Dilema do MCU: Nos cinemas x Hqs – Saga Guerra Infinita

Não é segredo para nenhuma pessoa que seguiu a produção da Marvel nos cinemas desde de 2008 até 2018 que o sucesso foi crescendo e ganhando proporção. Netflix ou Disney Plus ganharam séries solos ou arcos spin-offs do universo Marvel ligado ou não ao arco da Saga Infinita. Agora uma das série (na presente data, 21 de fevereiro de 2021), Wandavision um das séries mais vistas no mundo, esteja conectado ao próximo filme solo do Dr. Estranho que o subtítulo o Universo da Loucura, que trata de multiverso.

Para quem só assistiu aos filmes, tudo que representa Marvel era um grupo de super heróis lutando contra um titã louco. Quem era aficionado pelas Hqs, tinha uma vantagem porque entendia do que se tratava aquelas histórias e onde iria terminar. E quem lia as histórias do Dr. Estranho, sabia que o conceito de multiverso apenas acrescentava a história que aquele Thanos ali não era igual aquele Thanos dali.

O conceito de multiverso é quase uma novidade 100% para quem não lê as Hqs. É em uma medida de 15% novidade para quem lê Hqs. E para quem lê histórias do Dr. Estranho, não tem surpresa nenhuma. O mago supremo é cheio de arcos (lores) que viajam entre dimensões e nos oferecem uma visão holística da realidade da Marvel para os seus personagens. Os demais tem muito pé no chão. O que chega perto são os contos de Thor.

E aqui vem o dilema. Nas Hqs a saga infinita termina pior que a dos cinemas. O titã louco, Thanos, o alien roxo. Ganha a guerra. O universo de possibilidades indica que pelas Hqs, Thanos era o único interessado nas joias. Ninguém mais se importava com o conjunto de artefatos que era capaz de tornar você em um supremo deus. Mas apenas o titã do fim do universo se interessava por elas. Isso é no mínimo aquela piada pronta.

Depois as joias estavam escondidas tanto que nem os Vigias, o tribunal vivo, Galactus, Dormammu, Dr. Destino, Shuma-Gorath, alguns dessa lista deuses, não simbolicamente, deuses, entidades de enorme poder, nunca conseguiram acha-las. Mas Thanos um alien normal, conseguiu. Porque também era o único interessado nelas. Dormammu o inimigo do Dr. Estranho, é um ambicioso demônio que goza de dominar a Dark Dimension, mas cobiça a terra. Com as joias ele teria uma chance, mas perderia para o Dr. Estranho, talvez até aliado a sobrinha do arqui-inimigo, Clea. Com a amiga tecnomântica (Kanna) e alguns aliados no X-Men.

Mas ele nunca se interessou por bijuterias. Está mais acostumado a ser relegado ao inferno toda vez que tenta trazer desespero ao mago supremo.

Nos filmes, Ultron que me falha totalmente a consideração, porque nem lá e nem nas Hqs tive o interesse de procurar por ele. Um por minha parte e outro por parte das produções que parecem ter dado a ele um lugar sombrio a sua visibilidade. Pensando agora os filmes da Marvel deveria ter pelo menos 2 partes por filme. Homem de Ferro 1 – Parte 1 e 2. Não parece que os filmes dispostos foram capazes de passar uma mensagem de peso.

Em Dr. Estranho, o filme de 2016, senti que o mago supremo era o mago supremo. Tão igual quanto nas Hqs. Quando ele participou dos filmes vingadores. Não era o mesmo mago, tenho 100% certeza absoluta. Sem sombra de dúvidas. No primeiro filme, ele chegou a fazer projeção astral que um dos poderes mais famosos e chegou a viajar por dimensões e o universo quântico. Que o Homem-Formiga (Scott) precisa usar uma armadura especial e diminuir de tamanho para ter capacidade de fazê-lo).

É portador da joia do infinito. Lutou contra um demônio extremamente poderoso. Mas não venceu um alien roxo de 3 metros que tinham umas 6 bijuterias acopladas na manopla? Nas Hqs, algumas histórias de 2017-18 e 19. E algumas relíquias de 2015. São as que dão forma ao perfil do filme de 2016. Pois bem. Esse mago supremo mata o Thanos no café da manhã. Não é por preferência do personagem. Apenas que parece ter menos importância é que Thanos da Guerra Infinita não parece ter tido nenhum obstáculo:

  • Ninguém se interessava pelas joias, só ele, não tinha concorrência;
  • Era difícil de achar, mas ele conseguiu achar elas bem rápido;
  • Tinha herói super poderoso que no filme solo fez bonito, mas no Vingadores parecia um velho manco.

Sou adepto das histórias do mago supremo. E antes de conhecê-lo achei essa saga furada. Após conhecê-lo. Achei uma ofensa. Como o mago supremo não matou ele? Está certo que se considerarmos que só em Wandavision, a própria Feiticeira Escarlate pode mudar a realidade, mas não foi capaz de fazer nada contra o titã. Talvez esse seja o dilema do MCU que queríamos encontrar.

Os 22 filmes de 2008 iniciando com o Homem de Ferro 1 e terminando com Os Vingadores: O Ultimato, tenha ocorrido em uma dimensão fora da Terra-616. Essa dimensão por denominação da Marvel é onde ocorre a maioria das histórias do universo dos heróis. Há algumas histórias do Dr. Estranho, e demais heróis, mas vou citar do mago supremo, que acontecem em diferentes terras uma mesma saga com diferentes acontecimentos.

