Os Vingadores: Dr. Estranho derrotaria Thanos.

Normalmente nós lemos sobre artigos ou análises fazendo uma pergunta nessa chamada. Eu já ouso dizer que o mago supremo não teria problemas em derrotar Thanos. E há algo que é preciso ser dito, não que a HQ é melhor que o MCU, embora em alguns momentos devo dizer que a adaptação de alguns elementos, em especial do Dr. Estranho (2016) certas conexões e origens foram alteradas não foi um problema.

Mas tanto o MCU como as HQs deixaram passar um detalhe, Dr. Estranho teria como derrotar Thanos sem problema algum. Posso dizer que sou um fã do mago há pouco tempo. Conheci melhor sua história, já tenho até um acervo de Hqs admirável dado a próxima data que me tornei fã, e após Vingadores: O Ultimato, que na época mal sabia alguma canône do universo Marvel, o que eu sabia era como o dito popular: Homem de Ferro, Capitão América e Hulk. Não porque sabia, são esses personagens populares.

[Diferente do filme, nas Hqs, Dr. Estranho fez parte dos Novos Vingadores e quase na mesma época dos Iluminatti, entre dois grupos os Avengers. Mas não como Vingador, no filme ele não é Vingador também, é praticamente um personagem visitante]

Nem tinha uma informação da origem deles, quando foram criados e seus arcos. É certo que até aqui você deve entender que só fui me tornar algum entendido de Marvel após o último filme em 2018. Mas naquela época mesmo eu achei uma furada Thanos vencer e de lavada. E tinha alguns heróis ali que colocaram Thanos no chinelo mesmo com as joias em mãos. Depois que li as HQs e fiquei sabendo um pouco mais, conclui com 100% de certeza que os roteiristas nunca leram uma HQ na vida e também que não leram os roteiros dos colegas, senão deles próprios dos títulos recorrentes.

Em 2016 quando Dr. Estranho estrelou na telona com o ator Benedict Cumberbatch, eu nem sabia que a Marvel tinha um mago e quem aquele era. Passei o filme vendo o que seria parte das Guerras Infinitas. Mas não que sabia do que se tratava. Após 5 anos, hoje ao rever o filme de 2016 eu pude comparar as origens de ambos e consegui identificar artefatos, personagens e easter eggs. Coisa que na época eu nem prestei atenção. Mas havia um único ponto que eu tinha notado, se o mago supremo criou um ciclo infinito com Dormammu, por que não o fez com Thanos?

Agora em 2021, após ler várias revistas do Dr. Estranho, rever o filme. Eu faço a seguinte afirmação – Porque os roteiristas chutaram o balde da lógica. Depois de ler que um roteirista, o qual foge o nome, disse que Hulk seria derrotado por Thanos mesmo sem as joias é de se admirar que o Dr. Estranho agiu como em sua participação na animação Spider Man Ultimate, o Aranha era um versado em lógica e magia contra um Mago mais velho que mais parecia um cego no tiroteio (faz sentido essa dianteira), o Aranha é o protagonista, o Dr. Estranho está ali como convidado.

Mas no filme solo, ele prendeu o Senhor da Dark Dimension. Mas não pensou em prender Thanos no mesmo ciclo? Resolveu ver 14 milhões de possibilidades e só achou uma, e nenhuma delas era esse ciclo e ainda entregou a joia do infinito para Thanos. Não acho que estamos falando do mesmo Dr. Estranho. Mas tanto as Hqs como o filme batem na tecla de um Multiverso. Para quem lê, a história da Marvel se divide em Terras e uma numeração, a maioria se expande em Terra-616. É onde ocorre as manifestações dos 22 filmes da MCU.

E as Hqs tem uma variação, mas a maioria é também Terra-616.

Só para ter ideia do poder do Dr. Estranho. E uma revista dos Defensores baseada no grupo de 1971, so que com uma arte mais atual e um roteiro original de 2019, Dr. Estranho já velho, sem um olho e capengando em uma terra devastada por Dormammu, se sacrificou usando a cabeça do Hulk encantada que o lançou para o passado (uns 60 anos) sua projeção astral. O detalhe é que o corpo do Dr. Estranho morrera com a implosão da cabeça do Hulk no futuro para envia-lo ao passado e avisar ao Hulk que eles deveriam impedir Dormammu.

