Os Inocentes

Série inglesa criada por Hania Elkington e Simon Duric (The Innocents) com o elenco formado por Sorcha Groundsell, Percelle Ascott e Guy Pearce. Temática: Nudez, drama, romance, ficção e suspense.

O casal jovem formado por June (Sorcha Groundsell) e Harry (Percelle Ascott) pensam em fugir juntos para longe de suas famílias para começarem uma vida juntos. Neste meio tempo uma experiência cruza o caminho dos dois, revelando um segredo do passado de June e colocando Harry em uma situação bastante complicada, e que tem haver com o estado do seu pai.

A série foi lançada na plataforma streaming do Netflix no dia 24 de agosto com 8 episódios. Com a promessa de trazer uma série de suspense, sobrenatural, drama e romance que cativasse o público adolescente e adulto jovem. E também o público que gosta de elementos sobrenaturais, de heróis e super heroís. E de uma forma não tão direta, o empoderamento feminino.

Qual é a promessa da série? Se você já viu Dark, The Rain, Safe, todos disponíveis no Netflix, percebeu que a narrativa deles muito se difere de uma série americana. O jeito de contar a história pode ser a gosto ou contragosto de quem vê. Os inocentes dividiu muito a opinião das pessoas. Muitos gostaram e outros odiaram.

Se você gosta de romance adolescente e gosta de sobrenatural. Mas não é muito fã de Crepúsculo, mas gosta mais de um Arquivo-X, a série inglesa consegue juntar um pouco de todos e fazer uma mistura que dê certo. A atriz inglesa Sorcha lembra muito a sua conterrânea Rachel Hurd-Wood (Peter Pan, 2003), consegue se colocar no papel de June.

Dentro do contexto onde ela e apenas as mulheres da história, possuem uma espécie de poder que é ativado por emoções fortes. Elas copiam a forma de quem elas tocam enquanto estão em uma espécie de pânico emocional. Algumas no entanto possuem outras habilidades, como ler e absorver os pensamentos de quem eles se transformam.

E o efeito camaleão faz com que o original fique em uma espécie de transe. O personagem Halvorson (Guy Pearce, Covenant, Promtheus ou Amnesia) conduz uma espécie de projeto onde ele consegue manter algumas mulheres sob o controle de não sofrerem a metamorfose.

Dentro dessa loucura, temos um chamado Steinar que é o sujeito durante o trailer que agarra Harry e mostra que na verdade ele é ela. De uma forma interessante, quase vampiresca, essas mulheres que possuem estes poderes, e ainda sem explicação como elas o possuem, a forma real é refletida nos espelhos. E qualquer pessoa pode notar isso.

Com um acervo bem mais amplo de produções originais do Netflix, muitos filmes de origem européia e outros da ásia, em sua grande maioria Coreanos, a tendência é no investimento de séries onde sobrenatural + drama, suspense + drama ou ação + drama parecem ter dado bons frutos.

Vale a pena? Não é possível uma produção agradar a todos. Muitos comentaram que a série começa lento. Talvez por terem se acostumado com séries que são mais rápidas. Toda série Inglesa preza por narrativa. Eles adoram apresentar os personagens, os lugares, é algo bem “Stephen King”, uma amostra do que tudo é para depois você entender porque aquilo está acontecendo.

A série não decepciona, o roteiro está no início, é preciso apreciar como a história é contada. E não desprezar o conteúdo da trama apenas devido como a velocidade é contada ou não. Permita saborear essa série. Dark é uma série confusa, tão parecida quanto Twin Peaks, e já estão pedindo pela segunda temporada. Vale sim a pena. Veja e diga o que achou.