Violão (3) – Como converter Partitura (Piano) para Tablatura? (1/2)

TEORIA MUSICAL.

Aqui vale tanto a teoria musical que ficaria difícil ou improvável o entendimento de como vemos as cordas do violão em paralelismo as teclas do piano. Mas vamos lá, que é para isso que esse artigo está sendo redigido, esclarecer alguns pontos que podem lhe ajudar no progresso (de ambos os instrumentos citados), como em particular e sobretudo, não depender, de aplicativos.

CORDAS POR TOM.

Violão tem 6 cordas. Cada corda em ordem (mais próxima da cabeça), ou seja de trás para frente como se lê na tablatura, seria o tom mais grave para o mais agudo. Aqui preciso deixar claro que tom e oitava são ‘diferentes’. As cordas se referem à tons mais altos ou baixos. Enquanto que para cada corda há uma sequência de notas que sobem e descem oitavas.

OITAVAS.

Oitavas sobem os valores da notas. Entre uma corda mais grave como o E (sexta corda) logo o que vem em seguida seria…o FÁ (F). Aqui se você já estudou tablatura deve ter reparado que a primeira casa mais próxima da boca dá um salto de nota comparado a corda solta (o tom da corda)? Se já reparou não contamos 1 a partir da boca e sim da pestana. Como em qualquer nota, começamos a da nota nula (sem tocar) da mais grave para a mais aguda.

POSIÇÃO NO BRAÇO (FRETBOARD).

Assim como já deve ter notado que contamos a primeira nota do MI (E) mais agudo, nós consideramos a sequência das notas a partir da chamada corda solta (representado pelo zero na tablatura) a partir das casas da pestana. Se você tocar a casa imediatamente próxima a boca, mais próximo ainda do mosaico (entrada e saída do som acústico), notará que a nota ali está com o som agudo (alto) comparado com a corda solta, reparou?

Em ordem essas são as últimas notas de uma subida, pois você começa do grave para o agudo. Por isso que quando você olha para tablatura, se não estiver fazendo isso de forma automática sem observar, as casas 1, 2, 3 ficam lá em cima do braço longe do corpo do violão. E já notou que o som é mais “baixo”, mais “cavernosos”, mais “denso”. Tem uma razão dessas casas terem os menores números. Elas se referem a crescente.

CONVERTER DA VIOLÃO PARA O PIANO.

Relativamente mais simples que o contrário. Cada corda é uma nota, que conhecemos como:

E – Mi (Agudo) – 1 (4 oitava)

B – Si (Agudo) – 1 (3 oitava)

G – Sol (Médio Agudo) 3 (3 oitava)

D – Ré (Médio Grave) 4 (3 oitava)

A – Lá (Grave) 5 (2 oitava)

E – Mi (Grave) 6 (2 oitava)

Leram as oitavas? Elas são o mapeamento dessas notas mesmas no PIANO. Como descobrimos isso? Pelo tom. Por ouvido. Não por mim, mas comprovado por todos nós. Se você seguir a sequência de como está, teremos o seguinte no piano:

  • E2, A2, D3, G3, B3 e E4 (MI3, LA3, RE3, SOL3, SI3, MI4).

Pegue o violão e na frente do piano, toque essa sequência e note a similaridade tonal. É exatamente a mesma. A cada uma dessas notas, existe um grupo harmônico de notas que compõem entre eles. Se você tocar do E2 até o A2 você tem a composição da primeira corda, mas não para por aí. Você não passa para outra corda, você continua na composição da mesma corda. Mas se você quer manter um composto tonal, é bom pensar em duas coisas:

  • Mudar de corda não é apenas mudar de oitava é mudar de TOM também.

Tem muita música que eu vejo por aí em tablatura que sofre com mudança tonal, porque se usa 2 cordas para representar uma sequência. Em muitos casos não necessita dessa mudança. É preciso entender se a música no piano exige a mudança de ‘tom’ e não apenas de oitava. Tem uma figura que representa esse MAPEAMENTO e ilustra bem o que quero dizer, mas fiz questão de viabilizá-lo agora para teorizar antes de entregar resumido.

Nota importante: Esse diagrama ele se torna um pouco confuso quando nos referimos a escala de tom por parte das cordas. Aqui ele posiciona o círculo (percebem) para se referir as notas (estão corretas) o que não está é na referência do fretboard do violão. E ele se refere a posição ao lado (a casa do lado da boca, do lado do corpo do violão como sequência, e NÃO a forma correta é invertida á essa em relação ao mapa cromático.

Desta forma que está, a nota imediatamente depois do tom da corda se refere a uma nota alta (aguda) e isso não é o correto já que sempre consideramos a subida do grave para o agudo e não ao contrário. Então vocês teriam que inverter essa posição das notas.

O que torna esse mapa essencial é onde as notas das cordas do violão se encontram com as teclas do piano e vocês terem ideia do que se refere.

Vamos pegar essa música bem simples que é o “Brilha, Brilha estrelinha” em tablatura e passar para piano. Vamos identificar as notas:

  • terceira casa no tom LÁ (5 corda) a partir da pestana (2 notas)
  • corda solta no tom SOL (3 corda) a partir da pestana (2 notas)
  • segunda casa no tom SOL (3 corda) a partir da pestana (2 notas)
  • corda solta no tom SOL (3 corda) a partir da pestana (1 nota)
  • terceira casa no tom RÉ (4 corda) a partir da pestana (2 notas)
  • segunda casa no tom RÉ (4 corda) a partir da pestana (2 notas)
  • corda solta no tom RÉ (4 corda) a partir da pestana (2 notas)
  • terceira casa no tom LÁ (5 corda) a partir da pestana (2 notas)

Vamos transformar a primeira linha em CIFRAS \ Notas Musicais para serem tocadas em um piano.

A partir do LÁ (ou seja A2) você vai considerar a terceira casa (lembrando que LÁ2 ou A2) como corda solta significa 0. Próxima nota à ele, significa A#2 é 1. Como para o piano é mais fácil, basta você contar as notas a partir da nota, do contrário é preciso identificar onde a nota fica no fretboard, dai a facilidade do violão para o piano.

