Pílula de Marketing (102) – UX Design para quem?

Há diversas maneiras de aplicar uma boa técnica. No caso do UX (User Experience) se trata da experiência interativa do cliente a um produto, interface final. UX Design apesar de ser uma função, está direcionada a um resultado para terceiros, e não é exatamente uma função. Por isso que insisto em parar nesta ‘existência’ desenfreada de inventar nomes para coisas que já existem.

Se não fosse pelas inúmeras vezes que vi resultados de suspeitos UX Designers, que nada sabem de publicidade, que não compreendem branding, não tem noção nenhuma de Marketing, mas confundem a área como sendo uma extensão de Design e promovem soluções ‘discutíveis’ e ainda por cima confundem como sendo uma área extensiva de design. Vamos lá!

Há quem diga que o ensino tradicional acadêmico é engessado. Talvez estejamos falando de dois tipos de ensino acadêmico. O engessado e o moderno. De uns tempos para cá, há uma parte da população que acredita que ficaram ricos sem faculdade (quando há uma exceção minúscula, para quando esses casos icônicos aconteceram), a maioria só ficou rico por ter muito estudo mesmo e certificações que não param de brotar.

Parte dessa população que acredita assim, são os que vivem entre a certeza e a incerteza. Em um resumo, eles não tem certeza. Como ficam nesta berlinda, não são os que detém os cálculos para ter certeza. Mas vivem das recomendações que surgem. Destes são pró em iniciativa em procurar formas de solucionar problemas. Pois bem, como em uma educação de base influencia sua forma de pensar, não é diferente quando você pensa que, não tendo um ensino formal, terá mais sucesso.

Quando que se fosse discriminado como o ensino formal que é engessado e o que não é. Quando digo ensino acadêmico moderno, não estou me referindo ao método de autodidatismo ou método de ensino via internet (não é EAD), é quando a pessoa sem cursar algo, procurar se instruir. Não estou me referindo a forma moderna de aprender, mas as faculdades que se mantém na modernidade.

A maioria que critica, estudou em um modelo engessado. Uma faculdade ou mesmo o termo popular, uma ‘unisquina’. E provê dessa experiência sua visão (total e final) do que acha sobre o ensino acadêmico atual.

Por assim dizer, o cenário que quero apresentar é justamente o que temos em mãos, e não é uma particularidade do Marketing. Esse campo de ‘reversão’, de ‘redução’ do que se precisa saber para executar algo, é universal. Temos presenciado o porquê dos profissionais estarem super despreparados.

UX Design não é algo novo, não é algo dos anos 2000. Tampouco do século 21. Nunca foi. Não é nem do século 19 e 20. A experiência de usuário é um processo (não função). Ele faz parte de uma rede complexa de saberes, pois que conecta mais do que uma simples realidade nos apresenta. Não é possível promover uma experiência para o cliente apenas sabendo como mexer por exemplo, com uma ferramenta gráfica. Estamos falando de pessoas, estamos falando de:

  • Psicologia;
  • Antropologia;
  • Sociologia;
  • Economia;
  • História;
  • Filosofia.

E não há um conceito ‘superficial’ quando ditamos essas ciências. Quando falo de psicologia, não estou falando de psicologia barata. Estou falando de estudo comportamental, de análise de como a pessoa se vê, como ela se relaciona com a sociedade, com um grupo, com uma matriz, com um nicho. E a psicologia ela vai até um limite, daí temos outras ciências que passam a compartilhar seus vieses para tornar a resposta possível.

A psicologia estuda o indivíduo, a sociologia estuda este indivíduo em uma sociedade, grupo, população, nação. A antropologia estuda o conceito do ser humano em uma civilização. Sua evolução, sua modernidade. A história ela é cooperada por filosofia, sociologia e antropologia, porque se fosse separada, ela seria só fato histórico. E nestes caso, você quando estuda um grupo populacional, não estuda só no presente, e sim no passado (recente, remoto e até pré-histórico).

Sabemos que a influência na infância nos acompanha a vida inteira. Não é diferente de um organismo maior, como a sociedade. A cultura japonesa é tradicionalista, atua com duas filosofias (que muitos erroneamente nomeiam religião) xintoísmo e budismo. Esse equívoco gera outros equívocos. A religião é dogmática, a filosofia é mutável. Uma para e a outra anda. Se você considera budismo ou xintoísmo um conceito religioso, provavelmente vai cometer alguns erros de julgamento, que podem gerar crises.

