6 Dicas de livros para desenvolver hábitos de leitura

Obs: Nenhuma parte deste artigo foi escrita por uma Inteligência Artificial.

Antes, uma breve explicação…

Inicialmente procurei ao meu ver leituras curtas. Que foi como eu comecei ao reintroduzir após alguns anos sem uma persistência diária de consumo — exceto internet¹ (que não conta) — de livros, também não conta HQ². Há três obras que vou citar desse total proposto, que irão trazer conforto visual, para acostumar você a começar a gostar de ler. Vamos lá?

Antes de começarmos, convido-o(a) a ler antes o artigo de Dicas de Hábito de Leitura, nele eu explico um método que ‘cunhei’ para começar a criar hábito e cultura de leitura (notem que há uma distinção entre o dois termos) e assim essas dicas de livros irão proporcionar, acredito, mais resultado.

Há outro artigo que escrevi que falo da diferenças (e vantagens) de ler Livro e HQ, e não é um ataque direto à qualquer uma dessas como forma de favoritismo, mas que levanto que são ‘literaturas’ que promovem abordagens diversificadas. Se quiser, leia aqui. E como devem ter reparado exponenciei os valores 1 e 2 em internet e hq, que seriam notas de rodapé e aqui seriam postas no final, mas que fariam pouco sentido se fizesse assim, serão explicadas agora.

¹ Internet não é uma leitura de persistência, médio tamanho ou focada para construir hábitos (se você já tem, é diferente), mas para quem não tem ainda o costume der ler um trecho de livro todo dia, é prejudicial. Diferente desses dois materiais, Internet nos bombardeia com ‘dopamina’ sem passar e o livro nos permite acessar uma trilha menos instável de consumo, ficamos mais focados e entretidos. Não apenas menciono como destaco, que a internet possui em sua maioria (e preferida pelas pessoas) textos curtos carregados de erros de coerência e ortografia.

² HQ tem leitura, mas possui extravagantes quantidades de material visual, sendo este a maior absorção que se tem, comparado a um livro (apenas texto) e ainda mais para Graphic Novel (texto e imagem). Citei no artigo acima, que é sobre o debate de Livro e HQ, que pontuo a diferença entre os dois (nem melhor e pior). Mas hábito de ler livros, precisa de um livro que tem apenas textos. HQ possui mais apreciação visual do que verbal. Para este caso, não estou demonizando o gibi e sim ressaltando que não é o mais apropriado para definir costumes iniciais persistentes de livros.

E muito importante, um livro por vez. Você vai fechar o primeiro livro e prosseguir para o próximo. Não coloque a carroça na frente dos cavalos. Não pense em pressa, ler mais não significa nada se você não está preparado para absorver mais. Não se importe com outras pessoas que leem mais de um livro por vez. Ela estão em outro nível. Entenderam?

Como se trata de um início de costumes, ratifico a necessidade de seguir os métodos de cada livro à risca. Por quê? Para primeiro momento, você não tem a devida prática e paciência de se manter em uma obra com coerência, infelizmente por não ter a prática e a exigência diária de ‘dopamina’, portanto que ler rápido, devorar logo a obra, será apenas uma enorme perda de tempo. E no final, você não terá adquirido o costume de ler, nem de reter novos conhecimentos, palavras, significados e não vai desenvolver boa comunicação, memória e coerência em seus discursos.

Após essa definição longa, vamos as dicas vou justificar o porquê desses livros. Não reparem que o gênero que escolhi esteja mais para ficção científica, terror, suspense, fantasia e sobrenatural. Embora não seja do feitio gostar de romance (como gênero), drama e épicos (medieval e histórico), há exceções, não faria recomendação para quem está começando a criar motivação para leitura, porque são textos mais rebuscados e longos. E provavelmente você vai desistir de ler.

OS CONTOS DE BEEDLE, O BARDO (J.K Rowling, Apenas texto ,2008). #1

Em 2008, eles lançaram esse livro de capa azul que só continham textos, dou ênfase que você prefira este modo do que o Graphic Novel. Porque temos a tendência de procurar por algo menos complicado (imagens) do que permitir que o texto nos faça compreender descrições de pessoas e locais, e quiçá, situações. O âmbito aqui é de você conseguir abstrair do texto o que você não vê, mas poderia imaginar. Quando tiramos a dependência de algo visual (multimídia, audiovisual, visual e áudio) e apenas fazemos uso de palavras para chegar lá, você começa a adotar o livro como uma fonte de informação.

Método: Um conto por dia.

Por quê? Se você não tem hábito de ler textos mais longos, provavelmente é oriundo da internet, consumir mais contos não irá substituir seus hábitos em minutos. Mas vai criar ‘overdose’ de uma atividade que você ainda não absorveu o suficiente para gostar. Logo será uma atitude de desespero, fazendo-o pensar que ler o livro todo, estará contando pontos de vantagem.

TRIPULAÇÃO DE ESQUELETOS (Stephen King, Apenas texto, 1985) #2

Ao todo são 22 contos, sendo um deles o nevoeiro que possui mais de cem páginas. Neste caso, eu sugiro a leitura desse no final. O vocabulário de Stephen King difere bastante da dica anterior. Tem uma característica madura na escrita , um pouco menos acessível a maioria dos públicos, muitas palavras podem ter denotações confusas e ter um dicionário ao seu lado é uma boa tática. Razão pela qual eu sempre tenciono que a pessoa deva ler um conto por dia. Aprender novas palavras e passagens textuais, costumam ser uma frequente situação em livros.

Método: Um conto por dia.

Nota: A passagem “(…) um pouco menos acessível a maioria dos públicos (…)” por possuir certas palavras e termos, ditados e expressões que muitas vezes fazem mais sentido a cultura americana, aos anos setenta e oitenta, podem repulsar alguns a leitura, especialmente os ‘apressadinhos’.

O ESTRANHO MUNDO DE JACK (Tim Burton, Graphic Novel, 2016) #3

A obra é escrita e ilustrada por Tim Burton contando sobre o personagem de Jack em uma nova aventura que é o Natal. Portanto não é uma adaptação literária da animação de mesmo nome. Esta é uma leitura mais confortável que pode promover mais adesão sua a leitura em si. Você pode pensar que é uma dica mais infantil, mas ela serve como carapuça para os adultos também. E isso é justificável, porque quando somos crianças aprendemos a ler e escrever usando texto e imagem, para criarmos uma sensação agradável. E toda adaptação exige tempo e sensação de conforto.

Método: Como história única, a leitura é feita de uma vez. Mas há uma dica, leia o texto primeiro e faça a leitura visual depois. Não aprecie a arte antes de ler. Muito do que erramos em Graphic Novel é de não nos permitir a independência de algo que vemos para o que lemos. Se você opta por algo já construído (a imagem) e parte para o texto, você vai sem perceber, negligenciar os detalhes que se tratam de características, descrição de ambientes e situações.

STRANGER THINGS RAÍZES DO MAL (Gwenda Bond, Apenas Texto, 2019) #4

Como podemos unir o útil ao agradável? Stranger Things teve um merchandising que nos brindou com obras literárias que trilham narrativas antes da série e paralelas, preenchendo lacunas. Diferente do Stephen King, temos um texto como vocabulário acessível e médio complexo, porque não é uma leitura precisamente para o público jovem e não necessariamente apenas para o público adulto. E se você viu a série, terá uma motivação acentuada na leitura da obra e não excluindo, que se não viu, terá curiosidade de ver a série. Não há pré-requisitos para ler.

Método: Um capítulo por dia.

Por quê? Cada capítulo de uma obra bem redigida contém começo, meio e fim sobre uma ideia. Se você não tem hábito de leitura consolidado, ler um livro de uma vez só, impede retenção de informação. Você não está lendo o livro, está apenas passando por ele. O objetivo muitas vezes não é de se lembrar totalmente dos fatos, mas conseguir aumentar o acervo literário, criativo e eloquência.

POLTERGEIST (James Kahn, Apenas Texto, 2023) #5

Adaptação literária do Poltergeist – O fenômeno (1982) e O outro lado (1986) sem distinção de duas obras e sim como continuidade. A escrita não segue como se fosse uma cópia de roteiro e sim uma narrativa dramatizada com ênfase maior em destacar as relações dos personagens, que vemos na tela, mas não são intimamente trabalhadas. São os mesmos eventos, com adições de histórias paralelas para preencher explanações sobre o que vimos nos filmes.

Método: Um capítulo por dia.

