Deus Ex: The Fall – Vale à pena?

Deus Ex: The Fall uma espinha?

Após 9 anos, decidi jogar The Fall. Talvez o tempo tenha tornado o vinho em vinagre de uma certa forma. Em 2011, os gráficos de Deus Ex: Human Revolution eram…bem melhores. Desacostumado, vejo que o Mankind Divided combinou bem a luz e o shade no lugar certo para obter talvez uma das melhores composições gráficas que a saga de Deus Ex, iniciada em 2001, foi capaz de criar.

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Deus Ex: The fall

Deus Ex: The Fall inicia o prólogo antes de Human Revolution e prossegue após a derrocada realizada por Adam Jensen em Pangea e enviar o mundo para um destino que fosse mais ao seu gosto. Estando na pele de Adam parecia justiça escolher um destino por todos. Estando do outro lado da moeda, foi uma péssima escolha qualquer uma das opções. Não parecia muito caber a uma pessoa escolher o futuro de todos.

Você é Benjamin ‘Ben’ Waxon um ex-mercenário modificado que precisa a todo custo fugir das autoridades. E depois de ter o seu esquadrão na operação Rainbird na Austrália aniquilado por uma força que se relevou como Namir. Se falha a memória, este é o grandalhão que invade Sarif Industries e coloca Adam Jensen na maca por meses. Mas depois ele mesmo vai para o beleléu depois que o Robocop ensina uma lição.

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Deus ex: The Fall

Nos mesmos moldes de Deus Ex, você tem um mundo aberto, escolhas, elementos de RPG, melhoramentos, ou seja se já jogou Deus ex, mais para os atuais de 2011 e 2016, é o mesmo de sempre. A interface não muda em nada, a história segue o canône da saga, seu personagem é outro, mas as interações são exatamente as mesmas. Fica muito claro que a Square Enix queria deixar que o arco fosse seguido sem dar muito pulo. E conseguiu.

O único problema é que repete muito da mesma fórmula. Se é algo que podemos falar é que time que está ganhando não se mexe. Correto. Mas The Fall é exatamente uma cópia de Human Revolution, para não dizer que se altera um pouco de Mankind Divided, até aqui a repetição não é exatamente uma má ideia. Tampouco o gráfico que está bem mais do que ultrapassado.

Gráficos toscos, história repetida, sem Adam Jensen.

O jogo foi lançado 3 anos depois em 2014. Ou seja ele tem 6 anos. De lá para cá, há motores gráficos bem melhores. E há tecnologias que permite texturização muito mais sofisticada. Mas existe um pesado “downgrade” em relação ao próprio Human Revolution, o que já tem pontos contra. E a história repete na dose: Personagem invade complexo, personagem é traído e depois perde tudo, começa do zero. Familiar?

Ainda que fosse mais relevante lançar 3 anos após o jogo e ter uma história no mínimo igual, bem não é a toa que no site do Metacritic, as avaliações foram bem negativas. Há duas notas dadas, um que é fornecida pelos editores do site e outra que é feita pelos usuários. Respectivamente 4.5 (14 críticas) e 3.0 (173 críticas), de um total de 10.0. Procurei o site porque pode ter sido só eu que considerei o jogo ruim. Mas não, é uma grande maioria que o considerou também.

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Deus Ex: The Fall

No steam há 2.631 de críticas negativas e 49 neutras. Nenhuma positiva. A grande maioria das críticas revela: Problema para rodar o jogo, gráficos abaixo da média, história repetitiva. O que é mais ou menos o meu parâmetro para dizer que o jogo não é exatamente uma obra prima. Mas gráfico nunca foi um critério para menosprezar o restante.

No entanto como esse jogo é um spin-off, ele mais do que o comum repete demais a ideia do antecessor e conecta-se ao sucessor com nada a acrescentar demais. Com uma diferença de 2 anos para o Mankind, é difícil de acreditar que o gráfico e a história do Human Revolution deu um salto considerável para Mankind, e que Fall literalmente deu um fall nestes requisitos.

Comparativos dos gráficos: (PC VS PC)

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Deus Ex: Human Revolution

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Deus Ex: The Fall

MOBILE.

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Deus Ex: The Fall

Especificamente haviam usuários dizendo que a versão para Mobile tinha um gráfico muito melhor que o do PC. Não comprovei, mas o do PC no máximo de detalhes são as fotos acima, tiradas por mim. A do Mobile foi tirada da internet.

Ainda que fosse o gráfico do SNES, a história deveria ser impecável. Sou adepto de games que tenha uma interatividade e história cativantes. Até hoje jogo Oblivion (Elder Scrolls IV) e Skyrim, mesmo com a remasterização, sabemos que aquela textura quadrada esta por ali. Mas a história e o jogo são únicos.

E sem esse charme da história, da novidade, da imersão. O game está fadado a cair. Espero que não aconteça o mesmo com Cyberpunk 2077. Está parecendo muito com a cara do Watch Dogs. E apesar de gostar do primeiro, o segundo nem tanto, ele foi anunciado como sendo um jogo super futurista, quando podiam ter feito um MOD para o GTA 5 sem precisar demorar tanto tempo para fazer um jogo que de interativo não tinha e nada inovador.

Vale à pena? Depois da barbeiragem crítica desse texto seria fácil dizer que não. Mas se supostamente uma pessoa deseja procurar saber se o jogo é bom e por esse critério achar que é, posso dizer que essa crítica é pessoal e não coletiva. Joguei, não desgostei exatamente, mas não é um Deus Ex legítimo, é uma história paralela, mas exatamente com a mesma mecânica sem mudar nada e a história senão igual, mas com o personagem diferente.

Para comprar? Espere uma promoção ou de graça.

 

 

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