Dr. Estranho luta contra demônio, de Mephisto ao Pesadelo, para citar os mais poderosos, mas perde para um Alienígena Roxo de 3 metros que não tinha a joia da viagem temporal? Certo isso? Talvez se for uma Terra diferente de 616. Sem falar do furo abordado pelos filmes em que a viagem temporal não segue nossa lógica. Se você for para o passado e mudar algo, aquela linha temporal irá mudar no futuro.

No MCU, eles dizem que mudar o tempo não é possível pois a realidade ali não pode ser alterada. O que já coloca em xeque a própria joia do infinito de viagem no tempo. As 14 milhões de visões do Dr. Estranho seriam irrelevantes considerando que a mudança de tempo e as possibilidades de derrotar Thanos seriam perdidas. Ok, isso é parte do problema de ser roteirista. Muita ideia, quase nenhuma conexão.

Mas mesmo assim daria ao Dr. Estranho uma carta na manga, porque ele seria capaz de matar Thanos até mesmo ele com todas as joias. Alias com o Olho de Agamotto não é apenas um amuleto para decorar. Além de viajar no tempo, ele permite analisar possibilidades e detectar atividades mágicas (arcanas). Talvez o final com Tony Stark morrendo fosse mais lógicos. Um ser humano normal com uma armadura Mach.

Uma lista melhor encabeçaria a derrota do Titã, sem seguir a ordem de mais poderoso:

  • Capitã Marvel;
  • Hulk;
  • Thor;
  • Feiticeira Escarlate;
  • Dr. Estranho;
  • Loki.

Neste caso a MCU preferiu fazer como na DC em Batman Vs Superman. Um humano normal matou o filho de Krypton. Tinha tantos heróis que fariam o trabalho mais rápido. Mas a única saída era Tony Startk? Depois da morte boba de Pietro em Era de Ultron com uma participação depreciada do próprio Ultron, não seria diferente o final do arco da Guerra Infinita iniciado em 2008, tão depreciado quanto.

Dr. Estranho (Dr. Stephen Stranger, 07/1963) que teve sua primeira aparição na edição da revista Stranger Tales #110 como o Black Mage já com o nome Stranger, ganhou diversas adaptações ao longo dos anos, participações convidativas em animações e uma animação própria (Doctor Stranger: Sorcerer Supreme, 2007), ainda sim chamado de defensor da terra de forças místicas, protetor e sim, viajante dimensional (lembra dele indo em Universos Quânticos no filme de 2016?), e mesmo assim ele não foi capaz de vencer Thanos, mas de vencer Dormammu foi. Roteiro sem pé e nem cabeça.

Particularmente eu desconsidero dos 22 filmes os três últimos (não sequencias na exibição) por terem tido dois solos no meio: Dr. Estranho e Pantera Negra, é Guerra Civil | Guerra Infinita | Ultimato. Achei filmes superficiais e pouco reais dado as opções que haviam de luta. E até de término. Ainda que fosse um combate justificado, nunca que seria um Tony Stark para vencer no final. O que me lembra a tentativa de Hulk de pegar a Manopla e ter um queimadura nas mãos, e olha que não estamos falando de qualquer um. Tony Stark com armadura teria derretido antes de estalar os dedos.

E um detalhe, a Manopla só queima no filme, nas Hqs não existe esse detalhe.

Sai do cinema com a sensação de que as críticas (não de minha parte), mas ainda entendidas, que a DC é uma drama, a MCU ganhou medalha de ouro neste quesito. E não terminou bem. Não fiquei desiludido. Nem por não ler as Hqs na época e tampouco agora. Eu considero duas versões. Prefiro a da Hqs. E no caso do Dr. Estranho prefiro a versão solo e as Hqs. Suas participações em filmes ‘coletivos’ não foram muito boas.

E mais uma menção, Dr. Estranho luta contra e absorve\ senão quando usa feitiços de origem divina. Para ele não vencer o Thanos estamos falando de uma ‘Asneira Cinematográfica’ única.

Espero que o Multiverso da loucura não coloque isso sob a terra. Espero, porque esse personagem parece ter uma construção mais interessante que os demais personagens. Muito embora, no filme temos uma versão “resumida da resumida”. Seriam necessários uns 4 filmes só para contar a história do Dr. Estranho. Temos um filme pequeno para jogar no colo Dormammu, Barão Mordo, Kaecelius, Anciã e joia do infinito. É muita informação para pouco tempo de informação.