H.P LOVECRAFT GRANDES CONTOS (H.P Lovecraft, Apenas texto, 1937) # 6

A escrita de Lovecraft é bem mais rebuscada do que Stephen King e está mais emparelhada com a mesma dificuldade que encontrarmos em obras de Agatha Christie, Edgar Allan Poe e Sir Conan Doyle. Desta forma você lerá com mais gabarito e terá mais retorno já afirmando para si que consegue articular expressões que muitas vezes não temos em nosso dia-a-dia.

Como em Beedle, o Bardo e a Tripulação de Esqueletos, o método é o mesmo. Um conto por dia. Acredito que com essa leitura, vocês estarão mais munidos, com uma certa resistência (fortificação) para começar a se aventurar em obras mais longas.

Método: Um conto por dia

Por quê? Diferente de Tripulação e Beedle, a escrita de Lovecraft costuma ser muito menos comum. Ele foi um autor altamente prolixo e descrito, para não dizer também muito repetitivo. Há duas obras dele como ‘A Montanha da Loucura’ (que influenciou a criação do Enigma de Outro Mundo) e “O chamado de Tchulhu” ganharam versões Graphic Novel.

Mas atentem para a versão de apenas texto para este primeiro momento. Criou-se conexões com fatos verídicos com de ficção, e as passagens nos textos são mais dinâmicas, como Stephen King, você terá flashbacks, fatos presentes e intuição futura explícita descritas no texto à sua frente, notar fragmentos como figuras de linguagem e metáfora, serão cruciais para o que eu chamaria de teste final.

CONCLUSÃO.

Cada livro aqui pende para sua disciplina. Entendo que somos compelidos a correr uma maratona até para subir uma escada. É de total entendimento que vivemos em um mundo que não para. E não sei se somos capazes de contabilizar quanto de conteúdo em uma hora conseguimos ver em uma sessão na internet. Mas sabemos por algum motivo de intuição humana, que não conseguimos memorizar ou reter alguma porção desses números.

Estar na internet não significa quase nada se não temos um plano. Ou intenção de estarmos lá. Absorção de novos conteúdos, o que fazemos diariamente, provavelmente não nos acrescenta quase nada, por ausência plena de concentração. Na internet a palavra dopamina se tornou pública e conhecida. Se fala nela o tempo todo, e muitas vezes, nem sequer entendemos o que isso significa para nós.

O corpo precisa de consumo diário, comemos e bebemos todos os dias. Por uma necessidade de sobrevivência. Mas o corpo não pensa em comer uma bela picanha, ele pensa em comer. Ele precisa sobreviver. Para este tipo de mecanismo, não raciocinar, é apropriado. Já imaginou se seu estômago está chateado por ter que comer todos os dias arroz e feijão? E agora de rebeldia ele resolve impedir que as vitaminas sejam utilizadas porque você não o atendeu em seu desejo?

Para a nossa biologia, o processo de entrada, processamento e saída é feito sem qualquer necessidade de como isso funciona. Mas isso é para nossa biologia. Nós como humanos, senão processarmos conscientemente o que estamos lendo, nos colocamos em uma situação de dilema total. Porque não estamos aprendendo coisas novas. Você estar em um vídeo de internet, a depender do tipo, não estará em momento algum evoluindo.

Já contabilizou em um dia de 24 horas o tanto que você fica na internet vendo reels, stories e vídeos engraçados e nem precisa que sejam cômicos, pode ver aqueles de fofoca de celebridades ou notícias mais concisas a necessidade pública, que seria informações sobre filmes, séries, cursos e etc. O quanto que você vê por dia e o quanto você aprende sobre isso e na prática executa? Já fez ciência sobre isso? Acredito que na maioria das vezes, nem sequer pensamos.

E a leitura, ou qualquer trabalho manual, nos exige pensar. Raciocinar e compactar a uma lógica, o que aquilo significa. Fazer um desenho na mão, pintar a mão, fazer carpintaria, crochê\tricô ou reparar algum maquinário, terá mais resultados práticos para você ou eu, que ficamos horas à fio apenas nos entretendo com um surto de dopamina (que não acaba) vendo na maioria das vezes conteúdos que não nos agregam em exatamente nada.

Criei este artigo, junto aos outros dois que estão agora na categoria LITERATURA aqui do site, para dar um gás inicial para quem está procurando agora realmente crescer. E sair da estagnação. Até parece uma provocação, mas sair da estagnação não é a palavra da vez. Nem aquele termo enjoado — sair da zona de conforto — cedo ou tarde, por natural movimento, somos obrigados a sair. A diferença é se você decide ou o movimento é que te empurra. No segundo caso, nós não estamos exatamente preparados.

E o ditado — ‘construir um avião em pleno voo’ — parece tão motivador. Mas na vida real é um caos. Não iremos conseguir em pleno voo montar um avião. Já se perguntou o que é preciso para montar um avião? Pensa que sua queda livre com ele não é infinita. Uma hora a gravidade lhe causará o pior impacto da sua vida, talvez o seu último da vida, quando você e essa gerigonça caírem você talvez possa infimamente refletir. Talvez não. Se sua sorte estiver atualizada (ironia), ela cairá sobre você.

Movimentos são sempre silenciosos. Mas estão lá. Podem ser avistados em muitos momentos. O que fazemos é ignorá-los. Achando que somos imunes a essas mudanças. Vivemos um século diferente. Tecnologias, informação digitais, fakes news e uma intensa atividade de inúmeras pessoas (bilhões) contribuindo positiva e negativamente todo o processo, sem podermos em tempo — retificar — e aparar ações que irão nos beneficiar ou prejudicar em baixa ou larga escala. Em resumo, tudo anda rápido hoje, e isso significa, que não estamos vendo o movimento ali e vai acontecer.

Há pessoas que dizem sobre uma retomada de atividades analógicas (tradicionais, manuais) e outras que o momento digital (moderno) será desfragmentada ou, fundida, com outras áreas de saber que exigem a reflexão. Este último é o que torna este artigo essencial. Como você reflete, sem raciocinar? Diferente do nosso organismo, não podemos apenas agir sem entender o que a ação irá desencadear. Ou podemos? Até a próxima a pessoal.

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Dicas de Hábitos de leitura

Obs: Nenhuma parte deste texto foi redigido por uma Inteligência Artificial.

Hábitos de leituras são comportamentos que o levarão a tornar o costume de absorver a literatura (ficção e técnica) como algo diário, sem ser forçado gerando não apenas o sentimento de prazer, mas de que algo útil está ocorrendo. Marcaremos as palavras — prazer e útil — para que possamos compreender como de forma, simples, o hábito pode instalar-se sem exigir muito.

Inúmeros lugares, citam dezenas de dicas. Não há um censo de dizer o que está ou não está certo, ou que é melhor ou não, mas como em todas as fontes que podemos consultar sobre o assunto, reverbera a experiência própria e essas dicas servirão de carapuça, adaptando-se a sua forma de agir. Vamos lá?

Quanto à mim, quando iniciei me encontrava em dois cenários, que devem ser o que a maioria irá se identificar. Muita internet (portanto ansiedade) somado a ausência prolongada de ler qualquer tipo de literatura, como ler periódicos como HQS, por serem mais curtos (quando na ausência quase total de narrativas verbais), pois que a reação de imediatismo, falava mais alto e acaba por nos impedir de realmente parar um tempo para ler. Leitura exige foco e respiração.

Como eu fiz? Eu comecei a ler contos de 15-20 páginas por dia. Não impus horário, nem tempo. Durante aquele ciclo de 24 horas, eu descansava e abria o livro e lia a meta do dia. Por que eu não coloquei tempo? Por que eu não defini que leria uns 30 minutos por dia? Vou fazer uma analogia que fará vocês compreenderem de uma forma clara, porque colocar tempo em atividade de leitura não é o mesmo que colocar tempo em uma prática de piano (ou música em geral).

Quando nós praticamos piano, exige-se disciplina em ritmo, tom, tempo e memorização. Cada um desses correspondem a elementos de aprendizados que funcionam como — ação e reação — em um címbalo mais instintivo, e menos racional. Não estou dizendo que, estudar música, não exija racionalidade. Estou falando que é perfeitamente aplicável, colocar um tempo de 30 minutos, 1 hora, para emplacar disciplina que se move sem complexidade e que tenha a mecânica (bate e volta). Você se fiscaliza a atingir a meta de aprender a música e tocá-la no tempo certo.

Mas leitura não funciona assim. Porque você precisa a todo tempo, ao contrário da música, de raciocinar. No livro, você aprende nomes, narrativas, ações, descrições e até mesmo enigmas surgem. Na música, você faz uma leitura inicial da partitura, presta atenção no ritmo, aprende as passagens e pratica. Uma vez que você compreenda o que a música quer passar, o restante é plena prática diária.

