Pílula de Marketing (104) – Funil de vendas para Cold mail

Cold Mail é uma tática de venda que se faz por abordagem direta utilizando um canal tradicional (cartas, vendedor de porta) ou digital (WhatZap, Mp ou e-mail) sem a devida necessidade de primeira apresentação, já considerando uma CPA garantida (Venda) para um cliente em potencial.

Funil de Vendas é a trajetória utilizada para conhecer os perfis do CLIENTE | PONTO DE VENDA | LOGÍSTICA | COMPRA E VENDA | FOLLOW UP, que se resume, a jornada de compra. Vamos lá!

ESPERE ANTES!

Clique aqui para ler um artigo que fiz sobre táticas de COLD MAIL. E se você me acompanha pelo Linkedin, assine a minha NEWSLETTER de Marketing e Publicidade – clique aqui. Sem delongas vamos ao artigo.

Há inúmeros ‘funis’ de venda, estão associados a natureza específica. O que chamamos de jornada de compra leva em consideração ao modelo da figura acima. E não é exatamente o mesmo funil de venda e sua variante.

Vamos ver isso em um exemplo para ficar mais claro do que se trata. Imagine uma loja do comércio local, um varejo de produtos de peças para o lar (Tok Stok e etc). Quando o profissional de Marketing elabora o funil de venda ele considera elementos específicos da loja para construir a JORNADA DO CLIENTE.

TOPO DO FUNIL.

Visitante se refere ao que chamamos de ‘potencial’ cliente. Ele não é um cliente ainda. É alguém que se interessou entrar ou mesmo olhar a vitrine. Neste momento, ele está explorando o que há de novo. (Lê-se “Aprendizado e Descoberta”, como na figura).

Leads se refere a demanda do visitante. Ele procura por algo? Ele só está tomando tempo (esperando)? Nesta fase temos o que se chama de “identificar o que ele está procurando ou o que está fazendo. (Lê-se “Reconhecimento do problema”)

MEIO DO FUNIL.

Oportunidades é quando descobrimos que o visitante deseja algo de fato (dai ele se torna um cliente potencial), ele está ali para comprar uma solução para o seu problema (identificado no Leads, do topo do funil). A oportunidade é meramente o ato de comprar (e não significa exatamente algo que você pode ampliar a venda) lê-se “Consideração da Solução”

FUNDO (OU BASE) DO FUNIL.

Clientes é o que chamamos de CPA (Custo por conversão) extraído do antigo Google Adwords (hoje Ads Google), se refere a decisão de compra. O visitante reconhece que tem um problema e que você tem a solução, desperta interesse e ele se torna um possível comprador (por isso Potencial Cliente) aqui ele está na fase das decisões de compra. Lê-se “Decisão de Compra”

QUE MINI-MUNDO PODEMOS CONSTRUIR COM O FUNIL DE VENDAS?

Essa explicação nos permite olhar para uma pessoa avulsa que entra em uma loja de produtos para o lar, você vendedor a observa, e precisa ‘entender’ se o olhar (Exploração) dele se refere a procura de algo ou que está usando aquele tempo para pesquisar algo ou ainda está ali para ganhar tempo. Depois que você identifica que o visitante está procurando de fato alguma coisa na loja, vem a parte de explorar que tipo de solução ele está procurando (oportunidades).

Se ele resolver comprar ali, ele se torna um cliente. Senão, sua tentativa se resume a uma análise superficial de consumo. Já que mesmo com este contato (que não terminou em compra) gera informação para o seu Marketing.

Agora que sabemos o que é e como funciona um Funil de Vendas (Jornada de Compras) podemos entender como ele funcionaria para sua estratégia de Cold Mail.

FUNIL DE VENDAS PARA COLD MAIL.

Cold Mail é uma abordagem com o foco em vendas garantidas. Ou seja, você pensa em entrar contato com um CLIENTE e não um visitante. Acontece que a maioria de quem pratica Cold Mail no mercado brasileiro, não faz um Funil de Vendas e crê que irá ser bem sucedido ao fazer o famoso “MP das Vendas” sem se apresentar. O mínimo de pesquisa realizado é uma busca superficial em algum perfil de redes sociais.

