Japonês (44) – Estudando Kanjis – Parte 11

Vamos ver hoje os KANJIS e Hiraganas referentes as cores. E vamos também pontuar, que há um exagero (observado) por uso do Katakanas para representar palavras que são originalmente em japonês, como por exemplo, a cor LARANJA (como ORENJI) referente a palavra inglesa (Orange). E sua desnecessária usabilidade do estrangeirismo. Que faz atrapalha em muito, o estudo do japonês por novos estudantes.

PRETO, BRANCO, AZUL, VERDE, VERMELHO, CINZA, VERDE, VIOLETA e LARANJA

  • PRETO (KURO fazendo uso do DESU) e KUROI (cor que indica);
  • BRANCO (SHIRO fazendo uso do DESU) e SHIROI (cor que indica);
  • AZUL (AO fazendo uso do DESU) e AOI (cor que indica)
  • VERMELHO (AKA fazendo uso do DESU) e AKAI (cor que indica)
  • CINZA (HAIIRO)
  • VERDE (MIDORI)
  • VIOLETA (MURASAKI)
  • LARANJA (DAIDAIIRO)

Fazendo uso do DESU e Cor que indica, se refere a propriedade que se indica (que se observa) e que se afirma (que é, afirma). Sei que parece complicado. Mas olhando alguns exemplos é possível entender.

  • AKAI KURUMA (Carro Vermelho)
  • AKA KURUMA-WA DESU (O CARRO É VERMELHO)

Parece a mesma coisa. Mas quando olhamos para um carro que está na cor vermelha indicamos a nossa observação, e quando afirmamos que o carro é vermelho, de fato afirmamos. Em Japonês a diferença está em ‘afirmar’ com certeza.

Fizemos uso do ROMAJI acima agora vamos trocar por HIRAGANA e KANJI

  • PRETO (KURO) – くろ
  • BRANCO (SHIRO) – しろ
  • AZUL (AO) – あお
  • VERMELHO (AKA) – あか
  • CINZA (HAIIRO) – はいいろ 灰色
  • VERDE (MIDORI) – みどり
  • VIOLETA (MURASAKI) – むらさき
  • LARANJA (DAIDAIIRO) – だいだいいろ 橙色

A palavra cor é usando o KANJI (色), percebe que aparece em HAIIRO (CINZA) e DAIDAIIRO (LARANJA)? Vamos dar uma aumentada nestes KANJIS.

灰色 橙色

Estudo de KANJI não envolve decoreba. Você entende. Desde de todos os nossos estudos de KANJI, sempre priorizamos a compreensão. Vamos a algumas frases (lembre-se de usar o papel e lápis, isso ajuda a fixá-los na memória). Crie uma lógica do que porquê. Vamos a um exemplo antes das frases:

  • 灰色 (se refere a cor cinza), mas se refere a “cinza” de algo queimado. Veja que o KANJI utilizado é o KA (de fogo). Ele está coberto. O que acontece com algo que queima em um ambiente fechado? Vira fuligem, ou cinzas. Quando associado ao kanji que se refere a cor. Ele indica que a cinza (fuligem, que tem cor cinza própria dita) é uma cor neste caso. Viram como ver a lógica?

VAMOS AS FRASES:

  • 今日私は青い車で学校に行きました。 (Hoje eu fui para a escola de carro azul), notem que o AO está referenciado como 青い, que indica. Senão seria o uso do DESU seria “Hoje eu fui para escola com o carro que é azul”. Neste caso uma introdução a dois kanjis novos (já vimos os demais nos estudos anteriores) – que é 学校 (GAKKO) que significa Escola. E o uso da partícula DE logo após KURUMA em 車で ela se refere ao ‘uso de ou pelo’, no caso o uso do carro para chegar a escola.
  • 其れ建物には緑と灰色の二色があります。(Este prédio tem duas cores: Verde e cinza). O que destaca-se (SORE) >> 其れ e (建物) たてもの tatemono com o verbo ARIMASU (ser ou ter, depende do contexto).

