Homefront: Revolutions

Breve descrição.

Em um futuro próximo os Estados Unidos é uma nação decadente e dependente da tecnologia Norte-Coreana. O período se torna insustentável, e o país cai na desgraça e submete a uma onda de efeitos negativos impostos pelos Coreanos e surge um líder que acha prudente dar cabo da conquista estrangeira com uma revolução que pouco tem a ganhar contra uma poderosa tecnologia bélica e um redutível poderio, mas há uma esperança, Ethan Brady.

Embora o ufanismo de jogar um título que seja de revolucionário e imite a ideia de Freedom Fighters do saudoso Playstation 2 onde você tinha a árdua tarefa de contra atacar, neste caso, contra os Russos que invadiram os Estados Unidos, não é interessante em muitos aspectos Homefront da Deep Silver. E por quê?

Talvez pelo fato do jogo ter sido mal programado, mal otimizado, finalizado e estruturado em uma jogabilidade que lembra Massive Onlines Games, e nada contra, esqueça um pouco da ideia de Revolutions em uma espécie de Fortnite off-line.

Quando você pensa em ser um revolucionário, ou ainda que seja na teoria, é um combatente que usa do poder massivo (quando se tem um) ou da guerrilha. Suas armas são a palavra (o discurso) e a furtividade (Quem não te vê, não tem mata). Até que temos uma proposta interessante, cenários open world, sidequests imersivas, gráficos bonitos…mas para por aí. E retrocede um pouco.

Apesar do progresso possibilitar um conformismo em relação a missões extremamente repetitivas, onde na Zona Vermelha ou Amarela você tem um nível diferente de desafio, digo no ponto de que um levasse mais tempo que o outro para conseguir apoio, e não que em ambos você precisa destravar o mapa inteiro independente do que você foi fazer lá, é a missão que define uma base histórica.

Além é claro da burrice irritante dos NPCS, e não estou falando da pouca ajuda dos revolucionários, bacana é ver um conflito entre Norcos (Soldados Coreanos) contra os rebeldes de uma forma aleatória, mas fica nisso, eles são um povo mal de mira, morrem com tanta facilidade, que você com uma pistola sozinho mata uma guarnição inteira e ainda salva o dia. A burrice também é vista pelo modo ‘trilho’ do jogo.

Open World é uma ilusão mesmo, você tem o mapa aberto, mas não necessariamente aberto a possibilidades. Quando você começa o jogo, o líder da revolução, o conhecido Voz da Liberdade (DLC – Voice of Freedom), Benjamin Walker é pego. E sua missão em todo o jogo é imposta por um imbecil chamado Jonh Parrish e Dana Moore que mais parecem duas capivaras nervosas e inexperientes.

Você saca que Benjamin Walker é apenas um problema maior, e a revolução gasta todo tipo de recurso até mesmo o roubo do século de um Golias (um tanque na mão do NPC é um máquina de guerra) e na nossa parece um pequinês cego e manco, para resgata-lo. Ok, líder da revolução.

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Mas Parrish e Moore demonstram que não entenderam a revolução. Um homem não faz uma guerra, no teu caso, faz. E por isso merecíamos sermos os novos líderes. Nem Walker chega perto do estrago que o Brady faz no jogo. E insistem o jogo inteiro em fazer uma resgate e você é a cobaia. De tudo, é obrigado a ser preso, a ir numa zona perigosa e em uma emboscada que dava sinais de ser uma emboscada, por isso Open World é uma ilusão e sua liberdade é uma mentira da Matrix.

Não se engane, este jogo é muito linear. E vamos aos pontos.

Personagens.

  • Benjamin Walker é o líder da revolução. Mas ele é pego logo de cara. Intuindo o jogo todo para resgata-lo;
  • Sam Burnoutt – Médico que prefere ser escravo do que lutar pela liberdade. Sempre culpando a todos das perdas, mas sempre isentando os Norcos do massacre. Ele o culpa de que as pessoas estejam morrendo;
  • John Parrish – É uma espécie de braço direito da revolução, mas é uma porta de burro. Ele quer resgatar Benjamin sobretudo porque ele acha sem o líder tudo pode ir pelos ares, a revolução e a luta;
  • Dana Moore – Tem um passado traumático com o prefeito Simpson e se uniu a revolução mais com um pretexto de vingança, quase colocando tudo a perder no final do jogo;
  • Norcos (Coreanos) – Possuem todo um aparato bélico de última geração e está disposto a suprimir a revolução;
  • Ethan Brady – Em resumo é o Caxias do jogo e o Rambo também, tão mudo quanto Gordon Freeman.

Cenários.

Na prática temos duas zonas que mudam as regras do jogo. Apesar do termo Open World, encare como um mapa grande onde o formato das missões atendem a uma ordem à sua escolha, mas que também seguem um raciocínio padrão – Restaura a ordem no mapa e desbloqueia sua saída. Os gráficos são belos, até mesmo antes do patch de atualização que corrigiu alguns bugs e performance.

