Dossiê Biografia Completa | Johnny Silverhand

Cyberpunk 2077 Após 365 dias.

Há um ano, em 10 de dezembro, oficialmente para todos os que não adquiriram o pacote na pré-venda e entre alguns afortunados (ao ver não foram tão afortunados), era lançado a grande obra Hype da empresa polonesa CD Projet Red. Com uma promessa iniciada em 2012, adiada pela primeira vez em 2016 e num conturbado pela pandemia, e mais 4 atrasos, o jogo tão prometido, tão valorado, premiado e aplaudido antes de ver a luz, acabou parado e parando ânimos.

Posso me considerar uma pessoa que esperava na média o que o jogo prometia, e queria gostaria de ter visto um resultado bacana. Tem poucos jogos no mercado que investem em RPG com o gênero Cyberpunk, a maioria acontece em época medieval ou fantasia, que também pega os lados das espadas e dragões, o mais famoso, para citar a empresa, é Witcher.

A saga do bruxo Geral de Rivia deu sinais verdes que a empresa seria bem sucedida em seu projeto de quase uma década. Certo que sabemos que este jogo foi iniciado em 2016 e não em 2012 com o trailer de anúncio. E que possivelmente só foi de fato lançado após 2018 quando da E3 e o seu mais famoso garoto propaganda, Keanu Reeves.

Lançado como uma proposta que daria certo. O que poderia dar errado com o Keanu Reeves fazendo propaganda do jogo e que seria aos fatos, um personagem presente na trama? O ator é famoso por ser simples no dia-a-dia e carismático, suas atuações sempre deixaram lembranças nas pessoas. E o mais conectado a trama era Matrix, diga-se de passagem, Johnny Mnemonic.

Então o jogo ganhou notoriedade a partir de 2018. Mais pelo ator do que pela empresa. É assim que funciona a propaganda. Mas não teríamos a desagradável surpresa ao ver o estado final do jogo. Durante a campanha de pré-lançamento, a CDPR reativou a conta do twitter em 2018, estando esta parada desde de 2016, para começar os preparativos do que seria 2 anos de publicações impressionantes de cenários de uma cidade futurista.

Mas nenhum teste feito em consoles, seja eles bases ou não. O que dava a entender era que os testes eram realizados na plataforma de criação, que é sempre o PC. É de longa data que desenvolvedor se perde nas possibilidades de um computador possante, porém inacessível para a maioria das pessoas. No final, poucos tiveram a oportunidade de ver o espetáculo visual.

Proprietário de um PS4, eu vi mais travadas do que jogo. Vi mais polígonos inferiores ao Deus Ex Human Revolution do que espetáculo visual. Npcs, inteligência artificial, ciclo de dia e noite e escolhas. Nada e nada do que foi prometido. Antes que o visual agrade, jogos são mecânicas e sim isso, estamos comprando uma obra de arte em uma galeria renomada. Ainda levei na cabeça, pois meu quadro veio estragado.

As tentativas que tive foram de 20 dias em dezembro de 2020 para em 1º de janeiro de 2021 considerar este jogo morto. A comparação do abismo de promessas de Cyberpunk 2077 com outros jogos que foram mal em seus lançamentos é um pouco maior. Por quê? Eu já joguei jogo com bugs, mas nunca impróprio para jogo.

Com receio que este estragasse meu console e foi tarde demais, fiquei sem o PS4 por quatro meses devido as travas no HD. O PS4 não queimou, a memória interna não aguentou. Moral? Perdi todos os jogos salvos de mais de 130 jogos e progressos e fotos tiradas de jogos para um jogo que não vale os 250 reais que foram lançados. O prejuízo foi considerável, então a CDPR que até hoje é alvo de processos judiciais, deve ter perdido uma boa parte de seu público.

Ainda que pense, as próximas vendas de algum produto do zero da CDPR vai demonstrar se a base não esvaziou. Qualquer outro produto que seja oriundo de Witcher 3 e Gwent não conta, ali já tem público. Cyberpunk 2077 foi um fiasco para a empresa. A longo prazo ela vai ter que fazer a memória das pessoas minguaram.

E hoje?

Cyberpunk 2077 nos consoles bases PS4 e Xbox One ainda continua a mesma coisa de gráficos e bugs de 1 ano atrás. O que melhorou e significativo foram as correções de travas de missões e gráficos para PS5/Xbox S\X e PC (da Nasa). Mas só, as correções deste ano que foram adiadas para os próximo ainda está consertando o jogo que deveria ter sido lançado em 2020.

A pergunta seria: Deveria ir além? Eles prometeram mais do que história. Prometeram 1.000 algoritmos diferentes de personalidades, escolhas moldam, escolha de facções moldam suas ações, você pode terminar o jogo indo pela sidequest. As principais. Existem elas hoje? Nenhuma.

Infelizmente e a própria CDPR reconhece isso, o projeto Cyberpunk 2077 morreu em 10 de dezembro de 2020. Eles até investiram em lançamentos para o finado Witcher 3 na tentativa de desviar a atenção e com o Gwent no ar, em breve a empresa vai deixar de lado o investimento no jogo de vez. O lado ruim é que independente se a empresa se reergue, ela será lembrada pelo fiasco do Cyberpunk 2077 e não pelo triunfo do Witcher 3 Wild Hunt.

Apesar de Pawel Sasko afirmar em entrevistas que o jogo era essencialmente um RPG, o jogo pode ser hoje confundido e é (adorado) por ser um FPS (e poderia ser feito em terceira pessoa), o nível de imersão é zero, o aperfeiçoamento do personagem é inexistente e o jogo está focado em tiroteio. Embora haja uma história para ser elogiada pelo publico, ela é manjada e pouco original.

Conclusão de Cyberpunk 2077? (Após as correções)

Ele não é um jogo revolucionário, é mais do mesmo, com um pouco menos dos que triunfaram nesta área como a série Deus Ex e Shadow Run. Embora pareça que suas ações mudam alguma coisa, elas seguem uma linha de final 1, 2 e 3 com alguma mudança que você faça em determinado momento. Este último muitos jogos possuem a mecânica, o que seria novidade e prometida, é que pequenas ações realizadas até fora das missões seriam capazes de influenciar seu personagem na história.

O problema que além de não inovar, o jogo veio bugado e quebrado.

Nota (após 1 ano de correções): 1.0 (de 10.0).