Em algumas dimensões, o Dr. Estranho é um herói disfarçado. Na Terra-616, Stephen Strange não esconde que é herói. Ele não tem uma identidade secreta. Em outra dimensão, ele é igualzinho à esse mago supremo. Mas possui uma identidade alternativa. Acredito que a Disney por deter os direitos pensou em creditar como terra-616 se fosse bem sucedido a saga (ao meu ver não foi, não é unânime, mas não foi como era esperado).

Ou considerar o que aconteceu no final de Ultimato. Em diferentes ocasiões após desfazer o que o Thanos fez. Há arcos novos dentro do mesmo universo. Neste caso podemos considerar que os 22 filmes nunca existiram e que por um Nexus de acontecimentos, houve uma criação de pelo menos 4-5 terras diferentes após o estalo de Tony Stark. Ou seja de 2008-2018 o MCU foi um um puro vácuo.

Ok. Ok. Você sente que esse texto foi forçado a sensibilizar que os heróis poderiam ter dado um troco melhor em Thanos. E que por desfeita, o autor, no caso eu, tenha fica ressentido porque os heróis foram massacrados sem ter uma oportunidade de fazer o que seria o mais correto, dar uma surra no roxinho? Está certo. Não só sinto que tenho que forçar este texto, como sinto que os roteiristas do MCU por 10 anos tem uma vida muito ruim para querer no final que Thanos mate todos aqueles que eles chamaram de heróis.

Até Chapolim mata esse cara. Mas o dilema foi de matar a memória dos 22 filmes. E partir para as versões solos de cada personagem. Neste caso a primeira grande produção após o fiasco da saga infinita (foi fiasco nas Hqs também). E agora favorecer histórias que fazem a pena contar. Vocês sentem que perderam seu tempo por 10 anos? Pelo menos gostei muito do Dr. Estranho em 2016. Não é menos mal que Lost, teve gente que disse que perdeu 6 anos de suas vidas assistindo a série sem noção.

Walking Dead…por aí vai. Prefiro ver filme onde o mocinho e a mocinha vence no final. Não estou muito ligado em filmes onde o mal triunfa. Gera um mal-estar imenso.

Os Vingadores: Dr. Estranho derrotaria Thanos.

Normalmente nós lemos sobre artigos ou análises fazendo uma pergunta nessa chamada. Eu já ouso dizer que o mago supremo não teria problemas em derrotar Thanos. E há algo que é preciso ser dito, não que a HQ é melhor que o MCU, embora em alguns momentos devo dizer que a adaptação de alguns elementos, em especial do Dr. Estranho (2016) certas conexões e origens foram alteradas não foi um problema.

Mas tanto o MCU como as HQs deixaram passar um detalhe, Dr. Estranho teria como derrotar Thanos sem problema algum. Posso dizer que sou um fã do mago há pouco tempo. Conheci melhor sua história, já tenho até um acervo de Hqs admirável dado a próxima data que me tornei fã, e após Vingadores: O Ultimato, que na época mal sabia alguma canône do universo Marvel, o que eu sabia era como o dito popular: Homem de Ferro, Capitão América e Hulk. Não porque sabia, são esses personagens populares.

[Diferente do filme, nas Hqs, Dr. Estranho fez parte dos Novos Vingadores e quase na mesma época dos Iluminatti, entre dois grupos os Avengers. Mas não como Vingador, no filme ele não é Vingador também, é praticamente um personagem visitante]

Nem tinha uma informação da origem deles, quando foram criados e seus arcos. É certo que até aqui você deve entender que só fui me tornar algum entendido de Marvel após o último filme em 2018. Mas naquela época mesmo eu achei uma furada Thanos vencer e de lavada. E tinha alguns heróis ali que colocaram Thanos no chinelo mesmo com as joias em mãos. Depois que li as HQs e fiquei sabendo um pouco mais, conclui com 100% de certeza que os roteiristas nunca leram uma HQ na vida e também que não leram os roteiros dos colegas, senão deles próprios dos títulos recorrentes.

Em 2016 quando Dr. Estranho estrelou na telona com o ator Benedict Cumberbatch, eu nem sabia que a Marvel tinha um mago e quem aquele era. Passei o filme vendo o que seria parte das Guerras Infinitas. Mas não que sabia do que se tratava. Após 5 anos, hoje ao rever o filme de 2016 eu pude comparar as origens de ambos e consegui identificar artefatos, personagens e easter eggs. Coisa que na época eu nem prestei atenção. Mas havia um único ponto que eu tinha notado, se o mago supremo criou um ciclo infinito com Dormammu, por que não o fez com Thanos?

Agora em 2021, após ler várias revistas do Dr. Estranho, rever o filme. Eu faço a seguinte afirmação – Porque os roteiristas chutaram o balde da lógica. Depois de ler que um roteirista, o qual foge o nome, disse que Hulk seria derrotado por Thanos mesmo sem as joias é de se admirar que o Dr. Estranho agiu como em sua participação na animação Spider Man Ultimate, o Aranha era um versado em lógica e magia contra um Mago mais velho que mais parecia um cego no tiroteio (faz sentido essa dianteira), o Aranha é o protagonista, o Dr. Estranho está ali como convidado.