Vamos a uma agilidade:

  • Terceira casa no LÁ é DÓ3 (Logo C3 C3) lembra que são duas notas?
  • Corda solta no SOL é SOL3 (Logo G3 G3)
  • Segunda casa no tom SOL é LÁ3 (logo A3 A3)
  • Corda solta no SOL é SOL3 (logo G3)
  • terceira casa no tom RÉ é FA3 (logo F3 F3)
  • segunda casa no tom RÉ é MI3 (logo E3 E3)
  • corda solta no tom RÉ é RÉ3 (logo D3 D3)
  • terceira casa no tom lá é DÓ3 (logo C3 C3)

Colocando em uma sequência mais limpa, apenas ainda como cifras, na segunda parte desse artigo trarei a partitura montada e na terceira parte do piano para o violão, temos:

  • C3 C3 | G3 G3 | A3 A3 | G3 | F3 F3 | E3 E3 | D3 D3 | C3 C3 ||

Primeira linha.

Pílula de Marketing (105) – Não invente métodos que descontroem a infraestrutura

É um título um tanto…estranho? Acho que a melhor manchete seria – “Pare de reinventar a roda”. Mas acho que ficaria menos contextual. Talvez ficasse solto, e em um momento muito futuro, não indicaria o que eu vejo acontecer muito hoje. E o perigo que isso tem representado para nós, a educação não deve ser engessada, mas tem técnica que é tradicional porque ela é mais eficiente por sinal. Vamos lá?

Vou trazer um pouco das demais áreas ,porque o Marketing não é o único campo profissional que sofre do que eu vou chamar de marginalização. Esse termo é um pouco forte, mas ele tem um conceito menos ofensivo, se entendermos que ele está ligado ao fato de uma área profissional ser ‘oferecida’ e ‘ensinada’ com gambiarras, para chegarmos lá mais rápido, sem contar o tempo de experiência e as mãos calejadas. Por isso vou enumerar algumas áreas que fiz parte, faço ou mesmo entrei em contato em decorrência do próprio Marketing.

Hoje o ensino não parece ter comprometimento em ensinar. Mas sim de inventar moda para ensinar. Não existe alguns atalhos. Eles existem, mas não para todos os casos. Atalhos são excelentes para quando estamos em um domínio seguro de entendimento da base, quando entendemos o básico. Atalhos não existem em inícios. Eles são ótimos, não são vetados aos novatos, não é isso. Apenas que, se você entende como é, o atalho é uma ampliação. Se você não entende, o atalho é uma confusão.

LIVROS, MÚSICA, MARKETING E IDIOMAS.

O ensino de música, hoje, na internet tornou fácil a acessibilidade aos métodos. Sem sombra de dúvida a internet é um recurso valioso. Mas de lá para cá, tem sofrido de desorganização. Esse caos nos premedita mais erros aos acertos. O correto não é apenas um caminho, mas tem coisas, que só tem um caminho de fazer. Inventar moda, cria caos. E aliado ao fato de que muitas pessoas não possuem um plano de como oferecer o conhecimento, elas em sua melhor intenção, causam mais caos.

Eu vejo os chamados HACKS (Truques) para Ilustração, música, marketing, idiomas e livros. Como aprender tudo em 7 dias? Já leram essa máxima? Como se tornar um pianista em 7 dias? Ou em 30 dias, para causar mais impacto. Aprenda a fazer personagens incríveis com essas 7 passos. Claro que sabemos ou deveríamos nos respaldar no bom senso de saber, que em 7 dias você consegue apenas entender o mínimo do mínimo.

Eu já vi neste ano, mil e trocentos métodos de como aprender violão. Quase todos errados. E inclusive levando ao vício do erro, porque o aluno a procura de seu próprio ritmo, acaba pensando que basta tocar uma corda e estará fazendo um som. O que ele não sabe é que isso leva muito tempo para de fato fazer o tal do som. Vivemos em uma época de imediatos, mas ainda somos como antigamente. Precisamos de um tempo para engajar.

Já vi também a isenção do uso da partitura no piano, só com o uso de cifras. Quero entender como isso permite você executar uma peça? Os comentários que ouço são – “Executo a música diferente toda a vez que a toco”. Esses são os relatos das pessoas que aderem a este método. O chamado “Facilite tudo para tocar a amanhã mesmo”. Lembro que nos anos 90 tinha uma revista chamada “Teclado toque hoje mesmo”. Uma blasfêmia para qualquer músico.

Só tinhas cifras, o tempo era quase sempre simples (4 [semibreves] e 2 [mínima]) e as músicas eram quase todas em tom CM (sem sustenidos e bémois) e quando tinham, você sentia que a música tinha um som levemente diferente do original. Na música você tem muito disso, essa mudança de tom, chamamos de afinação ou arranjo. Mas as músicas eram ‘desafinadas’ em alguns momentos.

Você não aprendia a ler partitura, estudei em uma escola que ensinava tudo. E quem não estudou ficava a mercê desse tipo de coisa. Desenho é ainda pior, tem toda uma infraestrutura por trás. Não tem como você se tornar um ilustrador excelente com um método que te ensina em 7 dias. Você pode aprender o básico. Do básico, do mínimo, do simples. Mas em 7 dias, você não vai fazer Kratos, não vai recriar a cidade de Boston de Deus Ex, não é possível e você no fundo sabe disso.

Mas queremos resultados para ontem. Então nos enganamos. Por isso que eu vejo com preocupação, quando uma pessoa taxa em tom generalista, que fazer faculdade não é importante. Se fizessem, notariam que esses materiais dispostos na internet são construídos sem qualquer metodologia. Como eu disse, o violão está cheio de erros na internet. Cada um dando sua versão dos fatos. É como a brincadeira do telefone sem fio.

Essa brincadeira pode parecer boba, mas se os participantes criassem um padrão para transmitir a mensagem, eles não teriam tanto ruido quando o último a recebesse. É uma brincadeira, mas no final sabemos que ela denota, desorganização e falta de metodologia de nossa parte. O engraçado nela é ouvir o que o último recebeu e o que o primeiro quis dizer. Mas em uma conclusão mais séria do assunto, significa “CAOS”.

O QUE ISSO NOS ENSINA SOBRE MARKETING?

