Resumão Stranger Things 5 Parte 1

Ficarão disponíveis neste final de semana.

Data: 18/12 às 18h30

Data: 19/12 às 18h30.

Data: 20/12 às 18h30

Data: 21/12 às 18h30

Stranger Things + Biografia da Eleven + Curiosidades + Resumão de todas as temporadas

Curiosidade sabia que o IT foi citado dois anos antes do livro?

Fiquem ligados

Debate: Livros ou Histórias em quadrinhos?

Obs: Nenhuma parte desse texto foi escrito por uma IA.

Antes que — discutamos sobre o que é melhor — prefiro destacar que ambos são dois materiais que divergem em como a comunicação acontece. Portanto que eu não vou classificar que livro ou histórias em quadrinhos é superior ao outro. E nem serei isento, que há vantagens entre as duas formas de ler uma história. Vamos lá?

Nos anos de 1960 quem lia HQ era marginalizado, visto como uma pária do mundo literário — exatamente excluído — porque para muitos, como para ABL (Academia Brasileira de Letras), HQ (Histórias em Quadrinhos) não é literatura. A enorme massa de pessoas e suas opiniões, contrastam entre si, o que é melhor e pior. O pensamento daquela época mudou e hoje temos um lugar ao sol com uma certa medida de respeito.

Mas não se enganem, apesar do murmúrio não ter mais dedos apontados, HQS ainda são marginalizados. No entanto a propaganda sobre inclusão social martelada nos últimos anos, promoveu uma sensação de que alguém maldizente sobre uma forma de se entreter, não ser aquela que esta aprova, ela se torna uma excludente ou uma intolerante, portanto essas pessoas que no passado tinham um efeito de megafone, hoje não o fazem em sua maioria por terem a dúvida de serem canceladas.

Há uma menção na ABL sobre um artigo publicado no jornal em fevereiro de 1975 que menciona por eles o momento Histórias-em-quadrinhos por ocasião de uma influência do crescimento desta em solo norte-americano, segue o recorte abaixo:

O resumo deste artigo é que a ABL promove uma locução pelo momento. Prestar atenção nos movimentos toda instituição precisa realizar. Então não podiam ignorar. Uma vez que livros demandam tempo e as revistas podem ser lidas aos montes em questões de horas. E isso poderia caracterizar uma vazão de leitores pela facilidade e o conforto da agilidade em absorver histórias, por isso que, é importante entender além do artigo e porque ele foi publicado.

Este movimento não insinuava reconhecimento de HQ como literatura, apenas que eles estavam cientes do que ocorria. Mas neste artigo eu não estou aqui para desmerecer o que a ABL aprova ou não aprova como literatura e nem seja acham ou depreciam que HQ seja menos. Mas que isso foi um momento da história do Brasil onde houve esse aceno.

Agora eu vou dar minha opinião, ou seja, é um espaço articulista e visa sobretudo exibir aos leitores um ponto de vista.

O que eu acho?

Vamos começar pela HQ…

HQs no meu ponto de vista e acrescento uma afirmação da própria ABL, menciono porque esta o fez uma vez, e nos ajudará a compreender o contexto, também não é literatura. Apesar de HQ possuir histórias, background, diálogos e narrativas. A literatura é expressamente o uso das letras\palavras para criar um universo, contexto e caracterização sem ajuda visual. Do contrário, HQ é um portifólio visual com alguma palavra. Mas você não precisa da narrativa para entender o visual dos personagens, dos cenários, das intenções; ainda que as narrativas enriquecem o envolvimento nosso como leitor naquela ideia.

Mas eu tenho algumas revistas, umas 500, e não lembro de ter visto alguma história descrevendo personagens. Ou ambientes. No máximo lançando um vislumbre de reflexão. Um conjunto de provocações para que o leitor seja compelido a ler as páginas e entender o que vai acontecer. Praticamente você folheia a HQ apreciando a arte visual. HQ é arte, isso sem sombra de dúvida. Arte visual, usa da imagem para comunicar.