O Dr. Estranho nos quadrinhos tem uma certa sensibilidade com o filme. Algumas mudanças:

  • Anciã por Ancião;
  • Quando Stranger foi procurar pelo templo ele foi logo aceito pelo ancião, no filme ele foi expulso pela Anciã e recomendado por Barão Mordo;
  • Não existem 3 Sanctum Sanctorum nas Hqs é apenas um, o de Nova York. No filme Dr. Estranho se tornou dono porque defendeu ele dos ataques de Kaecelius. Nos quadrinhos na volta da Indía e treinamentos, o Dr. Estranho comprou o casarão com fama de mal-assombrado – o que protege a terra são das Linhas de Ley e o Dr. Estranho;
  • No filme não existe menção do livro mais importante do universo do mago, o livro de Vishanti (símbolo da janela e na túnica do mago) (Agamotto, Oshtur e Hoggoth), no lugar fala de sua versão de Magia Negra (Darkhold) e o livro de Cagliostro, que fala da história dos feitiços poderosos;
  • No filme e nas Hqs o Dr. Estranho não cura suas mãos no lugar de usar magia. Mas na revista Escolhas (2020), ele consegue recuperar sua habilidade de cirurgião, combinando ser mago e médico;
  • No filme e Hqs falam que existe um preço por usar magia;
  • No filme em comparação nas Hqs, o Dr. Estranho é super isolado sem nenhum contato. Nas Hqs ele já fizera parte dos Defensores (Namor, Surfista Prateado, Hulk), fez parceria com Valquíria e Gavião Arqueiro. Teve uma lore com a Feiticeira Escarlate, quando houve a Guerra Civil, ele se juntou aos Novos Vingadores (que iam contra revelar a identidade) e quando houve Guerras Infinitas ele já tinha uma aliança vasta contra o filme que ele só conhece na prática o Wong.
  • Ele chegou a ter inclusive contato com o Quarteto Fantástico.

Há uma grande diferença? Parte de algumas histórias estão sendo encomendadas. Já existe algum falatório sobre os próximos passos da MCU investir na Dinastia M, Nos Iluminatti (X-Men) – até o próximo Spider Man Ultimate faz menção ao Aranhaverso com o Miles e o Peter Parker, existindo dois episódios na quarta temporada com Dr. Estranho contando essa história (Multiverso da Loucura), inclusive para o Universo Quântico.

Mas sempre haverá discrepância de obras relacionadas assim. Livros, Hqs e filmes. Neste quesito não faço questão. A única questão é que sim, Dr. Estranho teria matado Thanos com muita facilidade.

Capitã Marvel

Uma heroína do futuro

Esta análise possui spoilers.

Capitã Marvel apareceu pela primeira vez nos quadrinhos em 1968, e deu ar de graça nas telonas apenas em 2018. Sua personagem, uma humana chamada Carol Danvers se encontra em uma batalha entre os Kree e os Skrulls, mas antes que vá pensar que essa é uma guerra parecida com Star Wars em um universo paralelo de Star Trek, vamos pensar que este filme fala sobre o começo da Iniciativa Vingadores com um Nick Fury mais jovem e com os dois olhos intactos.

Diante de uma crítica raivosa, li uma matéria que dizia que Capitã Marvel era um filme sem tempero. Normalmente isso não significa nada, especialmente quando você faz um comparativo superficial e simples do que seria um filme ideal para você.

Mas se você pensa em não ver este filme porque tem gente falando que o filme não é nada do que aparece nos trailers, espere, eu tenho certeza que essas pessoas viram um filme muito diferente do que está passando nos cinemas.

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Ela é poderosa? Com certeza vai fazer cada vingador parecer uma criancinha perto do que ela consegue fazer. Isso evitou até que o Tesserec fosse pego no passado, ninguém ousou muito desce no planetinha azul porque tinha uma ‘moça loira’ no meio do caminho.

Tem representatividade feminina e tem empoderamento, mas não fique com o pé atrás que esse filme não é politizado, ele é um filme de herói que com certeza você terá a possibilidade se divertir e de entender que a Marvel sabe se reinventar como nenhuma outra marca de entretenimento consegue.

