NOTA ANTES DO ARTIGO.
Neste ano vou lançar o curso especialista de marketing jurídico com foco em ensinar a prática da publicidade e propaganda jurídica estabelecida pela resolução do código de Ética e do novo provimento 205/2021 e de preparar o(a) aluno(a) para novos desafios. Dividido em quatro módulos, do básico ao especialista.
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Para estudantes e profissionais de publicidade e direito. No final deste artigo mais informações sobre o curso, objetivo e material.
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BREVE INTRODUÇÃO.
Imediatismo é um estado de comportamento que exige rapidez precisa. Ainda que possamos discutir a possibilidade de manter uma performance ininterrupta de resultados positivos e ideias, não devemos manter em nossas atividades o conformismo de entregar ‘para ontem’ quando não seria possível, somente apenas, para vender uma habilidade que você julga ter (Ser The Flash) e sacrificando o que é importante, sua saúde mental e física por uma mesquinharia.
Imediatismo ignora limites. Não se prenda ao que se pede. E sim a qualidade do que se pede.
Não devemos confundir a necessidade de emergência de uma ação com uma rotina urgente. Explico que quando alguém precisa de urgência ela é algo eventual. Mas quando isso se torna diário, temos não mais uma urgência, e sim uma rotina. O problema da rotina ser todo o tempo entrega rápida, é que uma hora, você não será capaz de suprimir essa necessidade. E por quê será? Somos humanos, não é. Erramos. Imagine se você faz tudo com extrema rapidez. O ditado ‘o apressado come cru’ não se refere a uma totalidade e sim uma casualidade.
Planeje a solução. Nenhuma se permite ir mais rápida. Toda solução precisa resolver problemas e não partes deles, ou mesmo, criando outros problemas.
Soluções imediatas não são as mesmas soluções em todos os casos. Difere-se devido a complexidade do problema. Uma solução rápida é válida quando lidamos com algo que é considerado um probleminha. Quando estamos falando de problemas mais fortes, a solução nunca será para ontem. E se for, você considerar assim, a solução não vai resolver, vai agregar o problema.
Então vamos ver os 5 perigos do imediatismo que você precisa parar de fazer. E veja que irei relacionar tanto como quem pede (cliente) e de quem oferece a solução (vendedor). Dentro de diversos nichos, aqueles considerados industriais e comerciais, os 5 perigos do imediatismo, tem impactos proporcionais. Então se uma cadeia de produção pular etapas de fiscalização para entregar rápido, o impacto será enorme em comparação a um vendedor que quer vender para 3 pessoas ao mesmo tempo.
Pense na qualidade da entrega. Não pense no retorno para si e tampouco a compensação.
Enquanto que um vai fabricar mil carros sem freio, o outro de maneira menos impactante, irá perder 3 clientes. Claro, devemos extrapolar, esses 3 clientes vão fazer uma propaganda negativa. E talvez ele perca muito mais. Mas no caso do carro defeituoso, serão perdidos não vendas, mas sim vidas. O impacto é mil vezes maior.
A. ENTREGAR EM 2 DIAS O QUE É EM 7 DIAS.
Famosa tática de concorrência. Isso porque, se você entrega o mesmo, considerando a mesma qualidade, para elevar o preço, normalmente é considerado encurtar o período de uma tarefa para menos, para assim atrair clientes com fome de bola. Mas normalmente, são os que mais reclamarão dos resultados. Por quê? Se você sabe que leva 7 dias para executar uma tarefa, por que você acha que ira, executa-la na mesma qualidade em 2 dias? Segue que nossa avaliação nunca considere os pormenores quando decidimos assim.
Não minta sobre o tempo que você leva. Se o seu cliente prefere o outro, não se queime em vender soluções que não pode entregar.
7 dias sempre nos oferece espaço, tempo, cautela para imprevistos, contornos e entregas seguras. Mas 2 dias. Você pode até pensar que consegue. Mas se calcular bem, parte de sua qualidade no atendimento, ora na solução, ou em ambos, poderá sair prejudicado. E quando digo ‘pode’ no sentido de ‘talvez’, é que considero que até mesmo tarefas simples, podem sofrer essa compactação, mas discordo que você terá controle algum, se a tarefa for só um pouco mais complexa.