Para dar um exemplo do que estamos falando. UX Design não é o design. Design não ‘desenho’, embora possa ser aplicado com este sentido. Mas quando associamos a esta composição e relacionamos ela ao Marketing, Publicidade. Estamos falando de design como planejamento. Design como o desenho do plano. Desenhar um mapa de ações. Desenho de um conjunto de táticas. Que ainda pode ser feito através do próprio desenho, não é o ‘desenho’ próprio.

Logo quando falamos de UX Design estamos nos referindo ao estrategista de UX. Esse nome ele nos confunde, porque no Brasil, Design é entendido como design gráfico. Design visual. E apenas. Lá fora, Design significa desenho, mas quando falamos de negócios, ela muda seu sentido, e virá planejamento. O ato de ‘criar estratégias’. Quando entendemos o tipo de significado adotado fora do Brasil, mas que é adotado também pelo Brasil, vemos que UX Design não é uma área de Design.

Seria UX Manager ou UX Strategist, a forma mais correta. E por quê isso? Porque temos que chegar nesta conclusão? Porque eu tenho visto muitos absurdos de UX por aí. E isso não tem haver com a capacidade. As pessoas são habilidosas. Mas quando você julga um peixe que não sobe uma árvore, fica evidente, que estamos falando de uma área pouca clara. O peixe será eficiente em um rio, mas fora dele, ele não é. Nem o básico ele fará.

UX Design não se trata de um profissional que mexe com o design visual. Não é o mesmo profissional que lida com a programação visual ou a codificação visual (quando nós mencionamos o Front-End). Na prática de mercado, UX Design é visto ou interpretado como a pessoa que fará uma imagem bonita para fazer um cliente mexer no produto. Soa estranho se falarmos isso em voz alta. Soa lógico se pensarmos mentalmente. Um desenho pode significar uma solução, não pode?

UX Design, como em nossa pergunta do artigo – UX Design para quem? – temos agora uma base para responder qual é o alvo desse ‘profissional’. Antes que a gente chegue lá. UX Design é o publicitário. Se trata justamente da aplicação do conceito de soluções interativas. E de onde ele tirou essas informações? Do Marketing. Que vai pensar se o UX Design precisa construir algo novo, se é preciso implementá-lo, qual é o custo e etc.

O Publicitário por subtópico – UX Design pensa no cliente final. UX Design não é o que você acha. É o que o outro entende. Vamos pensar assim:

  • Você quer vender chocolate.
  • O Ponto de Venda precisa vender chocolate.
  • O cliente precisa entender que vai comprar chocolate.

A experiência do cliente nem sempre é uma FESTA. Experiência do cliente envolve setores e processos, que são:

  • Atendimento;
  • Venda;
  • Follow-up (acompanhamento do pós-venda);
  • SAC;
  • Ouvidoria;
  • Experiência da loja física;
  • Experiência ad loja virtual.

Isso que significa UX Design. Não é o visual, é o funcional. É o que nós interagimos. Um espaço de evento é um UX DESIGN que pensa. Não é um designer de interiores (se inventa nomes). Quando falamos de experiência de cliente, consumidor ou pessoas, estamos nos referindo ao….MARKETING DE RELACIONAMENTO que conecta-se ao MARKETING DE SERVIÇOS.

UX Design é um processo estratégico publicitário e Marketing para criar a possibilidade de conversão (compra) e garantir fidelidade e a volta do cliente. Embora o nome soe bonito, esse é o objetivo do Marketing desde de sempre. Por isso que a invenção do nome, sem entender a base, torna-o supérfluo e mesmo, inútil.

Eu sempre faço aos meus alunos a analogia do jogo de RPG, Dungeons and Dragons, que eu falo que nos anos 90, você tinha 4 classes de personagens para jogar. O mago, o bárbaro, o arqueiro e o anão. Mago era o conjurador, bárbaro era a força bruta, o anão era o furtivo e o arqueiro era o combate a distância. Cada um deles concentrava uma importância única.

Você precisava ter um mago no grupo, senão em certas aventuras não funcionava. Então pensava-se em que o processo de build (que significa construir o personagens com habilidades e caraterizações) fosse acompanhado de perto por cada membro. Porque se você fizesse o seu mago ou bárbaro errado, todo mundo pagava caro.