Livro você não determina como meta um método de mensuração, que é o tempo. Tempo é uma tática de imposição. Uma limitação que você precisa se enquadrar para atingir um determinado objetivo. Leitura precisa gerar satisfação, música você antes de disciplinar, ao criar hábito de música, você toca sem regras. Mas foca, criando uma sinergia com o instrumento e as peças. Depois que entende isso, o tempo se torna um aliado em aperfeiçoamento — mas não aprendizado.

Perceberam a diferença? Na leitura obrigar-se a ler algo por um tempo, cai na falácia comum, de começar a contar o tempo que falta ou de condicionar-se a ler o que for naquele tempo. Isso cria uma ansiedade que vai aos poucos minando o prazer de ler. É o mesmo que as escolas nos fazem. Elas não trabalham a cultura da leitura, eles colocam uma prova onde a cobrança exige a leitura. Mas não temos qualquer explicação, do porquê, que deveríamos nos dedicar a leitura.

O tempo que exige o nosso tempo para cobrir um livro e então realizar a avaliação é o mesmo que usar o tempo para ler alguma coisa durante o dia, pensando em preencher a escala e não a qualidade de leitura. Aqui entendemos o meu ponto de vista. E como eu faço então? Todos os dias, inicialmente, para acostumar o hábito (prática diária), eu lia um conto de 20 páginas. Depois evolui para 45 páginas. E sempre um conto por dia.

Quando sentia que eu já estava com alguma conexão de que ler me recompensava (lembra das palavras? Útil e prazer?) Eu notava que a leitura diária enriquecia a minha percepção, acervo (vocabulário), criatividade, memorização e envolvimento (você tem como tratar de um assunto de diversos pontos de vista), a utilidade é que nos aperfeiçoamos como pessoas e profissionais e o prazer é uma associação de sentir mais intelectual, mais seguro e portanto mais satisfeito.

E não é possível fazer isso atropelando o seu ‘tempo’ usando um ‘tempo’ de obrigação. Ninguém sente prazer em algo que limitado por algo. Depois de um tempo, a gente fica acostumado a ler mais informações por dia, progredindo pouco a pouco. Aqui é que começa, a transpor suas leituras para livros maiores, não apenas contos. Mas ainda fazendo trabalho de formiguinha. A leitura de um capítulo por dia. Por quê assim? Cada capítulo tem uma informação como começo, meio e fim.

Você finaliza uma ideia. Uma sentença. Esse tipo de comportamento, que vem lá desde dos primeiros passos de costume de ler, é que você retém informação. Ao reter, nós nos sentimos melhores quanto aos nossos estudos. Seja por uma leitura de ficção ou de conteúdo técnico. O capítulo é um conteúdo amarrado. Finalizou, para que no dia seguinte você possa agregar.

Em pouco tempo, algo em torno de um ou dois meses, isso depende de cada um de nós. Vai ler com uma certa facilidade livros de trezentas páginas em pouco tempo e em sequência. Como se levantasse todos os dias. Terá um repertório vasto de conhecimento e eloquência, desde de dicção a pronúncia. Outro ponto que eu faço é ler em voz alta. Isso no ajuda a pontuar e pronunciar, e claramente memorizar melhor.

Vamos ver um pouco do resumo:

  • Ler todos os dias, contos pequenos inicialmente de 15-20 páginas;
  • Ler em voz alta;
  • Gradativamente aumentar o tamanho da história;
  • Não utilizar tempo;
  • Se preocupar em fechar o conteúdo valorizando a leitura.

Você deverá entender sobre sua relação com a leitura, a ponto de poder comparar que você lê assim como acessaria milhares vídeos por dia na internet, sua percepção acaba de detectar que você criou um hábito de leitura. O negócio é passar para segunda etapa que é de permanecer e fortalecer esse hábito para algo quase orgânico, quer dizer, você vai ler em qualquer situação sob qualquer motivo.

A cada leitura, o importante é também analisar o que você leu. Repetir a dose para si, não apenas para memorizar. O fato é que você vai começar a raciocinar sempre o que você acabou de absorver. Então, fazer resenhas, mesmo que para si tornará aquele processo algo rotineiro. Criando em você a cultura da leitura. Que diferente do hábito, ela cria a estrutura da leitura e passa a não ser um passatempo, e sim uma promoção da nossa própria história. Entendem a importância disso?

Vamos ao resumo:

  • Após atingir o hábito de leitura, vamos trabalhar a cultura da leitura;
  • Criar uma resenha por história lida.

Após esse ponto, posso sugerir uma atualização em sua etapa. Aqui preciso te lembrar de algo que precisa ser medido temporalmente. Você não irá para a segunda etapa sem antes notar que está lendo sem se sentir entediado(a). Ou seja, quando estiver lendo a ponto de perceber que passou a tarde toda vidrado(a) na história, quase que devorando uma crônica de trezentas páginas. Com certeza, esse é um sinal seguro que você chegou em uma posição que confirma que você desenvolveu o hábito de ler.

Atualização da etapa 2, é começar a ler livros de ficção e uma conexão filosófica em livros de teor técnico. Vou exemplificar. Você está lendo Senhor dos Anéis, como livro de ficção. Então começa a ler sobre teoria do Estado, um livro de teor técnico. A teoria de estado não envolve apenas como uma nação existe, mas como ela se relaciona. Em Senhor dos Anéis, além da simbólica imagem de fantasia, temos reinos em decadência e ascendência. A leitura de duas obras que se complementam.

O mesmo vale para Jogos Vorazes, It, Magic the Gathering (sim há livros) e entre outras obras. E isso precisa de uma explicação, para que você possa ticar a palavra útil no seu checklist. Toda obra, ficção dentro da invenção e do verídico, são sempre baseadas em comportamento reais. Ao entender a filosofia por trás disso, sua compreensão da história do livro vai além da simples narrativa. Você vai compreender por completo a obra. Entendem?

Então vamos ao último resumo:

ETAPA 1 – CRIAR HÁBITO DE LEITURA.

  • Leitura homeopática de contos pequenos (diário);
  • Ler em voz alta;
  • Gradativamente aumentar o tamanho da história;
  • Não utilizar tempo;
  • Se preocupar em fechar o conteúdo por inteiro.

ETAPA 2 – CRIAR CULTURA DE LEITURA.

  • Após cada leitura, criar uma resenha;
  • Acompanhar a leitura de ficção com um livro técnico (afim).

¹ afim – possui conexão, afinidade.

CONCLUSÃO.

Ler é algo que não é ensinado como uma prática útil de contínuo aprendizado. Não somos educados na escola a entender a supra importância de fazer uso da literatura como algo que vai além do estudo da própria matéria como disciplina, mas como uma forma de aperfeiçoamento. A escola não se permite a capacidade de envolver o estudante em um núcleo intelectual sobre os motivos pelos quais a leitura engrandece.

Crescemos sem esse hábito, alguns possuem por influências ou mesmo por fugas emocionais (escapes), mas quase nem sempre possuímos uma comunicação universal o quão óbvio — engana que o livro é entendido como uma fonte de conhecimento — seria ler todos os dias e crescer no nível de aprendizado. É concreto, que pessoas que leem mais, se articulam melhor, escrevem e compreendem mais assuntos do que as que não leem nada.

Há pessoas habituadas em leitura que não são necessariamente agraciadas com as vantagens do costume, e talvez você possa indagar isso com um ar de estranheza, porque muitas vezes o próprio hábito pode ter sido imposto e não foi uma ação voluntária. Há tantas pessoas que leem muito e parecem não compreender nada. E outras que não leem tanto, e possuem algum grau de absorção; deveras superior as quem mencionam ler (lembrando que não são todos os casos).

Dentro desses grupos, temos até algumas pesquisas, que revelam que a leitura no Brasil se resume a livros técnicos de auto ajuda e aperfeiçoamento profissional-pessoal e literaturas pouco instrutivas, muitos alegam o motivo para um investimento mais sofisticado, a ausência do tempo. No entanto, se a leitura a quem me referi, fazem parte dos resultados de 2025 da HarpenCollins Brasil ao qual lista em específico as obras a qual eu destaquei, é porque há tempo, o que não há é metodologia e prioridades.

Porque de imediato, as pessoas que alegam tal situação de tempo escasso, estão na internet quase que o tempo que lhes sobra entre o trabalho, faculdade ou alguma atividade extenuante. Internet cansa mais do que ler livro e bem mais que fazer exercício. Mas nós não percebemos essa intensidade. Por estamos viciados a um ciclo que simplesmente não para e a todo momento nos alimenta quase como a mesma quantidade de “vitaminas” e “proporções”.

