Análise de “Amanhecer parte 1”

Último episódio da saga Crepúsculo – Amanhecer parte 1.

Amanhecer - Parte 1

Amanhecer – Parte 1

Sucesso de Forks por 4 anos.

Numa noite nublada, vi no Severino Ribeiro na rede Kinoplex localizada no último andar do maravilhoso Shopping Tijuca um filme que pode ser particular para o público feminino, se assim posso rotular. Dada a grande rede de comentários que vi surgir, a platéia do cinema esta 1:1 para homens e mulheres – um enamorados repletos por assim dizer.

Em 2008 eu vi o Crepúsculo achando ser um filme de ação e suspense, como vivia julgando que a locadora Blockbuster errava constantemente nas classificações de gêneros como vi uma vez – “Labirinto do Fauno” diversão para toda família, nem li o gênero no catálogo. E quando olhei para aquela película de 120 minutos, pensei em que momento os vampiros iriam cair na pancada. Quando a primeira parcela de 60 minutos passou – pensei – “É o primeiro filme de 4, pode ser uma introdução. Aliás sagas precisam ter história para se manterem”.

Quando veio a metade do segundo tempo na segunda parcela de 60 minutos, eu percebi que o gênero o qual re-olhei diversas vezes, drama e romance, era de fato tangível ao filme. O Blockbuster acertou finalmente. Não sou fã de drama e romance, talvez drama – acho que todos nós identificamos um pouco, emoções e tal. Assunto pouco discutido. Quando terminou o filme aos 120 minutos e olhei para contabilizar a luta em que Bella Swan apanha, foram 5 minutos. Bem ação em 5 minutos vale um filme.

Mas conclui, gostei apesar de não ser fã de sagas onde o gênero romance e drama fazem parte. Nem vejo novela por este motivo. Mas assim como musical, o qual eu não curto nem um pouco, tem pérolas que fazem brilhar mais do que o normal. E Crepúsculo (Twilight) não foi uma exceção desta teoria. Não era simplesmente a fórmula de um relacionamento entre diferentes, como Willian Shakespeare fantasiou em sua obra de Romeu e Julieta (Guerras entre famílias, diferença de riquezas e inocência diante de uma possível tragédia) tudo em comum com a saga de Stephenie Meyer?

Os filmes foram um sucesso, e se repararmos que crepúsculo não é só um pitaco para a esfera feminina – eu não ouvi uma piadinha do público masculino com cenas que descreviam as idiossincrasias do relacionamento de Bella e Edward com toques de complicações entre seus diferentes mundos. A saga não se distancia muito de Harry Potter – que era a luta interminável de Voldemort por matar Harry Potter, e o mesmo por saber quem eram os seus pais. A este trecho quero deixar claro que são obras diferentes e possuem seu timbre, o qual testemunho muitos fãs comparando as sagas falando que uma é melhor que a outra, quando o elemento que os diferencia é justamente o foco dos filmes.

Um é relacionamento com diferença e outro é a luta pelo descobrimento pessoal. Ambos tem subjetivamente cada um destes, mas não dá para comparar de forma positiva ou negativa ambos.

O filme.

O casamento é a notícia do dia.

O casamento é a notícia do dia.

Ontem vi a sessão , ao qual cobri o filme sem pretensão de esperar algo bom ou ruim dele. O que sempre me surpreende. Quando vi o  primeiro episódio da saga, eu vi com idéia de ser um filme de ação, fiquei pensando o quão ruim ele era. No entanto uma pessoa me ofereceu uma perspectiva – “Veja o filme pensando nele como drama e romance”. E não é que funcionou? O efeito foi imediato, eu vi o filme em seus trinques e truques, da forma que ele foi feito. Da saga não vi até agora o Eclipse.

E digo, para uma pessoa como eu, que não gosta de romance. Esta saga de 4 episódios não trouxe tédio. É boa, muita boa. Excelente. Nem vi o tempo passar do filme, por ele ser envolvente.

Nos primeiros momentos achei uma certa pieguice – aquele preparo todo. Aquela demora. Cadê os lobos se mordendo? Cadê a transformação da garota? Quero ver Kristen Stewart em trajes menores? A primeira cena já era de “É hora com a minha cara”? Sabe aquele jeito que o capitão Kirk (Willian Shatner) arranjava de arrancar a camisa? Bem, quem viu e quem for ver, vai entender o que quero dizer.

Tenho até uma tolerância em ver filmes em que alguns sujeitos tirem suas roupas, o Harry Potter não foi diferente. Eu me pergunto, tem necessidade de ficar sem roupa para entrar em água gelada? Por que a Hermione não pode nadar ali, ia ser muito melhor. Mas não, Daniel Radcliffe fez Equus, ele podia ser aproveitado nesta cena, e em outras também.

As cenas que as atrizes ficam nuas, vem uma parede conveniente, vem um torneira ou o momento da cena acaba. Mas fazer o quê? Holodeck.