Marketing como em uma insistência saudável de minha parte, sempre o cito como uma ciência que elabora pesquisas e análises para identificar o que está acontecendo ao redor do que nós podemos chamar de pivô do produto ou mesmo de um público. Quando nós perguntamos o que devemos oferecer e como, temos uma bateria de recursos para nos ajudar a extrair a resposta. O Marketing tem uma forma de ser ensinado.

A forma mais equivocada é de chamá-lo de venda. A outra forma de truque e a outra de milagre. São as três formas repetidamente feitas pela internet ou por qualquer pessoa, seja de forma presencial, que queira ensinar sobre Marketing sem ser de Marketing. É comum pensar que você pode aprender isso apenas com um livro, um vídeo, uma aula ou mesmo uma leitura em um artigo. Como qualquer coisa, Marketing exige tempo.

Não é possível que você acredite que vai ser um profissional em qualquer coisa, apenas com um período de tempo muito pequeno. O melhor método do mundo elabora dois pilares como sendo os moldadores de sua habilidade:

  • Tempo;
  • Treino.

Todo método que se valha como positivo e excelente, tem que ter esses dois pilares. Não fará sentido de não ter. E por que será que eles são pilares essenciais em um método ideal? Talvez não refletir sobre eles, tenham nos colocado em uma situação de não compreensão. Vamos lá.

TEMPO.

O tempo discorre em períodos ou intervalos. Se você tem um ano para aprender alfabetização, divide essa tarefa por meses e semanas. Suas metas definem o cálculo do que você planejou atingir. Correto? Se você não tem hábito sobre aquele conteúdo, a sua óbvia conclusão será que você precisa de mais tempo para se adaptar.

O tempo nos ensina o hábito, porque quando insistentemente nós os fazemos, ele se torna o hábito. Assim você consegue ver a chamada memória muscular. Quando você corre todos os dias, uma hora você vai correr mais rápido, e mais rápido, até ter um ritmo acelerado, sem perder o fôlego e manter a saúde. Seu corpo precisa entender o que está sendo ensinado.

Se você correr uma maratona sem treinar e ter tempo para o corpo desenvolver um ritmo, metabolismo e absorção, você pode passar mal ou até mesmo, morrer. Seu corpo, sua biologia não compreendem o esforço exigido. Então ele não corresponde. Mesmo que você pense que ele deveria corresponder. Não é mesmo? Sua biologia é como seus recursos. Precisa de tempo para entender o que esses recursos irão fazer e como irão se regenerar.

TREINO.

Faz parte da lapidação de uma habilidade, como tocar música, ilustrar, correr, vender, falar e cantar. Você precisa entender o que é certo e errado. O treino nos ensina sob um efeito de simulação dentro de um cenário específico e de um tempo ou situação, como o certo e o errado são moldados diante daquele objetivo.

Conforme você estuda, por exemplo a língua chinesa, mas você entende como a tonal funciona. E conforme você treina, aliado ao TEMPO, você nota que a nossa língua portuguesa, é tonal também. Então você associa esse conhecimento com o seu novo entendimento. Assim você percebe que essa dificuldade de pronúncia, acaba desaparecendo. E você vai aos poucos aprendendo mais e mais.

O treino nos capacita a ensinar a nossa biologia, cérebro, mãos, nosso fôlego, que estamos exigindo deles um resultado. Sua mão ainda não sabe fazer um acorde no violão. Não comece por ele. Precisa treinar o dedilhado primeiro, precisa fazer os dedos entrarem em uma conexão. Não é possível desenvolver acordes, sem treinar os dedos primeiro.

A capacidade que a gente aprende a ter, vem do treino. Você treina andar desde de pequeno. Treina a pular, escalar, falar, negociar, vender, tocar música. Você aprende como? Treinando, exercitando.

NÃO CONFUNDA DOM COM PREDISPOSIÇÃO.

Importante. Vejo muito isso. Quando aliamos o nosso conhecimento sobre o que o TREINO e TEMPO nos faz, temos que pensar em outro ponto que muitos confundem ou falam de boca para fora, mas é um dito popular. Quem sabe fazer algo impressionante é dito como talentoso. Certo? Aqui é a importância. Não existe sorte, azar ou talento.

Existe facilidade. Uma pessoa pode ter mais facilidade por vários motivos. Ela pode ter uma visão espacial 3D melhor, ela pode ter mais coordenação motora, ela pode ter mais ouvido para o som. Isso constituí as engrenagens que nós, ou cada um de nós, possui. Isso se chama personalidade. Tem pessoas que tem mais facilidade de conversar, de fazer amigos, de aprender, de ensinar. Essa facilidade ela não é exatamente uma habilidade sólida, ela é um gatilho.

Então muitos notam que as crianças (nem todas) tem facilidade de aprender. E assim associam a genialidade ou a idade. E com essa lógica, associam (sem provas na maioria das vezes) que se o novo aprende por ser novo, o mais velho não aprender por ser mais velho. O que se caracteriza, por não ter provas afirmando isso, como crenças. Daí é um efeito cascata negativo que se segue.

EDUCAÇÃO SOBRE TREINO E TEMPO.

Existe TREINO e TEMPO associado a uma metodologia precisa. Quando falo este último, não é uma metodologia que funciona apenas para um caso. Isso não é metodologia. É uma ação isolada. É o que eu vejo acontecer direto. Muitos pagam de professor, não é uma tarefa fácil. Ninguém nasce professor, você aprende a ser um. A didática é importante. Mas didática não significa “inventar”. Significa ensinar e com o melhor método. E isso não significa inventar um do zero. Significa estudar os métodos que existem e aplicá-los.

A base da invenção ou a ideia da invenção de um método nasce em nossa era atual. Nós somos exigidos termos criatividade acima da média. Oferecer leite de pedra. E isso não é uma realidade. Mesmo que a exigência o faça. Métodos levam anos para serem criados, desenvolvidos e amadurecerem. O ensino tem um método específico. O ensino de uma área atende a outro nível de método.

O método de ciência levou milênios para chegar neste modelo atual. Inventar um do zero, me parece e a você também vai parecer, desnecessário, custoso e errático. Métodos precisam de testes, de avaliação e de tempo. Portanto não perca o seu precioso momento em inventar métodos, já existem tantos, que há um glossário enorme para você escolher. E dentre aqueles que ensinam assim, e aqueles que aprendem com um tutor, terão uma conclusão óbvia a ser considerada.

