Marketing da Polêmica: Funciona?

Diferenças de áreas \ Importante lição sobre.

Conceituarmos o Marketing como uma ação costuma ser o primeiro equívoco. Naturalmente isso ocorre porque a própria palavra oriunda e não traduzida do inglês se refere à um movimento (-ing), para nós falantes da língua portuguesa, podemos comparar ao gerúndio. E a falta de procura por estudos sobre o termo também contribuí muito pela desinformação. O segundo equívoco é a confusão, senão a sobreposição como idênticos ou mesmo sinônimos, publicidade e Marketing.

Para quê pontuar esses dois equívocos no lugar de responder diretamente a pergunta do artigo? Como professor costumo quero contextualizar primeiro o ambiente do entendimento, ao invés de pular a importante pedagogia do Marketing. E que faz parte tanto da compreensão da eficiência da ação destacada no título como para as demais leituras que você deverá fazer daqui em diante.

Para os futuros profissionais de Marketing, clama-se um objetivo em especial com essa didática inicial. No mercado, todos colocam na mesma cesta: Propaganda, Publicidade, Marketing e Design. Como se fossem tudo a mesma coisa. Ainda que o mercado pareça a prática, ainda persiste que são quatro coisas distintas e que sim, faz toda a diferença para o próprio mercado que isso ocorra. Se fosse tudo igual, eu não os faria perder tempo em uma extensa introdução. Vamos lá?

O QUE É MARKETING \ PUBLICIDADE DE POLÊMICA?

Marketing de Polêmica ou melhor, Publicidade de Polêmica é um conjunto de ações centrados em um objeto ativo onde as ações de vendas são convergidas por um assunto que atiça a emoção. Em outras palavras, mais diretas, o uso de algo que é altamente volátil para vender. Uma chamada apimentada para vender. Naturalmente, que o exemplo que podemos destacar é quando uma crise , qualquer que seja ela, é usada para aumentar as vendas.

Distingam que a polêmica que concentra as forças da venda de algo normalmente é desprotegida de algum controle. Da polêmica formada por uma ação não originalmente ativa, que é um descontrole já anunciado. Uma você usará o ativo ‘nervoso’ de início a outra ação gerou uma crise, e dali em diante você usará o ativo por conveniência. Mas…nas duas situações temos um pico de perigo. Qual é?

Como bem disse, na segunda situação a crise se formou por algum motivo específico, de uma ação não ‘ativa’ nervosa. No primeiro caso você tem a cega certeza de que usar algo que é considerado ‘forte’, desconhece a cascata de problemas que isso provocará, por isso não há controle garantido. Repassamos essa parte similar a afirmação do parágrafo anterior, para que você façam uma leitura de bate e volta para entender o que estou falando.

  • Ação com a polêmica como força de vendas;
  • Ação que gera polêmica devido um ruído na força de vendas.

O resumo acima é que nos proporciona uma parte da resposta. Então vamos lá. Uma venda que se faça é sempre uma comunicação. Quando nós falamos de Mix de Marketing ou os 4 Ps, nós falamos de praça, promoção, preço e produto. A comunicação está no P de promoção. Diferente do que vemos no comércio, a promoção não tem haver com ‘desconto’ e sim com o ato de promover algo. Por isso, comunicação de um produto.

A venda ela tem diferentes dimensões analíticas que empregam forças, ações, atos, tarefas e atividades em um determinado ponto para que um produto seja comprado, um cliente seja identificado e uma venda ocorra. E venda não é apenas o produto vendido, é também a construção de relação com o público. Quando fazemos o funil de venda, analisamos a jornada de compra. Desde da entrada do cliente na loja, nas percepções dos produtos nas prateleiras, do contato, da interação, do compartilhamento e finalmente das ações que levaram a decisão de compra.

A compreensão da comunicação é que ela sempre esteve presente em todas as fases dessa jornada. Ao primeiro contato, ao pré contato, durante a investigação do cliente pelos produtos e finalmente o produto ao caixa. Se entendemos por aqui que a comunicação é algo em persistência ao jogo da venda, já notamos que ela é parte da espinha principal de tudo.