[SPOILER ON – MOMENTO QUE VOCÊ FICA DESILUDIDO – NÃO OLHE E NÃO LEI]

Aviso: Para ver o spoiler, basta arrastar seu mouse sobre o espaço branco e ver os segredo do filme. Se você não se importar de perder todo o sentido de ver um filme surpresa, e já leu o livro, pode ir por contra própria. O Show1000 fornece suporte psicológico.

SPOILER a vista - SHOW1000 - Avisa.

SPOILER a vista – SHOW1000 – Avisa.

No inicio do filme, é a cena em que trata do casamento de Bella Swan e Edward. Ela começa a ter sonhos por medo do Volturis irem lhe importunar a vida. E Edward revela que chegou a se rebelar contra Carlise por um tempo, e matou bandidos para saciar sua sede de sangue (momento o qual eu pensei, tem coisa e vem suspense de 5 minutos, mas foi).

Jacob na primeira cena (difícil) já sai correndo tirando sua camisa (Made in Kirk) porque ele foi convidado para o casamento de Bella e Edward. Mas ele não é o noivo.  Então mais tarde na festa, ele encontra com Bella no mato para lhe felicitar, mas acaba perdendo a calma novamente, e tudo se resolve (por enquanto)

Depois ele partem em lua de mel para o Rio de Janeiro, o ator Robert Pattison fala em português mesmo, é muito engraçado. Ninguém parava de rir. Mas ele quase que perdia o folêgo. E atores brasileiros também. Passando pelo Cristo Redentor, aquela visão 360 tão conhecida dos cariocas, pela Lapa e o nosso famoso som – SAMBA (não quero ser preconceituoso, mas eu sou contra a música Funk, e não quem ouve), se fosse Funk ia ser uma desmoralização incrível. O Rio de Janeiro ostenta uma das maravilhas do mundo, é segundo cidade das Américas mais cara. Não pode expor em sua safra cultural um estilo de música como o Funk. Isso se repete ao Hip-Hop, Jazz (esse são fã). 

Vão para Ilha de Esme, no Rio também. Mas então só temos cenas engraçadas com brasileiros falando sobre o demônio que é o vampiro Edward. A cena – “Nossa” é engraçada, quando chegar é infalível de perceber. Na primeira noite, antes dos caseiros chegarem, o casal realmente tem uma noite sórdida e surreal de sexo vampiresco, onde a cama um King Size torna-se uma casa improvisada de Tarzan pela manhã.

Mas nem tudo é flores no casamento, e Bella tem hematomas pelo corpo. Alias a força do marido dela não supõe limites. Então ele resolve fazer greve – literalmente – e passam a jogar xadrez para passar o tempo. Só aquela noite sórdida rendeu uma semente. Sim, Bella esta grávida. Mas tudo parece ser um susto de início já que Edward liga para Carlise para saber se era possível uma humana ficar grávida de um vampiro. Se esse fosse o único problema.

Então Bella começa a passar mal. O bebê é do mau. A primeira vista. Então a nossa safra brasileira fala como um mexicano supersticioso – “Toca-lhe a barriga” e diz “Morte” (aquele olhar, de que a atriz entendeu alguma coisa, que não entendeu. Por que se ela não sabia português, como ela teve aquela reação imediata de “Estou ferrada?” com palavra? Furos existem).

E então eles encerram a lua de mel, e voltam para Forks. E descobrem que o bebê mau esta fazendo Bella ficar cadavérica. Jacob culpa o Edward (agora pelo motivo de deixar a Bella doente). E tudo começa a ficar de mal a pior. Quando Bella começa a sofrer fraturas, porque o bebê do mau é forte – descobre-se que ele é um VAMPIRO (Surpresa? Se você leu o livro, não vale.) – durante o tempo todo a garota sofre (Parte 1 – Bella vai sofrer). Na tentativa de tirar o bebê da mãe, Bella acha que pode ter o bebê – fazendo com que os Lobos fiquem fulos e queiram ataca-la. Eles vão então para pega-la em sua casa, ou melhor dos Cullen. Mas então num momento – “I HOPE I GET” Jacob diz NO (lembram do Cesar do Rise Planet of Apes no Habitat? É, a sensação voltou). 

Ele se desliga da matilha, e fique pensando em Bella é isso e Bella é aquilo. Então fecha acordo com os vampiros e jura juntos deles proteger a noiva cadáver (Bella) – teve pinceladas de Tim Burton nesta primeira parte. Tudo corre bem, é mordida. é pancadaria. É lobo contra vampiro. É uma pancadaria que eu pedi para acontecer (não que eu queira, mas o filme funciona assim – Beijos, abraços, dentes pontudos, complicações sanguíneas, vamos resolver no tapa [me interessa] e tudo bem com você?]).