Essa conclusão é aquela que muitos hoje falam em voz alta – “Não vou fazer escola, faculdade ou ensino se quer” porque tudo está na internet. Essa informação na internet ela é justamente aquele perigo que eu disse no começo do artigo – “Atalho”. A informação ela está alocada e não trabalhada. Eu por exemplo, estou estudando violão, tenho 30 anos de estudo de música, 14 de teclado e 16 de piano.

Estudar por conta própria tem mais impacto positivo para quem tem a base do ensino de um instrumento musical, do que uma pessoa que pega esse violão como sendo o seu primeiro instrumento e o contato com a música. O primeiro caso (eu) serei bem mais sucedido, pois uso o método de ensino feito por escolas credenciadas, que funcionam há centenas de anos e os aplico para achar o denominador em comum.

Se o que nunca teve contato, não teve metodologia e não tem um plano, aprender violão será um desafio colossal e quase impossível. E não é, com a devida orientação, não é.

CONCLUSÃO.

Meu direcionamento para a educação é de quase 20 anos de mercado, ensinar Marketing, Publicidade, Design, Comunicação, Atuação e etc, é um conceito que você aprende ao longo dos anos. Lancei meus cursos, e irei em breve lançar um voltado para o público em geral Síndicos, Vendedores, Varejo, comércio, indústria e produção, porque eu vejo naturalmente dois aspectos importantes para este ensino.

  • O ensino é o caminho para o aperfeiçoamento e eficiência;
  • E o divisor de ter resultados e não ter resultados.

O meu foco não é combater apenas a falta de metodologia ou pedagogia por assim dizer, a ausência plena de conhecimento do ensino ou mesmo da tática que nos leva a saber ensinar melhor (e não cunhar nomes novos ou querer fundar uma nação no lugar do maior foco, que é o aluno). Em minhas andanças como consultor, notei que os serviços prestados de Marketing e Publicidade eram imediatamente esquecidos quando o prestador ia embora da empresa.

E ninguém absorvia o treino, não entendia o serviço, não compilava os resultados. E não associava que uma organização, plano, uma boa ação de marketing, promovia os resultados que eles tinham de fato. Então notei que é preciso ensina-los sobre isso. Mas não faço uso de metodologias inventadas, elas parecem soar bem ou que eu sou um gênio, mas eu prefiro assegurar que você saia da minha sala de aula sabendo com uma metodologia fundamentada por centenas de anos, do que inventar moda.

Até a próxima!

Pílula de Marketing (104) – Funil de vendas para Cold mail

Cold Mail é uma tática de venda que se faz por abordagem direta utilizando um canal tradicional (cartas, vendedor de porta) ou digital (WhatZap, Mp ou e-mail) sem a devida necessidade de primeira apresentação, já considerando uma CPA garantida (Venda) para um cliente em potencial.

Funil de Vendas é a trajetória utilizada para conhecer os perfis do CLIENTE | PONTO DE VENDA | LOGÍSTICA | COMPRA E VENDA | FOLLOW UP, que se resume, a jornada de compra. Vamos lá!

ESPERE ANTES!

Clique aqui para ler um artigo que fiz sobre táticas de COLD MAIL. E se você me acompanha pelo Linkedin, assine a minha NEWSLETTER de Marketing e Publicidade – clique aqui. Sem delongas vamos ao artigo.

Há inúmeros ‘funis’ de venda, estão associados a natureza específica. O que chamamos de jornada de compra leva em consideração ao modelo da figura acima. E não é exatamente o mesmo funil de venda e sua variante.

Vamos ver isso em um exemplo para ficar mais claro do que se trata. Imagine uma loja do comércio local, um varejo de produtos de peças para o lar (Tok Stok e etc). Quando o profissional de Marketing elabora o funil de venda ele considera elementos específicos da loja para construir a JORNADA DO CLIENTE.

TOPO DO FUNIL.

Visitante se refere ao que chamamos de ‘potencial’ cliente. Ele não é um cliente ainda. É alguém que se interessou entrar ou mesmo olhar a vitrine. Neste momento, ele está explorando o que há de novo. (Lê-se “Aprendizado e Descoberta”, como na figura).

Leads se refere a demanda do visitante. Ele procura por algo? Ele só está tomando tempo (esperando)? Nesta fase temos o que se chama de “identificar o que ele está procurando ou o que está fazendo. (Lê-se “Reconhecimento do problema”)

MEIO DO FUNIL.

Oportunidades é quando descobrimos que o visitante deseja algo de fato (dai ele se torna um cliente potencial), ele está ali para comprar uma solução para o seu problema (identificado no Leads, do topo do funil). A oportunidade é meramente o ato de comprar (e não significa exatamente algo que você pode ampliar a venda) lê-se “Consideração da Solução”

FUNDO (OU BASE) DO FUNIL.

Clientes é o que chamamos de CPA (Custo por conversão) extraído do antigo Google Adwords (hoje Ads Google), se refere a decisão de compra. O visitante reconhece que tem um problema e que você tem a solução, desperta interesse e ele se torna um possível comprador (por isso Potencial Cliente) aqui ele está na fase das decisões de compra. Lê-se “Decisão de Compra”

QUE MINI-MUNDO PODEMOS CONSTRUIR COM O FUNIL DE VENDAS?

Essa explicação nos permite olhar para uma pessoa avulsa que entra em uma loja de produtos para o lar, você vendedor a observa, e precisa ‘entender’ se o olhar (Exploração) dele se refere a procura de algo ou que está usando aquele tempo para pesquisar algo ou ainda está ali para ganhar tempo. Depois que você identifica que o visitante está procurando de fato alguma coisa na loja, vem a parte de explorar que tipo de solução ele está procurando (oportunidades).

Se ele resolver comprar ali, ele se torna um cliente. Senão, sua tentativa se resume a uma análise superficial de consumo. Já que mesmo com este contato (que não terminou em compra) gera informação para o seu Marketing.

Agora que sabemos o que é e como funciona um Funil de Vendas (Jornada de Compras) podemos entender como ele funcionaria para sua estratégia de Cold Mail.

FUNIL DE VENDAS PARA COLD MAIL.

