Japonês (48) – Japonês vs Chinês: É mais fácil?

São duas línguas similares, não são tão distantes como a gente ouve falar por aí. Japão foi influenciado deveras pelos ideogramas (Hanzi) chineses, muitas das histórias, mitologias e até trejeitos foram transmitidos entre os dois povos. Quando a China era China, o Japão foi registrado pela primeira vez como o povo de Yamatai que vivia na Ilha de Yamatai.

O termo Nippon que muitos também conhecem foi o segundo nome, até ser Nihon, o que é hoje. China em Hanzi pega dois ideogramas que significam “País central”, porque eles se consideravam (e consideram o centro do mundo. Japão significa “Saber do Sol, Doutrina do Sol” não literal já que estamos falando de ni (日) que significa sol (a depender, dia ou segunda-feira) assim associado a outros Kanji. E hon (本) que pode ser traduzido como livro (e pode ser combinado para virar constituição, estabelecimento, nacionalidade, demarcação).

Em Chinês se usa os mesmos ideogramas mudando apenas a pronúncia que riben. Do contrários termos outras similaridades e diferenças. Vamos lá!

CHINÊS VS JAPONÊS: IDEOGRAMAS E PRONÚNCIAS.

A pronúncia do Japonês difere quanto a posição do KANJI em separado (Kun’yomu) e combinado (On’yomu). De tal forma que Manabu (学) e GAKU (学) quando este associado a um adjetivo (ou qualificador) e outro sufixo como é o caso para formar a palavra escola. Em Chinês você não altera a pronúncia de separado e combinado, isso já torna o chinês um pouco facilitado.

No Chinês simplificado, que no caso o Mandarim que todos estudam, não é exatamente igual. Alguns ideogramas tem um traço a mais ou a menos, tem uma volta extra ou até uma direção ínfima diferente. Mas a maioria possuem o mesmo significado com pronúncia diferente. Sim um chinês conseguiria entender alguma parte de um texto simples em japonês e vice-versa.

Consta que todos os KANJI japoneses existem no idioma chinês, o contrário não. Há 10 mil Kanjis contra 50 mil Hanzis.

ESCRITAS.

Chinês só tem uma escrita, o uso do Hanzi. Possui uma gramática menos complicada. Japonês tem três escritas (prioritariamente depois se usa mais Kanji com do que hiragana em uma distância absurda do uso do Katakana. No início você usa mais hiragana e depois vai migrando para o Kanji.

GRAMÁTICA.

Chinês é bem mais fácil. A gramática é exatamente da língua portuguesa. Se escreve e fala do mesmo jeito. As pronúncias são iguais para hanzi separados e combinados.

Japonês tem uma estrutura mais complexa, se escreve “Pronome | Tempo | Lugar | Objetos | Verbo”, há dois tipos de pronúncias Kun’yomu (separado) e On’yomu (combinado).

FALA (PRONÚNCIA).

Chinês é tonal, e sim, o que ela facilita em gramática, dificulta na fala. Há Hanzis com pronúncia quase igual (não é por incrível que pareça), mas seus dizeres lembram a mesma frase e palavra. Isso torna o Chinês uma língua explicitamente complicada.

Japonês no que dificulta na gramática, facilita na fala. Você consegue entender porque há diferenças, há pouca tonalidade. A ausência de acentos e falas para dentro do Japonês, promove uma sonoridade menos confusa. Você mesmo que não entenda o significado, consegue distinguir os sons.

INFLUÊNCIA EXTERNA.

Chinês quase não tem nenhuma influência estrangeira em seu idioma. Eles possuem palavras para tudo. E caso usem, irão fazê-lo como no Português, fazer uso direto sem conversão.

Japonês tem uma gama absurda em influência estrangeira no idioma. Se no passado, o país teve períodos de isolamento total, podemos dizer que depois da Restauração Meiji e a forte influência dos Estados Unidos na ilha até 1972, o idioma sofre de um estrangeirismo acima da média.

ORIGINALIDADE LINGUÍSTICA.

Muitos ao estudarem o Japonês se pegam nas palavras escritas em Katakana. Escrevi um ou dois artigos sobre isso. O maior risco é confundir palavra de origem japonesa com estrangeirismo e vice-versa. Para quem entra em contato, até se engana que o Japonês não consegue se firmar sozinho com tanta influência externa.

Mas para toda palavra estrangeira há um sinônimo em Japonês. E grafar tudo em Katakana é quase sempre um erro. Já que essa escrita só serve para duas situações: Estrangeirismos como nomes próprios (tanto de pessoa como produto\marca) e para destacar.

O segundo caso não tem desculpa, porque se quer destacar pode ser fazer uso (no digital) do negrito e do sublinhado) e no tradicional basta usar os símbolos de L nos cantos diagonais, que existem na língua.

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