A polêmica como força de venda.

Força é algo que usamos para determinar a potência de algo. Mas a polêmica não é uma força unilateral, ela é um elemento de ação. Mais do que força. Em resumo a gente fala assim. Mas para estruturar, vamos entender que a polêmica é o elemento narrativo. Estão entendendo onde queremos chegar? Um elemento narrativo faz parte de comunicação. Portanto que o uso da polêmica está inserida no genoma da comunicação, que o adotar.

Polêmica é um pilar sensível. Desde de 2016 teorizo sobre 5 pilares sensíveis. E que podem sair do controle por qualquer motivo, inclusive pela própria existência daquele pilar. Em repouso. Por exemplo, uma venda que envolva assuntos de política, tem sempre as chances de gerar um buzz contrário ao que se propôs? Por quê?

Política é um pilar sensível na comunicação. Todas as pessoas tem uma defesa pessoal, possuem uma narrativa própria e consolida a si o uso da política como um dispositivo. Para muitos, é algo mais do que impessoalidade, é íntimo. Para outros, é algo que parece ser mais complicado do que o próprio discurso. Nem é preciso entrar em política para se ter comentários envolvendo política. Temos essa percepção diária, não temos? Se uma empresa opta por uma ação polêmica ela está consciente de tudo que a ação provocará?

Seu plano de Marketing previu tudo o que você precisa saber? Claro que nenhum plano é onipresente e onisciente. Nada nos prepara para tudo. E nem conseguimos 100% de chances de garantia sobre um resultado. No entanto, o plano permite um controle. A palavra poderosa é controle. Minimizando efeitos negativos, contrários e mesmo tendenciosos ao descontrole. De alguma forma nossa definição de descontrole é centrado em tudo o que você não espera de ruim acontecer.

Conceituamos tudo o que precisamos. Agora vamos responder a pergunta.

Polêmica funciona em uma ação?

Não seria a palavra depende. Senão eu teria feito vocês perderem o seu tempo até aqui. É muito comum em artigos que envolvem problemas macros a resposta depende. Mas é certeira que a resposta é, não funciona. Por quê?

Pilar sensível ou polêmica de comunicação como elemento de venda costuma não ter controle algum. Pois que ela é um ativo nervoso que atinge as pessoas onde mais coça. E não é preciso nem muito para que isso seja um pretexto para gerar problemas. Agora imagina se você intencionalmente usa algo que irá de fato gerar murmúrio? O que a será da venda? Alguns discordam da minha afirmação, de não funcionar.

A venda vai ocorrer? Provavelmente sim. Mas eficientemente ela vai promover a venda temporalmente, mas e o depois? Marketing não opera em modo “ad hoc” que por definição resumida das duas palavras de origem latim, é sobre aquilo que se trata agora. Ele pensa no depois. Senão, por que você está investindo em Marketing? Ele é caro, certo? Talvez. Mas ele se torna caro demais se você não pensa no futuro da marca.

Até porque a definição que podemos dar ao Marketing como um mega resumo, intensamente em síntese, é que ele trabalha a reputação. Ou seja, o caminho percorrido. E não apenas uma ação isolada, o hoje ou apenas o agora. Você vai vender, mas sua marca vai ficar na memória como algo ruim. E ninguém associa coisas ruins a soluções. Há inúmeros casos no mercado, em que a marca investe em polêmica, mas sai dessa toda machucada.

Será que ela ganhou mais do que projetou? Lucrou? Reteve mais clientes? Ganhou notoriedade? Promoveu-se? A última questão, sim. Ela se promoveu. Ela chegou nas casas das pessoas. Ela viralizou. Mas nem tudo que viraliza é positivo. Não é interessante para a marca ser divulgada como algo pestilento. É certo que um tapa na cara chama mais atenção que uma flor. Mas a flor ela emite uma compaixão. O tapa emite o choque. Os demais verão o tapa, mas a flor ficará disfarçada.

