Vastidão da Noite: Vale à pena?

Aviso: Essa crítica possui spoilers.

Li o anúncio, mas não o oficial. Li comentários, pessoas que haviam visto. Anunciavam que era uma obra de ficção científica que não precisava de fogos de artifício para construir uma narrativa rica. Acho que boa parte das declarações estavam mais embasadas naquelas críticas encomendadas pela produção. Há no mercado milhares de opções de ficção com obras de narrativas exemplares. Mas o que eu achei?

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Sou fã de ficção científica. Gosto de filmes que mesmo de terror tenha uma explicação. Não gosto de finais inconclusivos. Não gosto de filmes que vendem peixe e entregam lua. Gosto de trama intrincada. Quero me entreter. Gosto de histórias mirabolantes. Mas gosto de começo, meio e fim. Abro a mente para crônicas que apostam na loucura mental. Digo não literalmente. Gosto de finais ‘que explodem’ nossa mente.

Mas tem histórias que não são exatamente isso. Elas são sem pé e nem cabeça. Ou aquela trama que o monstro pode ser pisoteado, incinerado, picotado, derretido. Mas ele estará vivo para sequência. Não gosto de filmes que colocam holofote na bailarina, mas não ela não tinha nada haver com a conclusão. Tudo isso são elementos de cinema que ao meu ver são muito mal utilizados.

Mas a velha escola do cinema gosta de história. Menos efeitos. Mais atuação. Menos maquiagem. Mais feições em close-up. Menos malabarismos. Eu gosto de história. Não me importa se terá 100% de efeitos, CGI ou em preto e branco. Toda boa história tem um começo, meio e fim. Elementos que argumentem o final. Personagens que se cativam. Eles possuem personalidade. Você pode identifica-los em seu círculo social.

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E assim tem história. Exemplos no passado. Até pela ausência de uma boa tecnologia desse cabo. Poltergeist, abusava bem dos closes de câmera para que quando Tangina Barrows, revelasse o problema da família Freeling fosse impactante. A presença que estava junto da pequena Carol Anne. Quando se escreve o elemento assustador não pode ser logo assustador.

E o que Vastidão da Noite faz? Do começo ao fim. Ela conta uma história. De um radialista, de uma telefonista. De uma cidade em 1950. Mas apresenta a ideia através de um programa com a sutileza do Twinlight Zone com o nome “Vastidão da Noirte”. Lembro do primeiro episódio da primeira temporada de Além da Imaginação de 1940.

A calada da noite, a cidade deserta, os assovios do nada. O céu que nunca era mostrado. Mas eles dizem terem visto os céus. Os elementos utilizados são os mesmos dos filmes dos anos 40-50. A narrativa utilizada por radialistas. O fogo no céu. Não o filme. Mas as palavras fogo no céu. O que vem de cima. O mistério das estrelas.

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Nós temos essa história que não conta com muitos efeitos especiais. Mas tem. Na medida certa. Não é um filme tão independente. Burocraticamente não é feito por um estúdio conhecido. Mas não chega a ser a mesma coisa que Bruxa de Blair, li isso em algum lugar. Essa obra é sempre uma referência do que querem falar sobre “Filme narrativo com teor sem elementos especiais de CGI”.

Eu diria que Vastidão estão mais ligado ao filme Contatos Imediatos do Terceiro Grau. Ali a história, os elementos de abdução, avistamentos. Foram todos construídos para que a narrativa desse a ter um respaldo científico. Você só vê a nave no final do filme. Um pouco do spoiler. Você vê nave no final desse filme também. Bem feita? Categoria A. Se fosse vista muitas vezes no filme não teria o impacto que teve.

O que pegou as pessoas surpresas? Nada. A crônica desse filme é comum de séries. Nas séries você tem uma trama baseada na relação humana. É deixada de lado qualquer efeito que substitua ação. E quando aparece? Em momentos específicos. No filme no final dele. Nas séries, no final season. Nada de novo? Não. Mas surpreendente. O filme cativa porque faz sentir a década que a maioria de nós não viveu, mas vimos em De Volta para o Futuro.