Falei no artigo que recomendei para vocês lá em cima, que tinha alguns vendedores que até acertava a minha função na empresa. Ou até mesmo falava com aquela propriedade de ‘imponência’ – “Vi que você é o responsável de Marketing da empresa X” (quando o referido é o fundador e CEO dela). Vi que você é professor (mas não sabe onde esse professor trabalha, com que linha de pesquisa é especialista e nem sabe o que o faz ser professor.

Essa pesquisa é a chamada mínima da mínima, você não está fazendo funil de vendas. O primeiro passo é compreender 100% do que o seu alvo (target) é. Não adianta só identificar algo óbvio no perfil. Quem é ele(a)? Onde mora? O que faz? Como é reconhecido no mercado? O que precisa? O que parece precisar? Essas são as perguntas sensíveis de seu funil.

Se não vou continuar ou outras pessoas o VISITANTE. O visitante não compra. Ele só explora e olha. Se o Cold Mail considera uma venda pronta, você precisa transformar o VISITANTE em CLIENTE antes disso. E não se transforma alguém em algo apenas porque você ‘ofertou’ algo do nada. Claro que essa confusão se dá pelo desconhecimento pleno de três pontos importantes:

  • Marketing;
  • Tática de Vendas;
  • O que é Cold Mail.

Até a essa altura eu acredito que vocês já tenha entendido que o FUNIL DE VENDAS o ajudará a VENDER. E no caso do COLD MAIL que tem uma margem de erro muito pequena, vai ajuda-lo(a) a construir uma certeza de venda. Mas como você pode elaborar um Cold Mail eficiente com um Funil de Vendas?

COMO FAZER UM FUNIL DE VENDAS PARA COLD MAIL?

Intencionalmente Funil de Vendas parece reduzir ou há uma impressão, de redução de trabalho que você terá (risos). Funil de Vendas é alimentado pelo Plano de Marketing (que é tido como um ‘monstro custoso’ ou algo muito complexo). Quando você entra em contato com o cliente (seja pelo vendedor) ou pesquisa de mercado. Essas informações irão para onde?

Para o SIM (Sistema de Informação de Marketing). E o que vai acontecer lá? Será analisado e passará por uma bateria de apurações para chegar em uma certeza e resposta. E teremos respostas assim:

  • Esse pessoa é um cliente potencial?
  • Ela tem um poder aquisitivo baixo, médio ou alto?
  • Que tipo de campanhas podemos realizar para atraí-la?
  • Quais os pontos vulneráveis e críticos dessa relação comercial?
  • O que chama atenção dela?
  • O que repulsa atenção?

Muito dessas respostas irão alimentar ideias que nos proporcionam o uso de táticas específicas. Claramente que um contato de uma pessoa em sua loja física, ao entrar em contato com ela por mensagem privada ou outro meio qualquer, não se configura mais como um COLD MAIL, e sim um atendimento.

Mesmo as vendas elas precisam neste caso terem respaldo. Cold Mail tem um entendimento geral de ser uma VENDA AVULSA. Por isso que destaco que isso demonstra desconhecimento pleno do que se trata. Cold Mail PRECISA (compreendam) que você saiba nos mínimos detalhes do seu CLIENTE POTENCIAL.

Então o plano de Marketing irá solucionar o que você irá fazer para prospectar esse cliente. Porque agora você já sabe mais do que óbvio dele. Você o conhece. E há uma máxima em Marketing – “Nós compramos apenas em quem confiamos”. Se você o conhece, você não é mais estranho, você é um conhecido. E conhecidos esbanjam confiança.

Esse é impacto que o Marketing quer criar em sua audiência desde de sempre. Sem ele, não adianta aqueles recursos caros que você conheceu em um seminário na Inglaterra. É puro e simplesmente, o ato de criar confiança.

Lembre-se que Cold Mail é uma tática definida pelas necessidades que o Marketing encontra. Não é a tática que existe primeiro para depois fazer plano de Marketing. É no plano que definimos que tática iremos usar, a depender, das informações que nós encontramos. E o importante aqui não é que é uma imposição segundo as regras, seguir esse passo a passo, é que se você for parar para pensar, faria sentido em você comprar um carro sem planejar para quê vai usá-lo?

Não faria sentido montar um plano e deste entender que é preciso comprar um carro? E se o plano disser que um caminhão é mais custo e benefício? E se for uma bicicleta? Ou mesmo, senão precisar de um veículo? Olha o custo que você teve, perceba bem o prejuízo de suas ações premeditadas. Conseguem compreender?

