Há tanto que falar, que se perde nas estribeiras que adaptação não é apenas ‘mudanças’ e sim uma coligação. Ou vamos reinventar e mudar o nome ou vamos reusar e fazer uso do poder do ‘naming’. Tudo o que vamos falar tem mais haver sobre a indústria e sua fidelidade como um todo do que apenas The Last of Us. Vamos lá!
[Debates aqui são apenas para ressaltar que mudanças e adaptações fariam e não sobre os tópicos em si]
De uns tempos pra cá, foi aceito no papel, que Branca de Neve fosse interpretado por uma atriz que nada tinha haver com a protagonista, uma história que não referenciava em nada sua própria existência, se fôssemos capazes de completar a frase – “Por que fazer uma adaptação live action do clássico de 1937, mas não vamos usar nenhum elemento do original”, seria aceitável falarmos que não é uma adaptação e sim uma nova interpretação, independente se o resultado foi ruim ali.
O que significa adaptação? Bem ela está mais associada ao ajuste do que a reimaginação ou nova interpretação. Adaptar qualquer coisa, mas nos relacionando ao meio de comunicação e literatura, que é o caso, dita como algo que se transforma para a abordagem. Uma pessoa que lê um livro, sabe que algumas partes não funcionariam na tela e vice-versa. Daí a adaptação funciona. Mas ela não funciona quando há descaraterização. Aqui estamos falando de uma nova interpretação.
[Nova interpretação permite a mudança da natureza do personagem ou situação]
Na série de Harry Potter escolher um intérprete que faça um personagem como ele foi descrito (criado) terá que ter elementos que o fundamentam. Ou isso ou ele não fará ou terá o mesmo impacto. Isso quer dizer, que supera até o nível de atuação que estamos ditando. Vamos um caso muito similar ao do Severo Snape que é o ator que está sendo mais criticado. Nick Fury nas HQS é representado por um personagem branco no MCU foi substituído por Samuel L Jackson, um personagem negro.
Agora entenda que isso não faria nenhuma diferença. Por quê? Nick Fury tem sua história que independe do gênero e etnia que ele fosse representado. Agora pega Superman, se estivermos em uma realidade do Snyder e não de Donner, seria Superman negro aceito? Lembra que de Donner ele foi aceito por ser uma época que o debate racial, gênero e representatividade não era um foco. Mas se espelharmos a sociedade que temos hoje, um personagem negro em um papel de ‘imigrante’ (alienígena) seria aceito também quanto um personagem branco?”
[Independente a realidade um personagem em um papel?]
Superman branco de Henry Cavill chegou a ser preso. Mas ele foi coagido ou por livre espontânea vontade se entregou? Será que o exército teria tido a mesma devida paciência que teve de esperar? Sabemos que infelizmente essa abordagem mudaria sobre a cor do personagem. Estamos em um terreno volátil de discursões aqui, o mérito não é posicionar, mas simular.
Seriam tratados iguais? Não mudaria nada? Todo o debate utilizado hoje e não em 1978, se manteria? Sabemos que a personagem Supergirl tem uma forma de lidar com sua realidade muito RADICAL em relação ao superman. Se o gênero muda o conceito, qualquer outra coisa muda o conceito.
Se Superman, filho de Jo-rel e Lara, fosse a princípio uma mulher, ela lidaria com os problemas na sociedade bem diferente do que Ka-lel faria. Seria ela aceita em uma redação de jornalismo começando por cima ou seria uma Lois Lane, que no primeiro filme parece nem saber como se escreve? Ela é uma jornalista…mas ela é tratada diferente do personagem masculino. Já na série de Supergirl com Melissa Benoit temos uma outra realidade.
[Adaptação não requer ‘alteração’ e sim ajustes]
Quero fazer discutir que personagens que assumem outras realidades serão diferentes da obra. Não estamos falando e adaptação e sim nova interpretação. Daí temos um conceito muito diferente do que vemos sendo defendidos pelos ferrenhos não fiéis a obra original, ou talvez a momentânea cegueira cultural sobre ser fã e não genuíno a obra. Já pensou um Gandalf versão mulher? E se Frodo fosse um adolescente? Vamos para algo que foi ‘interpretado’ e não ‘adaptado’.
