Vale à pena ver Dr. Estranho (1978)?

HISTÓRICO

Foi feito em 1978 um filme para televisão do Dr. Estranho que teve como consulta o falecido Stan Lee. Na época, ele afirma ter gostado muito do resultado. A direção ficou a cargo Philip DeGuere Jr (Dir. Além da Imaginação anos 80, roteiro de Magnum e JAGS: Ases invencíveis) com o elenco formado por Peter Hooten (Soulearter, House of blood), Jessica Walter (Archer, Caindo na Real), Clyde Kusatsu (George, o curioso; Viagem ao topo da terra), Anne-Marie Martin (O homem que veio do céu, Days of our lives) e Michael Ansara (Babylon 5, Jornada nas Estrelas: Voyager).

A história é basicamente uma alteração das revistas em quadrinhos de 1963, e talvez uma das origens inéditas do mago supremo. Um psiquiatra chamado Stephen Strange é confrontado por uma paciente com pesadelos. É também abordado por um senhor de idade que o considera um sucessor, em suas próprias palavras. Descobre que é herdeiro de poderes mágicos e que deverá confrontar Morgana La Fey e um demônio ancestral, que planeja voltar a terra e dominar a humanidade.

A origem diferente das HQS, dos filmes e da maioria das adaptações. O Dr. Estranho é um psiquiatra e não um cirurgião, ele não se acidenta, apenas é a confrontado por um mestre de artes místicas conhecido como ancião, auxiliando por Wong, afirmando conhecer o pai de Stranger e que ele iria sucedê-lo com o próximo mago supremo, no entanto no filme, a denominação é Guardião da Luz.

Morgana La Fey faz aparição juntamente do que seria a paixão de Stephen, Clea. E neste caso os poderes mágicos são herdados através de um anel e não propriamente vindas do feiticeiro. Há uma interessante mensagem sobre as escolhas que Stephen realiza no filme, e que são interessantes, pelo fato de que nesta época, os efeitos visuais não fossem muito bons, portanto é uma história centrada na filosofia do mago, que muito parece com Shamballa de 1986.

PRÓS E CONTRAS.

Um filme de 1978 feito para TV tem muitos pontos positivos até comparados as suas versões cinematográficas atuais. E pode ser uma excelente escolha para assistir aos que são fãs do mago supremo ou os que tem curiosidade sobre histórias de magias.

PRÓS:

  • O filme é centrado na história;
  • Muito se fala da filosofia do caminho do mago;
  • Há participação dos principais personagens: Clea, Morgana, Ancião e Wong;
  • As cenas de batalha mesmo que simples são semelhantes as HQS dos anos 60;
  • A trama envolve Clea, a primeira paixão e um dos primeiros personagens das HQS;
  • É um filme verdadeiramente de Dr. Estranho.

CONTRAS:

  • Nunca teve uma continuação.

COMENTÁRIOS SOBRE OS PRÓS E CONTRAS.

Não sou adepto de filmes antigos. Há muitas coletâneas ótimas, e na própria época dos anos 70 existem safras como o Grande Búfalo Branco, que é o único filme de faroeste que gosto. Não pela temática, mas pelo monstro. História sem fim, o princípio da quadrilogia alien, de volta para o Futuro, Goonies. E ainda que fosse uma época pouco favorecida pela tecnologia computacional e efeitos visuais, por este motivo, as narrativas eram bem mais centradas. E isso tornava muitos filmes, a depender da categoria e gênero, bem melhores que versões atuais.

E falo não apenas pelo trabalho de fotografia, a beleza da iluminação, da contracenar ou mesmo a atuação. E sim um conjunto completo de cada um desses detalhes. Por exemplo as cenas de Poltergeist de 1982 apesar da tecnologia inferior, é mil vezes melhor que a versão de 2015. Apesar do filme explorar o ‘mundo invertido’ que só foi revelado em Poltergeist: O Outro lado em 1986. Dando uma outra versão mais tenebrosa.

O único contra é que não teve realmente continuação, um desejo do editor, porque acredito que nunca houve pretensão. Contra os filmes atuais do Dr. Estranho, esse vi 4x. E não é um filme de infância, vi agora adulto.

VALE À PENA.

Sim. Recomendo especialmente para os que são fãs das HQS, mesmo que as atuais, e que a manutenção da filosofia do mago, que mais aposta pelo lado de ser um ser humano comum portando poderes e sabedoria arcana. E para quem é leitor desse personagem, já percebeu que ele tem um lado detetivesco e essa ambientação legal de achar formas de resolver os problemas, procurando em tomos antigos ou em segredos de uma dimensão alternativa.

O filme prima justamente pela filosofia do mago, da descoberta, do conflito e de sua transformação, tudo que representa Stephen Strange. Minha nota para ele é 10.0.

Um pensamento sobre “Vale à pena ver Dr. Estranho (1978)?

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