Para efeito geral, que sirva de importante lição, não siga o que os ‘truqueiros’ de internet ensinam como sendo um pote de milagres. Se para ele funcionou é porque ele fez um plano. Se para você vai funcionar, depende do seu plano. E isso serve para áreas exatamente iguais. Quem dirá diferentes?

CONCLUSÃO.

Cold Mail se trata de uma tática definida em um plano de Marketing, previamente elaborado. Se essa tática servirá para você, é o seu plano que dirá. Se você vai usá-lo, precisa ter as informações corretas para fazê-lo acontecer. Cold Mail não é uma tática avulsa de venda, ela precisa compreender em 100% o seu cliente antes do primeiro contato, é um verdadeiro trabalho de detetive.

Não há quase margem de erro. Ou você sabe tudo ou não sabe nada. Funil de Vendas é um conceito tático interessante, mas estou aqui explicando-o porque ele faz parte da construção básica de qualquer tática. O Cold Mail se você precisa dele ou não, terá que encontrar essas respostas em uma pesquisa afinada e não porque acha que é bom ou porque ouviu que é bom. Até a próxima!

Pílula de Marketing (86) – Temos que falar sobre Leniência de empresas sobre oportunidades

BREVE INTRODUÇÃO

Há um shopping perto de onde moro que costuma perder muitas oportunidades diárias. É um shopping grande, conhecido, com alguma boa fama, bem localizado, é um coração no bairro, se há outros shoppings, com certeza esse é o mais visitado. E por acaso, todo mundo passa por ele, mesmo que seja apenas para usa-lo como túnel de uma rua para outra. Mas ele é notável. Mas não é uma reciprocidade, e temos que falar sobre isso neste artigo.

No final de 2023, em dezembro precisamente, estava em minhas explorações pela cidade, e dei de encontro com um evento de cosplay e anime que acontecia no último andar desse Shopping. Fiquei surpreso, porque as redes sociais (bem movimentadas) do empreendimento nem sequer citava desse evento (nem em fase pré e nem durante). Era um evento de Genshin Impact (um MMO com traços de animes).

E não é a primeira vez que isso acontece. Esse Shopping tem quase 30 anos, e neste período de tempo, aconteceram pelo menos desse tipo de evento umas centenas de vezes. E só através de uma passada por acaso, eu flagrei os eventos. Vamos falar sobre a filosofia corporativa do - "Vai me pagar para fazer mais?" e do "É um evento local, o que me importa?" para entender que a crise não surge na porta da noite para o dia e nem sequer tem haver com um fator apenas.

MARKETING E SEU PAPEL NAS OPORTUNIDADES.

Já deve ter lido que com o Marketing conseguimos achar ou criar oportunidades. Não é mesmo? É aqui que vou explicar como é que se faz isso. Esse Shopping, real, que vou abster de dizer o nome apenas para fins didáticos, apesar da força e grandeza, aparentemente possui um departamento de Marketing centrado no lucro comedido as suas próprias ações (o que gera um engodo) uma vez que oportunidades não tem endereço ou hora marcada, nem sempre.

Quando você faz o seu plano de Marketing, contabiliza tudo como possível oportunidade, até uma crise. Nem sempre é possível transforma-las, mas sempre é possível pensar em possibilidades. Se você já pensa em algo, de antemão, não é mais fácil visualizar a coisa como um todo? Ninguém consegue montar um avião em pleno voo se não planeja isso. Até que é possível, mas só se você sabe como fazer. Provável que você e as peças de montar do avião fiquem estatelados no chão.

Agora se você planeja como vai montar as partes essenciais que fariam as peças de montar do avião pelo menos planarem, já poderia ter uma 'estação' área para montar o resto. Mas se não o faz, é novamente, que provável você não consiga nem sequer mexer um dedo. Porque não sabe como fazer isso. Não tem um plano. Um plano que o permita se mover.

Qualquer empreendimento como este Shopping pensa em patrocinar o que ele paga do bolso (certo por um lado, crítico pelo outro), vou explicar. Se uma loja interna do Shopping faz um evento, e o shopping não teve nada haver com isso. Seria uma ação prática ignorar? Pode ser uma ciência exata a tabela orçamentária no final do dia. Mas na prática do Marketing é uma oportunidade que você perdeu e provavelmente uma margem de lucro futura.