Mas no filme solo, ele prendeu o Senhor da Dark Dimension. Mas não pensou em prender Thanos no mesmo ciclo? Resolveu ver 14 milhões de possibilidades e só achou uma, e nenhuma delas era esse ciclo e ainda entregou a joia do infinito para Thanos. Não acho que estamos falando do mesmo Dr. Estranho. Mas tanto as Hqs como o filme batem na tecla de um Multiverso. Para quem lê, a história da Marvel se divide em Terras e uma numeração, a maioria se expande em Terra-616. É onde ocorre as manifestações dos 22 filmes da MCU.

E as Hqs tem uma variação, mas a maioria é também Terra-616.

Só para ter ideia do poder do Dr. Estranho. E uma revista dos Defensores baseada no grupo de 1971, so que com uma arte mais atual e um roteiro original de 2019, Dr. Estranho já velho, sem um olho e capengando em uma terra devastada por Dormammu, se sacrificou usando a cabeça do Hulk encantada que o lançou para o passado (uns 60 anos) sua projeção astral. O detalhe é que o corpo do Dr. Estranho morrera com a implosão da cabeça do Hulk no futuro para envia-lo ao passado e avisar ao Hulk que eles deveriam impedir Dormammu.

Dr. Estranho luta contra demônio, de Mephisto ao Pesadelo, para citar os mais poderosos, mas perde para um Alienígena Roxo de 3 metros que não tinha a joia da viagem temporal? Certo isso? Talvez se for uma Terra diferente de 616. Sem falar do furo abordado pelos filmes em que a viagem temporal não segue nossa lógica. Se você for para o passado e mudar algo, aquela linha temporal irá mudar no futuro.

No MCU, eles dizem que mudar o tempo não é possível pois a realidade ali não pode ser alterada. O que já coloca em xeque a própria joia do infinito de viagem no tempo. As 14 milhões de visões do Dr. Estranho seriam irrelevantes considerando que a mudança de tempo e as possibilidades de derrotar Thanos seriam perdidas. Ok, isso é parte do problema de ser roteirista. Muita ideia, quase nenhuma conexão.

Mas mesmo assim daria ao Dr. Estranho uma carta na manga, porque ele seria capaz de matar Thanos até mesmo ele com todas as joias. Alias com o Olho de Agamotto não é apenas um amuleto para decorar. Além de viajar no tempo, ele permite analisar possibilidades e detectar atividades mágicas (arcanas). Talvez o final com Tony Stark morrendo fosse mais lógicos. Um ser humano normal com uma armadura Mach.

Uma lista melhor encabeçaria a derrota do Titã, sem seguir a ordem de mais poderoso:

  • Capitã Marvel;
  • Hulk;
  • Thor;
  • Feiticeira Escarlate;
  • Dr. Estranho;
  • Loki.

Neste caso a MCU preferiu fazer como na DC em Batman Vs Superman. Um humano normal matou o filho de Krypton. Tinha tantos heróis que fariam o trabalho mais rápido. Mas a única saída era Tony Startk? Depois da morte boba de Pietro em Era de Ultron com uma participação depreciada do próprio Ultron, não seria diferente o final do arco da Guerra Infinita iniciado em 2008, tão depreciado quanto.

Dr. Estranho (Dr. Stephen Stranger, 07/1963) que teve sua primeira aparição na edição da revista Stranger Tales #110 como o Black Mage já com o nome Stranger, ganhou diversas adaptações ao longo dos anos, participações convidativas em animações e uma animação própria (Doctor Stranger: Sorcerer Supreme, 2007), ainda sim chamado de defensor da terra de forças místicas, protetor e sim, viajante dimensional (lembra dele indo em Universos Quânticos no filme de 2016?), e mesmo assim ele não foi capaz de vencer Thanos, mas de vencer Dormammu foi. Roteiro sem pé e nem cabeça.

Particularmente eu desconsidero dos 22 filmes os três últimos (não sequencias na exibição) por terem tido dois solos no meio: Dr. Estranho e Pantera Negra, é Guerra Civil | Guerra Infinita | Ultimato. Achei filmes superficiais e pouco reais dado as opções que haviam de luta. E até de término. Ainda que fosse um combate justificado, nunca que seria um Tony Stark para vencer no final. O que me lembra a tentativa de Hulk de pegar a Manopla e ter um queimadura nas mãos, e olha que não estamos falando de qualquer um. Tony Stark com armadura teria derretido antes de estalar os dedos.

E um detalhe, a Manopla só queima no filme, nas Hqs não existe esse detalhe.

Sai do cinema com a sensação de que as críticas (não de minha parte), mas ainda entendidas, que a DC é uma drama, a MCU ganhou medalha de ouro neste quesito. E não terminou bem. Não fiquei desiludido. Nem por não ler as Hqs na época e tampouco agora. Eu considero duas versões. Prefiro a da Hqs. E no caso do Dr. Estranho prefiro a versão solo e as Hqs. Suas participações em filmes ‘coletivos’ não foram muito boas.

E mais uma menção, Dr. Estranho luta contra e absorve\ senão quando usa feitiços de origem divina. Para ele não vencer o Thanos estamos falando de uma ‘Asneira Cinematográfica’ única.