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Seria essa época que o clube do Perdedores obra It de Stephen King, fosse adaptado para o filme, passaria originalmente. Acredito que a década de 80 para primeira parte tenha sido adotado por causa de Stranger Things. Os anos 50 são cativantes. Ou seria um desejo dos produtores, pelo menos em De volta para o futuro em reviver décadas antes, nós agora revivemos os anos 80 em similar sentimento?

Anos 50 é tão ufologia. Essa é a história de Vastidão da Noite. E o sentimento do Além da Imaginação que é no formato que se transmite a simples história de Fay e Everett e o que acontecia de bizarro naquela noite de jogo na pequena cidade ao sul do país. Lembrou bastante da mini-série Taken protagonizada por Dakota Fanning e produzida por Steven Spielberg.

Outro ponto que sempre achei, e o que citei, muitos textos são patrocinados. E colocam adjetivos ‘nonsense’. Como uma leitura rápida de “História de OVINI arrepiante.”. O filme alien é arrepiante, predador nem tanto. Godzilla menos ainda. Parece mais uma arena. Mas é majestoso ver o Rei Godzilla arrastando o chão. Mas Vastidão não é um filme de terror. Arrepiante? Não. De suspense. Os sustos que você tem no filme são…nenhum.

Vale a pena? Muito.

Terra à Deriva

Esta matéria e análise contém Spoilers.

Gosto de filmes estrangeiros e não faço cerimônias quando procuro temas que toquem em Monstros, Sobrenaturais e Fenômenos. Terra à Deriva é uma narrativa de 120 minutos de origem chinesa com fotografia e narrativa digna de um vencedor de óscar, onde o problema consiste no nosso sol. Em 300 anos, ele vai apagar, e suas ondas de choque devido a morte da estrela, vai destruir a terra. A solução? Inusitada.

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A história começa há 17 anos, ano da cronologia do filme, onde um pai e filho conversam sobre o planeta Júpiter. E destacamos que toda narrativa da Ásia é sempre moderada entre drama e o gênero em questão (Aventura, Ação, Ficção e etc), pois a características de seu filmes é sempre ‘muito explicada’. Então o que você não pegar com os diálogos, a narração vai preencher os vazios.

Encare como um grande Anime em formato Live-action. A solução adotada pelos países do mundo organizado pelo GTU, onde cada país montaram vários propulsores enormes em seus territórios para transformar a terra em uma gigantesca nave. Tira-la de órbita e do sistema solar, á procura de um outro sistema em que o sol não esteja moribundo.

O plano por si só é arriscado, além de passarem 17 anos no subterrâneo do planeta abaixo desses propulsores, onde o calor os protegeriam da gelada superfície por ausência do calor do sol, eles pretendem usar a força gravitacional do planeta Júpiter para saltar, ganhar velocidade, o problema é que um erro pode ocasionar uma sucção do gigante gasoso em relação á terra e matar todos no planeta.

Planeta Nave e a distopia Underworld.

A imaginação criativa de transformar a terra em uma nave no lugar de montar uma nave e transportar os seres humanos pelo espaço a procura de um planeta com um sol, demonstra uma outra possibilidade que ninguém havia pensando. Filmes como Pandorum, Passageiros – onde o primeiro a urgência exigia um novo planeta e o segundo era uma opção de colonização, cria a ideia de usar uma nave para sair da rocha espacial e ir a procura de outro lar ou colônia.

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Abaixo dos enormes propulsores também estão cidades subterrâneas onde cada país abriga seus habitantes para protege-los do frio pela ausência do sol. E um perigo, caso o reatores parem de funcionar ou se derretam, o magma ou destroços podem esmaga-los sem escapatória. O mundo subterrâneo, não é tão explorado na história, mas percebemos que há uma versão “Metro” (2033, Last Light e Exodus), não é tão sujo, mas lembra a combinação destes com Blade Runner.