No caso do Genshin Impact, foi uma realização de uma empresa em cooperativa a um cinema local. Entenda que o cinema não exibiu nada do MMO, mas como foi usado seu espaço para um evento, eles ganham leading. Por conseguinte, se o Shopping faz propaganda (neste caso, sem vínculo orçamentário), ele impulsiona o cinema (que chama cliente), ele anuncia que apoia animes, MMO e comunidade gamers (que chama cliente), sem precisar de fato em injetar dinheiro (concordam)?

Pois bem, duvido que a comunidade Geek saiba que esse Shopping fomenta eventos e atividades que os agradem por esta visão da chamada economia ou da máxima "Não estou pagando, o que me importa?". Por isso os estudos de macro economia (e macro ambiente) se dizem respeito a estratégia de Marketing. O que importa?

Importa que o evento aconteceu nas imediações internas do Shopping. Isso significa que foi possível realiza-lo, porque ali existe um Shopping. Criar uma reputação (imagem), torna-o uma referência aquele público. Que não é pequeno, se tratando de movimento Geek. A maioria dos Cosplayers não são adolescentes, são adultos, com poder aquisitivo e em sua maioria, alto poder aquisitivo. Geek não é uma geração atual, é uma coligação de gerações. Vide CCXP.

O evento move por ano milhões e cresce a cada minuto. Ir a uma edição é como se batizar como Geek e fazer parte do movimento de economia potencial. Seja você um espectador ou um patrocinador. Traçar um curso de como o mercado de eventos funciona é entender que ela move oportunidades de lucro quase intermináveis. Se você opta, você cria um ecossistema em potencial. Esse ecossistema gera oportunidades a todo instante e canto.

Agora se você não opta, você quebra um ritmo e aumenta os custos para atrair pessoas para o seu empreendimento. Uma vez que eventos são catalisadores (evento são táticas de Marketing de Guerrilha, Experiência e Interação) ou o chamado Live Marketing, que tem o poder de um anúncio só que um custo menos 'forte'. No lugar de você pagar 500 mil por 5 minutos na TV aberta você aluga o seu espaço (você ganha) e promove (de graça) um evento de interesse ao um público grande.

Plano de Marketing não serve apenas para vender, por isso temos o P de preço para definir o quanto quero gastar para o quanto que quero ganhar. A regra de Pareto se aplica muito bem aqui nesta definição. E apesar dela ser uma filosofia econômica (do termo economia, e não de redução), ela precisa ser pensada para ter autonomia e funcionamento. Nem sempre a regra se aplica. E muitas vezes ela pode significar mais trabalho do que menos, e menos lucro do que mais.

O Shopping perdeu neste último evento (e outros mais) que nem sabemos que existe, porque acreditou que se o cinema é quem hospedou os estandes, é que deveria tomar a dianteira. O problema é que o cinema ficou conhecido por isso e a empresa de eventos também. Mas o Shopping serviu de plataforma (porém ignorada). Como não se importou, provavelmente se consolidou como uma plataforma 'tanto faz'. Tanto faz se o evento de Genshin Impact aconteça lá ou em uma praça. Não se associa que o Shopping é "Geek-friendly".

Sem falar que este referido shopping não é Pet-Friendly. O bairro é um dos maiores detentores de pet do município. É uma perda substancial de clientes. Tem pessoas que gostam de levar suas companhias peludas e se abstém de entrar em lugares que eles não são bem vindos. Outra oportunidade perdida. A tática utilizada é criar eventos para crianças, que é menos eficiente, quando se trata de um bairro em que a taxa de terceira idade é 3x maior que criança (primeira infância) e pré-adolescentes.

Quando que estes, e os adolescentes só podem ir nos Shoppings acompanhados de adultos. O que sobra que o Shopping só atende adultos (em uma minoria) que não representa aqueles que são tutores e se abstém de entrar e aqueles que podem não ser simpatizantes do estabelecimento por outros inúmeros motivos. O que gera um impacto essencial no público (entre aqueles que não são consumidores), nem todo mundo que entra no Shopping compra algo (teste do A/B). O usam como ponto de encontro inclusive.