Essa manutenção nos conforta. Porque repetidos ciclos geram segurança. Novidades, nos perturbam. Ao meu ver, salvos alguns casos, é uma mera desculpa que as pessoas querem dar apenas para não investir em um tempo que lhes retorne algo mais precioso do que apenas a sensação de uma boa segurança mental.

É uma crítica, mas sem ser um disparo aleatório apenas. A leitura de um livro e quando falo, dentro daqueles conformes do aprendizado onde seremos capazes de aplicar isso em uma conversa seja casual, jogar papo fora ou mesmo mais exigida de nossa tecnicidade, vai gerar mais dopamina, mais consistente e duradora do que ficar horas a fio em uma internet em uma loucura que não para e você nunca melhora.

Então espero que esse artigo seja benéfico à você e lhe traga os resultados que você espera. Até a próxima.

Debate: Livros ou Histórias em quadrinhos?

Obs: Nenhuma parte desse texto foi escrito por uma IA.

Antes que — discutamos sobre o que é melhor — prefiro destacar que ambos são dois materiais que divergem em como a comunicação acontece. Portanto que eu não vou classificar que livro ou histórias em quadrinhos é superior ao outro. E nem serei isento, que há vantagens entre as duas formas de ler uma história. Vamos lá?

Nos anos de 1960 quem lia HQ era marginalizado, visto como uma pária do mundo literário — exatamente excluído — porque para muitos, como para ABL (Academia Brasileira de Letras), HQ (Histórias em Quadrinhos) não é literatura. A enorme massa de pessoas e suas opiniões, contrastam entre si, o que é melhor e pior. O pensamento daquela época mudou e hoje temos um lugar ao sol com uma certa medida de respeito.

Mas não se enganem, apesar do murmúrio não ter mais dedos apontados, HQS ainda são marginalizados. No entanto a propaganda sobre inclusão social martelada nos últimos anos, promoveu uma sensação de que alguém maldizente sobre uma forma de se entreter, não ser aquela que esta aprova, ela se torna uma excludente ou uma intolerante, portanto essas pessoas que no passado tinham um efeito de megafone, hoje não o fazem em sua maioria por terem a dúvida de serem canceladas.

Há uma menção na ABL sobre um artigo publicado no jornal em fevereiro de 1975 que menciona por eles o momento Histórias-em-quadrinhos por ocasião de uma influência do crescimento desta em solo norte-americano, segue o recorte abaixo:

O resumo deste artigo é que a ABL promove uma locução pelo momento. Prestar atenção nos movimentos toda instituição precisa realizar. Então não podiam ignorar. Uma vez que livros demandam tempo e as revistas podem ser lidas aos montes em questões de horas. E isso poderia caracterizar uma vazão de leitores pela facilidade e o conforto da agilidade em absorver histórias, por isso que, é importante entender além do artigo e porque ele foi publicado.

Este movimento não insinuava reconhecimento de HQ como literatura, apenas que eles estavam cientes do que ocorria. Mas neste artigo eu não estou aqui para desmerecer o que a ABL aprova ou não aprova como literatura e nem seja acham ou depreciam que HQ seja menos. Mas que isso foi um momento da história do Brasil onde houve esse aceno.

Agora eu vou dar minha opinião, ou seja, é um espaço articulista e visa sobretudo exibir aos leitores um ponto de vista.

O que eu acho?

Vamos começar pela HQ…

HQs no meu ponto de vista e acrescento uma afirmação da própria ABL, menciono porque esta o fez uma vez, e nos ajudará a compreender o contexto, também não é literatura. Apesar de HQ possuir histórias, background, diálogos e narrativas. A literatura é expressamente o uso das letras\palavras para criar um universo, contexto e caracterização sem ajuda visual. Do contrário, HQ é um portifólio visual com alguma palavra. Mas você não precisa da narrativa para entender o visual dos personagens, dos cenários, das intenções; ainda que as narrativas enriquecem o envolvimento nosso como leitor naquela ideia.

Mas eu tenho algumas revistas, umas 500, e não lembro de ter visto alguma história descrevendo personagens. Ou ambientes. No máximo lançando um vislumbre de reflexão. Um conjunto de provocações para que o leitor seja compelido a ler as páginas e entender o que vai acontecer. Praticamente você folheia a HQ apreciando a arte visual. HQ é arte, isso sem sombra de dúvida. Arte visual, usa da imagem para comunicar.

Tanto que um quadro, ilustração não é considerado literatura. Mas é parte do movimento literário porque faz parte dos elementos históricos. Mas dentro de uma classificação, um quadro expressa uma comunicação visual e não verbal, portanto não literária (letras). Eu vejo nas HQS uma coletânea de artes, de esboços e artes finais dos artistas. Eu vejo também na comunidade de gibis, hqs; os leitores fixam-se em lembrar os nomes dos roteiristas e dos artistas, dos ilustradores. Mais ainda dos ilustradores.

Porque a HQ, apesar de levar consigo uma grande bagagem narrativa, ela é 98% de arte visual. Onde a concepção dos trabalhos visuais são a parte que é mais apreciada nas HQS. Agora eu posso destacar um ponto, que me faz pensar que muitas vezes quando eu leio HQ me sinto um pouco entediado. Não porque a HQ é chata, mas porque ela não contém textos mais longos.

Talvez um dos pontos, além da história, que me cativou, foi o número de 1986 de Doutor Estranho — Shamballa — distorce muito o que é um hq padrão, já que ela é praticamente mais texto do que gráfico, se caracterizando como uma Graphic Novel. Que é praticamente um livro com figuras. Noto que parte do que leio em HQ é praticamente “apreciação visual” e um toco de narrativa. Dai distingue o meu gosto.

É engraçado citar que mesmo a imagem expressa, eu sinto que o livro que não tem imagem (Exceto Graphic Novel), tem mais movimento que uma HQ. Acho que podemos concordar quanto à isso. Mas ainda na HQ, acho que me prendo bastante a história e algumas nem precisam muito de texto, por exemplo, Akira de 1988, as figuras falam por si. Mas será que tem uma adaptação literária? Seria interessante, porque é o que vimos no Anime, tem um lado que nada dá para ver na HQ. E que só livro ou adaptação televisiva, é capaz.

Concluo que HQ, ao meu ponto de vista, é uma obra de arte visual que contém narrativa. Mas que expressa mais o diálogo entre os personagens ou situação, do que precisamente como suporte de criação de um universo, de certa forma, não temos liberdade para criarmos o que estamos imaginando. É como olhar um pôster com um balão de diálogo. Nem por isso é ruim. Na realidade aprecio que a HQ seja um momento extremamente relaxante. E muito do que eu li, eu gostei.

Agora Livros…

Eu tenho uma perna, não, talvez duas pernas em gostar de livros. Sou um adepto do gênero terror, sobrenatural e ficção científica, a ordem anterior é inversa por gosto. Mas dentro desses, que gosto de uma lógica, quero uma explicação, não sou de ler o que parece ser gratuito ou sem conexão com explicação, isso vale para série e filme, quase improvável para HQ, já que a arte visual em si, transmite uma diferença do que em texto o faria. Acho que a justificativa certa seria — é um desgosto gastar um tempo lendo algo que não faz sentido nenhum e ao contrário de olhar uma figura que pode gerar desconforto, mas por alguma explicação óbvia não perdi tempo em vê-la ou assisti-la (séries\filmes).

Eu sou um escritor, tenho alguns planos para sair um livro em breve, escrevo muito e leio muito. E acho que aprendo mais com livros do que com HQS. Eu sinto que elas são mais para break (tempo de recreação) do que para ensinar algo. Essa é a polêmica. Porque HQS tem por trás uma lógica de moralidade e aventuras de superação, mais do que os personagens, temos na realidade os roteiristas e ilustradores que nadam entre tubarões para fazer seus projetos serem impressos e distribuídos, quando estes são independentes.

Mas os livros eu sinto ser muito diferente. Eu consigo enxergar o personagem, eu leio muito Stephen King e Lovecraft, são dois autores, do segundo para o primeiro, extremamente descritivos. Você enxerga a cena, são prolixos o suficiente. Minha escrita é muito parecida, é tal como carregada com metáfora, figuras de linguagens e alguma eloquência, produzindo uma comunicação mais rica e mais envolvente.

