As consequências de uma guerra para o futuro da humanidade.
Os amigos Lina Mayfleet (Saoirse Ronan) e Doon Harrow (Harry Treadaway)vivem numa misteriosa cidade regada a decoração retrô e steampunk. A cidade de Ember (no Brasil o título é Cidade das sombras) que sobrevive a base de trabalhadores que são selecionados em escolas a fazer um certo tipo de serviço pelo resto de suas vidas para manterem funcionando a única fonte de energia, o gerador. Essencial para que vida continue existindo.
Mas as intensas descargas e blackouts andam reacendendo o temor da população, que prevê o fim para única cidade com luz no mundo. Mas alguns poucos enxergam uma revelação misteriosa por detrás daquele crepúsculo que cerca a cidade.
Influências literárias.

Influências para a criação da cidade de Ember (foto: Internet)
Este corredor de explanações não coloca a palavra oficial de onde os autores, roteiristas tiveram mesmo a base de sua influência para criar o mundo de Ember. A única cidade com luz. Mas como telespectador assiste-o e comecei a perceber características de várias fontes no seu processo de reprodução.
O primeiro foi a cultura steampunk, a segunda foi o sistema de casta, a terceira foi o ambiente secreto, a quarta que vem a ser um spoiler (por isso grifei de branco a próxima passagem entre colchetes [o final explora um mundo devastado pela guerra, e que a cidade de Ember era uma espécie de bunker anti-nuclear. Esta história já foi explorada no jogo Fallout. E mesmo que as raízes de Fallout 3 lançado para a plataforma PS3 tenha sido lançado no mesmo ano, a Black Isle lançou em 1997 o fallout 2 que aborda o mesmo tema com o pretexto de um escolhido vindo da escotilha 13 – VAULT 13 a procura pela G.E.E.K – este um dispositivo responsável por recriar a vida do zero. Percebam que Lizzie leva uma maleta com entradas de códigos para acessar um manual de instrução esquecido na casa de sua avô. Uma mulher que lembra uma pajé muita antiga. Fallout 2 esconde o G.E.E.K dentro de um valise prateada escondida numa base subterrânea e a mando de uma mulher muita velha da vila de Arroyo].
A quinta são os universos de “Elo Perdido”, “A viagem ao centro da terra”.
Diferente de um outro filme que ostenta o mesmo nome, a Cidade das Sombras que possui uma temática semelhante. Porém o cunho seja extraterrestre, a cidade em questão ficava numa nave espacial vagando pelo espaço. A primeira, bem, aconselho lerem o grifado acima para entenderem melhor.
O filme explora nas mesmas lentes de uma criança, mas aventureiras, o que tem além de uma forte escuridão. Não deixa de ter um contexto bíblico. Pela passagem que as os puros de espíritos, as crianças e o benevolentes herdaram a terra. Não só a iniciativa que os personagens jovens possuem na trama, mas pela persistência que mais além de suas vidas, de sua perpetrada chance de viver sejam poucas, estejam além da zona proibida.
Quadro técnico.

Ficha técnica de a Cidade de Ember (foto:Internet)
O filme foi dirigido por Gil Kenan (A Casa Monstro), roteiros de Caroline Thompson (A Noiva Cadáver) (adaptação) , Jeanne Duprau (autora do livro de mesmo nome) , contando o elenco formado por Saoirse Ronan (Mary Queen of Scots – 2014) , David Ryall (Harry Potter – E as Relíquias da Morte Parte 1 – Elphias Doqe), Ian McElhinney (Game of Thrones – Barristan Selmy), Harry Treadaway (O Cavaleiro Solitário – 2013), Tim Robbins (Lanterna Verde), Bill Murray (Os Caça-Fantasmas), Toby Jones (Jogos Vorazes), Lucinda Dryzek (life of Riley – Katy Riley), Lorraine Hilton (Chumbo Grosso) , Amy Quinn (Blackwoods BloodBath – Beck)/Catherine Quinn (Cidade das Sombras) e Martin Landau (A Fighting Chance – 2014).
A trilha sonora foi criada por Andrew Lockington e o filme foi lançado em 10 de outubro de 2008 nos Estados Unidos e no Brasil em 13 de maio de 2009.
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Críticas do Mundo Pauta.
Assisti o filme pela primeira vez em 2013 e tive uma impressão positiva com o título. Ele mescla elementos desafiadores da mente. Também ilustra o desconhecido, a regra máxima de proibição e o que há lá fora, sempre foram as perguntas e também sensações que gostamos de sentir. A aventura começa quando nasce um problema na cidade de Ember. A falha iminente do gerador.
A busca é o principal sentido do filme, e talvez telespectadores mais atentos reconheçam mais do que os elementos clichês deste tipo de trama, o segredo, a esperteza, os elementos chaves, a menina é sempre mais esperta colocando-a numa tarefa física suave porém essencial. O homem em uma tarefa pesada, mas também complementar. Mas o enredo nunca cansa, o título que mais chama atenção ao tema é “A viagem ao centro da terra”.
Descobrir o mistério em seu próprio quintal, talvez seja a forma de explicação mais coerente ao filme. Dou nota 95.0, achei que seria interessante haver uma exploração maior do ambiente, um pouco mais de revelação da história. Mas acredito que o filme tenha agradado bastante, ele foi feito numa esfera simples e cativante. Os personagens são vivos e carismáticos, mas escondem a essência principal. É o que mantém o filme mais fabuloso.
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Mundo Pauta.
Texto-Análise: Rafael Junqueira
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