O ponto do imediatismo é justamente essa concepção de escolhas. Optar pelo tapa ou pela flor. E nada melhor que você analisar que a lógica de dar o tapa pode ser menos ruim se aplicado ao mosquito do que a uma face humana, e a flor que pode ser bela, mas pode atrair problemas aos alérgicos. Compreendeu que diferentes elementos podem ter impactos diferentes dependendo de como é aplicado?

Mas o tapa não é algo que você deva pensar como potencial. Violência promove violência. Tal como podemos destacar uma máxima de Weber (Sociologia) que acreditava que o indivíduo social era alguém que influenciava os demais e assim esses atos copiados eram a base da construção da sociedade. Se você dá um tapa para vender, vai ganhar um tapa para comprar. Logo, seu cliente será o menos diplomático possível. Notou? Percebeu?

Do mesmo modo que você dá uma flor, seu cliente será amoroso, paciente. E até irá relevar erros técnicos de sua parte. Aplica-se ao cliente do tapa tudo ao contrário positivo dessa afirmação. O menor erro será a sua perdição. E muitas vezes o erro não depende de você. Cria-se então o conceito de cultura corporativa, que muitos adoram citar ao fazer uso da ajuda do Marketing.

Conclusão.

A percepção de usar o que é polêmico é que ele viraliza. E isso não é um fato que eu nego. Ele viraliza. É potencial. Tudo que é ativo é forte. Se você mostrar um carro batendo na parede, ele vai chamar atenção, mais do que um sorriso. Mas você não está vendendo o seu produto para todos do mundo. Aqui é o nosso terceiro equívoco, que por intenção eu não citei na introdução. Porque não faria sentido mencioná-lo antes que vocês aprendessem um pouco mais. Como diz ao popular e universal, a menção de toda mãe – “Você não é todo mundo”, converto ao Marketing – “Você não precisa vender para todo mundo”, só para o público certo.

Ao passo que as marcas ou pessoas que optam por Publicidade de Polêmica são as que não entendem quase nada sobre sociedade, venda e cultura corporativa. E quando falo de cultura corporativa não falo de forma interna apenas, acho que isso pode causar uma má interpretação. É uma cultura que a empresa promove para o seu público. É como nós clientes vemos uma empresa. E antes que essa conclusão se torne em algo ofensivo por mérito das palavras anteriores, é importante conhecer sobre a sociedade, venda e cultura de uma forma geral.

Por quê é importante? Para a conclusão é importante porque se você não sabe como as coisas funcionam. Vai gastar rios de dinheiro sem retorno algum. E vai culpar tudo, menos o fato de que você ignora o conhecimento básico de como tudo é feito. E neste quesito, deixe a ansiedade de lado, você não precisa de 3 milhões, você precisa de 3 mil. Então não dispare para todos os lados, não faz sentido algum. Espero que vocês façam bons negócios. Até a próxima.

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Análise final de Alien Earth – Vale a pena?

Escrevi uma análise mais cedo, clique aqui e agora neste artigo vou escrever minha opinião. Porque o que eu tenho visto é que as pessoas estão bem divididas. Uns gostando, mas mais na surdina e os que não gostaram, estão colocando a boca no trombone. Mas o gosto é tão pessoal, que avaliação de hoje deve irritar um desses grupos de forma pontual. Vamos lá.

Alien Earth por proposta seria arriscada porque é a primeira série Alien. E isso nos coloca naquele ponto, não temos referências. Star Trek teve diversas edições. Cada pessoa gosta de uma, gosta da outra, gosta de todas ,não gosta de nenhuma e por assim vai. Até mesmo algumas delas poderia ser adorada 50%, porque teriam elementos que já vimos nas outras. Mas Alien? O que poderia nos trazer? Não traria? Ou erraria muito? Mico? Mito? Ou total devaneio dos criadores?

Toda obra sofre com críticas. Outro dia comentei que Alien de 1979 foi criticado na estreia, teve um senhor de idade que negou que isso aconteceu. O famoso no meu tempo as coisas eram boas. Vou acreditar. Mas só vou falar que acredito. Alien de 1979 foi criticado. Só virou cult anos mais tarde. Naquele tempo ele competia com Star Wars e muito próximo competia com o primeiro filme de Star Trek em 1979. Um deles é consagrado, o outro ganhou fãs ao redor do mundo e quem era aquele Alien de corpo metálico e estranho?