Espero que o Multiverso da loucura não coloque isso sob a terra. Espero, porque esse personagem parece ter uma construção mais interessante que os demais personagens. Muito embora, no filme temos uma versão “resumida da resumida”. Seriam necessários uns 4 filmes só para contar a história do Dr. Estranho. Temos um filme pequeno para jogar no colo Dormammu, Barão Mordo, Kaecelius, Anciã e joia do infinito. É muita informação para pouco tempo de informação.

O Dr. Estranho nos quadrinhos tem uma certa sensibilidade com o filme. Algumas mudanças:

  • Anciã por Ancião;
  • Quando Stranger foi procurar pelo templo ele foi logo aceito pelo ancião, no filme ele foi expulso pela Anciã e recomendado por Barão Mordo;
  • Não existem 3 Sanctum Sanctorum nas Hqs é apenas um, o de Nova York. No filme Dr. Estranho se tornou dono porque defendeu ele dos ataques de Kaecelius. Nos quadrinhos na volta da Indía e treinamentos, o Dr. Estranho comprou o casarão com fama de mal-assombrado – o que protege a terra são das Linhas de Ley e o Dr. Estranho;
  • No filme não existe menção do livro mais importante do universo do mago, o livro de Vishanti (símbolo da janela e na túnica do mago) (Agamotto, Oshtur e Hoggoth), no lugar fala de sua versão de Magia Negra (Darkhold) e o livro de Cagliostro, que fala da história dos feitiços poderosos;
  • No filme e nas Hqs o Dr. Estranho não cura suas mãos no lugar de usar magia. Mas na revista Escolhas (2020), ele consegue recuperar sua habilidade de cirurgião, combinando ser mago e médico;
  • No filme e Hqs falam que existe um preço por usar magia;
  • No filme em comparação nas Hqs, o Dr. Estranho é super isolado sem nenhum contato. Nas Hqs ele já fizera parte dos Defensores (Namor, Surfista Prateado, Hulk), fez parceria com Valquíria e Gavião Arqueiro. Teve uma lore com a Feiticeira Escarlate, quando houve a Guerra Civil, ele se juntou aos Novos Vingadores (que iam contra revelar a identidade) e quando houve Guerras Infinitas ele já tinha uma aliança vasta contra o filme que ele só conhece na prática o Wong.
  • Ele chegou a ter inclusive contato com o Quarteto Fantástico.

Há uma grande diferença? Parte de algumas histórias estão sendo encomendadas. Já existe algum falatório sobre os próximos passos da MCU investir na Dinastia M, Nos Iluminatti (X-Men) – até o próximo Spider Man Ultimate faz menção ao Aranhaverso com o Miles e o Peter Parker, existindo dois episódios na quarta temporada com Dr. Estranho contando essa história (Multiverso da Loucura), inclusive para o Universo Quântico.

Mas sempre haverá discrepância de obras relacionadas assim. Livros, Hqs e filmes. Neste quesito não faço questão. A única questão é que sim, Dr. Estranho teria matado Thanos com muita facilidade.

HQ Clássicos – Vingadores vs Defensores

Os Defensores se preparam para atacar os Vingadores.

A revista “Os maiores clássicos do Vingadores” volume 4 traz um duelo incrível entre as equipes dos Vingadores contra os Defensores. Dormammu, o arqui-inimigo do Dr. Estranho preso na dimensão negra junto de Loki, o deus da traição e meio irmão de Thor, uma forma de conseguir o olho maligno para permiti-lo expandir sua dimensão sobre a da terra. A história foi escrita em 1973.

Os uniformes dos vingadores e Defensores, a composição da equipe é baseado na era de Prata e não segue a conformidade da MCU para o cinema e nem os arcos de histórias atuais. Foi particularmente a primeira história que li sobre os defensores originais. Li a revista “Os Defensores – A melhor defesa” que é baseada a na equipe original, mas com desenhos atuais”, depois faço uma resenha sobre ela.

A composição original dos defensores: Dr. Estranho, Namor, Surfista Prateado e Hulk. No entanto nesta história de forma temporária temos a adição da Valquíria e Arqueiro Negro.

E sobre a revista o Dr. Estranho “Acerto de Contas” e “Mundo afora” que são acontecimentos anteriores a guerra infinita. Nesta história, Vingadores vs Defensores, temos uma busca desenfredada pelas peças do olho maligno, que por enganação do plano de Dormammu, Dr. Estranho na tentativa de tirar o Cavalheiro Negro do estado de pedra, o seu inimigo “intercepta” a mente do aliado e manda uma mensagem falsa.

Na busca pelo artefato e ao mesmo tempo que já os Vingadores batem a porta dos defensores na tentativa de resgatar Cavaleiro, são avisados por Loki (já que o mesmo vê que foi tapeado por Dormammu) que os defensores querem pegar o olho para dominar o universo. E o embate a acontece.

Trapaça de Loki e a Ingenuidade dos Vingadores.

O peculiar aqui é atentar também pela ingenuidade do roteiro. As revistas mais atuais não desenhariam um script que permitisse que os vingadores aceitassem a palavra de Loki como sendo imaculada. Ele já conhecido por suas traições e indiscutível caráter. Mas Loki não tem problemas alguma em conseguir convencer os vingadores que os defensores estão tramando alguma.

