Uma parte da infância de muitos, que foi há 19 anos, mas que o lugar retoma cada minuto de um recreio tão desejado. Das brincadeiras e dos amigos, das fanfarras em sala de aula. Nunca foi tão longe esta memória. E o mais interessante, é que ele continua no mesmo lugar, preservando cada parte desta história que um dia foi tão presente. Mundo Pauta visitou alguns pontos da infância de muita gente.

Da Redação.

Casarão no logradouro 951 na Tijuca (Foto: Rafael Junqueira/Mundo Pauta)

Estudei em várias unidades do Colégio Palas em minha idade jovem quando ainda estudava nas séries do ensino fundamental, isso foi no início dos anos 90. E esse casarão foi onde, estudava, a primeira série. Eu achava esse lugar enorme, cada parte correspondia um 1/3 da Avenida Presidente Vargas aos meus olhos. Tinha um laboratório de animais vivos numa entrada para o subsolo, uma sala bem guardada. Tinha entre viúva negra a cobra embebida em jarros com formol, pequenos esqueletos, eram tão bizarros que parecia aquelas masmorras assombradas. Eram bem assustador. Mas era um acervo de animais que nunca vi outro lugar ter algo igual.

Foi lá que mexi no meu primeiro computador na vida. Ele fazia bem menos o que um celular faz hoje, e não um celular SMARTPHONE ou um IPHONE, um Nokia Tijolão. Era um máximo. Ligar ele já era mais sensação do mundo, todo mundo queria mexer no Sr. Computador, uma vez por semana que tínhamos aula, e era uma frenesi, porque a novidade era lá, e não tínhamos em casa. Hoje ninguém liga se mexe no computador ou não na rua, o celular é uma central de Call Center, pra quê ligar?  E ver aquelas letrinhas de fonte System verdes brilhantes salpicando na tela, fazia lembrar o computador central da Nostromo de Alien (1979 – Riddley Scott). Depois passei para unidade de São Rafael, no alto da Usina. Fui no mesmo ano de inauguração, muito maior que o antigo, ele tinha entre 2 quadradas de futebol, 3 andares, era incrível, a memória continua tão viva como se ainda frequenta-se o lugar.

Tão distante, mas tão perto. Penso, como nossa memória é capaz de reviver um passado que já foi, e somos capazes de sentir o cheiro, o som, os sinais de encerramento do recreio.

Opinião.

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