HQS elas pecam (elas possuem outro objetivo) em ser apenas visual ou quase. Eu prefiro ler toda a coleção do Guia dos Mochileiros das Galáxias e vou me sentir um aventureiro espacial, em probabilidades surtando ao número 42 (de Douglas Adams), do que ler uma coletânea completa, do personagem que eu gosto, que é o Dr. Estranho. Eu tenho dois livros do Dr. Estranho, uma que noveliza o Multiverso da Loucura e o outro que é uma criação original que envolve o primeiro vilão que apareceu na primeira vez que Dr. Estranho surgiu em julho de 1963 na Stranger Tales 110, o Pesadelo.

Este é o Sina dos Sonhos. Sabe por quê isso acontece? Acho que quem lê muito livro não vai precisar eu falar. Mas quem só lê HQ, talvez seja interessante. Nas HQS eu preciso pescar para saber quem é Dr. Estranho, não é complicado também, mas é preciso ler umas 30-40 revistas para compreender em sua totalidade, a integridade do que é o mago de artes místicas. Não digo o que é, mas quem é Stephen Stranger. Há tantos números que dizem que a família dele toda morreu, ele é sozinho no mundo, mas é fragmentado.

Em um livro, você saberia quem é, porque acredita, porque se tornou médico, porque parecia um Dr. House de arrogância, não digo em poucas páginas, mas você sairia do livro sabendo quem ele é. O cara que carrega a capa nas costas. Esse cara. E nas HQS, eu preciso ler centenas para chegar nesta conclusão, não estou aqui considerando fazer pesquisa na internet, sem complementos, só HQ. Com o livro sinto que estou com uma enciclopédia na mão. E é o tipo de leitura que eu gosto.

É uma comunicação mais intelectual. Vamos apenas refletir que esse intelectual não tem razão excludente, nem elitista. Eu digo intelectual, porque ela envolve mais informações, mais concentradas e elencadas; digo como uma ordenação mais didática, do que a HQ nos apresenta. Eu olho para HQ, e vejo uma peça de obra de arte visual e eu vejo no livro o conhecimento do mundo. A expressão, o livro nos faz fazer uma HQ, talvez a HQ nos faz escrever um livro.

A imaginação é algo que o livro nos permite. Eu já li inúmeras histórias, e não sei como, quando eu releio algumas delas, as imagens que eu tinha criado voltam todas, como se fosse há cinco minutos. Lembro que associo até imagens de fotografias, ou mesmo games, séries para recriar o cenário que o autor tanto descreve. E nem precisa muitas vezes descrever minuciosamente, basta falar que tem um pinheiro, e vou associar a alguma coisa que eu vi.

É uma relação intimista o livro. É algo que criamos das palavras. Quando eu escrevo, eu sinto descobrir a história conforme eu a desenvolvo em tempo real. É como se eu estivesse lá. E claramente isso torna-o mais favorável; favorável ao meu estilo de entretenimento.

Livro ou HQ?

Se leu até aqui, já deve ter notado a preferência. Vou contar algo, que não sei é comum entre outras pessoas, quando comum não me refiro a estado de anormalidade e sim se não é frequente — que ao jogar games, eu costumo reimaginar os conceitos do jogo mesmo que eles já tenha sido desenvolvidos, é algo como repaginar o que a HQ me fornece, mas eu nego, e faço minha autoria valer mais, a minha imaginação sobrepõe a realidade do game. Foi assim que eu perdurei em Skyrim por 14 anos sem usar MODS.

HQS é o que eu falei. O sentimento sobre ela, tem mais valor, quando eu sei sobre as histórias das pessoas envolvidas. Conhecê-las por fragmentos é igualmente interessante, não digo que gosto de respostas dadas, porque eu adoro um mistério. Mas o problema não é ser revelado em parcelas quem são aqueles, porque isso nunca foi um problema. Mas chega uma hora, que eu quero entender quem é Dr. Estranho. Quem é esse cara? A filosofia dele. Sinto que há um freio na HQ em relação á isso, é óbvio que estamos falando de diferentes criadores, arcos que repaginam o mago de formas diferentes, algumas características estão lá, mas outras não.

HQS são expressões que refletem quem as cria e os projeta. Os livros, ainda que possam ter alguma alteração (que costuma ser um furo, um erro), no meio da trama, quando esta deforma o que era antes para outro sem muita lógica é que culmina na observação de erro, mas quando o livro mantém do começo ao fim uma versão diferente, mas depois nas sequências promove continuidade, sinto ter mais relação com essa expressão do que aquele que vive mudando o perfil do personagem, que é algo comum em HQS.

Gosto de interpretações novas, mas também gosto de alguma consistência. Talvez por cultura da HQ, eu como leitor, prefiro adotar algumas características para o Dr. Estranho, que talvez não bata em sincronia com nenhuma versão nas HQS. E entendo que estamos falando de adaptações por pontos de vista, que também não é um problema.

E nem é por isso que eu gosto mais de livro quanto HQ. O que me faz gostar de Livro mais que HQ, é que livro é como Minecraft. É um mundo sandbox que possui características que foram criadas pelo autor (programador) e que seguindo as regras (descrições) eu posso criar um mundo como eu quiser (narrativa\trama) e ter alguns efeitos que quero ter como recriação de obras que existem na vida real. Diferente da HQ eu não consigo me ver nela, mas no livro eu consigo transpor para a história, é como Jumanji.

A discussão entre linhas…

Lembra do começo desse artigo? Que eu falei que nos de 1960 era comum a inclusão de um indivíduo em situação de marginalização por consumir histórias em quadrinhos? Ainda que tenhamos ainda algum tipo de desafetos, podemos também considerar um outro ponto que eu não quis, intencionalmente, fazê-lo no começo do artigo.

Eu produzo conteúdo não apenas para o Mundo Pauta, eu tenho um canal chamado Junca Games, onde eu faço análises e reviews de diversos assuntos. E já fiz de algumas HQS. De Livros só apenas cite recomendação. E dai outro dia, eu comecei uma leitura dos livros de Stephen King que possuo, começando pelos contos de começo de carreira, lá em 1969 e 1985. E o que observei foi bastante interessante.

Com as HQS que fiz de review, eu exclusivamente, dedico 90% do vídeo mostrando imagens e artes e a história, um pouco menos de 2 minutos para falar. Para que eu enriqueça, precisaria ler a biografia de cada personagem e montar um dossiê que seria mais abrangente. Ou seja, as HQS de Stranger Things, Alien, seria mais sobre os personagens fora daquele ecossistema do que a HQ em si.

Partindo desse tipo de raciocínio, eu pensei que o livro é diferente neste quesito. Eu leria umas 10 HQS e isso renderia dez vídeos, talvez no máximo de cinco minutos. Se for para falar somente da HQ, um pouco menos que isso. Agora o livro, ou conto que podem ter neste último caso, cinco ou trinta páginas, é uma média — renderia um vídeo de uma hora — no melhor dos casos. Por exemplo, eu produzi um vídeo de 1:30 (1 minuto e 30 seg) para falar de uma curiosidade que tinha em um conto de 1984 de Stephen King que mencionava Pennywise 2 anos antes de fato de ser criado.

Mas o conto, envolve tantas conexões, que vai de Histórias Maravilhosas, Twilight Zone, Quinta Dimensão e LHC (Colisor de Hadron), que isso daria facilmente 30 min ou 1 hora. Mas HQS eu não consigo fazer, sendo apenas ela. Se eu fizer uma coletânea de biografias, dai estamos falando de algo mais enriquecido. Mas o livro ou conto, consegue fazer por sua conta algo mais ‘corpulento’ sem precisar sair muito dali.

Por um lado eu leria revistas mais rápido, mas precisaria pesquisar muito para produzir um vídeo robusto, eu leria um livro completo de 300 páginas, talvez em cinco ou sete dias, uma semana? E produziria um vídeo principal e outros que pudessem compôr a obra. Mesmo eu li ontem uma história chamada Excursão de 1981 de Stephen King, publicado na revista americana Twilight Zone, só esse conto daria 1 hora ou 2 horas de vídeo. Dado o tanto que daria para falar sobre ele. É como ter papo para festa.

Acho que isso resume o meu ponto de vista. HQ apreciação artística, talvez um afã em relação aos trabalhos nacionais e o máximo de leitura para complementar é praticamente ler todos os livros sobre mercado de HQS. Quando que basta um livro para você ter o mesmo nível de conversa. Até porque é óbvio, HQ é um quadro e livro é um Wikipedia. É o resumo mais acessível que posso escrever.

Até a próxima.

Série Marketing: Nota de esclarecimento que sua empresa não deve emitir nunca

Obs: Nenhuma parte deste artigo foi escrito por Inteligência Artificial.

Atuo há tanto tempo com Marketing que uma simples navegação na internet procurando por qualquer informação — deparo-me com cases que podem ser trabalhados em sala de aula. E o episódio de hoje vamos exatamente falar sobre Notas de Esclarecimento que uma empresa não deve criar. Vamos lá?