E outras áreas que parecem a superfície como o uso de hologramas para simular o ambiente externo. Existe uma breve sutileza de acontecimentos, porque o objetivo é levar os personagens para fora do habitat, já que o problema vai se desenrolar na superfície do planeta.

Gladios e Moss.

Moss é um máquina que controla toda a Plataforma Espacial, uma nave com uma tripulação de quase 900 pessoas, carregando sementes, material genético e fetos, se assemelhando com uma Nave Ark (Arca) para repovoar outros planetas, que tem uma perfil muito similar, mas não louco, da Gladios de Portal. E até mesmo o formato de um para o outro é quase familiar.

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A luta pela vida começa quando todos os comandos e decisões são defendidas por um conselho formado pelo GTU e uma máquina que raciocina logicamente. Entre o desespero dos seres humanos presentes no planeta terra vagando pelo espaço, e que podem encontrar esperança além da Alfa Centauro ou o fim dentro de algum planeta ou estrela.

Batalha pela Vida dentro e fora do planeta.

As cenas de ações são intensas. Tanto dentro como fora da terra, em especial porque o grande Júpiter intercepta a trajetória da terra. E os cálculos se tornam falíveis diante do que pode a morte de todo o planeta e talvez da própria raça humana. Entre abalos sísmicos monstruosos ou uma nave comandada por uma Inteligência Artificial, temos um problema. Como fazer um propulsor ir de uma turbina para uma arma de laser gigantesca?

A Lá Luc Benson.

Os filmes do diretor francês Luc Benson são uma orientação para entender a narrativa, o mundo, a utopia científica e a ambientação. Quinto Elemento (1997) que levava o casal Leeloo (Mila Jovovich) e Korben Dallas (Bruce Willis), e Valerian e a Cidade dos Mil Planetas com o outro casal Laurine (Cara Delenvigne) e Valerian, tem uma familiaridade com os irmãos Liu.

E o mundo a sua volta, onde sabemos ter uma linguagem e origem própria, mostra apesar de tudo, uma lógica com o nosso mundo. Mas que está mais centrada em universos como Mass Effect e Halo do que para grau de parentesco cinematográfico, Luta de Titãs e Akira. O filme tem pés no chão, mas com um ar de “E se o futuro fosse assim…”

Universalidade presente.

Um ponto interessante é que a solução não partiu do povo chinês. Não apenas. Normalmente quando temos um filme produzido por um país, a solução é sempre dele. É claro que a narrativa se passa em predominância na China. O interessante é que temos uma comunhão humanitária. Onde países vizinhos a Ásia e do outro lado do Oceano, normalmente países aliados economicamente foram citados. E cada país fala sua língua em seu idioma.

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Não é um Americano, Russo, Francês falando no Chinês ou o Chineses falando em uma língua estrangeira. Cada país fala sua língua. Existindo inclusive mistura de origens em equipes de outros países.

E claro que a chave e ouro tinha que fechar para um lado. Embora a solução de salvar o planeta de ser destruído fosse da China no final das contas, Israel já tinha tentando a mesma situação horas antes. O que permite ver um esforço global e não uma hegemonia de respostas dadas por apenas um país. Essa relação podemos compreender quando vemos um filme de origem Americana.

Onde são sempre eles os que acham todas as soluções e o restantes dos países, sem reclamar, aceitam. A crítica aqui não é uma abordagem política destes países, mas a influência deles pelo mundo ‘contamina’ a narrativa. E é possível notar que em filmes Coreanos, onde a aliança é mais forte entre os EUA, é a defesa do ideal Americano em solo Sul Coreano é mais presente do que por exemplo, China e Rússia.

Avaliação.

A história é viciante, tem um desenrolar temático, sobre família e lar. E o contexto é utilizar uma crise planetária onde esse conceito de família e casa não é apenas pertencente a raça ou civilização. A luta pela sobrevivência exige que cada país deixe de lado sua nacionalidade por alguns segundos a procura de um raio de esperança.

