A proposta é manipular memórias para combater.
Quando saiu uma análise no Gamespost e outra na Uol não muito distante do lançamento do jogo aqui no Brasil, havia uma descrição que o jogo teria uma proposta diferente. Ao invés de lutar com pés e socos ou mesmo tiros, você manipularia as memórias e assim matando os personagens ou mudando o curso da história. Quando fiquei sabendo que a desenvolvedora era a Capcom, coloquei um pé atrás nesta história. Formalmente e historicamente, ela nunca abdicou de jogos com temas de lutas com um nível de dificuldade insolúvel, além de ter grandes histórias.
Breve história.
Existe no futuro uma empresa capaz de manipular memórias para manter os clientes satisfeitos com suas vidas. No entanto ela como qualquer outra monopolizadora de mercado, possui um submundo fora da visão de todos. Onde existem desmemoriados fazendo servicinhos sujos. Aí que entrar a personagem principal Nilin que já começa sofrendo uma espécie de lavagem cerebral.
O que eles apagaram? Por quê? Essa é a história de “Remember Me”.
Proposta…por água a abaixo.
Não é incomum um jogo trazer uma proposta no título ou por meio de releases para os diversos canais que tratam de notícias de entretenimento vindo com uma surpresa que irá revolucionar á todos. A quem diga ser fã da Capcom e diz que o jogo é as mil maravilhas. Vamos analisa-lo sem optar por ataca-lo.
Ele possui gráficos de altíssima qualidade, a história é também muito envolvente. O jogo já começa com uma empresa anunciando seu tão especial produto, armazenar memórias em banco de dados e na cabeça dos clientes. E o mais interessante, eles dando depoimento como se fosse uma empresa e transmissão de verdade.
Sabemos que de fato a reviews e notas que são publicadas sobre o sistema podem sofrer mudanças radicais quando o jogo final chega em nossas mãos. O estranho é que com outros jogos isso dificilmente acontece. Existe um ‘case’ de Marketing muito errado utilizado por várias produtoras – elas anunciam a torto e direito que o jogo será X, Y e Z. E esquecem de consultar a equipe de desenvolvimento.
Quando o jogo chega na arte final e é lançado parece ter se originado de outra fonte que não as fotos e o vídeo/gameplay de apresentação disponibilizado. Não digo tanto da E3 que as desenvolvedoras prezam por mostrar arte beta como será de fato na arte final. No entanto a proposta era de fazer Nilin apenas lutar usando esta manipulação de memórias, e pelas palavras da UOL – “Ela não é violenta, então apenas usará de manipulação de memória”.
A primeira coisa e que durante 30 minutos de início de jogo que se faz é lutar. É bem no estilo Capcom. Você foge de um robô logo no início do jogo. Depois vai parar numa baía com alguns esquisitos que foram afetados com esta manipulação de memórias, e inicia mais uma arena. Se pensa que acabou – você precisa lutar novamente mais em uma arena. Depois a fuga envolve uma espécie de campo de batalha na vertical.
O Mundo Pauta observou que a única vez que mexeu com a memória, e não foi a interação e sim “ache o item no mapa” foi a chamada memória de fragmento que parece ser um recurso para achar munição deixada pelos NPCs. Agora manipulação de memória que é bom, não teve um caso nestes exatos 30 minutos.
Avaliação pelo Mundo Pauta.
CASE Marketing: Produto x informação pública.
(Caso semelhante Never Dead da Konami)
A análise do jogo “Remember Me” merece um destaque pormenor, por quê? Apesar do Mundo Pauta ter uma característica de jornal, estou falando por meio de uma análise de Marketing. É óbvio que algo que não chama atenção, não oferece muita exploração. Este é o meu ponto, tornar algo mais público se o mesmo cumprir com sua proposta.
Não é de agora que a Capcom tenta mudar seu paradigma, mas não consegue. Todos os seus jogos são baseados em lutas, e quando não é, é adaptado um sistema semelhante de luta – no entanto prejudicado para oferecer um nível de dificuldade. Também não é podres que ela possui. Os gráficos são excelentes, equiparáveis e muitas vezes superiores a outros títulos.
A trama segue um desenrolar igual as histórias de Tom Clancy. Agora o que peca, o que torna o ‘produto’ uma falácia. É que a jogabilidade dos jogos da Capcom, e isso se repete com a Konami, é que é péssima. Ora para um jogo onde a jogabilidade é reprovada, o que sobra? Por uma análise mais bem restrita, porém acessível a qualquer pessoa, é que os anúncios de seus jogos oferecem nada mais do que “surpresas únicas” para dar concorrência. No entanto entre a comparação de um jogo futurista, cito o steampunk Bioshock Infinite que o faz com extrema maestria.
Há uma diferença entre eles: Um se absteve de mostrar muito do seu produto antes de ser lançado, e outro falava em uma interação revolucionária dando a parecer que seria um jogo diferente para uma nova Capcom. No entanto o Bioshock oferece aquilo que anunciou, e mais ele oferece a beleza de um mundo secreto.
Remember me recai no mesmo fracasso de Never Dead (Konami) onde a proposta estava no título “Nunca morre”. Neste jogo o herói morre com muitíssima facilidade. Esta na hora da Capcom perceber que os tempos mudaram, e que um título, capa e notas de imprensa significam aquilo que se espera. Ela esta ainda fantasiada de anos 90 onde um jogo quando feito era baseado em “plataforma ou visão aérea” onde o tema era banalizado e o que importava era a pancadaria.
Para jogos onde a interação e imersão é a palavra de ordem, há empresas que não conseguiram se adaptar. Para graus ao jogo, o Mundo Pauta indica:
9.0 – Gráficos | 9.0 – Trilha | 8.5 – História | 8.0 – Jogabilidade | 2.5 – Proposta | 5.0 – Performance.
(Nota geral: 7.0)
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Mundo Pauta.
TextoFotos: Rafael Junqueira[¹] (Bacharel de Ciência da Computação, cursando Pós em Gestão de Marketing e Comunicação Empresarial)[²]
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