Hoje, existe um conceito chamado balanceamento. Que torna o mago inútil, porque você divide ele 15 outras classes. No passado, só ele podia conjurar magia, hoje todos conjuram magia. O mago se tornou irrelevante. O furtivo? Todo mundo tem furtivo. O arqueiro? Todo mundo tem arco. Temos mais classes e nenhuma é potencial. Temos perda massiva de potencialidade e menos unicidades. Mesmos singularidades. A precisão, a habilidade e a maximização eram os fortes.

UX Design existia no passado apenas com o nome de Marketing, porque era um processo de umas das etapas de ação que você planejou lá no plano de Marketing. Hoje, se separa o UX Design de Marketing e isso torna as soluções…inúteis. Você acha que é assim…e ponto. (Risos)

CONCLUSÃO.

Ux Design, precisa ser compreendido como o profissional que lida com o cliente, mercado e produto (e já chamamos isso de publicitário e profissional de Marketing). O inteirar desse termo é amplo, porque estamos falando da usabilidade, da funcionalidade, do conceito de adquirir, do conceito de usar e de solucionar um problema. O UX Design não se refere apenas ao conceito comercial de contato, que nós definimos ali em cima, como sendo atendimento, venda, sac, essa é a experiência do usuário com sua empresa.

Ainda temos a experiência que abrange tudo:

  • UX Design para produtos;
  • UX Design para reclamações;
  • UX Design para serviços;
  • UX Design para ampliação de produtos e serviços;
  • UX Design para programas e campanhas publicitárias;
  • UX Design para Marketing de Guerrilha;
  • UX Design social;
  • UX Design econômico;
  • UX Design interno (a comunicação interna e/ou endomarketing).

Estou citando alguns. Tudo que você pode identificar como sendo ‘algo’ que uma pessoa vai entrar em contato, o UX Design é existente. É aplicável. Por isso o perigo de não associar o UX Design ao Marketing, e sim como uma extensão do Design (visual) e não como Design (Planejamento). E achar que é um campo novo. Espero que vocês tenham aproveitado a leitura e até a próxima.

Pílula de Marketing (98) – O que são produtos laterais?

Produtos laterais pega emprestado a expressão “efeito colateral” que se resume ao conceito de efeitos que influenciam através do efeito principal. Por exemplo, um shampoo higieniza e fortalece os cabelos, mas também pode ser usado para criar sustentabilidade ambiental, por uma mudança na consistência da embalagem. Vamos entender esse conceito a conhecida camadas de produtos.

Já ouviu falar da palavra chave – “Inovação”? Sabe quando a gente pode usar isso sem precisar de fato ‘criar algo do zero’? Inovar é demonstrar um lado novo, nem sempre significa do zero. Então podemos concluir que se usarmos uma cadeira não para sentar para ser usado para descanso do pé, seria uma inovação. Simples exemplo, mas que vai nos ajudar na compreensão do artigo.

Produtos laterais é um efeito colateral do produto que originalmente foi criado para ter uma função e agora pode assumir outra função, sem muitas vezes, mudar sua forma ou até mesmo seu modelo de consumo. Ou até pode mudar, mas partimos que aquele produto sugere outro sem precisarmos mudar 100% de sua infraestrutura.

Vamos aos exemplos:

  • Uma consultoria de Marketing vira uma aula de Marketing;
  • Uma venda de sorvete vira um tutorial de receita de sorvete;
  • Um trabalho de intérprete vira um professor daquele idioma;
  • Um professor de artes manuais vira um vendedor de peças artesanais.

Convencionamos a mudança de um produto A para um produto A do tipo 2. Veja que nos casos anteriores nós transformamos um modelo de produto para um outro modelo do mesmo produto. Um executa o serviço e e outro ensina sobre o serviço. E neste caso, ressalto, a forma de abordar, executar e entender mudará o produto em algum grau.

Não é o mesmo que vender um sorvete de que ensinar a fazer um. São comunicações e formatos diferentes.

PRODUTO COLATERAL É PRODUTO AMPLIADO? TEORIA DAS CAMADAS DOS PRODUTOS.

Não, para resumir. E para explicar, vamos entender o que é isso de camadas de produtos. Quando nós estudamos o P de produto do Mix de Marketing, nós compreendemos que o produto pode ser visto pelo produtor e consumidor de forma diferentes.