A anciã de Dr. Estranho para o MCU é uma nova interpretação. Em 1963 até onde se sabia, apenas homens ostentavam o ‘direito’ de serem vistos como figuras de lideranças, e de dentro de templos, os monges com os maiores níveis de poder. Até hoje, não é aceito na religião católica, haver uma papa mulher, e nos ditos dutos filosóficos, monges normalmente são liderados por um monge homem. Então, Gao, que o nome real do ancião tem um impacto diferente ser for homem e mulher.
[E se Ripley de Alien fosse um homem?]
Provavelmente ele não seria ‘dono’ de um templo, estaria ou só no pé da montanha ou estaria envolto de mulheres, para manter uma persistência de poder. Gêneros diferentes disputam lideranças, gêneros iguais aceitam a liderança, mesmo que a haja disputa. Vejam os caças-fantasmas feitos por uma versão de mulheres que ora tentou ser como os originais, deu certo? Se tivessem criado do zero, estaríamos falando de outra forma.
Se não há diferenças para nós, que personagens com gêneros, etnias e níveis culturais, então banalizamos o conceito todo que envolve inclusão social. Dai que é um tanto peculiar que a discussão seja – “É uma adaptação, nem tudo estará como no original.” e quando faz diferença Snape ser branco porque no fundo ele sofreu Bullying, se junto ao Lorde das Trevas, retornou e se tornou uma figura respeitada, para alguns que sabiam desses sacríficios. Agora tira o personagem ficional, e coloca isso na vida real.
[E se Wandinha fosse uma alienígena e não humana?]
Agora muda o personagem branco para o negro, haverá um impacto muito diferente. Não é? Agora muda para homem para mulher. Não haverá diferenças? Normalmente como Snape age, ele esconde as emoções como todo homem faz, se fosse uma mulher, ela seria mais aberta ao que sente. E isso mudaria a dinâmica do personagem. Não é mesmo? Faz diferença mudar fatores como esses.
Adaptação nesse caso seria mudar o estilo da roupa, ou de torná-lo menos ‘sinistro’, mas ainda com um toque que fosse identificado como uma pessoa traumatizada. Porque é o que ele é. Mas se mudarmos de branco para negro, o conceito de ‘luta’ muda.
[Descaraterização não é adaptação, e sim uma nova interpretação]
Porque estaremos falando muito mais do que perda, do que bullying. Os impactos sobre uma sociedade diferem quanto á tudo. Porque os problemas são também outros. Uma violência é sentida diferente por diferentes pessoas. Quando pequeno, eu não ouvi alguém me dizer qual era o meu lugar. Mas já ouvi relatos de mulheres dizendo que na mesma idade elas ela ditadas. Veja a diferença.
CASO: THE LAST OF US (ABBY, ELLIE)
No game Ellie aparente ter 14 anos no primeiro e 19 anos no segundo. Ela cresce, muda a aparência e tem outras atitudes associadas a sua idade e realidade ao qual vive. Quem se lembra, em 2013, a aparência foi discutida a similaridade da então aparência de Elliot Page (como Ellen Page, e ao tom que Beyond Two Souls era lançado).
Por aparência podemos dizer que não pesa muito. Mas faz diferença que Lara Croft seja britânica, tenha tranças, corpo atlético e seja uma curiosa arqueóloga. Mudar qualquer um desses, tem impacto.
Para uma personagem como Lara (sendo branca) em um mundo hostil de dinossauros, alienígenas e contrabandistas. Não é nada problemático se mexermos em gênero, cor, tamanho e fisionomia. Mas quase tenho certeza que isso já mexeria com as pessoas se fosse mudado. Aliás, Lara Croft tem uma caracterização familiar desde dos anos 90.