Ainda que o personagem mais citado fosse o gato, Goose, como se fosse um filme ‘Cute’ do Star Wars, não. O gato é o que menos aparece, os poderes intensos da Capitã Marvel deixam claro porque Nick Fury resolveu criar a iniciativa Vingadores. E tudo tem haver com essa personagem. Em 5 minutos de filme eu percebi que a crítica que eu havia lido sobre o filme ser sem tempero, me deu um momento de epifania que realmente esse filme que estava assistindo não era o mesmo ‘Beta’ que eles tinha visto.

Tem o que tem no trailer e muito mais. Deixa a desejar? Se você espera um filme do tipo Guerra Infinita onde metade do elenco morre, o que eu gosto de identificar como efeito ou geração Game of Thrones, não vai ter isso por aqui…eu pensei até nesta teoria o porquê dessa conclusão desses críticos.

Você vai assistir uma história nos anos 90, vai ver Easter Eggs, vai rir, vai se divertir, vai gostar da Capitã Marvel, vai entender a perspectiva do conflito entre duas raças aliens e o que isso tem haver com a terra e os atuais Vingadores e vai entender como ela se tornou essa heróina e como o Nick Fury ficou parecendo um pirata.

Fiquei abismado em assistir um filme da Marvel que após 11 anos de legado, foi capaz de resumir em um filme uma sensação dos anos 90, mas mantendo o pé na realidade. Claro que tudo que tem na Marvel transforma o tempo pretérito em coisa de futuro para nós, em 1995 já tem alguns naves espaciais bem avançadas na terra. E um Coulson mais jovem. Referências são tantas que o filme ser visto uma vez se torna um pecado.

  • Shield
  • Um pouco de cada filme do Vingadores
  • Referências a Thanos
  • Guerra Infinita
  • Duas cenas pós créditos (Uma ligada ao Guerra Infinita e Ultimato) e a outra ligada ao Tesserec.

Uma simples e singular homenagem ao falecido pai da Marvel, Stan Lee, que sim surge no fim e no letreiro inicial que forma Marvel Studios no lugar dos personagens, vem cada foto dele para estampar o que seria o último filme feito quando este ainda estava vivo. O criador faleceu em novembro de 2018.

Carol “AVENGERS” Denvers

Com um pé meio parecido com Guardiões da Galáxia, uma vez que anos 80 e 90 são décadas coladinhas, Carol Denvers é uma mulher humana que procura se encaixar em um universo estritamente masculino, querendo se tornar a primeiro piloto de batalha, o que nos Estados Unidos na época a impedia.

Ainda que pense que os poderes a ajudaram chegar nesse status, ela era puramente humana quando se tornou um aspirante de caças. Os poderes vieram depois. Dando a ela um perfil de uma heroína antes de precisar de um poder para endossar tal situação. A personagem é carismática, acredito que a escolha de Brie Larson, transformou a experiência em única.

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Após um mal sucedido teste com um motor de velocidade da luz, Carol Denvers é anunciada como morta e o projeto Pégasus desmantelado. Sua projetista Dra. Lawson (Dra. Mar-Vell, percebe a referência ao produtora?), Carol Danvers acaba absorvendo o motor de dobra completamente quando o resolve explodir para evitar que a tecnologia seja pega.

Sem muita memória do ocorrido, ela é recrutada pelos mesmos que mantém uma guerra contra os Skrulls. Inicialmente você pensa que os Kree são os mocinhos e os Skrulls são uma raça odiosa, mas se há uma referência interessante aqui e tenho certeza que a história em quadrinhos ou não seguiu essa influência, é uma outra banda desenhada conhecida como Valerian e a Cidade dos Mil Planetas.

Que pelo menos no filme, atribuiu um ataque terrorista a raça Pearl, que na verdade não eram terroristas e sim uma raça procurando tecnologia para fugir de outra raça que provocou a destruição de seu mundo e povo. Pearl é Skrull. Não são inimigos, e a então Carol, ou conhecida pelos Kree como Vers, acaba vendo que ela é usada em uma guerra desleal liderada por Ronan…lembra dele ao lado de Thanos em filmes anteriores?

O universo da Marvel é bem mais interessante quando você percebe que a Capitã Marvel, como um filme atribuído a uma época anterior ao Guerra Infinitas, consegue amarrar a história dos Vingadores, a convicção de algumas personagens e obviamente a apresentação da personagem, já que o filme tinha todo esse objetivo. Quem era aquela mulher que Fury chama no final do filme? Esta aí a resposta.