Nota importante: É comum usar katakana para representar o prédio como ビル (biru), e que muito é destacado ser usado frequentemente. Em especial em muitas escolas e cursos do Brasil. Mas não se engane, nas região turística você vai ver os nomes de destaque em HIRAGANA e quando informado não será em katakana, algumas vezes em romaji mas se referindo ao prédio em japonês não em estrangeirismo.

E não será como biru e sim como com tatemono.

ATENÇÃO: Como no artigo (clique aqui), faço uma recomendação para vocês estudarem o kanji e o hiragana. E não ficarem pegando termos e palavras que usam o estrangeirismo. Japoneses ‘nativos’ não falam usando katakana na prática. Você vê uma enorme intensidade disso em regiões turísticas, mas mesmo por lá, tem lugares que só tem KANJI, ou mesmo KANJI + Hiragana. E isso pode complicar bastante sua estadia por lá.

VIMOS NESTE ARTIGO OS KANJI

灰色 橙色 学校 建物

Japonês (43) – Katakana: Como usá-lo?

Com certeza que você já leu alguns artigos que falam que o seu uso é para: Estrangeirismos e destacar. No entanto como todo idioma, o estrangeirismo pode ser um problema, pior quando você é um(a) aluno(a) tentando aprender e confunde o uso. Em prática, há muitos que acreditam que o idioma japonês praticamente é vazio e que só faz uso de palavras influenciadas pela cultura externa, especificamente, porque o Katakana é usado a rodo, quase sem nenhuma regra pelo ocidente. Vamos entender porque e quando usar o Katakana.

KATAKANA: A ESCRITA DO ESTRANGEIRISMO E DESTAQUE.

Os japoneses usam o Katakana para representar o destaque de um termo ou torná-lo evidente. Embora muitos acreditem que a justificativa seja porque o idioma japonês não tem negrito. Sinto dizer, nenhum idioma vem com o negrito de fábrica. Normalmente o português no manuscrito, usamos as aspas simples ou duplas, o sublinhado ou mesmo entre parênteses ou ainda, colocamos em caixa alta tudo.

Então não é por isso. Katakana possui os mesmos sons e significados do hiragana, a diferença fica por conta de sua popularidade. Como uma escrita voltada especificamente para tornar evidente um título, o uso é feito como um turbo, uma vez. Ocidentais (nós) usamos para tudo. E ai que o bicho costuma pegar.

Além do destaque o uso do Katakana também serve para representar o estrangeirismo. Normalmente associado a nome de marca (Coca-Cola, Disney, Amazon Prime, Magic the Gathering ou Wizard of the Coast e etc). E nomes ocidentais. Mas a associatividade ultrapassa o limite, quando se usa o katakana para pegar uma palavra no estrangeiro, para representar algo, que há no idioma japonês por natividade. Não achem que tem pessoas que acreditam que o Japonês mal possui palavra no vocabulário do que emprestada, dada a overdose que o KATAKANA é utilizado.

Eis alguns exemplos:

  • Leite (ミルク – MIRUKU) do inglês. Mas o Japonês tem uma palavra para representar o leite que é o 乳 (chichi – ちち);
  • Limão (レモン – REMON) do inglês. Mas o japonês tem uma palavra para representar o limão que é o 檸檬 (remon);
  • Tem uma música da cantora japonesa (solo) – Takahashi Minami (高橋みなみ) que se chama KAGAMIYO (que significa espelho) e como título de destaque ela usa o KATAKANA (カガミヨ) no entanto esse é uma palavra de origem japonesa, ela pode ser escrita em HIRAGANA (かがみよ) ou em Kanji (鏡).

O problema do uso é faze-lo usando o KATAKANA quando a palavra é obviamente japonesa e voce a usa como se fosse estrangeira. É como o destaque fosse contínuo e para tudo. Daí voce não está usando para o destaque, não é algo exclusivo. É usar o turbo sempre, perde o sentido. E mais, muitos acreditam que a palavra em KATAKANA é muitas vezes japonesa por si só como o caso do MIRUKU ou quando a palavra é japonesa eles acreditam que é estrangeira.