Blade Runner foi criticado. Só mais tarde que virou o cult que é. O Blade Runner de 2049 foi criticado, espera 20 anos e veja o milagre acontecer. Alien Earth é o que nós chamamos de: 50% gostaram e 50% odiaram. Daqui a 20 anos, 80 gostaram e 20 odiaram. E o com tempo não haverá mais quem odiará. Faz parte do show como se diz. E isso deve a comparações, haverá obras piores que o que eles acham que é pior hoje, esse pior hoje se tornará melhor. É uma fórmula familiar. Sempre acontece.

Ao meu ver Alien Earth, sou do grupo do que gostou, acertou na questão – Corporativo, políticas, conflitos, problemas éticos. Acho que eu sinto que as pessoas não gostaram do momento em que Wendy doma o Alien. Estou certo? Provavelmente. Vamos lá, que até eu que gosto de Alien, sinto que eles deveriam ter trabalhado melhor isso. Vamos costurar a lógica.

O silvo dos aliens sempre existiu. Em Aliens o resgate a gente viu isso. Até mesmo com gestos. A rainha comandando os aliens. Aliens 4. Até mesmo notamos isso em games (HQ de forma um pouco mais pontual). Mas em Alien Earth tivemos uma novidade. Uma sintética, criada pela Prodigy uma das corporações, tem a habilidade de se comunicar com os aliens e incitá-los a guerra, sob o seu comando.

Considerando que Alien Earth seja canône, Alien 4 se torna um furo na quadrilogia. Uma vez que a Weyland Yutani não mais existe, é o Wall-mart mandando em tudo. Até então nesta quadrilogia o conceito de corporativo nem era um assunto sério abordado. Weyland Yutani ganhou corpo em Alien o resgate e não mais foi ‘falado’ sobre isso. Por isso que muitos gostam do segundo filme. Muita coisa foi criada a partir do momento que James Cameron assumiu a cadeira da direção. Não que Ridley Scott não deu forma, mas ele gosta do lado terror suspense, enquanto James Cameron gosta do terror ficção.

Wendy é uma garota com doença terminal que vai para um corpo sintético e passa a ter um papel no mínimo de monitor, porque ela está em uma posição digamos, de líder. Mas não sendo muito declarado. A série tem fotografia de filme, tem roteiro sim muito bom, embora muitos tenham visto isso como um roteiro único. Cada episódio é praticamente um filme. Mas eu devo concordar, alguns episódios eu senti, que eles queriam contar os conflitos corporativos, mas acabaram atropelando a lógica dessa comunicação entre alien e humano (sintético).

São 8 episódios, eu acho que até o quarto, primeira parte. Eu não tenho o que colocar e nem tirar. O episódio da nave eu achei o melhor. Me lembrou o primeiro filme, e nos mostrou o que aconteceu. Prodigy estava por trás da sabotagem da nave. Ou seja, ele sabia dos xenomorfos e por isso ele já….prestem atenção, colocou um dispositivo de comunicação em Wendy. Então não foi uma falha. Talvez muitos tenham ficado desatentos nesta parte.

Na segunda parte, eu senti que houve uma desaceleração daquele movimento frenético de termos o Alien pra cima e para baixo. Dois episódios seguidos praticamente ficaram muito na incursão de pegar um xenomorfo de dentro da base da Progidy, até porque toda a série praticamente ocorre lá. E depois a invasão da Weyland. O que culmina e uma possível derrocada dos seres humanos da ilha e agora temos um T-Oculus (o alien olhudo) no corpo de Arthur (despercebido ele não vai passar, até porque de padrão de beleza aquela criatura não entende nada).

Sintéticos mandando a haver com um xenomorfo como cão de ataque e um possível Parque dos Xenomorfos. Esse é um resumo do que temos da primeira temporada. Vamos colocar em partes, porque assim a gente entende que o roteiro não é tão desleixado, mas concordaria que teria que ter mais de 8 episódios nessa primeira temporada para fazer sentido.