Tanto que um quadro, ilustração não é considerado literatura. Mas é parte do movimento literário porque faz parte dos elementos históricos. Mas dentro de uma classificação, um quadro expressa uma comunicação visual e não verbal, portanto não literária (letras). Eu vejo nas HQS uma coletânea de artes, de esboços e artes finais dos artistas. Eu vejo também na comunidade de gibis, hqs; os leitores fixam-se em lembrar os nomes dos roteiristas e dos artistas, dos ilustradores. Mais ainda dos ilustradores.

Porque a HQ, apesar de levar consigo uma grande bagagem narrativa, ela é 98% de arte visual. Onde a concepção dos trabalhos visuais são a parte que é mais apreciada nas HQS. Agora eu posso destacar um ponto, que me faz pensar que muitas vezes quando eu leio HQ me sinto um pouco entediado. Não porque a HQ é chata, mas porque ela não contém textos mais longos.

Talvez um dos pontos, além da história, que me cativou, foi o número de 1986 de Doutor Estranho — Shamballa — distorce muito o que é um hq padrão, já que ela é praticamente mais texto do que gráfico, se caracterizando como uma Graphic Novel. Que é praticamente um livro com figuras. Noto que parte do que leio em HQ é praticamente “apreciação visual” e um toco de narrativa. Dai distingue o meu gosto.

É engraçado citar que mesmo a imagem expressa, eu sinto que o livro que não tem imagem (Exceto Graphic Novel), tem mais movimento que uma HQ. Acho que podemos concordar quanto à isso. Mas ainda na HQ, acho que me prendo bastante a história e algumas nem precisam muito de texto, por exemplo, Akira de 1988, as figuras falam por si. Mas será que tem uma adaptação literária? Seria interessante, porque é o que vimos no Anime, tem um lado que nada dá para ver na HQ. E que só livro ou adaptação televisiva, é capaz.

Concluo que HQ, ao meu ponto de vista, é uma obra de arte visual que contém narrativa. Mas que expressa mais o diálogo entre os personagens ou situação, do que precisamente como suporte de criação de um universo, de certa forma, não temos liberdade para criarmos o que estamos imaginando. É como olhar um pôster com um balão de diálogo. Nem por isso é ruim. Na realidade aprecio que a HQ seja um momento extremamente relaxante. E muito do que eu li, eu gostei.

Agora Livros…

Eu tenho uma perna, não, talvez duas pernas em gostar de livros. Sou um adepto do gênero terror, sobrenatural e ficção científica, a ordem anterior é inversa por gosto. Mas dentro desses, que gosto de uma lógica, quero uma explicação, não sou de ler o que parece ser gratuito ou sem conexão com explicação, isso vale para série e filme, quase improvável para HQ, já que a arte visual em si, transmite uma diferença do que em texto o faria. Acho que a justificativa certa seria — é um desgosto gastar um tempo lendo algo que não faz sentido nenhum e ao contrário de olhar uma figura que pode gerar desconforto, mas por alguma explicação óbvia não perdi tempo em vê-la ou assisti-la (séries\filmes).

Eu sou um escritor, tenho alguns planos para sair um livro em breve, escrevo muito e leio muito. E acho que aprendo mais com livros do que com HQS. Eu sinto que elas são mais para break (tempo de recreação) do que para ensinar algo. Essa é a polêmica. Porque HQS tem por trás uma lógica de moralidade e aventuras de superação, mais do que os personagens, temos na realidade os roteiristas e ilustradores que nadam entre tubarões para fazer seus projetos serem impressos e distribuídos, quando estes são independentes.

Mas os livros eu sinto ser muito diferente. Eu consigo enxergar o personagem, eu leio muito Stephen King e Lovecraft, são dois autores, do segundo para o primeiro, extremamente descritivos. Você enxerga a cena, são prolixos o suficiente. Minha escrita é muito parecida, é tal como carregada com metáfora, figuras de linguagens e alguma eloquência, produzindo uma comunicação mais rica e mais envolvente.

HQS elas pecam (elas possuem outro objetivo) em ser apenas visual ou quase. Eu prefiro ler toda a coleção do Guia dos Mochileiros das Galáxias e vou me sentir um aventureiro espacial, em probabilidades surtando ao número 42 (de Douglas Adams), do que ler uma coletânea completa, do personagem que eu gosto, que é o Dr. Estranho. Eu tenho dois livros do Dr. Estranho, uma que noveliza o Multiverso da Loucura e o outro que é uma criação original que envolve o primeiro vilão que apareceu na primeira vez que Dr. Estranho surgiu em julho de 1963 na Stranger Tales 110, o Pesadelo.