Vamos mais a um exemplo: Magic the Gathering. É uma marca de jogo. Mas MAGIC, THE, GATHERING são palavras comuns que há em qualquer idioma, inclusive o japones. Mas na prática, como ele é um BRAND, voce não se refere a ele como no idioma japones que seria em dois casos uma referencia ao nome comum e próprio, o segundo caso, é usado o KATAKANA.

  • マジック・ザ・ギャザリング (MAJIKKU.ZA.GYAZARINGU) aqui estamos nos referindo ao jogo de cartas criado em 1993 por Richard Garfield e hoje como propriedade da Wizard of the coast.
  • 魔法 (MAHOU – MÁGICA\MAGIC), não existe artigos em japonês, 集まる (ATSUMARU – REUNIÃO\GATHERING) na prática seria 魔法の集まる (MAHOU-NO ATSUMARU) – Reunião ou Encontro dos Mágicos. Mas neste segundo não estamos falando do jogo, e sim de uma situação.

O mesmo acontece com A LENDA DE ZELDA, que se pegarmos do INGLÊS para o JAPONÊS temos em parte o nome ZELDA (americanizado) para ZERUDA (em parte essa origem do nome eu já ouvi duas histórias, não sei qual é a verdadeira, uma tem a haver com Zelda Fitzgerald e a outra é que o nome da assistente dele nos anos 1980 se chamava Zelda. Então não vou entrar nos detalhes se o nome era japonês anteriormente e se transformou para zelda no americano.

Acontece que LENDA DE ZELDA é ゼルダの伝説 (ZERUDA-NO DENSETSU) em alguns casos vemos por aí esse DENSETSU como KATAKANA.

Bem espero que esse texto tenha esclarecido que o uso do KATAKANA é comedido, não saia usando ele. Não o use para nomes comuns, como BOLO, DOCE, LENDA. Isso já existe em HIRAGANA\KANJI. Use apenas com nomes próprios, marcas e nomes ocidentais. Mesmo que pelo destaque, tome cuidado (sugiro) que ao fazê-lo, coloque sua versão HIRAGANA ou KANJI, para referir aos leitores que se trata de um nome da língua japonesa e não de estrangeirismo.

E evitem usar apenas ROMAJI para se referir, porque lembre-se, os sons do KATAKANA e HIRAGANA são os mesmos. Então não é possível encontrar referência quando escrevemos. É origem estrangeira ou japonesa? Até a próxima.

Japonês (29) – Escrever em Japonês ou em Romaji?

Romaji é uma escrita japonesa que faz uso do alfabeto latino para falar em japonês. Não é portanto nem errado e tampouco ‘transgressor’ por aqueles que preferem usa-lo. Nem há uma contraindicação de fazer uso dele para o dia-a-dia. Uma vez que o japoneses entendem essa escrita tanto quando escrevessemos em Hiragana e KANJI e consequentemente em KATAKANA.

Não vou colocar um ‘mas’ neste seu uso, como falei ele é útil e legível para um japonês lhe compreender. E com certeza que você terá uma fluência interessante. Uma vez que procurar pro direções ou mesmo informações diversas, será muito útil usando um sistema que nos é mais familiar. E como não faço contrariedade ao seu uso, o artigo acabaria aqui. Mas ele não acaba aqui.

O Japonês portanto usando o ROMAJI como escrita válida, também usa o Hiragana, Katakana e Kanji como escritas válidas. E isso quer dizer o quê? Que se você pode usar ROMAJI, você vai achar essas 3 escritas que citei além também em todos os lugares. Ainda que alguns lugares o ROMAJI seja usado para orientar turistas, o mais comum vai achar o que não orienta e usa a escritas mais comuns por lá.

ROMAJI é utilizado em muitos casos sim, mas não apenas. E não é um menor número, mas se você é um consumidor de produtos japoneses deve ter percebido que o ROMAJI praticamente não aparece. É só KANJI, HIRAGANA e KATAKANA que não acaba mais. E já devem ter lido por aí diversas pessoas fazendo o uso do ROMAJI para se expressarem.

