Magic the Gathering (36) – MTG Arena é bom?

Conheci o MTG Arena quase ao mesmo tempo que me envolvi com Magic. Lembro de quando comprei o deck físico havia um código para desbloquear o deck no digital. Achei interessante. É bacana ter essa integração. Você tem o deck físico, mas pode tê-lo também digital. Mas eu tenho uma certa aversão ao MTG Arena. Certa é eufemismo. Eu tenho total aversão ao MTG Arena. E vou explicar porquê. Tem correção. Mas não vejo essa luz no final do túnel.

MTG Arena é uma simulação bastante legítima do Magic físico.  E não é a primeira vez. A Wizard lançou diversos jogos eletrônicos. Um que tenho é o Magic 2014. Que é bem didático. Você aprende a jogar. Tem legendas, tem tutoriais e tip tool. Você ler as cartas. Tem tempo para pensar em uma estratégia, pois você pode parar o cronômetro. A limitação fica pela questão de você ter até a coleção 2014.

Tem um outro Magic Online que baixei que já conta de diversas coleções, mas antes talvez da Guilda de Ravnica, mas não contém as 7 últimas coleções. Legíveis do Standart. No entanto não sou fã de ‘Online’. Já não era fã antes de qualquer jogo. Por mim jogos online são uma massificação de ‘death by Death’ sem história alguma.

E embora muitos possam discordar de mim, não vão conseguir ir muito longe sem concordar que a maioria dos jogos não possui uma linha de história. E sim uma história de fachada. Que não faz nenhuma diferença. A parte, pois o que concentro são as minhas tentativas de jogar MTG Arena sem que a conexão não caia. É frustrante. Especialmente quando você está montando o deck e cai.

Cai e você perde tudo. Tem que começar do zero. Esse bug manco do MTG Arena já fez até meu pc reiniciar. E até alguns minutos atrás antes de escrever esse artigo. Decidir desistir de MTG Arena até que Wizard contribua com mais qualidade. O que não vai acontecer tão cedo, se é que vai acontecer. (Duvido muito).

Razão pela qual eles não lançam uma versão para mobile? Bem se no PC é complicado. No Mobile seria desastroso. E não seria muito negócio. Imagine fazer um MTG que não é anda otimizado rodar em mobile que precisa ser além, também responsivo. Se acontecer, vai ter muita gente furiosa com eles.

MTG Arena tem um ponto bom. Consegue simular bem as regras. Um bug e outro ali. Não mata. Mas a conexão mata. Prefiro ficar na coleção física. Mas a Wizard recorreu a tendência do mercado atual. MMO. Não seria diferente. Todos estão assim. Me lembra uma empresa que faz um jogo que gosto. Um mistura cyberpunk com Pinup, Fallout. Bethesda. Constrói boas histórias, mas tem um código terrível.

Super bugado. E super outras coisas também. Essa também recorreu ao MMO, lançou seu Fallout 76 e Wastelands. Não fosse pela barbeiragem da canône e da atribuição mais marcante do universo Fallout, a história e os NPCS (inexistentes na versão online). Compraria. Mesmo sendo online. Sou fã da série. Por isso dei algumas chances para o MTG Arena.

Foram muitas. Gostaria que o fator ‘lucro’ não fosse pesar. Mas o que falta nas empresas é um pouco de tática. Na verdade se 70% não cai a internet, sua reclamação de conexão ruim é simplesmente descartadas na caixa de e-mail. Por isso tem uns 10 anos que não aviso as empresas sobre isso. Apenas dou minha resenha negativando direto. Se a amanhã ou mais tarde, eles tiveram que pagar esse preço, fica o aviso subjetivo – “Eu avisei.”.

Wizard não perde dessa jogada. Por isso não vai mudar. E nem quero. Opto pela versão física. Pelo menos possui direito de bem pelas cartas, enquanto que no MTG Arena não tenho esse direito. Imagina gastar dinheiro em Packs que não vão lotar minhas estantes? Tenho que comprar mais porta Decks em breve. Mas é uma coleção única. Tenho mais carta física do que tenho disponível no MTG Arena.

É uma pena o sistema ser tão ruim. Conexão ruim, lag demais. Não, minha internet não é péssima. O jogo cai mesmo no Login. E até mesmo bem antes disso. Não acontece em horários picos. Acontece todas as vezes. Todo o tempo. Durante uma partida, uma ida a loja. A conexão quando não cai, demora no loading.  Quando não demora gera “concessão automática” porque você caiu.

