Análise Literária (1) – Alquimista de Lovecraft

Aos ávidos leitores de contos de terror, esta análise literária, dos contos de Lovecraft o alquimista. Quando se trata, de obras que beiram o surrealismo e constroem seus alicerces, sobretudo, com o imaginativo de nossas suposições, quando que, são histórias tão comuns, com finais mundanos, não se me entendam mal, é precisamente por causa de nossa expectativa, é que muitas histórias comuns ganham força sobrenatural.

Os trabalhos publicados por Lovecraft são sempre lembrados pelos tentáculos, mas muito além de criaturas bizarras, ou como o autor gosta de fazer uso, funestas, os contos beiravam ao imaginário tanto pé no chão como criatura divinas originárias da profusão inventiva do autor e as obras que haviam na época para referência.

Stephen King é um escritor logicamente conectado a influência direta de H.P Lovecraft. Muitos dos seus contos são transições dessas ideias, muitas das quais semelhantes. Qual escritor não se pega em uma referência? A forma descritiva e adesão pelo mundano, fazem dessas histórias que seriam romances, dramas ou policial em gênero tão comum, porém há uma pitada, que os torna nada normais.

Em Alquimista de Lovecraft, o foco é apenas uma família aparentemente amaldiçoada por mortes prematuras, que os acometem aos 32 anos, em exclusividade, os homens. E há uma revelação sutil quanto ao que parece o motivo, uma vingança. Um homem acusado de tirar a vida de outro que parece ter sido acusado de rapto e bruxaria.

O crime acontecera na idade média e se estendera até os dias atuais. Em certo ponto da trama, você pensa que há uma maldição, algo que acomete a breve vida aos 32 anos sempre. Por que, a vítima há 600 anos, tinha 32 anos quando foi acusado e morto. Todos os da família daquele aos 32 anos eram ceifados.

No final do conto, é possível notar que essa parte é tão relevada, que os próprios que sucumbiu a injustiça no passado era o autor dos crimes de vingança. Então que o atual membro da família maldita, descobriu que muitos dos eventos rancorosos ocorreram séculos após, colocando em xeque com essa evidência, que seria impossível. Já que o próprio estaria morto há 600 anos. Como vingariam? Será que a vítima deixou descendentes, na ocasião, o seu filho que presenciou a injusta obra dos nobres.

E você vai pensar que sim. Mas não era. Neste caso entra o título do conto para entender. A alma vingadora havia descoberto através dos estudos da alquimia o fruto da imortalidade, a famosa pedra filosofal, que permitiria a extensão da vida humana por um tempo tão próximo do sempre.

Era de fato assim que o então injustiçado buscava vingança, na imortalidade descoberta, seguiu e encerrou a vida de cada um daqueles que faziam parte da família que o condenaram por um crime sonso. E apenas ele. O final do conto lembra aquelas películas dos anos 40 e 50, em que a conclusão no lugar de subjetiva, era apenas anunciada.

Como uma enorme revelação do vilão.

Por falar em vilão, nas histórias de Lovecraft, de forma não tão generalista, sua escrita basicamente revela fatos como de uma veracidade de nosso mundo, mas com os pés no sobrenatural e nos segredos da imaginação, combatidos com sua fama de parecer sobrenatural por todo, quando na realidade, temos uma história quase viável, mas com um toque de mistério fantástico.

Há o também a Fera da Caverna que não conta exatamente como um conto assustador, apenas que o nosso ponto de vista, centraliza o terror do desconhecido, coisa que o autor, faz questão de ocultar sobre nós na história e o conceito dos personagens e obviamente, a fera e a caverna. Essa análise fica para outro artigo.

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