Cold Mail é uma abordagem com o foco em vendas garantidas. Ou seja, você pensa em entrar contato com um CLIENTE e não um visitante. Acontece que a maioria de quem pratica Cold Mail no mercado brasileiro, não faz um Funil de Vendas e crê que irá ser bem sucedido ao fazer o famoso “MP das Vendas” sem se apresentar. O mínimo de pesquisa realizado é uma busca superficial em algum perfil de redes sociais.

Falei no artigo que recomendei para vocês lá em cima, que tinha alguns vendedores que até acertava a minha função na empresa. Ou até mesmo falava com aquela propriedade de ‘imponência’ – “Vi que você é o responsável de Marketing da empresa X” (quando o referido é o fundador e CEO dela). Vi que você é professor (mas não sabe onde esse professor trabalha, com que linha de pesquisa é especialista e nem sabe o que o faz ser professor.

Essa pesquisa é a chamada mínima da mínima, você não está fazendo funil de vendas. O primeiro passo é compreender 100% do que o seu alvo (target) é. Não adianta só identificar algo óbvio no perfil. Quem é ele(a)? Onde mora? O que faz? Como é reconhecido no mercado? O que precisa? O que parece precisar? Essas são as perguntas sensíveis de seu funil.

Se não vou continuar ou outras pessoas o VISITANTE. O visitante não compra. Ele só explora e olha. Se o Cold Mail considera uma venda pronta, você precisa transformar o VISITANTE em CLIENTE antes disso. E não se transforma alguém em algo apenas porque você ‘ofertou’ algo do nada. Claro que essa confusão se dá pelo desconhecimento pleno de três pontos importantes:

  • Marketing;
  • Tática de Vendas;
  • O que é Cold Mail.

Até a essa altura eu acredito que vocês já tenha entendido que o FUNIL DE VENDAS o ajudará a VENDER. E no caso do COLD MAIL que tem uma margem de erro muito pequena, vai ajuda-lo(a) a construir uma certeza de venda. Mas como você pode elaborar um Cold Mail eficiente com um Funil de Vendas?

COMO FAZER UM FUNIL DE VENDAS PARA COLD MAIL?

Intencionalmente Funil de Vendas parece reduzir ou há uma impressão, de redução de trabalho que você terá (risos). Funil de Vendas é alimentado pelo Plano de Marketing (que é tido como um ‘monstro custoso’ ou algo muito complexo). Quando você entra em contato com o cliente (seja pelo vendedor) ou pesquisa de mercado. Essas informações irão para onde?

Para o SIM (Sistema de Informação de Marketing). E o que vai acontecer lá? Será analisado e passará por uma bateria de apurações para chegar em uma certeza e resposta. E teremos respostas assim:

  • Esse pessoa é um cliente potencial?
  • Ela tem um poder aquisitivo baixo, médio ou alto?
  • Que tipo de campanhas podemos realizar para atraí-la?
  • Quais os pontos vulneráveis e críticos dessa relação comercial?
  • O que chama atenção dela?
  • O que repulsa atenção?

Muito dessas respostas irão alimentar ideias que nos proporcionam o uso de táticas específicas. Claramente que um contato de uma pessoa em sua loja física, ao entrar em contato com ela por mensagem privada ou outro meio qualquer, não se configura mais como um COLD MAIL, e sim um atendimento.

Mesmo as vendas elas precisam neste caso terem respaldo. Cold Mail tem um entendimento geral de ser uma VENDA AVULSA. Por isso que destaco que isso demonstra desconhecimento pleno do que se trata. Cold Mail PRECISA (compreendam) que você saiba nos mínimos detalhes do seu CLIENTE POTENCIAL.

Então o plano de Marketing irá solucionar o que você irá fazer para prospectar esse cliente. Porque agora você já sabe mais do que óbvio dele. Você o conhece. E há uma máxima em Marketing – “Nós compramos apenas em quem confiamos”. Se você o conhece, você não é mais estranho, você é um conhecido. E conhecidos esbanjam confiança.

Esse é impacto que o Marketing quer criar em sua audiência desde de sempre. Sem ele, não adianta aqueles recursos caros que você conheceu em um seminário na Inglaterra. É puro e simplesmente, o ato de criar confiança.

Lembre-se que Cold Mail é uma tática definida pelas necessidades que o Marketing encontra. Não é a tática que existe primeiro para depois fazer plano de Marketing. É no plano que definimos que tática iremos usar, a depender, das informações que nós encontramos. E o importante aqui não é que é uma imposição segundo as regras, seguir esse passo a passo, é que se você for parar para pensar, faria sentido em você comprar um carro sem planejar para quê vai usá-lo?

Não faria sentido montar um plano e deste entender que é preciso comprar um carro? E se o plano disser que um caminhão é mais custo e benefício? E se for uma bicicleta? Ou mesmo, senão precisar de um veículo? Olha o custo que você teve, perceba bem o prejuízo de suas ações premeditadas. Conseguem compreender?

Para efeito geral, que sirva de importante lição, não siga o que os ‘truqueiros’ de internet ensinam como sendo um pote de milagres. Se para ele funcionou é porque ele fez um plano. Se para você vai funcionar, depende do seu plano. E isso serve para áreas exatamente iguais. Quem dirá diferentes?

CONCLUSÃO.

Cold Mail se trata de uma tática definida em um plano de Marketing, previamente elaborado. Se essa tática servirá para você, é o seu plano que dirá. Se você vai usá-lo, precisa ter as informações corretas para fazê-lo acontecer. Cold Mail não é uma tática avulsa de venda, ela precisa compreender em 100% o seu cliente antes do primeiro contato, é um verdadeiro trabalho de detetive.

Não há quase margem de erro. Ou você sabe tudo ou não sabe nada. Funil de Vendas é um conceito tático interessante, mas estou aqui explicando-o porque ele faz parte da construção básica de qualquer tática. O Cold Mail se você precisa dele ou não, terá que encontrar essas respostas em uma pesquisa afinada e não porque acha que é bom ou porque ouviu que é bom. Até a próxima!

Violão (2) – Como funciona a tablatura?