Este é o Sina dos Sonhos. Sabe por quê isso acontece? Acho que quem lê muito livro não vai precisar eu falar. Mas quem só lê HQ, talvez seja interessante. Nas HQS eu preciso pescar para saber quem é Dr. Estranho, não é complicado também, mas é preciso ler umas 30-40 revistas para compreender em sua totalidade, a integridade do que é o mago de artes místicas. Não digo o que é, mas quem é Stephen Stranger. Há tantos números que dizem que a família dele toda morreu, ele é sozinho no mundo, mas é fragmentado.

Em um livro, você saberia quem é, porque acredita, porque se tornou médico, porque parecia um Dr. House de arrogância, não digo em poucas páginas, mas você sairia do livro sabendo quem ele é. O cara que carrega a capa nas costas. Esse cara. E nas HQS, eu preciso ler centenas para chegar nesta conclusão, não estou aqui considerando fazer pesquisa na internet, sem complementos, só HQ. Com o livro sinto que estou com uma enciclopédia na mão. E é o tipo de leitura que eu gosto.

É uma comunicação mais intelectual. Vamos apenas refletir que esse intelectual não tem razão excludente, nem elitista. Eu digo intelectual, porque ela envolve mais informações, mais concentradas e elencadas; digo como uma ordenação mais didática, do que a HQ nos apresenta. Eu olho para HQ, e vejo uma peça de obra de arte visual e eu vejo no livro o conhecimento do mundo. A expressão, o livro nos faz fazer uma HQ, talvez a HQ nos faz escrever um livro.

A imaginação é algo que o livro nos permite. Eu já li inúmeras histórias, e não sei como, quando eu releio algumas delas, as imagens que eu tinha criado voltam todas, como se fosse há cinco minutos. Lembro que associo até imagens de fotografias, ou mesmo games, séries para recriar o cenário que o autor tanto descreve. E nem precisa muitas vezes descrever minuciosamente, basta falar que tem um pinheiro, e vou associar a alguma coisa que eu vi.

É uma relação intimista o livro. É algo que criamos das palavras. Quando eu escrevo, eu sinto descobrir a história conforme eu a desenvolvo em tempo real. É como se eu estivesse lá. E claramente isso torna-o mais favorável; favorável ao meu estilo de entretenimento.

Livro ou HQ?

Se leu até aqui, já deve ter notado a preferência. Vou contar algo, que não sei é comum entre outras pessoas, quando comum não me refiro a estado de anormalidade e sim se não é frequente — que ao jogar games, eu costumo reimaginar os conceitos do jogo mesmo que eles já tenha sido desenvolvidos, é algo como repaginar o que a HQ me fornece, mas eu nego, e faço minha autoria valer mais, a minha imaginação sobrepõe a realidade do game. Foi assim que eu perdurei em Skyrim por 14 anos sem usar MODS.

HQS é o que eu falei. O sentimento sobre ela, tem mais valor, quando eu sei sobre as histórias das pessoas envolvidas. Conhecê-las por fragmentos é igualmente interessante, não digo que gosto de respostas dadas, porque eu adoro um mistério. Mas o problema não é ser revelado em parcelas quem são aqueles, porque isso nunca foi um problema. Mas chega uma hora, que eu quero entender quem é Dr. Estranho. Quem é esse cara? A filosofia dele. Sinto que há um freio na HQ em relação á isso, é óbvio que estamos falando de diferentes criadores, arcos que repaginam o mago de formas diferentes, algumas características estão lá, mas outras não.

HQS são expressões que refletem quem as cria e os projeta. Os livros, ainda que possam ter alguma alteração (que costuma ser um furo, um erro), no meio da trama, quando esta deforma o que era antes para outro sem muita lógica é que culmina na observação de erro, mas quando o livro mantém do começo ao fim uma versão diferente, mas depois nas sequências promove continuidade, sinto ter mais relação com essa expressão do que aquele que vive mudando o perfil do personagem, que é algo comum em HQS.