Depois em determinada página você percebe o quão a simplicidade da história era baseada, quando os heróis dos times que se atracavam por páginas sem fim, deduzem que foram manipulados. Por Loki, a manipulação é um prato cheio e sequer o seu símbolo oficial. E o quanto é conveniente que certas situações acontecessem na trama para que os heróis pudessem vencer as batalhas.

Esse foi um exemplo de crossover que permitiu a criação das ideias da Guerra Infinita e outros arcos que fosse possível unir universos distintos da Marvel.

De volta para o Futuro.

A história termina com o resgate do Cavalheiro Negro, a razão pela qual os defensores lutaram tanto para conseguir o olho maligno. Mas o que conseguem é irem para o passado, há 800 anos. A história é muito bem feita. E trata justamente do Olho Maligno que fora destruído, ser restaurado e um dia ele terão que lidar com ele.

O Cavalheiro Negro permanece na idade média enquanto os defensores retornam ao tempo presente.

Magic the Gathering (46) – Contos de Magic

Contos de Magic the Gathering.

A coleção com 60 volumes contando a Lore de Magic Origins ao que parece, até a guerra da centelha, vendido no Brasil pela editora Planeta DeAgostini. Por meio de assinatura ou compra em jornaleiros ou departamentos de revistas, oferece ao leitor uma abordagem específica da canône do multiverso de Magic. Mas será que a vale à pena?

Não como um artigo do Vale à pena, mas dentro dos diversos artigos que escrevi sobre Magic, estava na hora de incluir os contos. São livros de capa dura com ilustrações das próprias artes das cartas contando a história de Planeswalkers, os planos (universos), as tramas (Batalha de Zendikar, origem de Jace Beleren, O pacto das Guildas) oferecendo uma coletânea do mais famoso Card Games.

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Embora tenha lido por muitas vezes que os livros servem para introduzir novos jogadores, seria mais apropriado direciona-los ao Kit Básicos ou Duels Magic para ensina-los sobre como jogar Magic. Parte do que vemos nas lores citadas nas cartas nos oferecem muito mais teor, porém não a mesma qualidade. E embora essa simples informação de lore nas cartas pareça desmerecer os livros, vem um adendo importante, não substitui.

Os Contos de Magic é tido para colecionadores. Se você quer jogar. Prefira ir atrás de kits ou packs básicos ou starters, como são conhecidos. Ou ainda por Decks de Planeswalker que contém a composição básica e geral da coleção e ainda lhe permite acessar informações com mais agilidade. A lore é a composição do multiverso. E ajuda na hora do Deck building, sim ajuda. É só prestar atenção.

Mas devemos separar alhos de bugalhos. O alho é o conto e o bugalho é o jogo. A questão é se você se interessa pelo universo de Magic e quer se jogador, mas não apenas colecionador, e este segundo fica mais fácil dizer – sim, compre os contos. O primeiro às vezes está concentrado entre dois aspectos: Arte das cartas e o jogo.

Universo Marvel e Magic: Similares.

E ainda tem os jogadores que estão concentrados em ganhar dinheiro com Magic ou apenas juntar os amigos. Muitas vezes não importando se o card games se chama Magic ou Runeterra. Para esses o investimento na Lore pode ficar de fora. O foco é outro. Mas para você que quer tudo de Magic, é um colecionador. Então sugiro comprar. Mas e se você não quer tudo de Magic, apenas sobre multiversos místicos, talvez um leitor de Harry Potter ou quem sabe Dr. Estranho? Vale a mesma dica. Compre.

O Multiverso de Magic não é uma história nova. Não sei quem veio primeiro. Marvel ou Magic. É claro que é Marvel. Mas o arco de multiverso. Ainda sou novo no mundo dos HQs, o máximo que eu sabia, era os vingadores originais, coisas dos anos 80 e uns gatos pingados de recortes de revistas misturados com editoras. Não era uma pessoa leiga, mas não era uma pessoa entendida.

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Hoje tenho uma predileção por histórias do Dr. Estranho. E portanto as tramas que ele aparece surgem dentre diversas sagas. O que me faz encontrar com contos do multiverso, guerras secretas, guerras infinitas, a melhor defesa e assim por diante. Mas se você gosta de sagas e tem interesse próprio em uma ideia chamada Magic que possui também revistas em quadrinhos (mas por essas terras não há distribuição), os livros são a melhor maneira de manter o espírito de MTG vivo.

Ah, mas é interessante? Um ponto que achei similar, senão igual, é a ideia do Pacto das Guildas existe em Magic onde Jace Beleren é tido como uma espécie de mediador e que reside em sua mansão em Ravnica. Um prato cheio de semelhanças com os Defensores (originais e novos) onde temos um Dr. Estranho e uma turminha pronta para lidar com problemas místicos.

No pacto da Guilda, Jace Beleren (Vryn), Nissa Revane (Zendikar), Gideon (Theros), Chandra (Kaladesh) fazem parte de uma grupo que combate ordens místicas contra qualquer planeswalker errante. Os defensores (original) – Dr. Estranho, Namor, Hulk e Surfista Prateado combate ordens mística contra qualquer demônio ou errante que atente a terra. Semelhanças? Neste caso os defensores originais é mais antigo que o Magic.

