O que é Metaverso?

NOTA ANTES DO ARTIGO.

Neste ano vou lançar o curso especialista de marketing jurídico com foco em ensinar a prática da publicidade e propaganda jurídica estabelecida pela resolução do código de Ética e do novo provimento 205/2021 e de preparar o(a) aluno(a) para novos desafios. Dividido em quatro módulos, do básico ao especialista.

Para estudantes e profissionais de publicidade e direito. No final deste artigo mais informações sobre o curso, objetivo e material.

Acesse o site – Junqueira Consultoria.

BREVE INTRODUÇÃO SOBRE METAVERSO.

Escrevi alguns artigos sobre Metaverso, em breve farei um evento sobre, e agora gostaria de definir melhor o que será a Internet 2. E por que é tão importante, já que não estamos falando de uma modinha, pelo menos, não mais. Tal como qualquer coisa no mercado, novos modelos de negócios não nascem de um dia para o outro. E precisamos nos educar antes que a estrutura esteja construída, assim podemos pegar a oportunidade no comecinho.

Metaverso ou Meta foi um termo utilizado de uma forma popular pela primeira vez, não na história, mas recentemente pelo fundador do Facebook, Mark Zuckberg. Na ocasião de sua mudança de paradigma, para quem entende, já está fazendo hora extra pelo seu tempo de longevidade, no lugar de abandona-lo, o objetivo é transforma-lo.

Mas em uma pesquisa mais minuciosa, vamos descobrir que o termo não foi cunhado e tampouco é uma relevância apenas do Facebook. Muito embora a apresentação da empresa de Rede Social tenha minimizado o verdadeiro uso e impacto do Metaverso em questão. Ao pensarmos de fato, o que é Metaverso, o que vem à sua cabeça?

O QUE É METAVERSO?

Trocar por miúdos, é a virtualização do espaço de rede para entretenimento e negócios. O primeiro já existe há muitos anos, e o segundo, subjetivamente. Vamos ver exemplos e uma definição mais ampla.

Os chamados Recursos de Realidade Extensiva é todo aquele aparato que define o uso interativo do Metaverso. É muito associado Realidade Virtual com Metaverso. Mas ele existem sem ela também, e não é parafraseando o criador do Playstation, Ken Kutaragi, que criticou o uso da RV como sendo necessário ao mundo virtual.

Estar no mundo real é muito importante. O metaverso é tornar algo quase real no mundo virtual. Não vejo sentido em fazer isso. – Ken Kutaragi

Embora ele esteja certo por um lado, não está completamente correto. Por um lado, porque Metaverso não se define apenas por Hardware poderoso, como RA e RV. Podemos considerar a simples representação desse mundo virtual em algo bem tradicional. Os games. Essa época vai exigir que as empresas entrem de cabeça na indústria de entretenimento para se inserir com mais fluência por um mundo já habitado por seres humanos, os jogadores.

Representação (anterior) ao BB nos servidores de GTA 5 Online.

 sistema de Loot e micro transações sempre definiram o Metaverso na pré-história. E nunca foram necessários o uso de RV e tampouco RA para que o assim fosse identificado. Não apenas o Metaverso está concentrado em negócios. Podemos considerar o conjunto de MMO (Massive Multiplayer Online) como uma atividade do Metaverso.

DC UNIVERSE (Sistema de Loot, 2015)

Por assim dizer, quem ainda está preso na definição do Second Life, está alguns passos atrasados como o progresso do Meta no mundo. De uma maneira geral podemos considerar a já existente inserção um material sólido para considerarmos o Metavrerso uma realidade do mercado. As plataformas já são presentes e prontas para serem utilizadas.

O anúncio de novas ferramentas, já antigas ao mercado de produção como Unreal Engine, Unity, Spark, Blender, After Affects e afins, caracterizam que o mundo já popularizou a criação de jogos. O mercado no Brasil ganha bastante em games para Mobile. O que já gera uma fatia de produção local tanto quanto outros países. E tudo isso nos faz pensar que o Metaverso apesar de novo, está presente há muito tempo.

COMO ASSIM INTERNET 2?

A Internet 1 engloba diversas épocas que a definiram como uma rede mundial de computadores. Para quem já teve a curiosidade. A primeira época da Internet era restrita a empresas e universidades. Funcionava não exatamente como um canal de comunicação, mas como um Banco de Dados virtual, que era intercomunicável.