Essa oportunidade este Shopping percebeu, e revitalizou espaços para sentar, plantas e áreas que lembram salas de espera chiques. Mas não investiram em uma área para PETS e nem possui acessibilidades específicas. Apenas um elevador que vive cheio. Não há rampas, nem alternativas nas escadas que o permitam. E quando há um evento que reúne diversas idades, eles simplesmente ignoram sua existência.

OPORTUNIDADES OCAS: TOMEM CUIDADO.

No nosso Shopping temos uns pontos a considerar, porque ele serve como ponte para entendermos que os outros empreendimentos também podem perder oportunidades como eles. Há cerca de 4-5 anos, houve uma tentativa de reter um público (mais jovem) neste caso um equívoco (este mais jovem envolvia crianças) que não tem uma permissão de andar nos Shoppings sem a presença dos adultos, quando que pela contrariedade se pudessem, não possuem poder aquisitivo suficiente ou quando nulo.

A tentativa foi feita através de uma inauguração de um estande que misturava "Paçoca com Churros" (obviamente um item da culinária infantil e de pais desatentos, risos). Mas que não vai atender a demanda de um bairro onde a terceira idade, a busca pela saúde, terá vez. E pelo público adulto (do bairro ou de outros) que na hora do almoço vai preferir um arroz e feijão, do que uma besteira calórica e provavelmente causadora de queimação de estômago.

E essa inauguração vinha com um brinde, que deve ter custado uns milhões ao Shopping. A contratação de um dia ( de um Youtuber bem famoso no Brasil). E mais, nem sequer anunciou isso nas redes sociais. E não contou com fotos pós para determinar uma parceria e que tipo. A moral da história é que o estande de paçoca com churros não durou nem um mês. Tive sorte de vê-lo um dia que passei por lá.

Essa é uma oportunidade oca. Associar o poder de visibilidade de uma celebridade a retenção de clientes. Não é uma realidade possível. Só seria, se por acaso, o Shopping já tivesse uma identidade desse público. Como eu disse, por regulamentos de Shoppings, crianças não transitam sem os pais. Então provavelmente o evento não teria quase nenhum impacto positivo para o empreendimento. E como praxe, não teve, somente o prejuízo óbvio da instalação do estande (operação), a logística e a contratação do Youtuber.

Fora isso o lucro pretendido nunca foi alcançado e atingir um público sem potencial de poder de compra (crianças, pré-adolescentes e adolescentes) demonstram a ausência do plano.

A maioria pensa em dar valor ao lucro que entra. No caso o aluguel do espaço já lhe basta. Devo dizer com um sonoro - NÃO. Porque o lucro não é um valor que entra uma vez. É um fluxo. Ela precisa continuar existindo para ser chamado de lucro. É lucro uma pessoa ganhar desconto. Uma empresa uma vez é um conceito pontual e provavelmente 'por acaso'. Para a empresa ter lucro é preciso de persistência, portanto, o fluxo.

O Shopping acredita que as pessoas irão entendê-lo como autoridade naquele assunto se um dia em específico levar em consideração que hospedou um grupo Geek. Mas nada é mais forte do que uma conjugação de anúncios persistentes, de que, o Shopping é Geek, é Geek-Friendly. Tirando o fato que foi só usado o seu espaço para o evento, como sub-evento em um cinema, que por conseguinte é o seu locatário, essa foi uma oportunidade "baseada" no "oportunidade oca de pensar".

Tudo que acontecer em uma loja, imediações, dependências de um empreendimento é chance para oportunidade. E isso precisa constar no plano. Porque lembra do que eu falei? Nem tudo é possível ter chance de lucro ou oportunidade. Mas você precisa considerar. O custo maior dessa dúvida, é que você pode perder a oportunidade de ter visibilidade. E isso vai fechar nosso artigo.

MARKETING DE OPORTUNIDADES: TENHA VISIBILIDADE.

O shopping, para o nosso começo de artigo, falei que ele era conhecido. Mas ele levou uns 30 anos para isso acontecer. Esse Shopping se considera um shopping de Elite porque fica em um bairro considerado nobre. Mas nem sempre isso é uma associação compulsória. Na realidade pode ser um Shopping grande, ele tem um custo enorme. Portanto saber lidar com propagandas e Marketing deveria ser o seu forte. Assim ele custearia suas despesas sem precisar apelar para operações que vão de fato aumentar a carga diária de problemas (mais lojas, mais reclamações).