Talvez o programa seja mal escrito ou eu precise da conexão da Nasa. Ficasse explícito isso por eles. Mas enquanto (nunca) não corrigem. Fico no Magic (para sempre) físico. Sem problemas (mesmo) algum.

 

Magic the Gathering (35) – Arquitetando um set Deck

Carta da vitória.

Construir um Set Deck (Deck Building) é preciso de uma estratégia. Normalmente começamos do fim para o começo. Como o jogo vai terminar, da vitória para a primeira mão. Já deve ter se perguntando algumas vezes, porque aquele deck deu tão errado e como outros dão tão certo. É porque existe uma coisa chamada, carta de vitória. Qual é o seu coringa?

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Todo jogo que batalha para um condição de vitória precisa de um gatilho. No Magic the Gathering você escolhe uma carta que vai lhe dar a vitória. E monta o deck pensando em como garantir ela em sua mão. Todo deck bem sucedido possui uma arquitetura que garante a carta de vitória e retarda os movimentos do jogador adversário.

Decks lotados de tribos, de cartas que inúmeras funções ou muita criatura lendária sem dar forma ao seu objetivo. A vitória se ocorrer, vai ser por pura sorte. Os melhores decks são aqueles que você garante ou controla a garantia de vitória. Eu gosto de jogar com Decks Verdes e Azuis. E o segundo tem carta de sobra para comprar e anular. Elas nos garante que o adversário seja impedido e que consigamos pegar cartas.

Função do Deck Control e Deck Ramp.

No Deck Control uma das melhores estratégias é usar o draw card com criaturas que tenham gatilho de marcadores para criar um criaturas monstruosas (Deck Ramp). Normalmente esse tipo de monoblue faz o que o monogreen possui por natureza. Mas o que o verde não tem, é a demasia de cartas de anulação e compra. Um dos melhores talvez decks sejam os Deck Simic (seja Flash, Ramp, Instant e etc).

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Toda temporada o Simic é o mais utilizado. Mas conforme ela vai passando, outros vão sendo usados. Porque o Simic ele tem uma capacidade legal para largadas. Nem todo tem as cartas, não dominou ainda a jogatina. Então vem o fator surpresa. Mas o Simic quando bem entendido, é uma bela de pancada. Eu particularmente não acho ele defasado mesmo que passe a temporada.

Com o Simic você tem um pouco do verde e do azul. Acho que para Set Decks usando a mana verde tem-se uma vantagem crucial. Você tem ramp e criador de pool mana (gerador). Quando se quer manter a curva de mana sob o seu controle. É ideal. Mas se quiser usar estragos inesperados, o azul consegue fazer. Mas entre as vantagens de uma mana para outra, o que fiz exaustivamente em diversos artigos, o que importa é definir uma carta coringa e montar o deck ao redor a partir disso.

Eu publiquei dois decks utilizados no MTG Arena que podem ser acessados aqui (Deck Azorius Control, utilizado no torneio de 2019) e aqui.  Em ambos você tem uma carta coringa. Em ambos, por ser Control, você tem anulação que impede do adversário ter movimentos importantes para que você garanta o seu movimento final.

Como montar Decks eficientes?

Eu publiquei vários artigos sobre, inclusive como montar Decks Control Eficiente.  A base do raciocínio é o mesmo do Commander. Você escolhe uma criatura lendária que seja o comandante, e assim monta o deck com base na identidade de cor. Certo? Mas você não faz apenas baseado na cor, e sim em como essa cartas vão auxiliar o comandante.

Se por exemplo, a carta comandante possui características de ser indestrutível. Você precisa colocar cartas que garantam tira-lo do exílio, porque seria uma das formas dele ser tirado do campo de batalha. Já que ele não pode morrer. Ou de garantir que ele seja blindado. As cartas não podem ser montadas para atrapalhar, e sim para dar a ele todas as chances possíveis de criar o combo fatal.

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Nunca joguei Commander, mas tenho um Deck que veio com um card do comandante principal em um formato maior que o normal. Special Edition. Bacana e muito interessante. Joguei uma forma similar á ele que o Brawl. Você escolhe uma carta de criatura lendária e monta um deck com 60 cartas com apenas 1 carta do tipo. No Commander é parecido, mas são 99 cartas + o comandante (100 ao total). Essa modalidade pode ser jogada por até 4 jogadores.