É um paradoxo falar em nostalgia em um filme que retribui-se ao passado e anterior ao momento que a gente fala “Iniciativa Vingadores”, toda cena pós créditos dos filmes solo surgia um Nick Fury Tapa-olho convidando cada membro a formar o que ele havia chamado de iniciativa, o que eles e nem nós sabíamos que Vingadores era como Carol Danvers era conhecida na terra. Seria Iniciativa Protetora, mas o decalcs no caça da Capitã inspirava outro nome.

Ação e diversão.

Todo filme da Marvel é recheado de ação e diversão. Na medida certa, parece que as heroínas tem conseguido equilibrar bem melhor comparado aos heróis. A boa experiência de ver Diana (Gal Gadot) fez como víssemos que os estúdios mediram certo como demonstrar poder e lado humano na mesma cena.

Aquela máxima de donzela indefesa e cavaleiro reluzente não é mais uma realidade. Que com certeza Carol Danvers é, é uma humana que nunca acreditou em donzela e muito menos em indefesa, ela tem um jeito de moleca. Que com certeza cativa. Porque ela (Brie Larson) consegue realmente expressar isso na personagem, Na medida certa.

Eu li também que o filme não era aquilo que vemos no trailer e que deixou querendo mais. Eu acho que a medida está mais do que adequada para um filme que tinha o objetivo de apresentar a história  e a personagem. O que é preciso para ver o filme é tirar a expectativa do ritmo que estava antes, por quê? Esse filme se passa em 1995 quase 30 anos antes ‘problemão’ no universo.

Em Capitão América – O primeiro vingador, não o primeiro filme e sim uma retórica a época dos anos 40, demonstra que o ritmo começava lento, alguém se lembra? Mais história, menos ação. E enquanto os filmes iam sendo lançado, íamos vendo, mais ação e menos história. Até o ponto de vermos apenas ação e nenhuma história. Marvel é um como bom vinho, todo vinho se delicia como uma boa história, mas depois é apenas degustação.

Tem ação no filme? Se alguém me disser que não tem ação, e não viu nada. Não viu o mesmo filme que eu.  Tem muita ação. A Capitã só sai na pancadaria. Tanto quando era humana normal e depois quando tem poderes. Ela não é uma mulher de muita conversa, e quando fala é um prenúncio de briga. Então posso afirmar que esse filme é um ‘Fist Power’ o tempo inteiro.

Mas se você sair do Guerra Infinita agora vai achar que esse filme é chato. Prefira não ver nenhum filme antes ou se preferir, veja os filmes anteriores a sessão de pancadaria ou a síndrome Game of Thrones. O ritmo é desacelerado porque a urgência de um mundo que não sabia que tinha um alvo nas costas não existe ainda. O filme ocorre 10 anos depois do rapto de Lone Star para Guardiões da Galáxia, então não espere um ‘Anakin Skywalker’ no auge do lado negro\sombrio logo de cara.

Mas é um exagero falar que isso é um filme sem tempero e nenhuma ação, se estamos falando de um tempo remoto a ameaça, de uma era que precedia diversas descobertas e que se fosse o primeiro filme visto da Marvel antes do Homem de Ferro em 2008 não seria criticado a este nível. Você sai do filme querendo mais? Com a Capitã Marvel ao seu lado, você quer ver Thanos virar poeira e bem rapidinho.

Gato Goose.

Embora fosse uma atração, porque na prática, ouvi falar que ele seria um xodó a parte. O Gato é um personagem que entrelaça a origem de alguns acontecimentos, embora mais cômicos, que canônicos e que complementam a parte da história dentro de um universo mais Quinta dimensão. Goose é um gato alien que tem a forma de um gato da terra. Ele não parece nada de anormal a primeira vista, até que se descobre que ele tem uma espécie de ‘Polvo interno’ e claro um arisco como todo felino dá a marca símbolo no olho de Nick Fury.

Mas ao contrário do que eu li, o gato não é uma representação dos animais fofinhos que surgem no universo Star Wars e não é uma tentativa de personificação do Raccon ou o Groot, é apenas um gato alien que tem seus momentos. A história central não é desvirtuada e nem tampouco ocupada por um alien peludo que lembra um pouco Garfleid. Mas seu surgimento na terra deve-se a diretora do projeto Pégasus, que é o verdadeiro centro da história.

Nota: 98.0