Magic the Gathering (38) – Avaliando a curva de mana

Curva de mana é uma tática que nos permite pensar em atos dentro dos turnos. Se pensarmos que certas cartas podemos conjurar a partir do turno 1, mas sabemos que por enjoo do cast, nós só podemos usar-la efetivamente no turno seguinte. Exceto quando a carta possui ímpeto ou no caso, um feitiço ou mágica instantânea. Fora essas exceções, temos uma ideia do nosso cenário.

Assumindo que você tenha a carta com mais alto custo no valor de 6, e seguir cada turno sem surpresas ou cartas de geração de mana, a partir do 6ª turno você pode conjurar esta carta, e não estando nas exceções, usa-la a partir do 7º turno. Isso nos compensa a pensar no futuro. O que nos permite pensar nas jogadas do adversário.

Todo deck tem uma consistência de cartas que tem maior ou menor quantidade naquele grupo de custo de mana. O que nos resulta em uma média de mana. Uma média que seja 4, quer dizer que a você tem mais carta de custo 4. Ou seja, a maior parte de suas ações terão validade do 4º turno em diante.

Algumas características nos permitem classificar o tipo de deck. Com certeza suas ações quando limitadas a turnos superiores à 4 já não são decks Aggros. Sua agressividade é abaixo da média. Está mais para midrange. Cartas com o interesse de prolongar o duelo. Não deixa de ser muito ruim. Decks Aggro tem força nos primeiros turnos, quanto mais prolongar, mais será a dificuldade de finalizar o combate.

A curva de mana também nós dá uma ideia do quanto de respostas teremos entre os intervalos. Se o deck do seu adversário tem por exemplo um custo máximo de 5. Quer dizer que ele terá boa parte das cartas disponíveis para serem conjuradas a partir do quinto turno. Quanto mais breve, mais próximo de um deck competitivo você tem em mãos.

Mas esse é um dos fatores. Se analisarmos o deck clicando aqui tem sua media provavelmente em 2 ou 3. A maioria das cartas são custo 2 e 3. A carta coringa tem custo 10. Mas você tem uma base de custo que permite que ela esteja em suas mãos em pouco tempo. Temos carta que com o custo 2, permite ter ações no segundo turno. E inclusive no primeiro turno.  (Possui uma carta banida).

Este deck em especial permite criar um combo até 4º turno e finalizar o duelo. Sua característica é clara de Aggro.  A curva da mana dele é baixa.  Se pegarmos esse outro deck aqui.  Também temos o mesmo raciocínio. Talvez uma média de 2 ou 3 no custo de mana. Como no caso anterior, um uso de Fetch Lands e ações que acontecem cedo no jogo. Diferente do anterior, esse não tem forma no primeiro turno.

Ambos são concentrados em cartas no Deck Azul dentro do Dimir (Azul e Preta) e Azorious (Azul e Branco). Que permite uma associatividade mais combativa. E que também permite através dessa curva breve, uma chance de interagir no campo de batalha e pelos menos garantir uma chance de vitória.

 

Magic The Gathering (32) – Importância da leitura do Set Deck

Quando comecei a jogar Magic the Gathering, lembro de ter pensado em fazer uma leitura da montagem do Deck. Quando você opta por fazer o deck (deck building) ou copiar, é indispensável a leitura do que as cartas podem fazer. Assim é possível, além dos treinos e partidas, perceber oportunidades.

A leitura do Set Deck é comparável a ler um roteiro antes  de encenar. Todas as vezes que preciso encenar, sim sou ator de teatro, leio script. Depois você lê novamente. E depois incorpora o personagem e lê como ele. Depois você faz os trabalhos de cena. Marcações. Sua deixa. Sua entrada. E por fim, você constrói o personagem.

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A leitura do deck é essencial para entender como ele se comporta. E assim você também pode assumir que há outras oportunidades que estavam ocultas a primeira vista. Ontem publiquei um artigo com a lista do Deck Azorious Control utilizado pelo campeão mundial de 2019, Paulo Vítor Damo da Rosa.

E sua rápida leitura podemos conceber que é um deck simples. Mas que há um formato de controle, típico do azul, que quer atingir um nível de retardo das ações do adversário para garantir o seu próprio combo. A depender do próprio metagame da temporada, outro artigo que escrevi recentemente. Todos os artigos de Magic, vocês poderão ler no diretório no final deste artigo.

Todo Deck List é particularmente desconhecido quando você o pega. Mesmo que tenha assistido a partidas com ele em outras mãos. Você ainda precisa entender como ele funciona. Onde triga, onde faz combo. Quando ele perde. Quando ganha. Que condições precisa ter em campo de batalha para ter vantagem. Ninguém domina o deck totalmente também. Mas garante uma parcela de vitórias.

O pensamento em formato Standart está mais para pensar que você não sabe nada do que pensar que sabe algo. As regras do Magic não mudam, mas a persistência da vantagem por expansão é o maior desafio, é o que define o Metagame é o que define a sua deck list. Por isso a leitura te permite dominar as artimanhas dos duelos.

Algumas coisas mudam e outras nunca. Essas te permitem dominar para não ter surpresas. Sempre pensando que cada carta pode te oferecer um duelo diferente e uma vantagem específica. A questão seria, o que você sabe sobre isso? Vejo pelo menos 5 vídeos por dia de partidas de Magic. Jogo bastante. Antes da pandemia, fisicamente. E agora no Arena.

Tenho alguns jogos eletrônicos do Magic. E posso afirmar que depois que joguei diversas vezes, um total de 1.200 partidas (sim contabilizei cada, inclusive o score delas), tenho muita mais visão do que tinha quando iniciei. Antes eu perdia de 60 jogadas umas 55. Hoje tenho um páreo de 30 para 60. Antes perdia direto para formatos selados, e hoje já tenho mais conquistas de derrota por número de partidas.

Quando olho uma jogada, sinto que há mais táticas nela. Quando assisto uma partida, consigo narrar o que os jogadores queriam fazer. E penso justamente no que posso melhorar para atingir marcas que ainda não atingi. Esse é um passo para se tornar competidor de torneios. E que qualquer um pode ser. Basta treinar, estudar e ler muito.

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