vai sair. Que pode ou não nos oferecer algum resultado positivo. Em MTG tua experiência influencia de uma forma indireta suas jogada. É certo que passar 20 anos jogando MTG você vai ter algo para tirar de proveito.

Mas é diferente da proporcionalidade de jogos de estratégia pura, como o Xadrez. Quanto mais você joga pelo tempo que for, maiores serão suas táticas e mais imbatíveis será sua força. Porque como a sorte não influencia, você tem a proficiência de suas jogadas totalmente ao seu favor. A abertura do Xadrez (os primeiros lances) é uma compilação de várias jogadas. Você sabe para onde ir, colocar as peças mais no centro da tabuleiro, evitar cantos, fazer o roque, pensar em táticas de coroação, prever os movimentos do oponente. Garantir sua posição e fazer xeque-mate.

Em MTG você não controla nada…nada mesmo. Você depende de um bom deck, normalmente caro, para garantir que a sorte seja menos influente. E precisa ganhar para resgatar o valor desse deck. Pelo menos. Eu acho que até fazer campeonatos para MTG surte uma sensação injusta. Porque você praticamente coloca a mercê de inúmeras combinações de decks poderosos para gerar inúmeros outros cenários que podem te favorecer ou não. Não é exatamente um jogo, ele não é linear e tampouco harmonioso. Suas ações são dependentes dos fatores incontroláveis.

Nem esporte na prática. Será sorte que um tenista, que uma atleta de ginástica atinja aqueles pontos? Ou será maestria consciente? Ela sabe o que está fazendo e utiliza ao seu favor tudo? A competição precisa sempre ter o controle. E jogos de azar não oferecerem estes quesito. Portanto ao meu ver, o MTG ocupa o lugar de como que eu falei no último (64) artigo de Magic, um jogo de orientação e simulação.

Ele orienta cenários imprevisíveis. Com uma mão desfavorável em um cenário mais negativo ainda, temos as chances de obter resultados positivos? Não há uma garantia certo? Garantia de vitória não é consumação de vitória. É uma certeza que precisa ser concretizada ainda. Mas seria o mesmo que pensar da seguinte forma:

  • MTG é um risco alto para investimento, sem garantias e depende de muita injeção monetária (Deck caro) e de consultores habilidosos (Jogadores PRO);
  • Xadrez é um risco variável de investimento que depende do adversário (mercado), não existe muito injeção monetária, ou pode ser feita (estudos e tutores de Xadrez) e que constrói os jogadores habilidosos ao longo do tempo.

O primeiro só garante um retorno, e olhe lá, se o jogador for bom e o deck também. Com tantas combinações não sendo possíveis determinar quais, você não tem muita certeza de retorno.

Em Xadrez você não coloca um montante, então não tem pressa de resgatar. Normalmente você depende da habilidade humana para conseguir um resgate ou o prêmio, e é possível garantir mais ainda essa performance pelo tempo de seu treinamento.

Em ambos os casos, você tem um retorno muito bom caso logre êxito, um deles (MTG) você tem um alto risco contra um baixo ou médio risco (Xadrez).

Quais dos dois investimentos você prefere?

Ao longo de minhas experiências, em MTG você garante diversão e aprendizado sobre variabilidade. Mas o menos importante, até por ser um obstáculo um tanto colossal, é ganhar o jogo. Xadrez não é um jogo trivial e nem impossível. Ele é um jogo que respeita o que você sabe. Seu risco é enorme, mas você garante pelo menos que o risco pode ser o que você quiser, dependendo de suas habilidades e experiência.

Jogar dados sempre tem um lado ruim. Em DnD você pode considerar duas formas de jogadas:

  • Para dano, Saves, Skills usar o dado ou o valor inteiro que ele provoca.

Quando você usa o dado, o dano, saves ou skill podem gerar mais possibilidades. Sim. Mas pode gerar menos possibilidades. Quando consideramos que o valor inteiro é nossa vantagem. O mesmo acontece quando consideramos o Xadrez. A rainha (dama) é a peça mais poderosa do jogo. Sem sombra de dúvida. Mas imagina se você não tivesse autonomia sobre ela.

Por alguma razão. Ela teria tanta autonomia? Seria tão poderosa? Não. O mesmo vale para os peões. Que você pode pensar, são descartáveis. Longe disso. Peões normalmente são os lances que usamos para diagnosticar o campo de batalha. E de transforma-los em Rainha, Cavalo, Torre ou Bispo (coroação\promoção). E assim, eles ficam menos descartáveis, certo? Já imaginou em ter nove rainhas?

No Xadrez um sapo de MTG 1/1 consegue se tornar um URO 10/10. E você tem o controle disso. Reparou? Mais precisa quebrar a defesa do seu oponente antes, que assim como você, também tem o controle. Isso sim é um duelo. Ambas as partes tendo o controle, oferecendo ao jogo em geral uma visão de tática. Em MTG, um anão de jardim pode vencer o Drogon de GOT. Mas por sorte.

Em Xadrez, o Drogon mataria parte das peças, e você ainda precisaria ter uma bela tática para isola-lo ou usa-lo ao seu favor. Mas é sem dúvida que um dragão seria um inimigo supremo em campo, correto? Estratégias não é sorte. Nunca foi e nunca será. Embora goste bastante de MTG, minhas jogatinas de um ano, me mostraram que apesar do elemento estratégico presente ele depende de uma boa mão, de uma boa abertura.

E não temos muito disso, temos é uma seletiva. Onde podemos garantir alguma coisa dependendo da sorte. E se você precisa da sorte, em menor ou maior escala, para ter uma ação. Você não tem um jogo de estratégia. Você tem um jogo de azar que depende de todos os fatores que você não influencia ou controla. Mas o MTG é uma lição para quem quer arriscar e manter o controle no Xadrez. É um verdadeiro preparatório.