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Então temos uma certa influência. Por isso a questão do multiverso tenha nascido antes em ou no outro. De qualquer jeito essa comparação não veio dizer quem tem a posse da coroa. E sim a similaridade. Oferecendo para quem gosta de revistas em quadrinhos, sagas, heróis místicos, um mundo onde as regras funcionam da mesma forma. Se ainda não for do grupo das pessoas com já uma certa afinidade:

  • Leitor avulso – Compre;
  • Leitor de material Mágico – Compre;
  • Colecionador do tipo de material – Compre;
  • Jogador de Magic – Depende;
  • Colecionador de Magic  Compre;
  • Quer conhecer Magic – Compre;
  • Quer aprender a jogar Magic – Os livros são parte da Lore, mas você precisa saber regras e mecânicas – compre um Deck Planeswalker;
  • Gosta de sagas místicas – Compre;
  • Quer matar o tempo – Não compre.

Vale à pena?

Curte arte, gosta de magia, magos, bruxos. Gosta de universos de possibilidades. Aprecia uma boa canône onde os personagens tem seus segredos e histórias revelados. Gosta de torcer por um lado. Adora sagas? Então compre, vale a pena.

Os Vingadores – Ultimato

Esta matéria e análise contém spoilers.

Deliberações do Universo Vingadores.

A história começa onde a outra terminou. Logo após Thanos ter vencido os Vingadores e ter aniquilado metade do universo, vemos uma derrota pairar no ar. Mas querendo que aquele bruto roxo sofra, sem esquecer que ele era um vindouro Goonies (Josh Brolin, Goonies, 1985), as claras vemos um filme que soube juntar Lords of the Rings, com todos os filmes da Marvel no sentido das sequências e na característica que fez estes filmes serem épicos: Aventura, ação, história e comicidade. E mais, juntar o que queríamos ver, um tapa na pantera e um excelente longa de 3 horas (ao meu ver, até curto) que merece três indicações ao Óscar: Efeitos visuais, atuação e fotografia.

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Quando vi Homem de Ferro em 2008, há 11 anos, eu nem imaginava o que seria Vingadores. Não sou um leitor da banda desenhada, embora não ignore completamente a existência do mundo Marvel e suas coleções Dourada, Prateada e anos normais. Ainda que mais ignore completamente a origem de Thanos e as joias, como a maioria dos mortais, eu segui a cronologia e o canône apresentado nas telonas. Então, acredito que a Marvel adaptado aos cinemas já seria por si só uma obra de arte, o que me faz pensar em querer ler as Guerras Infinitas nos quadrinhos.

A cada vez que nas cenas pós créditos, Nick Fury (Samuel. L. Jackson) surgia para agrupar os seus vingadores em sua iniciativa, e descobrir pela Capitã Marvel, que ela foi sua inspiração para criar tal tropa, era apenas um começo. Após tantos filmes, chegamos na etapa final, ou pelo menos para essa etapa final. Já seguem rumores que agora teremos outras histórias para serem contadas. Talvez a Disney Go (Streaming) reviva a série da Agente Carter, aliás o Capitão terminou com ela.

Como toda história crescente termos uma lista de perdas permanentes, ou talvez como em X-Men: Conflito Final onde uma Phoenix – Jean Grey (Famke Jansen) deteriorava todos, em um Dias de um futuro esquecido, lá estavam eles lá de volta, não seria inapropriado dizer que personagens que morreram como Homem de Ferro, Viúva negra tenham sido uma caminho só de ida. Porque é assim que opera a indústria Marvel, hoje Wolverine é o velho Logan, daqui a pouco ele volta novamente para reprisar o papel do único Wolverine dos cinemas. É um marco, ninguém o fez além de Hugh Jackman.

A primeira coisa para ver um filme como Ultimato é encara-lo como um conjunto de todos os filmes da Marvel com um amadurecimento bem ao ponto e ao mesmo tempo onde um encontro está para ser realizado. Quando vi os créditos finais lembrei do último filme da série Clássica de Star Trek, onde cada ator tinha além do nome surgido na tela a sua assinatura, porque é assim que vemos o filme terminar uma época. Posso dizer que foi um marco, porque eu era 10 anos mais novo quando essa saga começou. Uma década.

Embora as mortes como o do Homem de Ferro possam parecer tristes demais, na verdade não é. A cena é bem dramática, mas nada do que esperaríamos não ver em relação ao Tony Stark. Ele teve até o momento dele de conversar com o próprio pai, falar sobre paternidade. Em uma volta no tempo para tentar reverter o que Thanos fez, era a única forma. Deu a Tony uma perspectiva diferente da própria vida, assim como Arya Stark e Carol (TWD), esse foi o personagem que mais mudou entre todos. De um Playboy egoísta para um Humanista colaborativo. Então perde-lo parece uma facada.

A história começa com Tony e Nebula esperando a morte no espaço, Gavião Arqueiro perdendo a família na hora da dizimação, e uma sede de vingança, mas sufocada pelo fracasso completo. Porque é isso que a Guerra Infinita transmitiu. Foi um fracasso total. Sim, foi isso que a história conseguiu passar. Como um gigante roxo daquele mata tudo, pega as joias e vence a iniciativa Vingadores, assim? A Capitã Marvel não é a solução, e era de se esperar. Herói forte nunca aparece mais que 10 minutos em um filme.