E neste momento vemos uma cena a lá ‘Exorcista’. Porque a Bella é toda torcida e quebrada pelo bebê do mau (lembram-se dele?). Quebra a coluna dela para o lado, ela cai de joelhos, quebra mais coisa. Ela é levada para o SUS do Carlise. Lá ela tem o pior atendimento possível, não vai pode ser parto normal porque a agulha nem entra na barriga. Então é cesariana. Mas é de partir o coração mesmo – é barulho de carne sendo rasgada. É a garota berrando de dor. Quando o sangue jorra, os vampiros ficam doidões. E fica Jacob e Edward sendo os cirurgiões da Bella. E tudo acontece assim – “Bisturi na barriga, vai abrindo até chegar no bebê do mau. A menina berrando. Os lobos lá fora se matando com os vampiros. Bella tem o bebê, que acaba de descobrir que é menina [Resnesme] como dizia Caco Antibes – “Pobre adora juntar nome para ficar rico – Creusa, Gilamar”. Mas até que a pronúncia sai legal.

Então acontece, Bella morre. Jacob com saco cheio de ficar com namorada, sem namorada, amante e sem amante. E não tendo seu elo de ligação feito. Ele coloca a culpa toda, de novo, no Edward (Não vou te matar, seria fácil.) e sai da SUS e fica chorando ali no mato. E Edward faz os primeiros socorros. Injeta o sangue dele nela, para transforma-la em vampiro (eu esperei 110 minutos para ver), mas não dá certo. Ela morreu, morreu mesmo.

Jacob fulo, entra na casa novamente para matar a bebê do mau. E então tem Imprinting com a filha de Bella (na Wikipedia tem uma definição errada a dar com pau – Amor a primeira vista. Isso não é amor a primeira vista, Jacob teve amor a primeira vista com Bella, e ficou com ela?Não, isso foi amor parcelado). E tudo acaba bem para ele, e acaba mal para o rei da matilha. No estilo japonês, Edward narra que Imprinting é um processo dos lobisomens que os deixa focados devido ao seu elos.

E então, Edward volta para o SUS para fazer o preparo do corpo cadavérico da Bella. Que fica naquela cena – “Eu morri e fui para o céu, mas estou aqui baldeando”. E momentos antes de dar os créditos, aproxima na frisa dos olhos e abre com eles vermelhos. (Bella Cullen é vampira de olhos de vinho).

Mas perdeu quem saiu antes dos créditos, aliás luz apagada com créditos com mais de 5 segundos, significa que tem coisa. Mas não desconfiaram e perderam, e no Show1000 você vê o que perdeu. Após algum tempo – no ninho dos Volturis, eles recebem uma carta de Carlise avisando que Bella Cullen faz parte da família – e isso não os deixa isentos da guerra ainda. E uma mensageira (bonita) é morta por errar o ‘S’ de suave. O vampiro é um desses chatos que ficam corrigindo ortografia e gramática.

[ SPOILER OFF – ACABOU O TEMPO DA DESILUSÃO – CONFIRA NOSSOS FOLHETOS]

Trailers e um breve comentário.

Perfil da saga Twilight

Perfil da saga Twilight

Como havia dito, não sou fã de romances e dramas. Mas esta história tem um outro quê. Muitos podem dizer diversos motivos, e talvez acerte ou erre todos, ou alguns pontos importantes que são clichês em diversas obras.

Mas levei um tempo para tirar um preconceito com obras neste gênero, e descobri raridades neste meio. Mas também sou cauteloso. Obras que apelam a frieza realista do cinema Europeu, que senão as obras de Harry Potter que rebuscam a mágica de Londres, tais como Peter Pan, se fosse em outro lugar será que seria a mesma coisa?

Ou de forma brutal e insana, como o cinema espanhol. Embrenhado em superstições e grupos obscuros, gerando filmes igualmente perturbadores ao seus dotes culturais. O Brasil que tem uma diversidade, como Agamenon, ou Tropa de Elite. O romance de Stephenie Meyer foi de pegar o que muita literatura buscou e o colocou numa versão Shakesperiana de Romeu e Julieta, drácula e uma simples garota tentando buscar naquela cidade pequena um sentido para a vida. Imaginando sem os vampiros e lobos, ia ser – “Isabella Swan e o xerife”.

Vale a pena ver o filme, larapio o bordão – “Vale a pena ver de novo” sob outras perspectivas. Recém tempo, eu vi os 7 filmes do Harry Potter seguidos, e percebi a evolução que cada personagem trouxe para a saga. E o quanto era trivial matar Voldemort. Talvez trivial para quem possui-se o valor destemido de Potter – mas era trivial. Mesmo com a varinha sabugueiro, o que o venceu foi matar sua alma em cada uma das relíquias. Bastava um Avadra Kedavra e ele morria como os demais. Esse era o grande enigma do filme.

O erro dele foi de ‘atacar’ um bebê de 1 ano. Ele pôs tudo a perder. E fez o erro de ataca-lo durante os 7 anos em Hogwarts. Toda saga mostra o lado fraco do vilão.