É a partitura do violão. Ela é evidentemente diferente da partitura do piano, mas que poderia ser usado para tal situação, caso você tenha memorizado onde ficam as notas em cada casa. Agora precisamos vincular como ler uma tablatura. Aos poucos neste artigo, iremos trazer o passo a passo, não é complicado, apenas que é preciso aprender o básico para começar a tirar algum som. Vamos lá!

De cima para baixo, é uma partitura com a clave do sol para pianos (teclado) pode ser usado para flauta também. E logo abaixo a tablatura que se refere ao violão (6 cordas). Vemos ali as notas que correspondem a afinação do instrumento, aqui é que começa ‘a confusão’ para alguns. Como disse, indo em partes, essa confusão não acontece.

Nós contamos de baixo para cima a sequência das cordas. Muitos pensam que a tablatura está ao contrário, mas não é assim. É porque associamos que as cordas do violão começam a ser contadas de cima para baixo, a corda mais próxima pra cima indo para baixo, e essa não é a sequência.

Quando lemos a tablatura ela é lida da primeira corda para sexta corda (parece invertida) mas não é. Nós é que lemos errado inicialmente. Porque temos a tendência de relacionar que o lado que estamos segundo em nossa direção se refere a primeira corda. No entanto se a primeira corda se refere a base (como um andar, térreo), faz sentido ela está embaixo do que em cima (concordam)?

Agora vamos passar para o braço (fretboard). Aqui tem outro equívoco que pode acontecer por vários motivos. Mas se você é novo(a) na música. O padrão de tom é sempre do grave para o agudo. E no violão diferente do piano, a escala vem da parte chamada pestana (representada na figura abaixo) até a boca.

O braço (fretboard) é composto pelas notas músicas [cifras] A B C D E F G [Notas] La Si Do Re Mi Fá Sol. Em suas composições em sustenidos e bemóis. Mas a leitura das casas na tablatura segue um padrão diferente da leitura feita como você pensaria. Cada afinação como vimos, começa em uma nota musical, que tocada solo (corda solta, representada pelo número zero na tablatura), dá sequência as notas musicais.

Observe acima, que cada nota por afinação tem uma sequência de notas. De onde parte as notas temos a parte do violão mais próxima da boca. Onde temos a coluna que representa G D A# F C G (SOL RE LA# FÁ DÓ SOL) está próxima da pestana.

Aqui as cifras se referem a sequência das notas de afinação:

  • E F F# G G# (Mi Fá Fá# Sol Sol#…)

E muitas vezes isso pode gerar uma leve confusão, onde está o bemól? A representação do bemol é a uma compreensão das notas que possuem seus sustenidos. Por exemplo, qual é o bemol do MI (E)? É o sustenido do RÉ (D). Qual é o sustenido do MI? (Alguns dirão, não tem), é a próxima nota em tom. No caso FÁ (F). Muitas vezes foge a regra, porque associamos que sustenidos e bemóis estão associados as teclas pretas e não ao tom.

Como no caso das cordas, temos aqui uma atenção especial na leitura da tablatura. Ela não é feita com as casas sendo contadas da boca do violão. E sim da pestana. Vamos ver uma tablatura como exemplo:

No braço (fretboard) do violão nós temos ‘casas’ que são limitadas por barrinhas chamadas trastes. O melhor toque é feito quando pressionamos a corda sobre o traste ou próximo, assim evitamos anulação do som ou mesmo desafinação. É possível sintonizar um bom som fazendo um toque chamado SLIDE (que você desliza o dedo para cima ou para baixo) sem tirar o dedo da corda enquanto toca, você vai sentir onde o som toca bem.

As casas são contadas como números inteiros. Como visto aí na figura. Cada número se refere as casas. A contagem é iniciada em 1. Apesar de termos o zero. O zero significa corda solta. Isso significa que você vai tocar corda sem pressionar alguma casa no braço. E partir do 1 você vai contar para achar a casa que se refere as notas da tablatura.

A maioria dos violões possuem marcas na lateral para cima indicando onde ficam as algumas casas. A intercalação indica onde fica a casa 5, 7, 9 e 12. Para ter uma ideia de onde ser localiza. No início vai parecer complicado, depois fica muito fácil. Normalmente na tablatura vem com notações, inclusive esse SLIDE que eu mencionei.

E vem com o tempo também, igual a da partitura de piano. Mas neste caso, normalmente cada toque é 1 tempo (1 segundo) para cada nota. Vamos resumir o que aprendemos.

REVISÃO.

  • A leitura das cordas é feita de baixo para cima;
  • A sequência das cordas são MI SI SOL RE LA MI (E B G D A E);
  • A leitura das casas é da pestana para boca;
  • O número zero (0) corresponde a corda solta;
  • Os violões possuem marcações para sabermos onde ficam as casas;
  • O melhor lugar para obter um som claro e limpo é pressionar a corda próximo ou no traste;
  • Tablaturas é a partitura do violão;
  • Nestas leituras somos capazes de ler notações e tempos para executar uma peça;
  • Casas são conhecidas como strings;
  • Braço como fretboard.

E uma informação IMPORTANTE nem todo violão tem o mesmo tamanho do fretboard, que são os números de casas. Alguns tem 12, 15 e 19. Muitos mapas de notas disponibilizado na internet contam até 12. Mas se você tiver um maior, basta continuar a sequência das notas.

Pílula de Marketing (103) – Por que você deveria parar de responsabilizar a geração atual?

O nosso assunto de hoje é um conceito de Marketing também. Quando estudamos os pareceres de uma geração (aspecto geracional) temos ali potenciais que elevam os índices do mercado (produtor e consumidor). Em sociologia o estudo fixa nas transformações que um grupo social se desenvolve e porque. Quando essa informação vai para o Marketing, nós pensamos em como vender e como contratar. Porque estamos lidando com características sociais e individuais. Vamos lá!

A minha geração, nascida nos anos 80, juntamente da dos anos 60 e 70, configuram-se agora a geração madura. Estamos em uma fase onde temos algo pela frente mais definido, no meio algo mais maduro e no passado os aprendizados. Quando novos, tínhamos um horizonte mais nebuloso, um meio menos maduro com alguma experiência (quando havia) e o passado que podia ser de trabalho a depender da natureza ou de conforto.