Já viu em games algum personagem poderoso como um Deus ficar perambulando por aí. Ele só é ativado porque você bateu alguma meta de missão. E a Capitã Marvel surge em apenas três ocasiões no filme: Salvar Tony Stark e Nebula, surgir em uma transmissão e no final do filme para derrubar a nave de Thanos. Mas quem salva mesmo a parada,  de tudo e dá um ponto final, é Tony Stark.

Vemos todos os personagens juntos: Guardiões, Vingadores, Homem Formiga, Hope, Pai do Homem Formiga, família do Stark, Gamora, Thor barrigudo e uma sensação de que você já viu aquele filme. Porque é isso que a Marvel fez no último, ou seria, a última parte dessa saga. Não acho que vão finalizar aqui e deixar em ponto morto, porque agora dá aquela breve força de que tem mais para contar.

A volta para a batalha de Nova York, mas não se empolgue, a gente não vê sua totalidade, apenas os momentos e curtos do que ela foi. Vemos o filme em outra perspectiva. Como se fosse o mesmo filme, mas em outro ângulo. O legal é que este filme apesar das 3 horas, o que achei curto demais, consegue fechar e amarrar as pontas soltas. Estava preparado para engolir a explicação de como matar Thanos, mas até que não foi uma forçosamente uma explicação do tipo ‘Vida extra” que pulou de uma planta carnívora.

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Universo quântico do Homem Formiga e uma vontade de estapear Thanos deram o gás. A batalha que queríamos ver no último filme, foi vista e da melhor maneira neste mundo. Ainda acho que a luta entre Harry Potter e Voldemort, Dumbledore e Voldemort e Anakin e Obi Wan foram lutas mais demoradas, em especial a última citada. Mas quando se trata de um ‘mundo inteiro’ batendo em ‘um mundo inteiro’ seria apenas um filme para tal evento, o que eu não veria com maus olhos – 3 horas para parte teórica e 3 horas para luta.

Agora o interessante é ver Guerra Infinita e Ultimato de forma seguida, pois o filme é um só, diferente dos outros em que a sequência quebra o ritmo, aqui temos uma conexão. A perda óbvia de Viúva Negra coloca-a frente a frente do seu parceiro nas lutas, Gavião Arqueiro na busca da joia da alma. O que aconteceu com Gamora e Thanos aqui? A viúva negra nunca morreria em uma luta igual. Mas nem aqui ela morreu fácil, então digamos que é aceitável…até que a ressuscitem em uma história no futuro.

Viagem no tempo.

Gostei das citações da viagem temporal no filme. De Volta para o Futuro a mais conhecida, entre outras mencionadas dando a margem de como o salto é entendido no filme. A primeira aposta de como eles viajariam seria com a joia do tempo, o olho de Agamoto que estava em posse do Dr. Estranho, que pelo visto, tinha toda a resposta na palma da mão.

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Mas não era com a joia, não seria possível já que ela só retorna alguns momentos no tempo. E elas foram destruídas por Thanos também. E sim com o experimento de Scott Long, o famoso Formiga. Que já havia encontrado com eles no Homem-Aranha De volta para a casa. O Universo quântico. Ele ficou lá por 5 anos. Para ele 5 horas. E nisso consiste a teoria que os levaria para solução.

Mas lembrando que essa teoria não foi lançada em Ultimato, no primeiro Homem Formiga quando a mãe de Scott ficou presa no universo quântico pressuponha que ela tinha morrido, em a Vespa, segundo filme, ele descobre que ela estava viva e nova. A ideia foi de juntar o cérebro do relutante Tony Stark, que repetia não querer o plano. Por quê? Ele tinha uma filha (Morgan) com Pops, então seu plano era se manter na estabilidade, que acabou por terra quando ele mesmo não aguentou a proposta de matar Thanos – e montar um receptáculo para voltar antes e pegar cada joia.

Por anos Thanos procurou as joias para colocar um equilíbrio no universo. Até que seria um projeto inofensivo se isso não implicasse em matar 50% do universo. Thanos não é uma sugestão de Vilão, não é um Vader e nem Voldemort, mas uma união poética dos dois, pois ele é apenas um alien enlouquecido que acha que isso seria a solução dos seus problemas. Visto que tocaiado em sua cabana em um planeta morto, ele está convencido de ter feito a coisa certa, mas no final conseguiu apenas uma coisa – ser morto.

O Rompe-tormenta, machado que dava o poder do Martelo destruído por Hera em Ragnarok, e a Thor uma arma para matar Thanos. Eles só conseguem a proeza logo depois que o Roxo volta para a casa e vira fazendeiro. Mas o problema era esse – era tarde demais para resolver as coisas assim. Então eles ficam por 5 anos se conformando com aquela situação. Na Terra, Capitão América fazendo parte de um grupo de reabilitação, um Tony Stark com uma família, um Hulk com a parte Bruce e Hulk fundidas (Um Hulk Inteligente), Gavião Arqueiro mercenário e uma Viúva Negra agindo como Nick Fury. Mas derrotados.

