Japonês (34) – Estudando Kanjis – Parte 5

Como uma certa continuação do artigo 34 – parte 4 do Estudo de Kanjis, hoje vamos falar da forma mais comum de identificar filosofia budista, ser uma pessoa budista e a filosofia budismo. Quando se refere a Buda falamos 仏 (HOTOKE), nos referimos a um lugar usamos o mesmo kanji e pronunciamos FUTSU e nos referimos a filosofia falamos BUTSU.

Mas para referir ao BUDISMO, o KANJI oficialmente mais usado seria como? Vamos usar o prefixo do HOTOKE (仏), mas vamos usar uma terminação que se pronúncia como KYOU (sendo O prolongado) não falamos OU e sim Oo. Sem permanência maior em cada vogal. Não é kIII ou Kyooo. É KYOo. E temos como prefixo o BUTSU, mas quando ele antecede, é importante, quando o TSU antecede uma consoante, ela não é mais pronunciada, se sim estica a pronúncia da consoante que sucede à ele.

Logo teríamos BUTSUKYOU que seria (Butsu kiyō) => que unido dá Bukkyō. O primeiro KANJI já vimos na parte anterior, veremos a que significa:

  • Ensino
  • Doutrina
  • Fé.

Se BUTSU significa Buda\Budismo seguido de Doutrina e Fé, refere-se ao Budismo Filosófico ou doutrinário. Este KANJI é 教. Parece difícil? Mas não é. Ela é uma união de alguns outros KANJIS que já vimos. Vou dar um ZOOm:

Lendo da esquerda para direita temos na parte de cima o que lembra um pouco o KANJI do (てら, templo que seria ) que também seria parecido com o (とき ou じ, que se refere ao tempo ou hora do relógio). Só os primeiros traços da parte superior do templo, temos o (Ko) que significa jovem, criança logo abaixo desta parte. E logo temos uma curva que puxa da ponta do KO e cruza a parte de cima.

Do lado temos uma outra curva que segue a curva anterior. E depois nos lembra uma curvatura de um outro KANJI que já vimos, uma parte dele pelo menos. O (o ayashii) que significa mistério, supseito. Este kanji é sufixo no YOKAI para falar de “fantasmas, aparições”. Mas sozinho ele se pronúncia como ayashii. Na parte da direita temos essas pernas cruzadas.

Quando colocamos a nossa formação como no ROMAJI Bukkyō, temos 仏教, portanto Budismo como filosofia. Vamos ver alguns exemplos.

  • 彼女は仏教の寺へ行く。 Ela vai para o templo budista. (Diferença que faz não é apenas representação, possivelmente é um templo que realiza rituais budistas, há monges). Não que o formato BUTSU apenas não o fizesse como 仏. No entanto o KANJI que aprendemos neste artigo é a referência mais usada.
  • 私は仏教です。 Eu sou budista.
  • 仏教 – Budismo\Filosofia Budista\ Budismo como Filosofia\ Budista (praticante)

Neste artigo vimos os KANJI:

仏 時 寺 行 彼 仏教 怪 私 子

Os ROMAJI referentes (respectivos) da esquerda para a direita são com a / representa respectivamente pronúncia japonesa e chinesa:

  • HOTOKE (BUDA), FUTSU (LUGAR BUDISTA), BUTSU (BUDISMO FILOSOFIA) forma abreviada
  • TOKI/JI (Tempo,Hora)
  • TERA (Templo)
  • IKU (Ir)
  • KARE (Ele)
  • BUKKYOU (Budismo\Budista\Lugar)
  • AYASHII (Misterioso,Suspeito)
  • WATASHI (Eu)
  • KO (Jovem, Criança)

Japonês (33) – Estudando Kanjis – Parte 4

Nossa série agora se trata de falar de um KANJI que é muito conhecido por sua filosofia. Recentemente, foi encontrado no Egito a primeira estátua registrada na história de Buda no Egito. A estátua tem parte faltando, lado direito ou esquerdo, mas bem conservado. E quem visita o Japão gostaria de visitar templos Budistas. Como é o KANJI de BUDA?

Ele é muito parecido na caligrafia do EU (私) só que vamos considerar a primeira parte da escrita KANJI, aquela ‘árvore’ na frente do que parece um 4. Vamos tira-la e colocar uma formação similar ao que achamos nos KANJI de KARE (ELE) e KANOJO (ELA, Namorada). Que é:

  • 彼 (parece um T com a parte superior inclinada)
  • 彼女 (Olha ali. Viram?)

Vamos ver de PERTO?

私 彼

Pegou o ‘4’ do WATASHI e o ‘T’ inclinado do KARE? Pega o T inclinado e coloca na frente do 4. Teremos HOTOKE que forma o kanji 仏. Essa pronúncia e esse KANJI se referem a BUDA como substantivo. Mas ele tem variações em sua forma de falar usando o mesmo KANJI como já deve ter notado em outras situações.