B. SOLUÇÕES IMEDIATAS PARA TODOS OS PROBLEMAS.
Não existe solução imediata e tampouco para todos os problemas. Existem diferentes soluções para diferentes situações e dependendo do tipo do problema, o nível de complexidade. Portanto consideramos que, ao pedirmos ajuda ou soluções, é necessário compreender uma análise profunda sobre o problema, pode acarretar mudanças de planos.
Nós desejamos sempre que as soluções não nos movimentem. Queremos estar sentados, de olhos fechados e esperando o resultado positivo. É uma utopia. Nenhuma solução gera o mesmo resultado. Em muitos casos, o pedido de uma reforma em um apartamento pode até não lhe fazer necessariamente, ter que sair, ou ter que optar por outro meios. Mas na maioria dos casos, sabemos que reformas demoram, atrasam, são interrompidas, e neste meio tempo, somos obrigados a nos adaptar. Todos concordam?
Soluções são sempre específicas.
Não se conforme que a solução oferecida atende o que você quer. Entenda o que ela é. Para isso pergunte até ter certeza que o você fala, quem oferece o serviço, repetirá a mesma coisa. Por quê? Somos muitos criativos, sonhadores, então se pensamos que uma solução nos dará o resultado A, queremos supor, que teremos uma situação A no final, correto? Mas se o resultado for B? Pode mudar tudo, não é?
Claramente sabemos que no dia-a-dia, as pessoas olham para as empresas e ficam maravilhadas com aquelas soluções. E querem as mesmas para elas. E sabemos que isso nunca vai acontecer. Não se prenda a forma da solução, nem a cor, nem o visual e nem nada à isso. Pense no que a solução vai trazer.
Coloque um ponto fixo na solução. O que ela trará. Pense nisso.
Se você quer uma parede azul, o pintor irá fazer de outra forma que ele fez em outro cliente, o que importa, é que a parede terá que ser azul. Entende? É mais fácil ver assim, mas no dia-a-dia, sabemos que é um pouco diferente, então fiquem atentos à entrega e não como se entrega.
C. É PRA ONTEM.
Quem nunca? O pra ontem não existe. É claro que é uma forma de dizer, muito levemente, que devemos trazer soluções rápidas. Mais do que os problemas possam se desenvolver. Mas esperamos que o problema seja resolvido totalmente, não é mesmo? Tirando situações simples, as mais complexas, e infelizmente as mais comuns, não podem ser resolvidas com um simples toque em 5 minutos.
Não confundam medidas de controle com medidas de solução. E qual seria essa diferença? O problema ser resolvido leva tempo. Para ele acontecer, é um curto prazo, seu estrago também é em curto prazo. Portanto nós temos a urgência de apagar o incêndio. O prédio em chamas ficará seguro sem o fogo e as labaredas destruindo a estrutura. Mas para reformar o prédio e evita-lo em sua queda iminente, vai levar, talvez um ano?
Medidas de controle x Medidas de Solução
A medida de controle é apagar o incêndio. Resolver o impacto imediato. O artefato danoso. Remover as moscas, espantar os insetos, expulsar intrusos. Mas a solução ela é sempre a longo prazo. Ela quer resolver o problema definitivamente ou por um período muito grande. Então você não resolve problemas em um dia. E sim, durante anos. Neste quesito temos uma outra medida.
A medida de solução que é um planejamento de contenção e representação que permitirá a reconstrução do que um dia foi. No nosso comparativo, o prédio em chamas. A medida de controle apaga o fogo, e ao longo do tempo, a medida de solução resolve o perigo do prédio cair e dele ser habitado novamente em segurança.
D. NEUROPLASTICIDADE AUXILIA O IMEDIATISMO.
Posso até concordar, pelo menos cientificamente. Mas de uma forma mais humana, digo, que não concordo. A neuroplasticidade é um recurso natural do nosso cérebro de aprendizado. Nós aprendemos utilizar uma espécie de ‘plasticidade’ de absorção. O conseguimos em parte por criar hábito e depois por entender do que se trata. Aprendemos a subir escadas, antes de entender o processo de escalar escadas.
