Beleza Adormecida

Marginalização feminina em silêncio.

Beleza Adormecida (Foto: Reprodução-Edição/Mundo Pauta)

Beleza Adormecida (Foto: Reprodução-Edição/Mundo Pauta)

Lucy não pode pagar seus estudos, e precisa de um emprego. Ela encontra uma espécie de trabalho que lhe paga muito bem. No entanto ela não se recorda de nada o que acontece durante o expediente. Seu trabalho é adormecer, e apenas acordar de manhã para ir a faculdade. A regra é clara: Ela nunca saberá o que ocorre naquele curto período que passa dormindo.

Elenco.

[Biografia dos atores | Foto dos personagens]

Crítica.

Encarei o filme com uma análise antropológica, e interessantemente obtive uma resposta bastante radical. O filme trata da vida de uma estudante universitária que esta no começo de sua jornada de vida. Que paga qualquer preço a ponto de ter a melhor preparação, mas que paga também um preço alto por isso. E levando em conta todo o tempo, parece não ter valido a pena.

O esmero de Lucy (Emily Browning) é justamente de toda a sociedade, não só particularizo as mulheres. O mundo em que ela vive, sem saber o que acontece naquele período de tempo, é justamente o que muitas pessoas estão dispostas a arriscar. Mas o que é considerado um risco aceitável? O filme aborda isso, mas aborda com um show de crueza. Tal como é maioria dos filmes sensualizados da atriz.

Ela trás a exploração e descoberta, e positiva ou negativa estas duas características em toda a trama. Percebemos isso em Sucker Punch. Onde sua mente luta por algo melhor que sua realidade não pode lhe mostrar. Cabia a ela tentar mudar isso mentalmente, era tudo que valia. Aqui ela quer tentar ‘sobreviver’ e para isso joga os dados dentro de um jogo que todos divulgam, mas não sentem que é um pesadelo realmente.

Clara sofre a cada momento em silêncio, e o ar “arcaico” da velha mansão junta o tabu da imundice da parte desse mundo, que explora inocências e ao mesmo tempo aflora tentações como riqueza e conforto, na maioria das vezes obrigando a pessoa a se sujeitar a preços não reembolsáveis.

A cena final é própria de pensar – “O que eu fiz?“.

Mundo Pauta dá nota 9.0.

Mundo Pauta.

Texto/Edição da foto: Rafael Junqueira.

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