Ninguém quer um imbróglio. Ainda mais criar um outro por razão deste. A capacidade de resposta de uma equipe de emergências, anteriormente conhecida como departamento de Marketing, precisa saber responder uma crise sem criar outra. Esse é o desejo de toda empresa bem sucedida.

Vamos ao nosso case, que dispensa inúmeras exemplificações ilustrativas que garantam a compreensão sobre um tipo de resposta que beira ao refrão “Tô nem aí”, vamos capitular a análise com o objetivo didático, e cito que, todas as partes foram protegidas.

CASE: CLIENTE SE SENTIU DESRESPEITADO EM GRÁFICA\COPIADORA.

Este tipo de caso é talvez o mais comum que podem importunar a imagem de uma empresa. Em Marketing, quando falamos de imagem estamos associando as estruturas da reputação. Por quê falar estruturas e não usar o termo comum — sobre? Estruturas nos dão mais representatividade concreta que o objetivo do Marketing é em essência, trabalhar como as pessoas veem ou deveriam ver uma empresa ou pessoa.

E apenas mencionar ‘sobre’ para destacar, parece-me que faz pouco pela complexidade que é de construir um posicionamento. Então a importunação pode criar ruídos na imagem de uma empresa ou de uma pessoa. E estamos sempre suscetíveis à esse cenário. Acrescento que, nenhuma empresa é novata (as pessoas não nasceram ontem) de entender que ignorar um chamado crítico de imagem, é um verdadeiro tiro no pé.

A expressão — tiro no pé — é extremamente aplicada e acredito aplicada agora banalizada, pois que não compreendem que um tiro no pé, é um tiro na espinha, no dorso da corporação e uma mancha que pode se tornar permanente na imagem, em como as pessoas o enxergam. Ou seja a compreensão sobre o que significa não cuidar da imagem é em palavras em tom mais ameno, o fim de tudo.

Concluído nossa jornada de explicações necessárias ao entendimento do case, vamos agora analisá-lo. Abaixo a transcrição da resposta da empresa sem mudar nenhuma palavra ou colocação.

“Boa tarde, prezado cliente, peço desculpas por qqer inconveniente que possa ter ocorrido, nossa equipe é sempre muito cordial e educada e realmente nossa máquina é manual por sermos uma gráfica e não uma copiadora, fazemos cópias para atendermos principalmente os nossos clientes da vizinhança para que os mesmos não tenham q se deslocar muito para uma pequena impressão. De qqer maneira, muito obrigado pelo seu feedback, é sempre muito importante para melhorarmos.”

A leitura dessa resposta demonstra três pilares que criam crises diante de outras crises. Quais são eles? Vamos destacar as afirmações e explicar o que elas significam.

(…) peço desculpas por qqer inconveniente que possa ter ocorrido (…)” esta citação demonstra qualquer desprezo ao que o cliente relatou em sua reclamação. Perceba que a empresa se coloca como responsável, mas logo depois menciona “qualquer” inconveniente. O cliente disse qual era o inconveniente. Esse tipo de fala, da empresa, demonstra que eles nem sequer prestaram atenção ao tipo de problema que chateou o consumidor.

Pilar (1) : Responder sem ouvir, é o nosso primeiro problema aqui. E devo destacar não apenas pela força da expressão, isso significa que a empresa já se coloca em uma posição de “tô nem ai”.

(…) nossa equipe é sempre muito cordial e educada (…)” esta citação agora se certifica que a empresa apesar de ser responsável ignora novamente que o consumidor tenha participado de uma dinâmica que gerou mal estar, mas que exclui que o problema tenha sido da própria equipe. Ou seja, a empresa torna público que ninguém será disciplinado, apenas que talvez o cliente tenha imaginado tudo aquilo. Esta citação ainda está no primeiro pilar que destacamos.

(…) realmente nossa máquina é manual por sermos uma gráfica e não uma copiadora, (…)” esta afirmação destaca o jogo de domínio. Qualquer pessoa fora do círculo de compreensão de como uma copiadora ou gráfica funcionam em uma percepção comercial e/ou industrial, não saberá replicar. E para efeitos de uma boa comunicação, ninguém além da empresa, importa esse tipo de explicação. Porque nenhuma pessoa fora do ecossistema deste tipo de serviço tem a obrigação de saber a diferença.

Pilar (2) : Dar perdido. Aqui é uma declaração de mover a atenção do problema para fora da questão. Confundindo o discurso. É conhecido por muitos como — cortina de fumaça.

(…) fazemos cópias para atendermos principalmente os nossos clientes da vizinhança para que os mesmos não tenham q se deslocar muito para uma pequena impressão. ” esta afirmação não possui qualquer sentido. Ela é uma expressão de complemento a cortina de fumaça do pilar 2. Notem que eles explicam que precisam agir dessa maneira porque atendem aos clientes das redondezas, esclarecendo que a demora é justificável para melhor prestar um serviço (embora não haja qualquer lógica em conectar essas justificativas) e por fim cita que a empresa mais próxima seriam eles (destacando a vantagem sobre eles) e que outras empresas seriam menos favoráveis por estarem mais distantes (o que não prova nada, já que o número de copiadoras\gráficas é tão abundante quanto farmácias).

De qqer maneira, muito obrigado pelo seu feedback, é sempre muito importante para melhorarmos.” esta frase ela é um complemento ao pilar 1, mas podemos destacá-la a uma classificação em um terceiro pilar. Mas ela é essencialmente a intenção de totalmente ignorar o que o cliente reclamou a passagem — “de qqer maneira” — pode não ter intenção do falante em algo que se entende – “tanto faz” no entanto, a construção gramatical continua rígida quanto à isso, demonstra que apesar deles não concordarem que o caso do cliente ocorreu como ele disse, eles agradecem que ele tenha ido até a página e feito uma crítica.

Pilar (3): Conclusão do caso pelos próprios meios. Este é um pilar que diz que a empresa considera que para ela, o problema, não ocorreu e que a falha foi do cliente. E que se o problema não ocorreu, portanto crise resolvida.

À parte os erros ortográficos, que sim impactam qualquer empresa, temos uma total alienação de que a crise está ali e resolveram fechar os olhos para ela. Um cliente hoje, dois mil amanhã. Lembram do tiro do pé que eu mencionei? Nenhuma empresa ou pessoa cria uma crise que logo arrebenta seus limites no primeiro encontro. É como, vamos usar uma analogia, uma pessoa possuir um carro e se movimentar pela cidade com ele, sem atentar que, o desgaste está ocorrendo.

Lombadas, enchentes, uma guinada, um eixo maltratado, subidas, descidas. Com o tempo a física não falhará em castigar as estruturas do veículo. Enquanto isso a pessoa está apenas ignorando que o carro é mecânico, que é suscetível a envelhecimento e que não vai fazer o reparo automaticamente. Até um belo dia, o carro simplesmente para. A pessoa sai da direção vai até o motor, olha os pneus e realiza uma verificação, tardia, que o carro não estava em boas condições. Embora por todo o tempo, afirmava que não tinha qualquer problema ocorrendo.

Um carro parar no meio da cidade não é uma crise grande. Você pode ir a pé até um posto de gasolina, a uma garagem de guincho e contratar um serviço de ajuda e reparo. Mas como humanos sabemos que cenários menos favoráveis são os mais prováveis. E normalmente um carro não enguiça com as melhores opções. Ele pode enguiçar em uma ladeira e seu carro simplesmente descer à toda sem freio.

Ele pode enguiçar em uma enchente. Pode acontecer no meio do nada. Pode parar em uma vizinhança perigosa. Pode acontecer à noite. E inúmeras situações podem ocorrer. Porque se a crise, do carro, não for devidamente resolvida, qualquer cenário pode ocorrer e em qualquer um deles você não estará preparado.

A analogia do carro nos permite entender que a crise de uma imagem não é algo que acontece no primeiro baque. Esse cliente reclamou da demora, expressou que esperou mais tempo do que pode ter sido o anunciado e está relatando um problema de atraso. Atraso é algo que muito parece fazer parte, de forma negativa, aos nossos dias. Atraso é um problema.

As explicações da empresa são as mesmas de um dono de um carro que está para enguiçar. Para ele, o carro é infinito em suas condições. Que uma garoa, uma batida, usar combustível não recomendável, não fará, nenhum dano. É invulnerável. Impenetrável. A empresa acredita que talvez esse cliente seja o primeiro e único. O problema é sempre mais embaixo. Esse cliente teve a atenção de ir reclamar. Mas e os outros que não reclamaram? Quantos outros não reclamaram?