Quando crianças, a geração 60 e 70, mais a 70 do que a 60, criticavam o nosso modo comportamental. A anarquia, o radical comportamento, o desvio de valores laborais, a tecnologia era melhor, tínhamos o início do computador, muito remotamente o uso da internet, e quando, nada parecido com o que temos hoje, mas o que é equiparável a internet e redes sociais e mobile, era os games e o computador.

O que tornava as críticas progressivamente desconstrutivas. A geração dos anos 80 que teve sua infância inicial nos anos 80 e adolescência nos 90, e hoje está na casa dos 40. Ouviu da geração 60 e 70, que o no tempo deles, era trabalhar por 30 anos em uma empresa, era trabalho manual, não tinha computador, era livros e reuniões com os familiares, as festas eram mais regadas a união e não haviam essas danceterias.

A minha geração faz algo parecido hoje com a geração mais nova. Mas a geração 80 e 90 se juntam para falar que a geração dos anos 2000 é que está tendo muito conforto. Vejam, há uma repetição comportamental. Posso afirmar que a famosa frase dos veteranos – “No meu tempo podia deixar a porta aberta, porque não tinha problema” é o mesmo que a minha geração fala da atual – “que no meu tempo se via desenhos na TV e não perdiam tempo na internet”.

A composição de experiências não se alterou. A TV para geração anterior ao dos 80 é equivalente a internet da geração atual. Ver um programa na TV para a minha geração é considerado o ideal, porque nós fomos criados assim. Nossas influências foram enraizadas dessa forma. Crescemos achando que ver um programa na televisão tinha mais ética e valor do que perder tempo na internet. A mudança tecnológica não nos permitiu usufruir disso quando jovens.

Mas pegamos os primeiros movimentos do que hoje é definitivo. Mas vamos falar de algo que está ligado ao mercado de trabalho. Eu leio e escuto, que os jovens de hoje estão menos agressivos quanto ao mercado, estão menos preparados, estão mais relapsos. Eu fico em uma nostalgia, porque esses eram os mesmos adjetivos e classificações que a geração dos anos 70 falavam da dos anos 80.

Até aqui conseguimos notar um semelhante comportamento? Percebemos que a geração 60 e 70 criticavam a geração 80? E que agora a geração 80 e 90 criticam a geração 2000? E que provavelmente a geração 2000 e 2010 vão criticam a geração posterior? Tudo isso tem pilares sociais que definem que a base da crítica podem envolver:

  • Origens diferentes;
  • Experiências ao longo da vida diferentes;
  • Percepção diferentes;
  • E contexto social (e individual) diferente.

POR QUE VOCÊ DEVERIA PARAR DE RESPONSABILIZAR A GERAÇÃO ATUAL?

O que nós excluímos dessa equação? Vimos que por termos uma origem e experiência diferente em uma determinada época, com uma determinada tecnologia, recursos, economia e política, somos moldados aquela época e temos uma preparação da perspectiva em si. Se você viveu conflitos, verá conflitos em todo lugar. Se você viveu paz, verá paz em todo lugar. Essa construção nos permite entender uma pessoa, é assim que o Marketing analisa quando vamos fazer uma análise de público.

Se nossas origens nos definem. O que temos em origem que até agora não citamos? A origem provê de um momento e lugar. Não somos seres biológicos espontâneos. Nascemos e convivemos, por alguém. Temos uma natureza educada. Somos instruídos pelo ambiente e pelos valores a ter uma perspectiva. Logo, se a geração nossa (anos 80) parecia relapsa, quem ajudou esse comportamento existir? A geração nasceu com esse comportamento do berço? Ou foi moldada?

Como uma análise geracional nos permite, cada etapa de uma evolução é melhor que a anterior. Ou você transmite essa carga genética ou você próprio eleva-se a sua, e continua no jogo. No mercado, podemos perceber quem fica e quem sai. Quem se permite evoluir e quem não fica no ditado “cachorro velho não aprende mais”. Já ouvi isso de muita gente. Que por causa da idade, não é possível mais aprender nada.

Hoje é que tem um movimento do chamado “Tenho essa idade e estou aprendendo isso”. Mas há ainda uma superficialidade para entender se esse movimento se configura em uma transformação perpétua social ou se é uma moda. Se levam adiante esse comportamento ou se estão seguindo alguma linha de raciocínio temporário. Em alguns anos, veremos se a mudança que a pessoa admitiu ter permanecer pelo tempo que for.

Mas o comportamento padrão é de devolver a críticas aqueles que eles acham fora do seu padrão. Por isso nos primeiros momentos desse artigos, falamos sobre as influências que temos nas infância e como elas nos moldam. Para nós, ir pela rua do norte é mais ético do ir pela rua do sul (por exemplo). Se alguém ir pela rua do sul, é anarquia. É errado. Mas você não questionou, você julgou.

Você foi ensinado assim, então se você foi ensinado. Alguém te ensinou. Quem? Aqui é importante entender, quem ensinou? A geração anterior. Se você por termômetro analisa que, a geração atual é relapsa, é despreparada, não tem valor, você a ensinou assim. Partiu de você essa transformação. Mas nem todos são assim? Não. Nenhuma geração é boa e ruim plenamente. Temos pessoas geniosas, habilidosas, relapsas e boas vidas.

Essa responsabilização sobre a geração terceiriza suas decisões. Você faz parte da geração atual ser boa ou ruim. Como a nossa própria existência conforme nos criamos, quando a geração anterior nos orientou, somos bons e ruins, por essa mesma responsabilidade. Nós vivemos em sociedade e é isso que significa. Não estamos apenas vivendo no mesmo espaço e tempo, e por isso somos sociedade.

Somos sociedade porque criamos nossos laços entre as gerações. Algumas mais tradicionais, outras mais modernas, algumas híbridas. Mas todas elas ensinadas por gerações passadas. As mesmas pessoas que compõem a geração nossa, tiveram outras experiências, por imposição ou escolha, e tiveram outras realidades. E ensinaram essas para a geração atual. E vemos no dia-a-dia-, quem vai e quem não vai para um desafio.

Em minha geração, dos anos 80, não houve gênios saindo pela ladrão. Com tantas particularidades, tivemos o mesmo quadro e perfil com uma ligeira diferença do que temos hoje, mas que podemos equiparar, não foi muito diferente. Lembro no terceiro ano, no final do ensino médio, que um professor mais velho, dizia que os jovens (minha geração) não sabia apertar um botão sem entender a funcionalidade.