Quando ela se tornou pública, pessoas físicas puderam povoa-la e dar um novo significado. Muitas pessoas acessaram a internet e possuem contato com informações, que no passado, era apenas e exclusivas e veículos jornalísticos, algumas empresas e universidades. Logo a informação tornando-se pública, tirou o poder de algum centros de divulgação.

As Redes Sociais agora serão a mistura de Fórum com Games. Pense em um conteúdo criado na Twich por uma empresa que tem um mundo virtual similar ao Fortnite.

Páreos, tanto o público como as empresas, ficaram sem o fator de surpresa e o de surpreso. Mas isso não impediu que a internet em sua atual fase não construísse alicerces. Com acesso a informação, as pessoas puderam discutir e debater assuntos que levavam anos para chegar ou apenas era acessível por institutos.

Ainda que muita informação não seja averiguada, parte dela não passa pelo filtro do que é verdadeiro ou falso. Neste ponto as empresas que eram detentoras dessa informação originalmente, perceberam que não ficaram com as mãos atadas. Devido à esse detalhe. A informação continua a ser privilegiada.

Metaverso está direcionado para pessoas com experiência no E-Sports, Indústria de Games e criadores de conteúdo\games.

As Redes Sociais se formaram, as empresas viram um investimento valorado nelas. Hoje uma empresa que não tem Redes Sociais e site, nesta ordem, não está visível. É indispensável, que se tenha contatos físicos e virtuais para que o negócio prospere. Não apenas é claro, outros meios ainda são tão eficientes quanto os ‘novos’.

As tecnologias chamadas de realidades extensivas sempre foram um paralelo a internet. Poucas aplicações de fato bateram de frente com alguma integração. Muito embora a afirmação do criador do Playstation tenha discordado que Metaverso não precisa de RV, e ele está certo, a RV e a RA tem sido duas plataformas que mais tiveram progresso no mundo da tecnologia lado a lado com a IA.

Metaverso é uma virtualização do espaço real com uma diversidade mais ampla de interações e negócios.

Se unirmos o progresso tecnológico e acompanharmos o Metaverso em sua forma mais simples, que é a interação games. Veremos que não é difícil de visualizar o avanço do Metaverso atualmente. A Internet 1 se caracterizou como um canal de comunicação e informação. A internet 2 é uma concretização de um mundo virtual com os mesmos interesses da Internet 1.

Nunca mencionei, mas posso cita-las, a economia não apenas das criptmoedas, mas da virtualização dos bancos. Cada vez mais ‘online’, a extinção das bilheterias nos metrôs, com foco maior em compras online, tem dado um recado óbvio. Para onde estão indo nossas operações do cotidiano?

Gradativamente as empresas tem transformado seus negócios físicos em uma realidade virtual.

Pagar contas, fazer compras, estudar e até se divertir? Há 30 anos, era uma particularidade do nosso mundo físico ou real. Hoje, a realidade se divide. Pela pesquisa realizada pela Rock Content junto a outras agências, chegaram a conclusão de 2021-2022, que o investimento em Marketing Digital foi de 94% e uma outra pesquisa realizada pela Kantar Media, o valor acumulado do ano de 2020 foi de R$ 39 bilhões. Onde será que as pessoas estão?

QUAIS SÃO OS METAVERSOS QUE EXISTEM?

Já ouviu falar em Second Life? Já. Mas senão, ele foi o que muitos chamam de primórdios do Metaverso. O que muitos se enganam é que apesar do Second Life não ter tido sucesso nessa empreitada, é que ele nunca fora desenvolvido para ser um Metaverso e que foi realizado em uma época que a maioria do conceito de realidades extensivas só existiam entre acadêmicos e no campo da teoria.

De lá para cá, o Metaverso já havia ganho outros ambientes virtuais tão antes quanto o desaparecimento de Second Life. Muitos games online e offiline são plataformas de ‘ondoor’ ou ‘outdoor’ ou mesmo Product Placement. Muitas produtoras como Naughty Dogs (Uncharted, The Last of Us) são famosas por inserirem easter eggs ou cameos, para dar a entender que há outros produtos daquela empresa na prateleira para serem comprados.

Existem mundos virtuais?

Algumas empresas como a Rockstar, possuem investimento para comprar licenças de rádios famosas e reais. E outras como o GT (Gran Turismo) colocam marcas de carros como Renault, Citroen, Kia Motor, Ford famosas em seus jogos com o direito de uso de marca. O mesmo se aplica a franquia Euro Truck que é uma união de aspirantes ao game de condução e de fato motoristas de caminhão. Com um show de marcas e configurações dos veículos de verdade.