Esse tipo de treinamento nos permite criar um hábito de ação. Ou seja um reflexo. Quando vemos um degrau, nosso corpo se prepara para levantar o pé, e articular a coordenação de um pé e outro pé. E o uso da mão para manter o equilíbrio. Nosso comportamento, momentaneamente, altera ao subirmos uma escada. Quando estamos em piso plano, nossa atenção diminui um pouco.
Aumento de ansiedade libera cortisol. Que além de nos manter alerta, também é responsável por gerar inflamação no organismo.
Por que discordo? A resposta é simples. A neuroplasticidade ela cria reflexos dentro do contexto de raciocínio. No lugar de apenas agirmos, nós pensamos em nossa ação. Mas isso leva tempo. Precisamos repetir até o nosso organismo compreender isso. E dado uma associação. Tanto é que quando nos sentimos pressionados, começamos a suar, nosso coração bate mais rápido, nossa pupila afunila, tudo porque estamos pronto para correr ou atacar.
Esse é um comportamento treinável. O mesmo acontece para dar soluções imediatas. Sim, é apropriado e não, pois nos afeta negativamente em nossa saúde. Ter agilidade para situações de perigo é diferente quando tratamos de soluções corriqueiras. Para soluções como, problemas na conexão da web, o servidor caiu, o cliente ficou sem atendimento, a venda não ocorreu porque o cliente ficou insatisfeito. Tudo isso é elevado ao grau máximo de ansiedade, mas nós devemos nos acalmar, para dar soluções.
Para evitar o burnout. Você precisa associar a dar soluções calmamente. Mesmo as urgentes.
São soluções técnicas. Diferente de um ataque de um animal, que nós reagimos de imediato, devido a necessidade de sobrevivência, é válido. Mas para dar uma solução formal, não faz sentido treinar o corpo para reagir a tal.
Ainda que você possa pensar que sim, lembre-se que como somos associativos, a solução que você tem no escritório pode se repetir fora dele. E deve na maioria das vezes ocorrer. Se o imediatismo nos exige a todo instante ligar os nossos sensores de ‘perigo’, você acaba viciando o corpo a entrar em exaustão constante. Fora e dentro do ambiente de trabalho.
Logo você sofrerá muito com ansiedade, estresse e burnout. Não são as síndromes que mais nos atacam no dia-a-dia na nossa atualidade? Ou seja, usar esse recurso de aprendizado para ensinar o corpo para dar respostas rápidas, porque você precisa atender uma demanda ou ganhar mais dinheiro, pode fazer você entrar em exaustão a todo instante, sem necessidade.
E. MENOS TEMPO É MAIS.
Mais tempo é mais. Coloquem isso na suas cabeças. Fazer em pouco tempo, nunca será de fato, um resultado de qualidade. O imediatismo exige para ontem tudo para hoje e muito mais para amanhã. Se fosse humanamente possível, seria maravilhoso. Mas não somos máquinas. E nem máquinas são como nós. Não somos substituíveis. E tampouco somos transponíveis.
A virtualização do tempo, banalizou que nós seríamos capazes de acompanhar tal demanda. Acaba que no final não temos solução, e muito estresse. E como é acumulativo, o estresse agrega a cada dia, gerando menos produção. Logo a solução fica mais distante, e a insatisfação mais próxima. O mesmo se fala da exigência do que as pessoas precisam oferecer, por exemplo:
- Um formando no ensino médio já tem que ter o conhecimento de 10 anos de alguém no mercado;
- Um formando na faculdade a exigência é 2x maior que a do ensino médio.
Ninguém na terra saiu de uma faculdade e demonstrou com detalhes uma entrega tão valiosa como a ‘Teoria da Relatividade’, para ser mais ilustrativo. Em média, uma pessoa leva uma década para se tornar perito em algo. Quem dirá ser uma pessoa multidisciplinar. A exigência das variadas empresas pelo mundo e digo não apenas empresas, mas clientes ou situações que exigem alguma resposta, elas fogem da proporcionalidade.
Pese na balança: Sua saúde ou a solução do cliente?