Quando se fala assim – “É um Templo budista”, Falariamos HOTOKE-NO TERA? Na verdade não. Porque Templo é um lugar. Portanto a pronúncia é diferente, mas o KANJI é o mesmo. Vamos ver a escrita.

  • この仏の寺です。 (Como você lê? KONO FUTSU-NO TERA DESU)

Mudou de HOTOKE para FUTSU. Este é um Templo budista ou Este é um templo de Buda. Ou É um templo budista\É um tempo de Buda. Não é neste caso um substantivo, não se refere a personalidade de Buda como sendo um indivíduo. Mas que é um lugar que cultua a filosofia budista.

Há outro que se refere a filosofia budista. Que é considerado uma abreviação. que é o mesmo KANJI com a pronúncia de BUTSU. Se trata da filosofia. Você está falando da filosofia. E não de um lugar que representa a filosofia.

  • Exemplo: Você adquire um artefato que é budista, mas você não é budista. O artefato é apenas um adereço para você. Logo ele é representado por ser de origem budista, mas não tem valor filosófico (nem mesmo teria) é uma representação. A filosofia transcende a imagem. Logo o artefato seria FUTSU, falar sobre o que o artefato representa seria dizer a filosofia, logo BUTSU.

Filosofia e o que agrega por imagem são coisas diferentes.

Vamos ver alguns exemplos:

  • 私たちは仏の寺へ行きます。 (Nós vamos ao Templo Budista) – WATASHITACHI-WA FUTSU-NO TERA-E IKIMASU.
  • この女は仏です。 (Esta mulher é budista) KONO ON’NA-WA HOTOKE DESU.
  • かれは仏の全て話す。(Ele contou tudo sobre budismo) KARE-WA BUTSU-NO SUBETE HANASU.

As três situações listadas acima podem exemplificar o uso do mesmo KANJI para diferentes situações.

Neste artigo vimos os KANJI:

私 寺 全て 話す 行 彼 女 仏 

Os ROMAJI referentes (respectivos) da esquerda para a direita são com a / representa respectivamente pronúncia japonesa e chinesa:

  • WATASHI (Eu)
  • TERA (Templo)
  • SUBETE (Tudo\Todos)
  • HANASU (Falar\Contar)
  • IKU (Ir\Viajar)
  • KARE (Ele)
  • On’na (Mulher, feminino)
  • HOTOKE \ FUTSU \ BUTSU (Buda[sbs]\Budismo[l.]\Budismo[fil])

Japonês (19) – Hannya é um Youkai mal ou bom?

Depende do contexto a interpretação. Hannya parece ser de origem Hindu, que significa “Sabedoria”. E a fonte descreve que a Sabedoria que emana das etapas da iluminação do budismo. A conscientização referente ao sofrimento, a identificação do desejo que gera o sofrimento, a libertação do desejo e por conseguinte a extinção do sofrimento e a iluminação pelo esclarecimento deste caminho.

No Japão a representação de Hannya não tem haver com uma característica abstrata, não apenas, ela retrata outro tipo. Emoções, perfil, estado de comportamento. Mas ela se refere também a personificação física, uma máscara com uma face retorcida e chifres na altura da testa lado a lado as têmporas.

O chamado teatro das expressividades ou por aqui como Noh. É usado máscaras para vestir um perfil e assim termos uma identificação de um personagem. Hannya pelo Japão é um demônio. Representa tanto pela inveja e ciúme.

Essas diferentes interpretações levam em conta a cultura do país. No Hindu se tratava de um benefício que todos mundo quer chegar, na iluminação. No Japão é uma emoção baseada na inveja e no ciúme, com ódio, cólera. O que ninguém quer. Essas interpretações se validam das heranças que temos com outros lugares, sejam por meio da influência adquirida quando somos contatados por esses povos.

Por exemplo, o portal Torii é de origem Hindu também, e provém da palavra Torana. No japão e na índia, o portal tem quase a mesma função. Mas cada lugar tem um detalhe que se complementa e que faz parte da cultura local.

Então se por acaso você já leu em um manga (まんが) que o Hannya era bom ou mal, isso vai depender exclusivamente da interpretação do criador do quadrinho. Pode retratar ou não a cultura local ou uma miscelânia de ideias. Logo não é uma verdade absoluta a versão que você está lendo ou ouvindo sobre Hannya.

Em Ghostwire Hannya se trata do personagem antagonista principal, e ali é condicionado ao personagem um estado de insanidade e perda. Já que toda a procura dele no jogo é justamente de achar uma forma de reverter as mortes de sua família. E de quebra ele acha que poderia fazer isso pelas outras pessoas também. Essa jornada dele, o levou a loucura.

No game ele não é exatamente um vilão, só uma pessoa que enlouqueceu.