São na verdade um ponto de venda seja pelos entusiastas ou pelos compradores habituais. Como de colecionadores ou mesmo profissionais no ramo. Isso se aplica na maioria dos simuladores, como é o caso da franquia Flight Simulator e X-Plane, que unem em servidores online pilotos entusiastas, estudantes e profissionais sem qualquer divisão entre eles. Inclusive popularizando como seria a profissão de um piloto.

Metaverso é apenas para empresas ricas e grandes?

Há muitos canais no Youtube que são formados por pilotos reais que trazem a realidade dos aeroportos reais voltados para os jogadores desses simuladores. Criando uma oportunidade de ingresso na carreira como uma espécie de “Conhecendo profissões”. O Metaverso sempre esteve presente e criou nos últimos anos uma sólida forma de que ele não veio porque alguém o citou levianamente. Mas porque ele está em um nível para passar de etapa.

Vou listar alguns metaversos (espaços virtuais) conhecidos:

  • Decentraland;
  • The Sandbox;
  • Victoria VR;
  • Axie Infinity;
  • Enjin Coin;
  • Defi Kingdoms;
  • Illuvium;
  • Render Token;
  • Yield Guild Games;
  • Ufo Gamn;
  • Vulcan Forged;
  • Starlink;
  • Merit Circle;
  • Wilder World;
  • Decentral Games;
  • Horizon Worlds;
  • Magic;
  • Aurory;
  • Star Atlas;
  • Realm;
  • Servidores de MMO (Permitem criação de conteúdo\Mod\Patches) e etc,

E para finalizarmos, já havia publicado uma lista de empresas que já investem pesado no Metaverso, mas vou reuni-la aqui para efeitos de organização.

Espero que tenham gostado desse conteúdo. E que possa ter esclarecido ainda melhor do que se trata o Metaverso. Comentem o que vocês acharam. O espaço é de vocês. Nos vemos numa próxima vez.

EM BREVE 2022 – LANÇAMENTO.

CURSO ESPECIALISTA DE MARKETING JURÍDICO.

SOBRE O AUTOR.

Rafael Junqueira é Professor, CEO e Diretor de Marketing da Junqueira Consultoria. Publicitário e especialista em Marketing Digital e Marketing de Relacionamento. Possui mais de 8 anos em experiência em Marketing Jurídico, autor de mais de 100 artigos. Pós graduado em Adm. de Marketing e Comunicação Empresarial (UVA), Marketing de Relacionamento (IBMEC) e Gestão de Riscos em Marketing Digital (ESPM).

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO DE MARKETING JURÍDICO

Especialização para estudantes, profissionais de Direito, Marketing e Publicidade que foca em conteúdo prático aliado com bases da teoria utilizando métodos de ensino que permita o aluno desenvolver a capacidade de compreensão única e fundamental para entender Marketing e aplica-lo em Marketing Digital, Jurídico, Publicidade, Copywriting e criação de anúncios.

O curso vai contar com:

  • Apostila por módulo, cerca de 100 páginas cada;
  • Certificado;
  • Aulas online;
  • Calendário do Aluno;
  • Programa do Curso.

Você opta por fazer o curso completo ou por módulos.

Acesse http://www.junqueraconsultoria.net.br/cursos

Metaverso e o Marketing: Qual é a verdade por trás dessa tendência?

Banco do Brasil e o CCBB (Centro Cultural do Banco do Brasil) resolveram investir no Metaverso do GTA para levar a cultura para um público que eles acham em potencial. Metaverso parece ter saído da boca do Facebook. Mas este sido a nova tecnologia já adotada por alguns setores, que se tem notícia, fora do Brasil há algum tempo.

Clique aqui e leia a notícia na InfoMoney.

Metaverso até onde poderíamos entender seria o novo nome do Facebook com uma nova pegada. Mas para os que sabem, o conceito é antigo e tem haver inclusive a com a origem da internet como nós a conhecemos, mas isso repuxa ao final dos anos 80.

No próximo caso é a visão da Nike em um tênis esportivo usando o Metaverso. Além da união do Blockchain e uma espécie de e-product (e mesmo físico) já existe um espaço virtual da Nike chamado Nikeland feito em Roblox – Clique aqui.

https://www.linkedin.com/embeds/publishingEmbed.html?articleId=8522098431521728923

De uma forma simples, Metaverso não é o nome de uma empresa, é um conceito de tecnologia extendida da internet atual. Onde não temos um ‘lugar’ em específico, mas sim um espaço e comunicação virtual. A maneira de definir o virtual é promover que virtualização é bem mais ampla do que nomear realidades virtuais ou ambientes 3Ds ou mesmo de internet.