WENDY E SEU CÃO XENOMORFO.

Não vou entrar no mérito de discutir a brutalidade da Nibs, que pasmem, vi em uma conta social o pessoal achando que está tudo bem. Mas ela é uma psicopata, acho que isso não tem dúvida. E Wendy também, aliás não tinha qualquer razão dela soltar o xenomorfo da jaula e matar várias pessoas que estavam lá. Para ela todos eram e são inimigos. Por um lado, eu posso admitir que Marcy está morta, e que o que tem em Wendy é apenas um inibidor humano, ela é sintética 100% e ponto final.

Antes que os grupos se unissem. Eu senti que a série estava com uma dinâmica com mais cara do universo Alien. Cada um por si. Até porque sempre foi assim. Lembram? Quando Ripley foi resgatada, eles só pensavam na nave? Quando mesmo eles estavam na Nostromo. Ash só pensava na ordem 937, Brett e Parker só pensavam no Abono? Pois é sempre cada um por si. Na nave USS Maginot não era diferente. Cada um por si.

Eu gostei da série…mas não tem um porém Acho que o roteiro para explicar a comunicação da Wendy com xenomorfo foi o mesmo que a gente não viu do Prometheus para Covenant com David. Essa aproximação de sintéticos e criações alienígenas, assim como eles, artificiais. Só que na série isso seria muito bem trabalhado. Se tiver uma segunda temporada, eu quase duvido que isso vá ocorrer. Vão focar no combate das duas corporações. Talvez a falha esteja aí.

Eu gostei da série, acho que para mim que já vi filmes que mal tinham explicação fizeram legado mesmo assim. Alien Earth não me parece ter qualquer, não digo intencional, propósito de explicar porque e como a Prodigy desenvolveu um mecanismo que serviria para exatamente simular a comunicação sonora dos Xenomorfos. Já houve uma declaração que a série não é canône, não vai seguir os filmes, eu já desacredito dessa fonte. Até porque ela foi anunciada como canône.

Se ela é canône, temos um problema Houston. Se a Weyland Yutani recuperar a Wendy, como no futuro eles ainda não fizeram um exército de Xenomorfos? Como por exemplo, em Aliens o resgate? Já ouvi alguns youtubers falando que os insiders da própria empresa poderiam estar fazendo certos ajustes de forma independente. Eu já não acredito nesta versão sob nenhuma hipótese. Nenhum empregado da corporação tem qualquer poder dentro dela. A prodigy por exemplo tem olhos até em plantas. Até parece que alguém vai fazer algo sem ninguém saber nada.

Então temos um furo. Ou a Weyland nunca vai capturar a Wendy. A prodigy não aparece no contexto narrativo em momento algum (nem antes e depois), então provavelmente também não estará no pode dela. Isso nos coloca no maior furo de roteiros que tudo já viu. Como a série fica antes dos eventos de Alien de Ridley Scott e Romulus e logo depois de Covenant, será que o roteiro foi desleixado e deixou essa passar?

Já pensou se em Alien Isolation a gente consegue pegar esse emulador de sons? Que vida seria a nossa tão boa, né? Ele se passa cerca de 17 anos depois de Alien Earth. Essa herança de Wendy provavelmente será perdida. Mas senão for, Alien Earth não é de fato canône. Ok. Essa seria uma discussão das inúmeras que a série levanta. A segunda é que a Prodigy usa mentes humanas para fazerem seus sintéticos. Pelo visto a Weyland Yutani não fez uso disso para si. Nunca em momento algum isso foi citado. Tudo bem, não era a pesquisa da Weyland e sim da Prodigy.

Mas como a corporação única que temos nos filmes sempre foi a Weyland temos que considerar que ela terá todos os recursos que conseguir recuperar das suas rivais. E neste caso, parece que já temos duas tecnologias e recursos que não são vistos nos filmes, nem hqs e tampouco nos games. E o que o roteiro poderia ter nos relevado? Apesar da minha contente avaliação, analiso que Alien Earth poderia ter esclarecido três coisas:

  • A origem da Rainha Alien (não é Wendy, lembram da Shaw?)
  • Como Prodigy ou Weyland sabiam dos Xenomorfos?
  • Qual foi a maior aposta da Prodigy desenvolver um dispositivo sem uma espécie de xenomorfo em mãos?

