COMO AS IAS REALMENTE FUNCIONAM?
Inteligência Artificial dominou a maior parte dos tópicos que há nos últimos 2 ou 3 anos em que o Chatgpt deu as caras. E deixou muita gente empolgada e outras temerosas. Mas ao interagir com elas, e com algum tempo de casa para este tipo de assunto, posso lhe assegurar, que a IA só será um problema para você, se você na realidade, for você um problema. Vamos lá!
Recentemente foram lançados algumas entidades inteligentes por algumas empresas, o Facebook o Meta Ai, o Microsoft o Copilot (anterior Gemini e sua vez Bard), Chatgpt e afins. Estes apenas para citar os que lidam com geração de texto e com algum nível de geração de imagens. A inteligência artificial ela é confundida ou ‘extrapolada’ a uma imagem mais ficção científica do que ela realmente é.
Todos acreditam que uma IA seria capaz de substituir um ser humano, eu posso te afirmar, que talvez em cem anos possamos discutir isso. Mas agora, a IA está mais para um programa sofisticado, daqueles que já tínhamos, do que uma mega inovação partindo do princípio de uma entidade evolutiva e consciente. Não, está mais para um notepad que agora consegue elaborar algumas soluções. Mas que tem uma mega limitação.
Recentemente fiz alguns levantamentos e conclui que talvez a IA que temos seja mais ‘um’ organizador automatizado do que um assistente virtual como eles são definidos de fábrica. O Copilot se você tentar jogar Xadrez, é pior que jogar com alguém que está começando de fato. Meta Ai, Chatgpt, todos eles tem uma limitação óbvia. Qual é?
Apesar de possuíram continuidade de conversa, eles consideram cada input, uma única interação por vez. Se “esquecendo” do que foi tratado no input anterior. Já percebeu que você tem partes do comando ou prompt não “executadas”? Isso acontece porque essa interação, mesmo que contínua, comparada com os chatterbots do passado, ainda continuam sendo “interações independentes.” Eu fiz alguns testes e fiz análises fundamentas pela própria IA.
XADREZ e TEORIA DE JOGOS.
XADREZ
Xadrez é um jogo de tabuleiro complexo e tático. Se você começar o primeiro turno, a IA vai muito bem até o quinto turno. Dali em diante ela começa a fazer movimentos ilegais, começa a trocar que peça ela está mexendo (vai de preta para branca). Ela não mapeia o que está acontecendo. Para ela, cada turno, o Xadrez reinicializa. Sabiam? Eu tentei de várias formas, e não foi possível da IA agir como se fosse um ‘agente’ consciente do que estava acontecendo.
Isso já demonstrava, que cada turno era uma interação única. Depois de 10 movimentos, ele achava que podia fazer xeque em uma peça que estava bloqueada por uma peça minha ou dele. O que gerava um contexto ilógico. Fiz entre 25 tentativas diferentes. E nem uma delas foi bem sucedida, porque o problema não é no método e sim na limitação da IA.
JOGO DA VELHA
O segundo foi o jogo da velha. Que seu início não tem ‘peças’ padrão. E sim marcação. Se você joga de X ou O, e opta por um quadrante, ela opta por outro quadrante. Mass isso não significa dizer que ela sabe onde está o seu X ou O. Pois para ela cada turno é reinicializado. Então é como se você tivesse preenchido nada. Mas ela sabe que os seu X ocupa uma casa que ela não poderá usar. Mas isso não significa dizer que ela entende que você está fazendo uma linha para ter vitória. Seja na vertical, horizontal ou diagonal.
JOGO DA FORCA
Exige continuidade, apesar dela ser mais ‘objetiva’, já que ele pode contar que letras foram corretas e quais foram incorretas. Não é capaz de deduzir que letra não foi e pelo motivo que deveria ter ido. Nós humanos, somos capazes de até indagar se a palavra existe ou não. A IA vai continuar dando palpites se baseando em tópicos de conclusão que pode ter ou não haver em conexão com o problema proposto.
DISCUSSÕES FILOSÓFICAS E POLÍTICAS.