Mas não atende a demanda do bairro. E se não atende, como falamos anteriormente, ele não tem VISIBILIDADE para os públicos em potenciais. A visibilidade é algo muito importante. Essencial, e por dizer, vital.
Visibilidade é um conceito que diariamente temos que ter.

Porque se você não tem visibilidade, não adianta ter o melhor conteúdo, o melhor produto, o melhor preço, a melhor oferta, atendimento eficaz, que você não terá lucro.

Ninguém sabe que você existe. Você não é referência. Ninguém te conecta a algo. Você não é conexão de admiração, de respeito, de lógica, de qualidade, de serviço, de espaço cultural. Essa visibilidade trata do motor de publicidade e propaganda. Mais do que 'técnicas', tem haver com ALGUÉM TE ENXERGA?

Anunciar em revistas, em jornais, em outdoors, em rádio, tv, streaming, internet, sites, redes sociais tem um custo mensal considerável. Mas se você não se posiciona como um vetor, esse custo que é um investimento, se torna um prejuízo. Você não está tendo retorno. Cadê o seu retorno? Você colocou dinheiro nisso, onde está o que você comprou? Está como você comprou?
Como fazer a visibilidade na prática?

No caso do evento de Geek, o Shopping poderia ter colocado pessoas orientando na porta de entrada e uma estátua dos personagens na parte externa do Shopping com anúncios nos outdoors digitais. E as lojas poderiam ter feito um comício de descontos. Lojas de roupas em especial, já que se tratava de um Cosplay. Esse tipo de estratégia, cria conexão de identidade. O Shopping não é apenas uma galeria comercial, é uma safe house para Geeks.

Isso vai criar a visibilidade de que o Shopping tem como alvo os Geeks. E os Geeks verão isso como uma boa ideia. E vão associar o bairro ao Shopping como uma safe house de Geeks. Toda vez que tiver um evento no bairro, mesmo que não no Shopping, essas pessoas trajando ou não trajando ou indo a um evento Geek, atrairá as pessoas que se identificam com o movimento.

E como se faz isso? Internet tem sido uma estrada muito turbulenta, por isso o híbrido. O shopping é físico. O físico ainda tem sua vantagem de potencial fator. E normalmente acontecem sem custos. Basta que ele represente isso. E que demonstre isso.

É preciso dizer "Eu te amo" senão não fica entendido que há uma relação. Que pode ser qualquer coisa, além da amizade. Que pode ser mais do que amizade. Se você não declara, não tem visibilidade para um tipo específico de relacionamento. Ou é amizade ou namoro. Entenderam?

CONCLUSÃO.

Não desperdice oportunidades, mesmo que isso signifique, que você vai aparentemente não investir nelas. Oportunidades tem aparências distintas. Catalisar isso, criar o mercado no futuro. No passado, Geeks eram estranhos e excluídos. Hoje movem a economias no mundo inteiro. Quem percebeu isso, se tornou líder de mercado. E o custo foi progressivo. Se você perde a oportunidade e quer ganhar destaque rápido, com certeza vai gastar mais do que pensa.

Oportunidades ocas, tomem cuidado, são as mais corriqueiras. Não ache que vai dar certo, tenha certeza. Para isso o Plano de Marketing se faz necessário. Não fique fugindo da raia de ter um. Todo mundo fica com medo dele, porque custa muito, porque parece que não vai servir para nada. Mas é ele que define inclusive a existência do negócio. O plano de negócio é basicamente Marketing e Financeiro. Se você não tem, você vai entender em breve o conceito de prejuízo e dor de cabeça.

Prestem atenção em Marketing de Oportunidades que primam pela estratégia que visa a oportunidade. Não vão criando táticas achando que vai dar certo tudo que veem. Analisa primeiro, porque o que parece lucrativo pode ser o contrário. Você precisa de três pilares mínimos para considerar uma oportunidade mais ou menos viável (como análise superficial) - ter público, ter operação suficiente e ter fluxo de caixa.

Assumam que a oportunidade é sempre um conceito operacional. Não é uma abstração. Uma ideia que surgiu dos mundos da terra média. Canalize que ela é sólido. Que é preciso ter mensuração. Fomente isso até tem certeza que vai funcionar. Simule para entender os resultados e sua performance. Pesquise para que a certeza da operação (no nível industrial) tem aplicabilidade na venda (no nível comercial).