Quando o produto ganha mercado, perde ou se estabelece ou nem estabelece vínculo, o produto é visto pelo mercado (ambos) daquela forma em que se apresenta.

O produto principal executa uma função. O carro executa a função de locomoção. Essa é a função primária dele. É o que faz o carro ser um carro. Se ele for ampliado, será um carro com algo mais. Um bônus, um extra. O carro agora tem um detector de movimento traseiro, isso é produto ampliado.

O detector é um produto, o produto ampliado é o carro. Por que pensar assim? O detector ele é a parte um dispositivo que vai integrar outro, ele precisa ser ‘analisado’ a parte. Mas o carro será visto com um UPGRADE em seu valor (intenção e propaganda).

Produto Colateral não é um sinônimo de produto ampliado. O detector não vai alterar a natureza substancial do carro. Vai aumentar a segurança do carro. A segurança é um requisito existente no próprio carro, então o novo dispositivo vai torná-lo mais eficiente em sua função primária, que é locomoção.

Se o produto que amplia ou o produto que é ampliado passa por uma alquimia e passa a ser um produto colateral. O que isso quer dizer? Que o detector de movimento ele mudaria a função de locomoção ou mudaria o propósito do carro como um todo? Para isso acontecer, o detector deve ser visto como uma função do carro. Ou seja o carro anda, mas serve para detectar movimentos nas traseiras do próprio ou de outros veículos. Complicado?

Se o carro muda sua forma de ser usado, no lugar de transportar pessoas ele é usado para corrida, ele será um produto colateral? Sim. A maior mudança na realidade, perceptível é mudar o conceito do carro, essa percepção é mais fácil porque ela muda a função. Por exemplo o carro anda, é a sua função, na corrida ele continua andando e com o detector ele continua andando, ainda assim ele poderia ser identificado como um produto colateral.

Agora se ele é utilizado para ampliar a potência do seu PC usando a cilindrada no lugar de corrente elétrica, é mais óbvio de entender? Certo. Ou de usá-lo como uma casa. O próprio conceito de Trailer é essa mudança. É um carro casa. É um produto ampliado e colateral.

ESTIMULE SUA CRIATIVIDADE PARA OS PRODUTOS COLATERAIS.

Produtos colaterais são uma forma de explorar o que se tem para uma nova forma de interação. Usar algo para outra função. Nem que seja de uso temporário. O carro pode ser uma casa e continua um carro. Ou pode ser usado como mesa de escritório, como é comum ver em alguns lugares. Ou até mesmo além de carga, ser usado como balcão de vendas de salgadinhos.

Mude sua percepção sobre um conceito de função para outra função. Permanente ou cíclica (temporária). Um exercício e procure explorar o que a nova função inova ou cria de obstáculos e pense, como você venderia isso?

  • Uma cadeira
  • Um lâpis
  • Um pano de prato
  • Uma bicicleta
  • Uma tábua de madeira

Dica: Pense na função principal ou se não tiver função principal definida, pense no que esses objetos poderiam ser utilizados para começo de conversa.

CONCLUSÃO.

Produtos Colaterais são vistos como uma tática dentro do conceito de inovação. Não é uma invenção de quem vos fala. Ela é tratada em muitas estratégias de modernização. É um complemento dos estudos de desenvolvimento de soluções. Até a próxima.

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O que são produtos Colaterais?

Pílula de Marketing (80) – Tenho 30 anos e vou mudar de área.

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Esse título é provocativo. Não representa minha idade real. E pelo que me lembro nunca a mencionei para ninguém, a não ser em cadastros que pediam tal informação. Verbalmente nunca. Talvez esse conceito de dizer a idade esteja na crença limitante dos seus esforços, é isso que eu quero trazer neste artigo. Nossa Pílula do Marketing número 80, trata do perigo de você mencionar sua idade em qualquer decisão que toma.

ETARISMO, ETÁRIO e IDADE.

Não muito tempo, tivemos um episódio infeliz de um grupo de estudantes que atacaram uma colega, pelo único motivo dela ter 40 anos em um ambiente acadêmico. Foge a mim uma lógica do porque isso aconteceu. Mas não é tão oculto a justificativa. O comum é associarmos limites as marcas para criarmos padrão. E neste caso, a idade define o que o ser humano pode fazer e não pode fazer, é um aspecto cultural aceito.