Não reclamaram com eles. Reclamaram com os vizinhos, com os amigos, com os familiares, com os alunos. A compreensão do problema é óbvia. Talvez a empresa não saiba, mas a bola de neve já é maior que tudo o que eles podem abraçar ou desviar. Quando a crise ocorrer, ela virá normalmente à cavalo. E os envolvidos, as vítimas, por assim dizer — afirmarão que é complô — mas no final foi uma ferida não tratada que apenas infeccionou e já se espalhou para todo o organismo.

Nota de esclarecimento ideal

1º APURAR O QUE ACONTECEU (SEM JULGAMENTOS)

O problema ocorreu. Foi relatado por algum canal de comunicação da empresa. Seja público ou privado. Qual é a primeira ação que você deve tomar? Descobrir o que realmente aconteceu. Indagar com o cliente (conversando com ele no privado), ligar para ele se for o caso e ir na localidade e entender como tudo aconteceu.

2º RECONSTRUIR O CASO E ENTENDER ONDE CORRIGR

Deste ponto você vai identificar quem, o quê, porquê e o quanto. Essas perguntas elas são basicamente uma forma de entender como você pode corrigir o que aconteceu de problema. Quem foram os atores da comunicação? Os vendedores, o cliente ou ambos?

O quê provocou o problema? Anúncio equivocado, troca de informações, falta de interpretação.

O porquê revela o ruído responsável por todo o problema. Ou falta de treinamento da equipe, falta de coerência do cliente, o dia não estava bom, aconteceu algo, eventos, motivos e etc (entre outras coisas).

Quanto é o prejuízo. Para o cliente, o tempo perdido, o custo. Para a empresa a perda do cliente, ou clientes, a exposição pública em uma rede social de forma negativa.

Ao ponto que a identificação do problema é o objetivo total desses processos que citei, é para resolvê-lo e não camuflá-lo. Que infelizmente foi o caso da empresa na realidade. A crise ainda continua existindo para eles. Mas a nota de esclarecimento após entender o que aconteceu precisa deixar claro que a voz do cliente é real. Na nota de esclarecimento da empresa citada em nosso case, ela fez tudo o que uma empresa precisa fazer para iniciar uma crise.

A nota ideal precisa deixar claro que o problema ocorreu. Na nota da empresa eles disseram que a máquina era manual, portanto admitindo que o caso aconteceu. Mas não admitindo que houve alguma crise — crises são vistas como algo negativo — portanto a maioria das empresas os ignoram.

Essa é uma herança que temos da escola, nota baixa é ruim (vou esconder). Mas nota baixa revela que você não estudou o suficiente ou o professor realizou uma perseguição à sua pessoa. Ao entender esses fatos, você pode resolver o problema. Mas se optar por ignorá-los, você provavelmente vai ser reprovado.

NOTA DE ESCLARECIMENTO

Então a nota de esclarecimento deveria ter sido:

“Prezado cliente, infelizmente aconteceu um atendimento que não acreditamos ser o ideal para os nossos clientes. Confirmamos e já estamos realizando um treinamento para tornar os nosso serviços mais claros e para evitar problemas que afetem as pessoas que nos veem como uma solução do seu dia-a-dia. Convidamos que na próxima vez que retornar a nossa empresa, iremos efetuar os pedidos de graça para que possamos reparar os problemas que você teve e a impressão que ficou. Não temos qualquer intenção de prejudicar quem nos procura e seu comentário é muito mais que um feedback, é uma chamada de atenção para que nossa empresa sempre esteja nos padrões ideais que as pessoas procuram. Obrigado.”

Perceba que a nota de esclarecimento da empresa é – “Você é o culpado, não temos nada com isso e senão gostou, saia daqui“. A nota está em um tom de eufemismo puro, sem ser algo tão direto quanto a minha afirmação anterior. Mas a nota não valoriza nada do que o cliente falou e nem o cliente. E quando eles avaliam que realizam esse tipo de serviço nesta mecânica que eles adotaram, de ser mais lento, expressam que é para o melhor dos seus clientes — no entanto — todo o texto da nota contradiz isso.

A nota que escrevi ela deixa claro que a solução dada pela empresa falhou. E eles admitem. E também deixa claro que o inconveniente que ocorreu com o cliente foi lido e entendido. E mais a empresa está comprometida a garantir que isso não ocorra novamente, mas não o fez em título de punição sumária, deixando também claro na escrita que eles foram consultar a equipe local o que aconteceu. E juntou os fatos: Cliente disse isso e equipe fez isso. E logo mais para reparar a relação corroída, ofereceu ao cliente que foi lesado, poupar as economias para que possa prestigiar e talvez entender melhor sobre as operações da empresa em uma segunda impressão. E o obrigado no final deixa claro que o cliente foi mais que respeitado.

Pessoas largam serviços, mais pela forma de como são tratados de que como o serviço foi realizado. Notem que a insistência do cliente em relatar o problema foi precisamente pelo serviço mal feito e seguido do que ele achou de arrogância. Esse tipo de cliente é o mais valioso. Porque ele deseja voltar ao serviço e quer que ele fique o ideal. Os que não criticam, não voltaram e não deixaram que outros vão. A nota da empresa é um auto cavalo de tróia.

A passagem estratégica dos soldados ao usar uma cavalo enorme de madeira, conhecido por muitos anos como presente de grego, deu a eles a entrada gratuita ao castelo do inimigo, por este pensar em tratar de um presente de trégua, era na realidade uma traição do adversário. E isso é o que a empresa fez, se traiu. Não façam como ela. Evitem que esse tipo de problema se torne o fim de tudo. Até a próxima colegas.

Análise do Superman (2025): É bom?

A MISCELÂNIA DO HERÓI QUE SOFREU REBAIXAMENTO.

Superman já teve diversas adaptações para filmes e unicamente vamos compreender, vai do gosto achar quem é o eleito o melhor deles. Mas posso dizer quais que estão causando aquela coceira irremediável que sentimos, por que a insistência louca de alguns diretores de torná-los mais humano, quando não é possível? Vamos lá?

Acredito que o Superman referência seja Christopher Reeve. E talvez o segundo Henry Cavill. Ao meu ponto de vista, apenas um deles. Vocês adivinham? Se eu falar individualmente por título sem conectá-los a origem criada em 1938, diria que cada filme tem o seu jeito de contar a história de uma forma interessante e nada ofensivo. Há uma versão em 1933, que foi o primeiro esboço deste personagem e ele era humano com força acima da média. Mas mesmo assim, ele seria um Hulk menos vitaminado.

Já adivinharam? Quem respondeu Christopher Reeve, está certo. Daqui eu vou opinar sobre o longa que vi de James Gunn. Eu não sou um desafeto desse diretor e de qualquer outro. Mas acho que é interessante citá-lo. Ele tem uma visão problemática sobre heróis. Ele parece não gostar deles. Ele gosta de vilões. É um gosto. Mas que para nós que gostamos de heróis, ficamos naquela plataforma crítica.

O Superman de Richard Donner era o herói. O Superman Returns daria continuidade ao Superman II de 1980, onde Lois Lane e Kalel teriam juntos um filho. Foi interessante ver o filme em 2006, mas minha nota é quase negativa, se formos avaliá-lo comparando. Senão, é um filme de ficção científica. É um pouco injusto? Para mim Superman é um sobrevivente último de Krypton, enviado por seu pai a terra para bancar o herói por aqui. Sem as devidas interpretações religiosas colaterais que a história tem.

Qualquer série, vou agrupá-las assim sem nomea-las, mas não é por falta de respeito, apenas que todas elas acertam na tecla da dramaticidade do que no heroísmo. No ponto do herói que não tem emoções, barreiras e passados problemáticos. Toda a série do Superman parece uma Gilmore Girls. E nada contra, a série da mãe e da filha Gilmore é uma excelente narrativa. Mas para o Superman isso não é uma boa coisa. Talvez eu esteja sendo injusto.

Ok, totalizamos duas menções de “injusto” em minha análise. Mas eu tenho uma visão específica do Superman. Para mim o cara é um herói. Ele tem emoções, tem traumas e perdas. Mas deixa de lado e vai a luta. Tenho uma certa impressão que apesar de ser plausível a adição dessas características não apenas pertencentes a espécie humana, são exageradas e obliterantes as ações heroísmo. A série do Superman e Lois Lane, que chegou a fazer crossover com a Supergirl de Melissa Benoist, me passou uma sensação de “Fracoman”.