Provavelmente quando jovem, ele era esse jovem. E ouviu um mais velho falando a mesma coisa. Eu ouvi isso, e repeti mentalmente também para a geração atual. É uma crítica cíclica. Somos compelidos a criticar, porque como alguns são habilidosos ou anárquicos, temos aqueles que criticam um comportamento futuro (sendo que no passado ele mesmo o fez), somos ensinados a criticar. Tal como analisar, apurar, elogiar e etc.

QUAL É O IMPACTO DESSA TERCEIRZAÇÃO?

O conflito entre gerações se equipara ao conflito que seja. Tudo que tem conflito sem resolução gera ruptura. Tivemos alguns casos icônicos (mas não são novos) de etarismo. Mas existe há muitos anos. E por conta desse conflito de gerações. A minha geração é melhor que a sua, ou a geração segue padrões. O caminho definido pelo ensino básico e formal é atendido por jovens e os mais velhos agora deverão ganhar para ter o seu sustento.

Pode parecer estranho, mas o comportamento dessas gerações, são moldadas pelas crenças de gerações sempre anteriores. O passado molda o futuro. O passado passa pelo presente e molda o futuro. Não tem como uma geração atingir um objetivo e ter um platô para se definir, senão tem uma orientação. E isso acontece conforme manda o figurino, o professor e o aluno, a geração passada e a geração atual.

Estamos carecas de entender agora a tal da responsabilidade. E agora o impacto. Esse conflito eles criam esse sentimento de que ao criticarmos, estamos rabugentos. Velhos. Você critica a geração, você está com tempo. E não está trabalhando o suficiente. Isso transmite para as corporações, que você tem algo que eles não possuem? Por que os critica tanto? Que tempo é esse que você tem? E esses conflitos criam uma sensação de afastamento.

Uma empresa formada por jovens não pode ter mais velhos e vice-versa. Essa mistura é pouco comum. O mais jovem entra para substituir o mais velho e não para agregar. A nossa cultura corporativa define que o mais jovem é o melhor (não por experiência, mas por associar a energia nova com renovação) e que o mais velho está ultrapassado (não por experiência, mas por associar que a energia ultrapassada significa retrógado).

Já ouviram aquela máxima, que as pessoas não vão se lembrar do que você sabe, mas de como as tratou? Eu vejo isso ser repetido todos os dias na internet, mas não vejo ninguém aprendendo a lição. Ao estudar um pouco, mas bem pouco, de sociologia, você compreende que esse conflito de gerações perpetua essa cultura corporativa. Você trata o jovem como milagre e ao mesmo tempo que ele é relapso, ele não vai querer conviver com você no ambiente de trabalho. Presta atenção na pressão?

A questão seria lógica, o mais velho tem mais experiência, por que dispensá-lo e contratar alguém que nada sabe do mercado? A lógica corporativa é comandada por uma geração mais madura, que seria a dos anos 80 agora, é madura pelo motivo que eu citei lá no começo do artigo. Não é mais madura, porque é melhor, é porque ela está na idade de maturidade. Já aprendeu um pouco mais e já está calejado. A dos anos 90 logo chega nessa e a dos anos 2000 também e sequencialmente.

O que ela aprendeu? O que aprendemos? Que a pessoa mais velha nos critica. Então para termos uma harmonia, somos mais próximos na idade da geração atual do que a geração que nos acompanha. Então amigos, amigos e negócios a parte. Em um determinado momento, a dança das cadeiras vai reiniciar e isso vai aos poucos selecionar quem eles querem trabalhando com eles.

Então ao criticar você está terceirizando suas responsabilidades do contexto social, quer seja direto ou indireto, está colocando pressão e não está ajudando. E hoje a palavra de ordem é saúde mental. Logo será incisivo sua exclusão do mercado do que antigamente. Por isso é que como um estrategista, eu recomendo, parar de criticar a geração atual. E saber conviver com as diferentes culturas. Por um adendo antes do final do nosso artigo.

GERAÇÃO É UMA CULTURA DIFERENTE.

Como um povo, a geração de um povo é parte de uma cultura. Ao ser intransigente com essa cultura geracional você está sendo intolerante. E como qualquer intolerância cultural que temos notícia, sabemos a repulsa, a exclusão que isso promove. Então essa pressão cultural de gerações, inflige o conflito que mencionei.

CONCLUSÃO.

Sempre mantenha sua mente aberta. O mercado ou mundo como queira visualizar, tem conflitos diversos. Crises ali e aqui. Tudo que pode ser gerenciado. Reduzido ou até mesmos anulado. Em muitos casos as crises são crônicas, elas precisam ser amenizadas e outras podem ser utilizadas a favor. Nem sempre, e muitas vezes, é perigoso usar a favor. A crise de geração é um comportamento nocivo corriqueiro e histórico de nossa sociedade.

Toda geração se permite no lugar, de chegar ao pódio, e dizer poucas e boas, como uma linha de desabafo do que uma linha lógica de criação. Você quer passar aos mais jovens lições ou broncas? Podemos não notar isso no dia-a-dia, porque estamos na correria da vida. Mas lições e broncas são diversas vezes por nós criadas com diferentes roupagens, e podem nos enganar. Nossas ações, como costumo dizer aos meus alunos e clientes, tudo é uma estratégia. Mesmo quando não estamos falando de Marketing.

Tudo que você fala, faz, não faz, ou pela metade, ou inventa, ou cria, mente, fala a verdade é uma comunicação. Você transmite algo a alguém. E essa transmissão influencia, cria, orienta e educa. Pode ser positiva ou negativa. Ela transformar. Essa transformação nos permite entender o conceito de evolução social. No passado era comum ter pianos nas residências, hoje é comum ter computador conectados a internet.

A geração dos anos 2000 podem ver uma inversão evolutiva, ao ver novamente pianos nas residências como padrão cultural. E será que vão criticar? Vão dizer que a geração está involuída? Que é tecnofóbica? Ou vai se permitir olhar para a nova cultura geracional? Deixe esse artigo para que vocês possam desfrutá-lo. Até a próxima.