Mas em uma interpretação literária, não faz muito impacto contrário aos gostos, que ela fosse até homem. Mas dai recairia em Indiana Jones. O que acabaria sendo uma cópia. Mas se ela é mulher, nem sequer associamos ao personagem masculino. Porque sendo mulher, ela tem TODA uma outra estrutura. Percebem? O mesmo faz quando falamos de Ellie.
Em representação cênica, se escolher uma atriz que nada tem haver com a fisionomia da personagem, e isso não impactasse a história, qual seria o problema? Aliás, a atriz Bella Ramsay é mulher, branca, não é americana como a personagem e provavelmente tem algum nível de interpretação e atuação.
Dai teríamos uma seleção enorme para este papel. Mas pelos diretores que quiseram, usarem o nome “adaptação” quando na realidade ao priorizarem não fazer igual, estamos falando de uma nova interpretação?
Na realidade, vou ter que discordar da minha própria impressão. Não faz diferença. Contanto que ela fosse crível ao papel. Mudaria muito se fosse homem ali, outra idade, mais avançada ou outros fatores que já vimos nesse artigo. Isso mudaria muito as coisas.
Na primeira temporada, Sarah é branca nos games e é negra na série (Essa mudança alteraria os cursos da relação Joel)? No game não houve tanto tempo para entendermos o que seria ter uma filha ou tampouco família, tirando o Tommy e a conturbada relação durante os anos de pós surto. Mas a pergunta é: Pra quê mudar? O que quiseram dizer? Pior que fosse, a personagem mal dura e morre.
Os esporos que é uma realidade impactante no game, não aparece por decisão dos diretores. Mas sem os esporos, a cena icônica de Joel olhando para Ellie enquanto ela respira e nada acontece, tem um significado muito diferente do que vemos na série. E isso torna tudo menos “hostil”. Ela vai viver em ambiente hostil, ele sem máscara não. Já mudou um pouco o conceito aqui, percebem? Esse mundo de The Last of Us não parece muito…temido.
Ainda que a série tenha conseguido adaptar, muito de The Last of Us é sobre os personagens. Há a parte das piadas, que acontece em ambas as obras. Mas preciso certificar de uma coisa, de modo parcial, não achei a interpretação da atriz fenomenal, ela parece ler o script mais do que realmente atuar como Ellie.
Nessa cena temos uma Ellie que tenta em um mundo caótico, viver como uma adolescente normal. Mas até ali ela é uma sobrevivente. Eu não senti isso quando ela conta as piadas, porque no game, ela faz essas piadas enquanto estamos vasculhando locais.
E na série, ela faz essa piada na beira de estrada como se estivessem de férias. O impacto é diferente. Muito da encenação não é apenas saber ler o que foi dito. E sim sentir. E apesar de que temos dois atores ali, não senti em momento algum que isso demonstra o mundo em que eles vivem.
Agora vamos falar da aparência. Estamos discutindo fisionomia e não ‘pessoa’. Portanto não vou fazer uso depreciativo. E sim característico. Bella Ramsay tem uma aparência menos madura, no entanto ela fez uma personagem de 14 anos (tendo 22), não é muito incomum isso acontecer. Por isso que nos 80 e 90, adolescente parecia mais velho.
Eles faziam personagens e 17 com atores beirando os 30 anos. Mas alguns tinham cara mais jovem e isso ajudava. Certo tempo, eu vi uma série chamada “Take my brother away” em que a atriz chinesa Sun Qian (Qi se pronuncia como Tchi) tem na série 15 anos e na vida real tinha 22.
A atriz britânica tem o que é chamado de idade neutra. Ela não parece ser mais jovem e nem mais velha. Então papéis que exigem idade, pode ser um desafio. Mas não estamos falando de obras originais. E sim de influências de obras já existentes. Ela não convenceria ninguém ter menos de 19 anos. Claro, que uma roupa aqui, menos maquiagem ali e um jogo de câmeras, pode fazer você ter a impressão que ela é do jeito que se espera.
Outro truque é de deixar o cabelo crescer, deixar a aparência mais envelhecida e novamente usar as câmeras para criar uma impressão óbvia de amadurecimento e agilidade. É como no caso da atriz Isabelle Furhman em a Orfã.