Acho que todo mundo concorda que mesmo os xenomorfos sendo quase animais, eles não poderiam ser simplesmente controlados por um dispositivo bem ORCA do Godzilla? Eu acho interessante que haja essa abordagem. Eu posso até dizer que ter alguém que os controla é interessante. Mas acho que isso cria aquele momento que a gente fala – Nesta parte o roteiro foi bem menos claro?

Por que o Cyborg não tinha esse dispositivo?

Por que o sintético careca não tinha?

Por que o sintético Roy Battes não tinha?

Só a Wendy? Por quê?

Sem falar que o dispositivo não é declaradamente um emulador do silvo dos xenomorfos. Mas ela consegue por só simulá-lo. Então não dava para o ser humano fazer o mesmo barulho? Que me diga não saber da existência de Michael Wislow que consegue fazer até guitarra com boca. Mas não o silvo Alien, que é praticamente uns movimentos de língua, que seria os barulhos que os estaladores de The Last of Us fazem, a gente não faz também?

Essa é a parte que fez muita gente achar o roteiro (por completo) fraco. Porque no lugar de dar poder a Wendy, porque não explicar as origens? Por que não deixar que os Aliens teriam muito mais impacto como sempre tiveram? Na primeira parte, eles tiveram que lutar mano a mano com os Aliens. Aquela cena do bicho se camuflando na estátua do prédio acidentado foi incrível. Mas dai a segunda parte me lembrou Alien 4.

Alien 4 tem tanta falha, acho que a pior é a cena final, mas tem tanta falha que só fizeram porque eles queriam estragar a obra mesmo. Alien Earth ele entra neste cenário. Não é odioso, como muitos falam. Mas eu compreendo porque o xingam. Até porque eu diria que tramas como:

  • A origem do Alien olhudo era mais interessante;
  • A origem da mosca era mais interessante;
  • A origem daquela planta era mais interessante;
  • Talvez até mesmo o comportamento ‘evento’ dos sintéticos da Prodigy.

Mas o silvo que controla? A Weyland Yutani com tanta espionagem não preferiria o emulador de controle dos xenomorfos do que os próprios? E isso ficou exclusivo para Wendy. Nibs não tem? E demais? Essa é uma compreensão que muitos, nós como cinéfilos, que conhecido como o poder do protagonista. Ou a conveniência ‘óbvia’ do roteiro. E isso impacta. Por quê?

Ripley nunca precisei de um emulador e lutou com uma Rainha de 6 metros. Elizabeth Shaw se autoperou e não precisou de um emulador. Daniels lutou com um alien branco horrendo e não precisou de um emulador. Newt luto com uma manada de xenomorfos se escondendo sem emulador. Mas uma sintética com força sobre humana sem medo de morrer, tem um emulador? Compreendem?

O showrunner responsável pelo Alien Earth ainda não respondeu se haverá uma segunda temporada. Eu espero que sim. Tem muita coisa que precisa de esclarecimento. Mas eu sinto, talvez vocês também, que tem muita história sendo contada ao mesmo tempo. E isso nunca dá certo. Você precisa contar uma história só. E dela se ramifica a narrativa. Ao meu ver, o roteiro não é fraco, mas ele conta histórias demais.

Minha nota na primeira parte foi de 95.0. Na segunda parte eu dou nota 80. Abaixei porque eu senti que os episódios ficaram muito parados, muito solos e aquela lógica do Alien frenesi sendo substituído por algo mais corporativo e burocrático. E há algo que passou despercebido por todos? O que foi feito do pulmão do irmão da Wendy?

Apesar de tudo a série tem um cunho muito bom, terror sob medida, ação, suspense e ficção. Mas para uma narrativa mais amarrada, eu acho que eles deveriam ter focado em uma história apenas.

Peça – “Tia Plácida” – Quando me tornei ator?

Em 2010 fiz minha primeira peça. Acima os melhores momentos.