A dramaticidade comum de filmes asiáticos não é uma item muito presente, apesar de tudo. Filmes como Pandora ou séries Japoneses, Coreanos e Chineses são capazes de sintetizar o que é um drama melodramático. Embora dependendo da situação o drama é justificável, haviam momentos em que ele pareciam transbordar o limite e até mesmo descontextualizado.

Em a Terra à Deriva não há um exagero, e há um pé de igualdade com filmes americanos onde existe uma diretriz chamada “Ação e Aventura” e outras subcategorias de eventos chamados “Drama na medida certa” e “Solução Universalista”, este último, onde não existe uma ponderação que parte deve surgir a solução. Fazendo com o filme não seja um selo de qualidade, por exemplo, Made in China.

Dou nota 85.0.

 

 

Nighflyers

Crítica da 1ª Temporada série Nightflyers (2018-)

Baseado em obra homônia de George R.R Martin.

Quando sentei para assistir a série Nightflyers, desconhecia totalmente o trabalho do autor do livro que a originou, apesar de ter inúmeras referências, os nove anos de Game of Thrones (não assisti) e de entender que a trama em uma pré fase de investimento de tempo ao me preparar em vê-la, seria uma pancada logo de cara, e não estava errado. Não que o teor seja ruim, nem que o roteiro tenha bastantes furos  ou ainda que possamos considerar a obra como uma diversão.

Obras escandalosas do tipo, são ricas em acontecimentos chocantes e de personagens que vivem perdas em sucessivos momentos. Ainda que fosse um ausente ao trabalho de George R.R. Martin, nunca fui inocente ao gênero. E em Nightflyers temos uma mistura de horror, como loucura, insanidade, uma ficção, uma história, um grupo de personagens e aficionados por tramas grotescas.

Ainda que o grotesco seja interpretado como uma ofensa, não há alguém que vai discordar que cada episódio do pacote inicial da estreante série, consegue transformar o espaço num lugar aterrorizante, mas bem além do medo paralisante, temos o medo que nos fatia no silêncio, aquele que mais do que um alien monstruoso poderia nos acuar é aquele que não podemos entender, mas mesmo assim espreita no escuro, e de alguma forma, você está preso sem poder sair até resolver o problema.

Quando vi, dispensei o senso crítico e apenas assisti aos 10 episódios que foram sugados pelo tempo, pois nem vi passar e ainda achava que haveriam mais. Que acho determinante nesta crítica, é que não estou esperançoso de ver o resto da série, muitos seriados resumem o seu objetivo e como o desenrolar da história vai ocorrer na primeira temporada, aprendemos o Modus Operandi ali. E não gostei do que vi.

A construção da série, apesar de ter um roteiro extremamente deslizante, há furos em menos tempo que se possa pensar, é a forma como o formato é tratado. Geralmente gosto de histórias em que o universo é um outro ao nosso, e que podemos contar no mínimo quem a gente torceria para ganhar. Mas como ouvinte aos telespectadores de GOT e mais recentemente de TWD (The Walkind Dead), elenco fixo e temporário são os novos uniformes vermelhos (Star Trek: Série Clássica)¹, não existe para quem você torce.

Ainda que as mortes do elenco fosse a princípio algo inevitável, pois tratamos de uma história interessante. A raça humana sofre com uma doença chamada Célio. Embora no decorrer dos episódios não sentimos de fato que esse fardo esteja de fato preocupando os humanos, aliás parece ser um super surto de gripe do que uma pandemia ameaçadora. Um grupo recrutado pelo comandante da Nightflyers, uma nave terrestre, resolvem através dos cálculos do Dr. D’Branin que a resposta pode estar em uma espécie de veículo espacial alienígena.

Quando entramos juntos dos personagens na nave, logo nos identificamos com o filme “Event Horizon” que no Brasil foi dublado como Enigma do Horizonte (1997, Sam Neil) o possesso engenheiro da nave Dr. Weir que ficou eternizado por sua frase – “A realidade é muito pior” conta a história de uma nave (Event Horizon) que usa a dobra do tempo para viajar para localidades longes, mas o experimento dá errado e a nave vai para o inferno por 7 anos, literalmente o inferno. E volta.