No primeiro filme, ela era criança mesmo. Então fazê-la parecer uma ‘adulta como criança’ não era desafio. Mas ao contrário, mesmo com móveis maiores, uma mudança de luz e câmera, dá para notar que ela está adulta fingindo ser criança. Acaba não convencendo muito. E nós aceitamos que ela ‘pareça’ crianças, porque ela está reprisando o próprio papel. Se ela fizesse a primeira versão hoje em dia, ela não seria aceita e teria uma avalanche de críticas.
Então se a aparência por ora não seria um grande problema, mas no caso da Ellie é. Ela teria que superar em expectativa de atuação. O que também não convence muito. Já que a Ellie do game não é bem o que foi mostrado na série. No primeiro jogo, ela é rebelde como toda adolescente. Mas ela tem aos poucos, esse lado jovial que ainda quer superar ao mundo. Tanto que ao jogarmos como Joel, vemos a todo momento, ela tentando se enturmar, querendo fazer parte e sabendo que talvez, ela seja mais importante do que pensava, aliás ela carrega a cura.
Na série…não vemos nada disso acontecer. Vemos a atriz Bella Ramsay recitar o script. A desenvoltura dela não é ruim, mas para esse papel, não encaixou. E isso não tem haver com a aparência dela. Que sim destoa do que estamos acostumados. Mas ela não convence ser a Ellie, tampouco em ser uma personagem em um mundo distópico e caótico, e nem que ela é orfã.
E que está na prática sozinha no mundo, do lado de um homem traumatizado e mal encarado, porque Joel só nos convence ter um lado mais humano, ao longo do game. Ela se sente ameaçado com ele, já que inicialmente, no game ela fala que nem se importa com ele e ele retruca. Na série, a gente não vê essa “brutalidade” que os dois expressam.
Quando falamos de segunda temporada, temos um impacto maior. Porque como no game, estamos falando de uma Ellie mais amadurecida, mais raivosa, com os seus próprios dilemas e sua vida, ela é uma mulher adulta e se vê deslocada. Aliás Joel meio que tirou esse “direito” dela. Na percepção dela, por isso ela ficou chateada com ele, é porque ele mentiu sobre o real valor que teria a imunidade ao mundo. E ela se sentiu de novo “menos importante”. Foi uma traição no conceito dela.
Envelhecer no caso dela é um elemento importante. A atriz, agora a aparência passa a contar, não parece ser uma mulher mais velha. Ela tem aparência muito jovial e menos marcada pela sobrevivência daquele mundo. A Ellie da série tem cabelo comprido e solto, a do game tem um coque e vive se escondendo de estaladores. Tal como a cena faz mostrar na série que ela é o bambã…o quê? No game, não há momento algum que eles estão acima do fungo. Eles são presas e sabem disso.
Essa á uma fase de descaraterização completa. Aqui estamos falando de uma nova interpretação. E não adaptação. E isso significa dizer que estamos falando de uma nova Ellie, uma nova Dina, um novo Joel, um novo mundo, um novo fungo e uma nova realidade. Menos temida, menos obscura e muito menos letal. Qual é o problema? É que não estamos falando do The Last of Us que conhecemos em 2013 e depois em 2020. Estamos falando de uma obra diferente que usa o nome do game, mas ora temos uma nova interpretação.
Abby não é musculosa como no game, não sei se irão ou não apostar nisso, mas Abby não é musculosa quando não é apresentado. Ela passa 5 anos procurando Joel, e depois que ela faz esforço para virar um tanque de guerra. Será que ela vai adotar o garoto Serafita (cicatriz), pelos mesmos motivos (pesados) em que eles se encontram? Ou teremos uma Abby menos compassiva. Aliás, ela adotou o menino por sentir remorso em matar o Joel. Ela está mais para Abby do que está a Ramsay para Ellie.