Já ouviu aquela frase – “Não tenho idade para isso” ou “Você já tem idade”? Com certeza já ouviu outro bordão – “Você já está grandinho(a)”. Ainda temos um outro parecer, quando aqui no Brasil, chegamos a idade definida pela lei (bem claro isso), que aos 18 anos você é considerado um adulto, muitas pessoas julgam que ali a pessoa terá toda responsabilidade e zelo necessários para tocar a vida. Mas estamos falando de uma idade legislativa. E não biológica.

Como um indivíduo pode ser adulto e maduro passando apenas por alguns dias? Dos 17 para os 18? Ele(a) era imaturo(a) aos 17, ao chegar aos 18, um passe de mágica, e pronto será um adulto perfeito? A crença da idade é mais antiga, enraizada. Pouco provável que estejamos vivendo um esclarecimento que a idade é um limite. Porque sempre foi imposta por nós há séculos como um limite.

Limite para tudo, para ascender, para correr, para acessar, para crescer, para viver, para ter. Talvez o conceito seja menos ‘autônomo’. Os limites são usados pelo ser humano também para se policiar, ou mesmo pelo lado não tão positivo e útil, para desdenhar desculpas sobre o que não quer fazer com o fator limitante. Por isso você escuta – “Se eu tivesse menos idade eu faria”. E agora com essa idade ele(a) não pode fazer.

A pergunta seria, por quê não pode fazer? Idade é um conceito numérico que define o tempo atual ao momento que nascemos. Pegue um ano diminua do ano que nasceu e terá sua idade. A grandeza quantifica seu tempo de vida e não um limite. O segundo caso é imposto pelo ser humano, o primeiro caso é uma obviedade matemática. Por que falar a idade pode ser no final, um mal negócio? E agora no próximo tópico vamos falar sobre alguns aspectos que você deixa passar, e pode ser o motivo pelo qual você de fato procrastina e não vai para frente.

TENHO 25 ANOS E VOU FAZER UMA NOVA FACULDADE.

Não menciono sempre que é curioso ao ouvir uma pessoa decidir publicamente que vai tomar um caminho e antes de se apresentar ou dizer porque disse aquilo, ela menciona a idade. Ela determina uma quebra de padrão. Fazer faculdade aos 50 anos é um tabu? Fazer faculdade aos 15 anos é outro tabu? A idade é definida pelos padrões. Dizem que para você fazer faculdade tem que ser aos 18 anos, cravado.

Se fizer antes, tem coisa se fizer depois é aposentado arranjado moda. É uma pergunta, o quê? O que é isso? Tem outro bordão – “Você não tem idade para isso”. Não ter idade para isso e ter idade para aquilo define limites. Então vamos parar de falar no termo substituto – idade, vamos falar sobre os limites. Quando alguém falar – “Tenho 25 anos e vou fazer uma nova faculdade”, vamos substituir idade por limite, seria “Tenho um limite e vou fazer uma nova faculdade”. Vê como soa realmente?

Ou como soa esse título – “Tenho um limite e vou mudar de área”. Esse limite foi ultrapassado? Por isso você está destacando ele? Ao passar pela porta azul você agora não pode mais voltar e escolher outra porta. E então ao tentar voltar você fala – “Estou na porta azul e vou para a porta vermelha”. O fato de destacar seu estado atual define a limitação. Logo ao dizer sua idade você está criando um limite.

LIMITES? POR QUE DESTACAMOS?

Bem antes do caso das estudantes acima, essa citação de idade é recorrente. Há um consenso, mais ou menos impactante a depender de onde e quando falamos, que a idade é um conceito que não representa sua quantificação existente e sim um conceito de estar amarrado. Compactado. Ou seja, ao mencionar sua idade, você declara nitidamente que tem limites. O outro não vai reparar muito isso, mas você precisa saber. Que você acredita que tem limites, independente de sua convicção.

Não confundam que ao mencionar isso você esteja querendo motivar outros. Veja, aos 50 anos eu posso, logo você pode. Um ou outro terá algum impacto neste sentido. Mas a maioria está dizendo a idade não para motivar terceiros, e sim para se convencer que apesar daquela idade, ele(a) pode fazer o que está se propondo. E muitos desistem, mas eles possuem uma salvaguarda.