Ainda que possamos enumerar alguns títulos similares a obra como Dead Space, aquela câmara aberrante de Alien 4 a Ressurreição com a Rainha Alien tendo seu filho mais horrível ainda, podemos citar a Nostromo como material irmão estético, mesmo piso e mesmos corredores escuros. As obras criam uma ótima referência, mas não superam o circo de horrores, talvez os mais acostumados com esse conteúdo não fiquem surpresos.

Uma volta pela internet provou-se certeiro que apenas os que gostam da trama de GOT e se mantiverem fiéis a ela, acharam a obra inigualável e com certeza serão frequentadores assíduos das próximas temporadas. Mas existe um sobreaviso sobre obras grotescas. Elas costumam aumentar de intensidade conforme o tempo passa e não para em um limite conhecido. A série não possui dificuldade em sua interpretação, nem a forma como ela aborda os seus problemas.

Ainda que fosse possível confundir a cabeça de alguns, os episódios são pontuais. Eles contam um pouco sobre o trajeto terra e nave alienígena, poucos eles sabem sobre a raça Volcryns, temos personagens traumatizados, pegamos alguns pontos sobre a raça humana e o quanto ela é antagônica ao universo de Star Trek (Federação não existe por aqui) está mais para uma realidade pessimista da sociedade.

A ficção científica da obra é centralizada em segredos da nave. Os segredos são excelentes. Porque descobrimos inclusive a relação da mãe Cynthia com o seu filho Roy, depois a trama nos presenteia (ou levamos uma voadora) que Roy não é o seu filho e sim um clone e que o DNA que corre em suas veias, também corre nas de Melantha, e sua conclusão é óbvia. Pois Melantha e Roy passam a ter um caso.

Ainda temos a visita as astronautas que preferiram matar seus comparsas, torturar por mais de 15 anos o capitão e dele tirar o sustento, produzindo clones para um canibalismo, pelo menos consciente, já que os clones eram produzidos desprovidos de autonomia e células complexas. As mesmas cientistas eram as responsáveis pelos projetos genéticos que tornaram possível Roy e Melantha.

E abandonadas pela raça que nem sequer se preocupou em procura-las. Cientistas de renome no campo científico, foram abandonadas no quintal de casa. No quintal, pois elas estavam bem mais próximas do que se podia imaginar. Temos uma absurdo de acontecimentos que vão de um surto aceitável de Rowan a uma amnésia inaceitável dos seus atos. Ele mata, surta, acalma e volta para tripulação em um rito de águas passadas.

Ainda que não fosse um furo de roteiro, poderia fazer parte da sociedade humana, já que há muitos flashbacks pertencentes aos demais personagens que nos fazem pensar se a raça humana não esta vivendo no universo que a Event Horizon foi parar. Mesmo o roteiro picotado, teríamos uma boa história? Tem que goste de tanta miscelânea, não sou um excludente desse grupo.

Mas a narrativa de Nightflyers não exige um elemento interpretativo acima da média e nem reprises para compreender o fio da meada. Mas os choques da trama nos paralisa diante de tanto segredo e de tanta loucura a bordo.

Que questionamos se todos os personagens não são as várias facetas de apenas um, ou os Volcryns criaram uma raça parasita que nos atacou através do Célio ou ainda, que mesmo diante de tudo, a raça humana é apenas uma simulação.

O sobreaviso fica para o teor que é pesado, pode ser impressionante para alguns públicos, com certeza haverão marcas na história que serão intimidadoras e outras geraram mal estar. É uma série que tirando a ideia provocante de assustar pelo o que assusta as crianças (Sombras no escuro) e não por monstros aterradores (Alien), poderia ser bem melhor. Mas que precisaria ser menos corrida, menos torturante e menos sem noção.