E sim de expansão. Há um novo dicionário, já acrescenta uma nova forma de ver esse recurso que tende a ser o futuro das comunicações e do Marketing de agora em diante. Todos as ferramentas que auxiliam a forma ou melhor moldam o Metaverso são conhecidas como Realidades Extendidas. Que podem ser:

  • Realidade Virtual;
  • Realidade Aumentada;
  • Ambientes 3Ds;
  • Hologramas;
  • Advergames;
  • QR Codes;
  • Gamificação (Second Life, GTA, MMOs e etc).

Para concluir este conceito, imagine, uma reunião do Zoom e em seu lugar, uma sala no estilo 3D, em que cada participante no lugar de fotos que o representam, são apresentados por avatares que podem andar, dançar, cumprimentar as pessoas e interagir com este ambiente.

Há também a discussão como o advogado no Brasil sob o Código de Ética da OAB e o novo provimento 205/2021 seriam aplicáveis. Ainda que neste exato momento, não seria possível criar uma versão 3D (Externa e Interna) de um escritório, uma vez que esse ato caracterizaria publicidade indevida da imagem e espaço.

Não é desconsiderado o uso de salas virtuais que muito se assemelha aos espaços de Coworking físicos. Ainda que a sinalização de placas poderia implicar em um ato comercial, proibido de se realizar, outras adaptações poderiam ser feitas, para que o advogado atenda o seu cliente sem problemas.

No site do Migalhas, Renan Wielewski Botelho, desenha que a advocacia brasileira e a OAB (Ordem de Advogados do Brasil) terão em breve que pensar em Metaverso como uma realidade e não com aversão, que futuramente, a deliberação pelo uso deverá ser considerada como uma consequência da comunicação (corporativa, interna e de orientação) e não como um ponto comercial (apenas).

A ERA DO SECOND LIFE E CHAT.

No começo do século 21, nos anos de 2000-2005, o conceito de Second Life e Chats que representavam grupos e tópicos de conteúdos, eram extremamente comuns. A diferença é que as empresas não assistiam essas tecnologias como espaços expansivos do modo de transmitir a cultura corporativa e tampouco de comércio.

Mas bem antes do Metaverso ser agora um novo caminho de Marketing Digital, não apenas Redes Sociais. A indústria de Games por anos à fio desenvolveu uma espécie de Ponto de venda utilizando o Metaverso do seus próprios produtos. Estes seriam os casos:

  • Destiny;
  • Fortnite;
  • DC Universe;
  • Fallout 76;
  • Elder Scrolls Online;
  • Eve Online.

Há alguma coerência entre eles? Além do fato de serem jogados online (MMO), eles possuem o sistema de micro transações. Que são sistemas de economias do jogo que permite ao jogador, adquirir com o dinheiro, pago através do cartão, itens da loja. Não apenas pelo motivo cosmético (embora seja a maioria), mas também possibilite que o seu jogo progrida.

Este é o sistema, que muitos reclamam, em jogos de celulares. Como o viciante Candy Crush. Quando suas vidas acabavam conforme as fases passavam. Você era obrigado a esperar algumas horas ou pagar em dinheiro real, para ter mais uma vida extra.

Nos MMOs o conceito de Metaverso, deixava bem claro, que a empresa criadora daquela produto, realizavam três ações que as beneficiavam:

  • Propaganda da Empresa;
  • Propaganda do Produto;
  • Crescimento do fluxo de caixa.

Talvez uma das razões pela qual a Bethesda não lance e nem tenha pressa de o fazê-lo, o Elder Scrolls 6, é porque devido ao seu lucro com os sistemas de Fallout 76 e Elder Scrolls Online tenha lhe conferido uma vaca leiteira (Matriz de BCG).

E nem o GTA V Online, uma vez que desde de 2013, tem oferecido à empresa Rockstar, fortunas sem precisar investir em criar um novo título para isso. E até a presente data, conteúdos e até o metaverso (com uma empresa agora de fora), passou a investir (Banco do Brasil) – será que a Rockstar vai lançar o GTA 6?

E então? Estão prontos para o futuro?

Até a próxima.