Como um Google, as IAs sabem trazer assuntos da atualidade, mas não mantém um grau de lógica. Se você debater com um colega sobre uma implicação política, ele terá inúmeras defesas, argumentos e debates. Uma IA atém ao fato. Ela não opina. Não entende e tampouco avalia a gravidade de afirmações. Outro dia estava falando sobre a evolução da segunda guerra mundial e dos impactos infelizes das medidas tomadas pelo movimento que estava na Alemanha, sabe o que a IA me disse? Que apesar de todo mal, teve um lado bom…
Eu fiquei pensativo, porque isso em uma conversa entre dois seres humanos já nos teria levado para um partido bem menos amigável. Então eu indaguei, como assim o período da segunda guerra foi bom? Houve tantos massacres, famílias foram destruídas, pessoas foram destruídas e valores sobre invertidos. O que há de bom nisso? Então a IA disse – “Você tem razão, esse período contribuiu com muitas fragmentações de vidas e etc”.
Logo após essa afirmação, retomou o conceito que apesar do mal teve um lado bom (de novo). Demonstra como a IA para cada input isola em uma sessão de interação. Apesar da continuidade ele se baseia no mecanismo de:
- Cada conversa é um TÓPICO;
- Cada TÓPICO tem uma Conclusão;
- Como chegamos nessa conclusão é excluído;
- E apenas o TÓPICO e CONCLUSÃO são preservados.
Apesar da IA aprender, ela aprende com os inputs, sem necessariamente isso ser algo que a melhoria de uma certa forma realmente. O que é treinado são os padrões de reconhecimento de tópico e não de como melhorar o debate em si. E nem de considerar que a interação é contínua. Até porque se fosse contínua ela teria que ter uma coisa que nós humanos temos, contexto. Como IA não tem poder da semântica (sentido de algo), o contexto se torna impossível de ocorrer.
Então isso nos leva a uma conclusão imediata. Se a IA realmente não mantém um contexto, ela é apenas um programa que organiza ideias que você fornece e dá ordens de formatação. Como se fosse um wordpad por comando de voz. Qualquer semelhança é coincidência. E aqui podemos tratar do nosso artigo. Depois dessa mega introdução.
A IA VAI ROUBAR TEU EMPREGO?
Não. A não ser que você seja incompetente. E mesmo assim não será uma IA que irá ocupar o seu cargo, provavelmente será outro ser humano. Apesar das predições de alguns gurus ou mesmo empresários das Big Techs que a inteligência artificial será uma mudança enorme, mudará a nossa composição atual corporativa, eu posso amenizar, que isso é uma afirmação influenciada por setores que não precisam de mão de obra “inteligente” humana, ou seja, a operacional, a construtiva a quem exige produção em escala e número.
Agora uma IA não substitui um gerente, um diretor, um analista, um advogado, um artista, um fotógrafo, um ator, um engenheiro e etc. Não há como fazer isso. Porque a própria limitação atual que é da interação única por sessão, a não compreensão de contexto e de sentido, já tira a IA da lista de candidatos a uma vaga. O impacto não é apenas emocional como eu vi muitos mencionarem. Que o toque humano, eu diria, que até nem o toque racional e lógico. A IA que temos é como eu disse, não é uma Skynet, é uma calculadora um pouco melhorada.
Não se enganem, a linguagem natural é apenas um UX Design (Experiência do usuário), mas ela mascara para os incautos, que na realidade ela é um programa de computador com uma maquiagem bem feita, mas que continua processando 0 e 1 sem conectar o significado de cada bit. Ou seja, o seu Meta Ai não sabe o que é uma fruta, sabe? Até a próxima pessoal, bons estudos.
E uma pergunta, para que a IA é utilizada? Alguns pensamentos a seguir…
- Automatização de tarefas repetitivas e rotineiras.
- Melhoria da precisão e eficiência em processos.
- Redução de custos e riscos.
- Aumento da personalização e experiência do cliente.
- Desenvolvimento de soluções inovadoras e análise de dados.