Nota:

50.0

 

A morte te dá parabéns

Filme dirigido por Christopher Landon lançando como (Happy Death Day, 2017) formado pelo elenco Jessica Rothe, Israel Broussard e Ruby Modine. Temática: Bebidas, Drogas Leves, Violência e Linguagem imprória. Suspense e Ficção Científica.

Tree (Jessica Rothe) é uma patricinha e membro da fraternidade Kappa que durante uma festa a noite no campus é asssassinada por um desconhecido. Mas a cada morte, ela acorda no dia seguinte no mesmo lugar, repetindo o dia até descobrir a identidade e porque isso está acontecendo com ela.

A narrativa do filme lembra muito o conceito de Life Is Strange e a temática do filme ‘Feitiço do Tempo’ (1989) com o ator Bill Murray, filme este citado inclusive durante a história. A protagonista se mostra como uma garota detestável e egoísta, mas ao longo da história vai demonstrando simpatia.

A atuação da atriz Jessica Rothe demonstrou momentos de humor com suspense, mas não é nenhuma comédia besteirol como o recente Pacote que faz uso do humor negro na medida mais exagerada. E sim uma história de reflexão, redescobrimento e valorização.

Para interromper o ciclo, ela precisa evita de ser morta. O grande problema é que ela é detestável e qualquer pessoa teria motivos para fazê-lo. E ela acaba a cada tentativa descobrindo sobre si mesma. Até se tornar uma versão melhor de si mesma e conseguir viver até o outro dia.

Vale a pena? O filme tem humor na medida certa, lembra um filme Teen, o campus da universidade e as passagens de cenários lembram Life is Strange, a personalidade de Tree é meio Chase, mas beira a Chloe Price e um pouco Max.

Se você gosta de viagem temporal, suspense e intriga. Bem este é um filme que vai agradar e ao mesmo garantir algumas surpresas.

Between

Between é uma série que abria o catálogo todos os dias e olhava para ele, tentando criar uma espécie de coragem para dar uma olhadinha. Nem que fosse para classificar com “Detestei”. A atriz principal é Jennette Mccurdy, se bem que ela aparece bem nos materiais promocionais, não posso dizer que ela seja protagonista.

Alguns devem tê-la vista no sitcom 2007-2013 – ICarly como a irreverente Samantha ‘Sam’ Puckett, sua breve paixonite com o Nerd do grupo deu a série de comédia pitacos de drama, romance e claro, patetice. Sem deboche. Daniel Schneider é um famoso diretor da Nikelodeon que sabe fazer série de comédia. E Jennete Mccurdy cresceu com bastante comédia, e esse contraste, trouxe a ela a uma produção canadense algo que seus fãs mais assíduos tenham estranhado (supostamente) – ela fazendo um papel mais sério.

Não que isso de fato faça a série ruim. Mas quando vi os pôsteres, juro ter visto Linda Cardellini (Velma do Scooby Doo), depois que notei que a seriedade da atriz a fez desconhecida. O primeiro episódio não é algo que diga algo, puxa que bacana é uma série de ficção, é um pouco demorado. Se você veio do Orphan Black, pode ser que pare o episódio umas quatro vezes antes de continuar.

A proposta da série é fenomenal, mas acredito que os autores estejam testando se dá certo. São duas temporadas, prevista uma terceira para este ano. Como funciona a série? Simplesmente da seguinte forma – apenas as pessoas até 21 ficam vivas. Ou seja não demora muito que todos os adultos morram. E dá aquela sensação de “Ensaio de uma cegueira, 3% e Walking Dead – todo mundo começa a morrer. E você fica 2 temporadas com a questão – Por que apenas os 21 anos? Sim demora 2 temporada, e nos últimos episódios você fica sabendo o porquê.

Preparados para saber o por quê? [SPOILER MATADOR] Em parte porque eles são especiais, como os jovens mutantes. Foi como classifiquei. Eles são geneticamente modificados e isso permite que eles não morram aos 21 anos. E a história é que havia um vírus na cidade. [FIM DO SPOILER MATADOR] – Selecione com o mouse o espaço em branco entre as tags.

Este título está disponível no Netflix.