Algumas cartas do Commander também podem ser jogadas no Modern. Como é o caso do Zetalpa. Que é um bicho único. Ele tem indestrutível, golpe duplo, voar, Vigilância e Atropelar. Quando ele entra em jogo. Você tem que exilar ele. E se preparar porque o seu adversário com certeza tem um counterspell. Zetalpa é da mana branca. Então normalmente ele é encontrado com cartas que ganham energia. Imagina?

Normalmente eu coloco os Planeswalker como carta coringa. Então o ponto de partida para um bom set Deck é:

  • Definir o coringa. Carta de vitória;
  • Definir cartas que irão garantir a Carta de Vitória em jogo;
  • Definir as cartas que vão criar um combo com a carta de Vitória.

 

 

 

Magic the Gathering (34) – Signature Spellbook Chandra

Resumo das cartas que serão lançada no dia 26 de junho para coleção especial do Signature Spellbook da Chandra Naalar. Nos mesmos moldes lançados para Jace Beleren e Gideon Jura onde são reunidos as cartas, a principal em foil, das características
representantes do Planeswalker.
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– Chandra, Torch of Defiance
– Cathartic Reunion
– Fiery Confluence
– Past in Flames
– Pyroblast
– Pyromancer Ascension
– Rite of Flame
– Young Pyromancer
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Leia os artigos do nosso Diretório de Magic – clicando aqui.

Magic The Gathering (32) – Importância da leitura do Set Deck

Quando comecei a jogar Magic the Gathering, lembro de ter pensado em fazer uma leitura da montagem do Deck. Quando você opta por fazer o deck (deck building) ou copiar, é indispensável a leitura do que as cartas podem fazer. Assim é possível, além dos treinos e partidas, perceber oportunidades.

A leitura do Set Deck é comparável a ler um roteiro antes  de encenar. Todas as vezes que preciso encenar, sim sou ator de teatro, leio script. Depois você lê novamente. E depois incorpora o personagem e lê como ele. Depois você faz os trabalhos de cena. Marcações. Sua deixa. Sua entrada. E por fim, você constrói o personagem.

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A leitura do deck é essencial para entender como ele se comporta. E assim você também pode assumir que há outras oportunidades que estavam ocultas a primeira vista. Ontem publiquei um artigo com a lista do Deck Azorious Control utilizado pelo campeão mundial de 2019, Paulo Vítor Damo da Rosa.

E sua rápida leitura podemos conceber que é um deck simples. Mas que há um formato de controle, típico do azul, que quer atingir um nível de retardo das ações do adversário para garantir o seu próprio combo. A depender do próprio metagame da temporada, outro artigo que escrevi recentemente. Todos os artigos de Magic, vocês poderão ler no diretório no final deste artigo.

Todo Deck List é particularmente desconhecido quando você o pega. Mesmo que tenha assistido a partidas com ele em outras mãos. Você ainda precisa entender como ele funciona. Onde triga, onde faz combo. Quando ele perde. Quando ganha. Que condições precisa ter em campo de batalha para ter vantagem. Ninguém domina o deck totalmente também. Mas garante uma parcela de vitórias.

O pensamento em formato Standart está mais para pensar que você não sabe nada do que pensar que sabe algo. As regras do Magic não mudam, mas a persistência da vantagem por expansão é o maior desafio, é o que define o Metagame é o que define a sua deck list. Por isso a leitura te permite dominar as artimanhas dos duelos.

Algumas coisas mudam e outras nunca. Essas te permitem dominar para não ter surpresas. Sempre pensando que cada carta pode te oferecer um duelo diferente e uma vantagem específica. A questão seria, o que você sabe sobre isso? Vejo pelo menos 5 vídeos por dia de partidas de Magic. Jogo bastante. Antes da pandemia, fisicamente. E agora no Arena.

Tenho alguns jogos eletrônicos do Magic. E posso afirmar que depois que joguei diversas vezes, um total de 1.200 partidas (sim contabilizei cada, inclusive o score delas), tenho muita mais visão do que tinha quando iniciei. Antes eu perdia de 60 jogadas umas 55. Hoje tenho um páreo de 30 para 60. Antes perdia direto para formatos selados, e hoje já tenho mais conquistas de derrota por número de partidas.

Quando olho uma jogada, sinto que há mais táticas nela. Quando assisto uma partida, consigo narrar o que os jogadores queriam fazer. E penso justamente no que posso melhorar para atingir marcas que ainda não atingi. Esse é um passo para se tornar competidor de torneios. E que qualquer um pode ser. Basta treinar, estudar e ler muito.

Leia o nosso diretório de artigos do Magic.