E surge uma ‘formiga’ pra dar-lhes a possibilidade de chutar o traseiro de Thanos e pôr um fim nesta história. E começam a revisitações de lugares. Não de todos os filmes, mas dos que nos fariam lembrar daquele começo que esperaria aquele final. A conversa com Frigga (Mãe) de Thor nos dá a melhor amplitude desses reencontros. É o que Martin McFly queria ter com as versões de sua mãe ao longo da linha temporal. E é essa sensação que temos ao ‘falar e ouvir’ como se fosse o Thor.

Pegar a bandeira antes do Roxo.

O filme todo é eles voltarem no tempo e pegarem as joias antes de Thanos e fazê-lo sumir. Na prática seria retornar as joias para sua linha temporal para se tornarem intocáveis, mas Thanos se coloca na frente do plano e tudo fica muito complicado. Uma Nebula que consegue trazer juízo a uma irmã morta no futuro e viva no passado (Dai um gancho, Viúva e Tony morreram, mas podem estar vivos em uma linha temporal alternativa)

A teoria temporal do Universo Marvel não opera igual a maioria. Se você matar uma pessoa no passado o que acontece com ela no futuro? Ela morre. Aqui temos uma Nebula do passado que é atingida e a do futuro não tem um arranhão acrescentado. Então a linha não segue etapas e sim ‘momentos’ desconectados, a brecha da Marvel esta aí quando quiserem ressuscitar os mortos.

A luta para conseguir pegar as joias e dar um fim no problema é o momento frenético do filme. Mas 3 horas significam um filme lento, correto? Não. Antes de ver, li que a trama ficava lenta. Mas sinceramente, nenhum filme da Marvel com suas 2h ou 2h30 usuais eram tão dinâmicas, que acrescentar 30 minutos a mais seria apenas aquele gostinho que sempre queríamos e não tínhamos. A trama corre, por isso achei até o filme curto.

E quando você vê aqueles filmes anteriores, aqueles momentos que um dia se tornariam o passado. Dá aquele orgulho de dizer, bem Thanos, pode ter matado 50% de tudo. Mas não fez 1% de nada que eles fizeram. E perde no final. Perde. Ele apanha. E aquele apanhar épico, digno de herói. Claro, digno de herói de quem bate nele. Ele pode ter uma espada meio parecida com o Cloud de Final Fantasy, mas o problema é que ele não é o Cloud, sem as joias, ele é um Hulk um pouco forte.

Não há cenas pós créditos e um último Stan Lee.

Não tem cena pós créditos. Blasfêmia. Ok. Seria pedir mais, aliás os 30 minutos adicionais inclusos no filme são as cenas pós créditos, seria injusto categorizar o filme que não tem cenas pós-créditos. Mas de praxe, a sala de cinema só esvaziou quando os créditos terminaram. É a única marca que consegue prender as pessoas no cinema após o filme acabar. E nem um “Os vingadores vão voltar”. E a homenagem feita a Stan Lee tanto em Capitã Marvel como neste, e na versão dos anos 70.

Dentro de um carro cheio de mulheres, o pai da Marvel, cantava Paz e não faça guerra. Na mesma base que indicava – “Aqui nasceu o Capitão América”. Lembrando que em 1970 ele ainda estava congelado no fundo do mar. Mas Howard Stark pai de Tony Stark trabalhava em projetos secretos e onde o Tesserec estava armazenado antes de parar em Asgard. Missão que levou Rogers e Tony, ex-inimigos da Guerra Civil e Vingadores a procura do fim de Thanos.

Avaliação.

Surpreso. Bem surpreso. Não totalmente porque eu já tinha lido Spoilers de propósito antes do filme. Mas fiquei surpreso mesmo assim, porque ler spoilers é diferente de ver o mel derreter. E não é a mesma coisa. Porque o impacto de ver cenas de perdas ou vitórias é apenas um grande impacto que somente cada um pode dizer o que achou, é pessoal. Então os Spoilers só me davam dica do que ia acontecer no roteiro, agora como ia acontecer isso ficou a cargo do belíssimo filme.

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Cada cena, personagem, volta, permanência deu o filme o final esperado. Queríamos todos vivos. Mas pelo menos lutaram até o fim. Herói nenhum merece o fim, mas se é para ter um fim, que seja para valer. Não gostei de matarem Dumbledore e nem Sirius Black, mas pelo menos tiveram um final memorável…o que não me faz conformar mesmo assim.

A trilha dos Vingadores estava surreal, porque você sente essa música desde do primeiro filme. E ali você queria que os instrumentos berrassem quando fosse tirar o couro de Thanos. Senti, não só por mim, que o filme era um jeito das pessoas dizerem – Thanos, fora daqui. Fiquei satisfeito com que eu vi, merece óscar, merece ser revisto. E só por causa dele, merece que cada sequência seja uma prova que nem as Joias do Infinito seriam capazes de vencer a iniciativa.

Dou nota 95.0, seria dez senão fosse pelas mortes de Tony e Viúva Negra, acho desnecessárias, até porque eu acredito que eles poderiam ter evitado isso. Com mais pesquisa em um futuro destruído, eles tinham o tempo todo do mundo, Tony poderia ter construído uma manopla para ele, aliás ele resolveu uma forma de fazer uma máquina do tempo, que nunca foi construída em apenas alguns minutos. E a Viúva negra poderia ter pensado em algo melhor ali na hora? Mas o filme é excelente.