Eles falaram que tinham 50 anos. E seria provável que desistissem. Aqui é um outro ponto que sabemos que há uma normalidade. Aceitação da derrota antes dela ocorrer, já deixando claro, que isso é possível e que a pessoa, ela, não seja responsabilizada pelos resultados. Aliás, ela fez isso em uma idade, que ela julga, não ter mais ‘forças’ para tal empreitada. Compreenderam esse ponto?

Com uma parcela ínfima, temos uns dois de dois milhões que de fato irão fazer uso dessa comunicação, revelar sua idade, para influenciar positivamente as pessoas. E normalmente elas não falam a idade como um fato determinante. Elas falam dentro de um contexto. Por exemplo:

  • Estou pensando em fazer uma segunda graduação, acho que é o momento certo. Sempre quis. Então estou satisfeito(a), pois terei agora a formação que mais estimo. E vejam que procuro dizer isso à vocês (considerando que esta pessoa está em público) que não existe limites para quem quer, nem para este que vos fala que tem 60 anos.

É diferente da pessoa que fala:

  • Sou Paulo e tenho 45 anos e vou fazer uma segunda graduação, porque acho que é o momento certo. (E acrescente o restante do texto acima).

O primeiro destaca que há um conceito de vida, e agora ele quer fazer diferente. O segundo conformado com a idade e o tempo que passou, decidiu em fazer esse novo caminho. O novo caminho será feito, mas há diferença em porquê eles estão fazendo isso e quais os obstáculos claros da situação. O primeiro caso desvenda o direito de fazer o que for e demonstra que há fôlego para isso, por isso cita a idade.

  • Apesar dos meus anos de vida, tenho gás para uma graduação.

O segundo caso demonstra conformidade e tentativa de superar um obstáculo cultural.

  • Apesar da minha idade eu sei que posso.

O primeiro define um conceito que permite entender que está inserido em começar realmente um novo momento da vida. O segundo é preso as amarras culturais que o impedem de ser o que quer ser por um limite imposto (no caso a idade).

O segundo caso é o mais comum. Citar a idade é clareza de auto limitação. E isso impacta seus resultados. Dizer que é CEO de uma empresa aos 16 anos não tem qualquer significado quanto ser CEO aos 40 anos. Dai você pensa. Bem é normal que um de 40 anos seja CEO e de um 16 não. E com certeza, o de 16 ganhou por herança e o de 40 foi pela labuta. Não é? É assim que você vai concluir? Tudo por causa da idade?

A idade limita o senso. O de 40 anos pode ter conseguido de mão beijada, o de 16 pode ter trabalhado. Mas a idade nos conforma pelo modelo pronto. Esse modelo pronto é um perigo. Você ter 50 anos não significa ser maduro, você ter 15 anos não significa ser irresponsável. As pessoas não são quantificadas. Elas não podem ser mensuradas por números. A idade significa a distância do ano atual e do ano que ela surgiu, só.

A forma de avaliar habilidades, possibilidades, potencialidades, estão associado aos resultados somado aos ganhos que ela obtém pelo caminho. E não estamos usando o conceito de 25% ou 100% para contabilizar performance. 25% pode ser melhor que 100%. Um trabalho bem feito 1/4 do tempo é melhor que um 100% errado. Nós só conseguimos ver o nosso grau de alto valor de resposta, entendendo o que conseguimos.

Um ano para uma pessoa é diferente para cada pessoa. Você pode aprender um idioma, pode viajar, pode fazer nada. E terá diferentes resultados, claro não ‘excluímos’ que cada pessoa é diferente a ponto de dizer que 6 meses de uma é gradualmente diferente de outra.

REFLITA SOBRE ISSO!

Ninguém é impedido de dizer o que pensa. Não é o interesse desse artigo. Se você ler até aqui, não vai aos comentários acusar – “Mais um ditando regras”, mas se leu até aqui, compreende que ele tem a única meta de fazer ver que você próprio está colocando um limite. E que de uma forma muito clara está falando isso ao mencionar ou fazer ações. Não apenas a idade é um sinal de auto limitação.

O desvio do olhar também é. Ou mesmo o recuo das mãos. Ou até a forma de falar. Pode indicar limites auto impostos. E aqui precisamos repensar ou talvez até perceber esses micros sinais que emitimos. Então olhe para o seu texto (ou fala quando der), e note se há alguma expressão ou passagem sem muito sentido, ou contexto.