Gosto de interpretações novas, mas também gosto de alguma consistência. Talvez por cultura da HQ, eu como leitor, prefiro adotar algumas características para o Dr. Estranho, que talvez não bata em sincronia com nenhuma versão nas HQS. E entendo que estamos falando de adaptações por pontos de vista, que também não é um problema.

E nem é por isso que eu gosto mais de livro quanto HQ. O que me faz gostar de Livro mais que HQ, é que livro é como Minecraft. É um mundo sandbox que possui características que foram criadas pelo autor (programador) e que seguindo as regras (descrições) eu posso criar um mundo como eu quiser (narrativa\trama) e ter alguns efeitos que quero ter como recriação de obras que existem na vida real. Diferente da HQ eu não consigo me ver nela, mas no livro eu consigo transpor para a história, é como Jumanji.

A discussão entre linhas…

Lembra do começo desse artigo? Que eu falei que nos de 1960 era comum a inclusão de um indivíduo em situação de marginalização por consumir histórias em quadrinhos? Ainda que tenhamos ainda algum tipo de desafetos, podemos também considerar um outro ponto que eu não quis, intencionalmente, fazê-lo no começo do artigo.

Eu produzo conteúdo não apenas para o Mundo Pauta, eu tenho um canal chamado Junca Games, onde eu faço análises e reviews de diversos assuntos. E já fiz de algumas HQS. De Livros só apenas cite recomendação. E dai outro dia, eu comecei uma leitura dos livros de Stephen King que possuo, começando pelos contos de começo de carreira, lá em 1969 e 1985. E o que observei foi bastante interessante.

Com as HQS que fiz de review, eu exclusivamente, dedico 90% do vídeo mostrando imagens e artes e a história, um pouco menos de 2 minutos para falar. Para que eu enriqueça, precisaria ler a biografia de cada personagem e montar um dossiê que seria mais abrangente. Ou seja, as HQS de Stranger Things, Alien, seria mais sobre os personagens fora daquele ecossistema do que a HQ em si.

Partindo desse tipo de raciocínio, eu pensei que o livro é diferente neste quesito. Eu leria umas 10 HQS e isso renderia dez vídeos, talvez no máximo de cinco minutos. Se for para falar somente da HQ, um pouco menos que isso. Agora o livro, ou conto que podem ter neste último caso, cinco ou trinta páginas, é uma média — renderia um vídeo de uma hora — no melhor dos casos. Por exemplo, eu produzi um vídeo de 1:30 (1 minuto e 30 seg) para falar de uma curiosidade que tinha em um conto de 1984 de Stephen King que mencionava Pennywise 2 anos antes de fato de ser criado.

Mas o conto, envolve tantas conexões, que vai de Histórias Maravilhosas, Twilight Zone, Quinta Dimensão e LHC (Colisor de Hadron), que isso daria facilmente 30 min ou 1 hora. Mas HQS eu não consigo fazer, sendo apenas ela. Se eu fizer uma coletânea de biografias, dai estamos falando de algo mais enriquecido. Mas o livro ou conto, consegue fazer por sua conta algo mais ‘corpulento’ sem precisar sair muito dali.

Por um lado eu leria revistas mais rápido, mas precisaria pesquisar muito para produzir um vídeo robusto, eu leria um livro completo de 300 páginas, talvez em cinco ou sete dias, uma semana? E produziria um vídeo principal e outros que pudessem compôr a obra. Mesmo eu li ontem uma história chamada Excursão de 1981 de Stephen King, publicado na revista americana Twilight Zone, só esse conto daria 1 hora ou 2 horas de vídeo. Dado o tanto que daria para falar sobre ele. É como ter papo para festa.

Acho que isso resume o meu ponto de vista. HQ apreciação artística, talvez um afã em relação aos trabalhos nacionais e o máximo de leitura para complementar é praticamente ler todos os livros sobre mercado de HQS. Quando que basta um livro para você ter o mesmo nível de conversa. Até porque é óbvio, HQ é um quadro e livro é um Wikipedia. É o resumo mais acessível que posso escrever.

Até a próxima.

Dossiê Biografia Completa | Johnny Silverhand