Veja que nosso nascimento já começamos com 9 meses contados, nós ocidentais zeramos essa contagem e consideramos 0. E depois de 1 ano, temos a idade referida. Mas nós sempre temos a idade completa + 9 meses. Seria oficialmente obrigatório, uma criança ao nascer, saber ler e escrever, já que na prática, ela tem quase 1 ano de idade? Ninguém exige. Na Coréia, por isso a menção ocidental, considera que você tem 1 ano de idade ao nascer. Ou seja, nós teríamos 1 ano a mais em nossas idades.
Isso significa que na prática, ninguém se forma com 17 anos. E sim com 18 anos. Ninguém começa andar com 3 ou 4 anos, e sim com 4 ou 5 anos. O formato imediato se baseia no tempo. Tempo esse que nós como seres humanos mensuramos para controlar. Mas não há um relógio por aí no espaço dizendo que a terra tem 4.5 bilhões de anos. Nós definimos que ela tem esse tempo pelo cálculo do carbono. Mas porque queremos dar forma as coisas.
O conceito de tempo é relativo. O que leva você a considerar o que quer fazer com ele.
O tempo em si é relativo, depende muito das leis de cálculo. Em muitos planetas do nosso sistema, o dia passa em algumas horas. Ou leva anos. Se consideramos esses anos em dias, um dia tem muito mais que ’24 horas’. Será que seríamos menos exigentes? Pois teríamos mais tempo? O mesmo recai no famoso sonho científico, a imortalidade. É válido a filosofia sobre isso. Porque da certeza única que temos, é que possuímos um período de tempo para realizar o nosso trabalho e a nossa vida.
A questão seria, vamos gasta-la nos estressando? Pode parecer utópico, mas quando nós estávamos na escola, o maior estresse era passar de ano. Agora, alguém liga para este desafio? Temos um novo agora. E daqui a alguns anos, nem vamos nos importar. Mas o que fica, é o que fizemos com este tempo. Curtimos, vivemos. Oferecer soluções no trabalho, é temporário. A mesma solução que veda o problema na segunda-feira, pode deixar existir na semana seguinte, porque tem outro problema.
Quando vivemos no imediatismo, para nossa conclusão, nós vivemos em função de. Esse ‘de’ são corriqueiros ou passageiros. No passado nós vivíamos estudando para passar de ano. Mas estudar também era para aprender. E nos levar a caminhos que gostaríamos de estar. Então ou você vive estudando para dar resultados ou para abrir um leque maior desse caminho.
O QUE PRECISAMOS SABER?
- Imediatismo nunca será a solução;
- Temos soluções simples e complexas, para ambas, a calma exige tempo;
- Medidas de controle podem ser aplicadas para ‘conter’;
- Medidas de solução sempre serão a longo prazo;
- Tempo é relativo, depende de como você o usa no dia-a-dia;
- Avalie se a solução na sua empresa é maior que a sua saúde.
E uma conclusão final, nós trabalhamos fundamentalmente para nos oferecer uma compensação e sobrevivemos. Em contrapartida, essa meta desaparece quando somos pressionados a realizar soluções ‘meramente’ corporativas sem atender ao ator principal, que somos nós. Lembre-se sempre, quando for oferecer sua solução para alguém, o objetivo é de atingir o seu plano. E não em função da satisfação sem ‘limites’ das demandas. Se um problema exige mais do que você pode entregar, e isso obviamente, não vai atingir o seu objetivo pessoal, recomendo repensar.
Espero que vocês tenham gostado desse artigo. Deixem sua opinião, o espaço é de vocês. Lembre-se de conservar sua saúde mental e física diante de qualquer exigência do mercado. Não se deixem ‘reféns’ das compensações, porque hoje você vai pensar que valeu a pena, daqui à alguns anos, pode ser menos apreciativo que nada daquilo valeu tanto como se esperava.
EM BREVE 2022 – LANÇAMENTO.
CURSO ESPECIALISTA DE MARKETING JURÍDICO.
SOBRE O AUTOR.
Rafael Junqueira é Professor, CEO e Diretor de Marketing da Junqueira Consultoria. Publicitário e especialista em Marketing Digital e Marketing de Relacionamento. Possui mais de 8 anos em experiência em Marketing Jurídico, autor de mais de 100 artigos. Pós graduado em Adm. de Marketing e Comunicação Empresarial (UVA), Marketing de Relacionamento (IBMEC) e Gestão de Riscos em Marketing Digital (ESPM).
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