Mas é uma icógnita. Porque em The Last of us faz sentido uma sinergia das partes. Se a Ellie parece uma personagem que nada aparente ser ameaçadora, a Abby não veria ela como um problema maior. Se compararmos, mesmo no game, a Ellie é sedenta de ira. Ela consegue superar tanto, que até grávida ela mata. Mas a gente consegue ver isso na Ellie de Ramsay? Provavelmente vamos ter que concluir o seguinte e veremos isso na parte final agora.
CONCLUSÃO.
The Last of Us foi um jogo criado em 2013, com uma DLC para contar a origem da imunidade da Ellie e um game que ganhou o GOTY em 2020. No primeiro jogo somos Joel, no segundo somos Ellie e Abby. No mundo dominado por um fungo, por uma sociedade precária, desumanizada, por esperanças perdidas e uma tentativa de colocar ordem. Cada personagem tem suas características, de aparência e de personalidade, e nisso consiste The Last of Us.
De tudo que discutimos, faria diferença a Ellie ser homem, faria diferença ser negra ou branca, faria diferença ser mais velha e mais nova em momentos diferentes da história. Ter um braço machucado, ter uma perna de pau e ser cega de um olho. Isso tudo mudaria os conceitos da história. Mas para todos os efeitos que vou dizer para não falar “isento” (ou popular o isentão). Gosto de The Last of Us e talvez estejamos sendo muito críticos, porque estamos considerando este live action sendo uma adaptação do game, e partirmos daqui como uma nova persperctiva.
The Last of Us live action como série não é o The Last of Us game. São obras diferentes. Não estamos falando de adaptação e sim de uma nova interpretação. Por um lado, quem é fã do game se sentiu traído e quem não é fã, não está se importando. Se olharmos bem, é o que se espera. Se a obra fosse original, haveriam mais debates para quem nunca jogou do que para quem jogou. Lembram do primeiro episódio? Como foi uma recriação da cut-scene do primeiro jogo. Viram alguma pessao que nunca jogou o game falar que aquela cena era ruim? Mas viu o gamer do jogo falar “FIDELIDADE”, não viu.
The Last of Us carrega o nome porque é forte. Se fosse começar do zero, passaria batido. A maior lógica é entender que a série não é o game. É apenas entender isso. Não tem esporos, não é a Ellie que conhecemos com algum nível de maturiade (tanto criança como adulta), os personagens não são tão fieis, é tudo uma nova interpretação.
E quase sempre é isso. Lembram do Residente Evil de Paul Anderson e Mila Jovovich? Eles pegaram elementos da série REVIL, mas nada prática eram personagens paralelos a trama do script realizando as proezas que vimos acontecer com Claire Redfield, Leon e Rebecca.
Apesar do nome “adaptado” eu diria que Resident Evil neste caso foi uma nova interpretação. Onde até Alice nos País das Maravilhas foi usado como analogia. Foi bom? Se você vir a obra independente do original, vai doer menos. Se tentar ver similaridades vão sofrer muito. Agora olhem para adaptação live action do Bem vindos ao Raccoon City, essa conseguiu pegar a essência do Resident Evil 2 (game).
Se os fãs do games, como eu, virem essa obra como uma nova interpretação. Vamos se importar menos com falhas óbvias do que seria uma real adaptação. Fora isso, é a vida que se segue? Talvez não. Porque esperávamos algo parecido como Fallout. Que seria menos sofrido, porque Fallout não é uma adaptação direta de alguma história contada nos jogos, mas se passava 20 poucos anos depois de Fallout 4, aliando elementos e personagens indiretos a trama. E olha, conseguiram fazer uma excelente adaptação.
The Last of Us teve mais novas interpretações do que adaptação da obra. Não estamos falando de uma novelização e sim de uma nova forma de ver o mundo de esporos. Por um lado temos fan service, que são as cenas que beiram do game e os que não conhecem a obra original, poder desfrutar, um filme genérico de infestação. Se por um lado você pensava que seria uma obra legítima, por outro lado consegue perceber que neste artigo, The Last of Us não é fiel ao game. É uma versão dos fatos, como a Anciã do MCU para o Ancião das HQS.
Espero que vocês tenham gostado e até a próxima.