Ele é fraco. Seria novamente uma injustiça minha? Será que estou tendo uma crise geracional? Embora a emoção seja claramente algo nosso. Tem emoção e emoção. Superman perdeu os pais, perdeu o mundo e vive como um filho adotivo num planeta estranho. Mas tem um pormenor, ele veio para terra bebê. Praticamente nasceu na terra. Então faz sentido ele não ter os traumas de uma vida que não viveu e viver como humano com poderes.

Ok novamente. Dai nasce a reeleitura do Superman ser um humano que tem poderes. Tudo bem. Mas eles estão enfraquecendo o herói. Eu até sinto que estão causando overdose. Não sabendo medir. Veja bem. Peter Parker é humano de origem, picado por uma aranha mutante e transformado em um novo ser humano, mas que ainda tem tudo o que um teria normalmente. Mas eu não sinto Homem-Aranha enfraquecido.

Conseguem perceber? Ele tem sentimentos, mas não fica chorando que nem um bebê chorão. Nem cai em terra, apanha mas levanta. E de todos os filmes desse cara, Superman de 2025 demonstrou que Peter Parker sem ajuda dos Guardiões, seria capaz de bater no Luthor, naquele Kaiju sem ficar chorando pitangas. E faria piadas. Estão entendendo o meu ponto de vista? As emoções são o menor dos problemas. É o fato de torná-la mais kryptonita do que a kryptonita.

Lembram do Superman de 1978? Quando ele viu a Lois Lane morta no carro. Ele ficou furioso. Fulo. E saiu voando e alterou as leis da física voltando no tempo. O superman de hoje, chora, posta na internet, toma valium e entra para um grupo de apoio. Mas não resolve. O problema não é o luto e a o auto-enterro. E isso me irrita nos filmes atuais do Superman. No filme de Henry Cavill, eu senti que a única coisa que eu gostei foi da trilha sonora.

Superman de 2025 finalmente chegamos. Como muitos lugares já fizeram análise. Ele apanha do começo ao fim. Certo que ele está iniciando sua carreira como herói. Quem nunca errou? Mas isso me faz lembrar de algo desconcertante. Na série da Melissa Benoist, como Supergirl ela no primeiro dia se destacou. E quando contamos na terceira temporada, que seria o tempo em que esse Superman estava na ativa, ou seja, três anos. Ela estava mais forte do nunca. E ele? Continua apanhando e precisando de ajuda. Precisando de ajuda? E agora afirmando, precisando de ajuda.

Não é preocupante precisar de ajuda. Mas Superman precisar de ajuda. Nem a Supergirl precisou de ajuda. É um enfraquecimento tão grande. Que eu acho que deveriam fazer o Superman de 1933. Que era ser humano, tinha alguns poderes, bem menos óbvios e não tinha influência do sol, era algo nativo e biológico por independência e dai eu acho que ele será melhor representado. Ele terá o nivelamento respeitoso que Peter Parker tem.

Na altura do campeonato a minha análise, acho que vocês já devem ter reparado que eu não curti muito o filme. Rir é um caminho interessante. Mas eu não curti os últimos três ou quatro filmes que tenha saído senão me falhar a conta e nenhuma série. Acho que o último filme que eu considero desse herói, é de 1983, o Superman 3. Dali até hoje não teve um filme que desse a esse herói novamente a dignidade de ser um herói. E talvez aqui vocês compreendam porque tem tanto filme ruim hoje.

A reeleitura do superman não me agradou. Talvez tenha agrado a alguém, porque o filme foi feito porque há público para ele. Ele foi feito a fidelidade das HQS atuais. Eu comprei algumas. E notei porque o superman está SUPER nerfado. Ele é agora visto como um ‘humano’ com poderes. Ele foi referenciado como meta humano no filme. E isso diz muita coisa, certo? Eu gosto do herói porque ele tem as mazelas normais de uma pessoa comum, mas se supera. Por isso se torna herói. E lembro do slogan do primeiro filme, que era – “Você acredita que um homem possa voar?”.

Bem eu acredito que o slogan não se referia a um ser humano. E portanto que nos apresentavam uma entidade. Não falo de entidade divina, mas algo que não era comum. Há algum ser humano que voe? Me aponte algum. Então a ideia de herói para mim não é ser algo comum. Algo que temos como empecilhos. Tal qual o superman de 1978 ficou furioso, mas isso não parou ele, parou?

Mas o de 2025 tem briga conjugal? Briga conjugal. Ele tem um relacionamento. Como um superman tem um relacionamento? Certo, ele pode ter o que ele quiser. Mas eu me senti vendo os filmes de paródia de super herói. E isso eleva a minha rejeição a figura do Superman fraco que estão criando hoje em dia. Dai eu acho que não é somente esse diretor que tem essa visão. A estima pela palavra “fraco” não se refere a ter emoções e sim o fato delas paralisarem o superman.

Ele é humano? Hoje em dia ele é. E está mais focado em uma realidade dramática. Dai eu acho que vou esperar passar essa era do Superman fraco e vou esperar a era do superman que é superman mesmo. Pois que ver um filme que nos cause desconforto não é uma boa diversão, é indigesto. E diria que a minha opinião dentro dessa análise que é o Superman que começa apanhando, cai perto de sua fortaleza da Solidão sangrando, o cachorro de sua prima o arrasta para lá, diverge do que estou acostumado a entender como superman.

Não tenho certeza, mas será que o filme teve mais exibição por causa do Krypto? Eu ficaria satisfeito se a abordagem emocional fosse parte do conceito da pessoa e não um obstáculo. Isso é uma ofensa. Está querendo dizer que emoção é fraco? O filme emite isso. O cara tem poderes, mas as emoções o destronam. Eu fiquei abismado, mas não deveria ter ficado, dado os absurdos que fui vendo durante o longa, foi quando ele tentou convencer Luthor de o que ele fazia era errado e ainda fez um relato psicológico de si que ele se esforçava todos dias.

Entenderam? Superman estava alugando Luthor como psicólogo? Isso me soa cômico? Não sei se a palavra certa é cômico. Se isso é uma seriedade, então é trágico a palavra correta. Luthor não é um cara normal, ele é um psicopata. Nenhum ator que fez ele, até esse, fez ele como um cara que se importava com alguém. Sempre foi um louco, um Coringa. Um apático. No primeiro filme o cara jogou uma bomba atômica na falha de San Andreas.

Em Superman Returns ele criou um novo continente. Lembram da cena do cachorro? Que ele herdou a mansão, mas deixou os cachorros lá? Um deles devorou o outro. Não é uma cena muito comentada, mas se vir, esse cara nunca se importou com nada. De repente ele vai ouvir o Superman e seus lamentos? E vai se lamentar também? A mulher Gavião foi a heroína mais forte do filme. Vocês perceberam isso?

Lois Lane tinha muito mais controle emocional que o Superman. E outra, o pai adotivo do Superman, um bebê chorão. Existe elementos comuns demais no filme que me fazem entender uma genuína sabotagem. Neste caso, eu prefiro ver apenas filmes onde mulheres sejam protagonistas a partir de hoje, daí teremos filmes melhores.

Sinto dizer, que não vale a pena a ver o filme. Ele deveria ser algo melhor. Talvez trazendo sim uma implicação. Porque o filme aborda questão política. Por ora, leve sobre a imigração e países subjugados, que ficticiamente mostra Superman intervindo em uma nação que ataca a outra. Beira a ironia é claro, dado a origem da produção do longa. Mas acho que envolver mais histórias em uma, que eu já mencionei sobre múltiplas narrativas costumam não darem certo, Superman ficou de fora do filme.

  • Conflito armado entre duas nações;
  • Kaiju enfiado no meio sem explicação;
  • Uma liga da ‘justiça’.

Me pareceu esse filme um fan service. Como muitos entendem, um filme que agrada ao fã. Mas o fã atual das HQS atuais. Não estou falando do fã como um desdém. O público de hoje gosta do Superman que está na tela. Eu faço parte do público que gosta do superman dos anos 80. E são públicos diferentes. Mas o fan service desse filme é algo nítido como: uma enorme panela onde tem Krypto fofo, Kara bêbada, Superman sensível e emocional, Lois Lane é uma amazona, Mulher gavião é a brava, Lex Luthor é um gênio fútil, mas a narrativa é centrada em mostrar Superman apanhando e sendo ajudado (para não apanhar mais).

Estou sendo injusto pela terceira vez? Talvez as HQS estejam sendo injustas. Sinto dizer, mas herói para mim costuma ter emoções, mas elas não o controlam. E por fim, dou nota -8 (de 10 positivo), quase um espelhamento, porque para ser sincero, eu concluo, era melhor ter visto o filme do Pelé (ainda bem que eu não vi esse filme no cinema).