Ao falar sua idade e uma informação a seguir, isso significa o quê? Ao falar o seu nome, o quê? Ao dizer o seu gênero, o quê? Ao mencionar sua cidade natal ou de residência atual, o que significa? Eu costumo sempre dizer aos meus alunos, que tudo é uma comunicação bem construída por uma estratégia. Não apenas de Marketing. Marketing se vale da comunicação. Você aprende primeiro se comunicar, para depois fazer uso de outros recursos. Senão o propósito se perde ou se confunde.

Toda comunicação é estratégica. Ela pensa sempre em atingir um objetivo fazendo uso de métodos de emissão, recepção, analogias, ilustração e assim por diante. Se você se identifica para alguém que não te conhece, o que você quer dizer com isso? É um exercício de interpretação. Qual é a recompensa? O que você ganha com esse artigo? É uma decisão íntima. Ela pretende que você pense em suas falas e ações. Elas revelam o quê?

Ao identificarmos isso, podemos superar e demonstrar habilidades, dar foco á elas do que aos conflitos, por exemplo. Todos tem problemas, todos tem algum limite, ou são impostos ao limite, todos são influenciados culturalmente. E somos moldados a sociedade que nos cerca, é um padrão social observado (Emilie Durkheim).

Somos associativos, relacionais e conflitantes. Passamos a vida fazendo a pergunta existencial e tendo respostas duvidosas. Talvez no final do caminho teremos uma resposta mais simples. Ou de que dependia de nós em ter essa resposta. Não era ali e nem lá. Esse conceito filósofo da existência nos permite entender que o próprio termo ‘idade’ configura um temor.

A idade nos revela a mortalidade. E a pressa. Ter idade é definir maturidade (mesmo que não haja), é definir impedimento (mesmo que não tenha), ou padrão social (mesmo que não faça sentido). Usamos a idade para configurar – “Eu não posso, eu posso”. Mas se você não soubesse sua idade. Como faria essas relações? Como definiria que não pode fazer uma graduação? Como definiria que pode fazer uma viagem?

Não definiria, não tão fácil. O jeito seria tomar uma decisão e ver os resultados que colhe pelo caminho, como sempre foi. Em um tempo, primordial, para não recairmos em uma época em que a matemática era conhecida e que os padrões sociais começavam a se distinguir, pegamos uma era em que o homem (antropológico) era um resumo de sobrevivência.

Ele pensava – “Tenho que fazer tudo que posso, pois o meu limite é aos 30 anos”? Provavelmente não. Ele sabia quando era pequeno, tinha menos força de agora. Mas ela não associa que aos 8 anos ele não tinha a força de 20 anos. Ele apenas concebia que se continuasse a fazer o que fazia, ele iria continuar vivo.

Quando mensuramos a idade, tiramos do conceito que o homem que aos 8 anos tinha que se virar, agora não pode, porque ele é menor de idade. Ou o mais idoso não podia se mexer senão quebra um osso, no tempo da cavernas, não existe essa de limite de aposentadoria. Ou caça ou morre. Não havia uma diretiva ao contrário disso.

O ponto aqui é: No passado tínhamos um conceito de sobrevivência, se a idade limitasse ou o que fosse, a raça acabava. Pois que 30 anos era uma idade máxima naquele período, imagina se você acha que está aposentado? A tribo morria de fome. A essa observação, a relação natural das coisas, pense que se isso nos permitiu sobrepor obstáculos, independente do gênero, tamanho ou situação, porque hoje, quando a situação é mil vezes melhor, temos a famosa fala – “Se fosse em outra ocasião eu conseguia”.

CONCLUSÃO.

Este artigo é uma provocação. Que espero ter atingido seu objetivo. Independente de sua crença em relação à isso, ou de seu entendimento e como se você se situa. Ou se faz diferente do que é proposto neste artigo, a briga não é gratuita. Eu compreendo que mencionar a idade ou o que seja, pode configurar inúmeras outras interpretações. Mas a mais comum de nossa sociedade é a mortalidade, o limite, o conceito do não posso. Então meu artigo se direciona para o índice mais comum do que a palavra ‘idade’ pode conter.

Até a próxima!

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