Japonês vai entender. E na hora da pronúncia tanto faz certo, ninguém usa as escritas para falar. Em área turística não tem tanto sofrimento, porque tem cardápio com tradução, tem hotel com opção em inglês. Mas em áreas ‘menos turísticas’ que por algum motivo você vá parar, o ROMAJI e a tradução não existem. Se existem, deixe nos comentários as devidas situações.

Além do ROMAJI, não deixe de lado e estude também o HIRAGANA, KATAKANA E KANJI. E deixe nos comentários também, se há alguma obra literária escrita com auxílio ou toda em ROMAJI?

Japonês (27) – Não é preciso decorar palavras em Katakana

Breve explicação.

Não é preciso pois temos uma lógica de compreensão. O Katakana é uma adaptação de termos estrangeiros de diversas línguas. E portanto ele tenta usando os seus elementos da escrita e pronúncia chegar a um denominador comum ter uma compreensão de uma palavra estrangeira no idioma japonês. Para isso temos algumas regras de compreensão. E você acaba ‘deduzindo’ inclusive muitas palavras por conta desse ínfimo detalhe que vamos aqui apresentar.

O que significa essa palavra スタート? Ela é uma composição do ROMAJI SUTATO, mas se engana porque a gente não pronúncia tanto o SU. Por que tudo que termina em I, Y e U são comprimidos. E você consegue ler a palavra no idioma original ou próximo disso. Antes de dizermos o que essa palavra significa vamos ver um outro exemplo mais intuitivo. O que significa グランデ? Significa GURANDE, porém a gente quase fala ‘GRA’ mas representamos o GU, quase como URAN o G é quase mudo, assim como o SU. Quando comprimidos.

Logo é Grande (e falamos gURANDE) no caso de cima falamos sUTATO (que lembra START) que significa começar. Não é tão sutil como pensávamos. Mas imagina uma criança falando um idioma pela primeira vez. Ela vai falar com linguagem de bebê, sem muito sentido mas com alguma pronúncia reconhecível. E neste caso é o mesmo. Se você vai ler a palavra só que em um idioma adaptando.

Vamos ver outros exemplos:

  • ビール (Beer)
  • ビル (Building)
  • センート (Center)
  • カロル (Carol)

Regras básicas:

  • Para todo L temos um RU (ル);
  • Para todo S no final de frase ou começo de frase temos um SU (ス);
  • Para toda terminação em U, I, E, Y temos um ato de comprensão;
  • A pronúncia em inglês é uma referência para o uso da fonética do KATAKANA.

O que é プロ? Profissional. Por quê? Lembra da regrinha da terminação do U? Ele formaria PURO, mas é entendido como PRO (você fala o U quase não falando).

Tem uma outra regra também que é que bem mais intuitiva, é quando a palavra representa de forma idêntica a fonética do KATAKANA, como é o caso de Paulo, Ariana, Aurora, Alma. E nestes casos o ‘l’ não é representado sempre como Ru, mas como RO, porque ele sofre uma integração.

  • Paulo (temos o L antes de uma vogal) ele agrega, logo é RO (ロ)
  • Em Alma temos o L antes de uma consoante, está sozinho, que nem estaria no final da frase, logo é RU (ル);
  • Nos outros dois casos é apenas substituir pelas letras do KATAKANA アりアナ e アウロラ.

Japonês (9) – Divagações sobre o KATAKANA

A escrita japonesa KATAKANA não é uma atribuição para o nós não nativos lermos as palavras estrangeiras. E sim para o japonês nativo. Essa é uma clara consideração do seu uso. Colocando como regra também temos duas aplicações além:

  • Dar ênfase (neste caso, palavras nitidamente japonesas escritas hiragana podem ser escritas em KATAKANA) como é o caso do GITSUNE, o próprio KATAKANA.
  • Licença Poética (Quando somos compelidos a escrever títulos em inglês no lugar do português, porque fica mais bonito), esse uso não muda seu sentido, mas oferece uma mudança de estética.

Então não há desmerecimento de usar o KATAKANA para representar até mesmo o que é originário do japonês. Basicamente todo mundo aprende os limites de seu uso para iniciarmos o estudo. E por isso que mesmo que encontre palavras japonesas em KATAKANA, saiba que o seu uso não é exclusivo para representar o estrangeirismo.