As zonas são vermelha e amarelas. Ambas tem a mesma dificuldade dos inimigos. As duas exigem destravar a região para ganhar apoio, a única diferença de ambas, é que na vermelha você tem mais rebeldes numa média de 6-9 para recrutar e na amarela, normalmente você vê um ou dois no máximo.

No progresso do jogo, os cenários vão ficando mais intensos, mas as missões são sempre as mesmas.

Missão.

Salvar Benjamin Walker. Que você como jogador já teria raciocinado ser uma perda de recursos apenas por um homem. Se você resumir sua missão suicida, vai reparar que o custo e o esforço para resgastar apenas um homem seria o necessário para expulsar os Norcos. Mas estamos falando de John Parrish no comando. E um personagem, você, mudo e que segue o que te mandam fazer. Fica a salva de que o jogo perde em muito em uma proposta de MMO Off-line.

A jogabilidade não preserva a escolha própria. Você não pode optar por invadir uma base que claramente está lotada de inimigos de uma forma furtiva. Tem um silenciador, que não serve para nada. Apenas uma ou duas vezes ele foi efetivo, quando só tinha um inimigo isolado. Se você atirar com um silenciador, o alarme vai soar independente de onde esteja esse inimigo.

O que lhe resta é pegar uma metralhadora do tipo Rambo e sair correndo enquanto atira, me lembrou Fornite e COD. Não há técnica, fora os comentários negativos, é que os jogadores online se divertiriam bastante com uma versão off-line com NPCS. Não há estratégia, pegue a sua melhor arma, com a melhor cadência e recarregamento e sai atirando. Ou sai correndo e acione o interruptor (Bandeira\Flag) e tome a base.

BUGS.

Não mencionei ainda os Bugs? Antes, não coloque na dificuldade Suicida, você vai quebrar sua casa inteira de raiva. No recruta você pode morrer com todas as vantagens no máximo, até aquela para aguentar até 25% de dano geral, com dois tiros de um soldado raso. O problema não é a dificuldade desses caras, você derruba eles. O problema são os bugs.

Antes do Patch tinha alguns bugs que eram intensos. Mas se acha que eles sumiram, não, eles apenas se tornaram menos frequentes. Uma base sim e outra não, um cenário sim e outro não. Não sei quantas vezes tive que matar o mesmo soldado que surgia no canto da fortaleza até que pudesse tomar a base. Totalizei 50 mortes para o mesmo soldado que teimava em dar Spawn sem parar.

E resolvia quando eu reiniciava o jogo. A ponto da base no lugar de ter 5 soldados usuais, ter apenas um. Era aleatória. Tanto que muitas vezes eu destruía um blindado, virava a esquina com apenas 5 metros de distância e quando voltava tinha uma tropa inteira lá. E você gastou toda uma metralhadora. Percebe o quanto isso era irritante? Sem falar que um lugar tomado também permitia que o inimigo surgisse do nada.

Enquanto você esta agachado pensando em ser o Sam Fisher do Splinter Cell, veem um Norcos que lhe vê, porque ele foi ‘renascer’ onde você estava passando. O que lhe obrigava a remover o status de domínio dos Coreanos se infiltrando em uma base para captura-la. O modo Stealh não existe, é um segredo mortal que nem do Bolo de Portal.

Sem falar que da infinita munição dos inimigos. Ok, é uma característica antiga. O NPC não importa se é uma máquina ou humano possuem o cheat de munição infinita. E neste jogo também de ‘nascimento infinito’ e de força infinita. E seus aliados de burrice infinita. E o pior é ouvir de Parrish no final do jogo – “Seria bom você saber o quanto é importante o que estamos fazendo aqui.” E você mentalmente retruca – ‘Seria importante que você parasse de pensar que é líder de alguma coisa também.”

MMO Off-line.

A jogabilidade de Homefront: Revolutions é um jogo off-line (só que on-line camuflado) onde o NPC quando possui, tem a habilidade de fazer Spawn e conservar uma taxa de adrenalina ao longo da sessão, para que você não perca o pique. Embora seja interessante que em um título de guerra como o HF, ele mata toda  ideia de guerrilha. Estamos falando de conflitos onde a palavra “Embush” (Emboscada) é citada no site oficial da Deep Silver, mas na prática esta mais para “Multiple Kill” do antiguíssimo “Unreal Tournament”.

Você é obrigado a lutar em campo aberto, porque se não o fizer, a cada 2 inimigos que você mata, surgem mais três vindo de todo o mapa. Sim, e isso mata a ideia. Se soubesse disso não teria investido meu tempo em Homefront. Os mapas são declaradamente modos do jogo “Capture Flag”, “Capture Case”, “Kill all”, “Deathmatch without team”, ok, a lista é grande, mas tanto faz o story mode. Empunhe uma metralhadora e saia da toca.

Você nota essa característica quando tem que matar um Golias, imbatível tanque de guerra, e quando tem um do seu lado, é mais fácil que você vá com sua pistola sozinho contra o mundo. Ele é fraco demais. E mais, como a revolução durou tanto tempo com personagens tontos e decisões piores?

Bônus.

Para quem gosta de Cortez, sim o personagem de Time Splitters, terá uma surpresa interessante. No distrito restrito (Prisão) você encontra no prédio da base de Smile, um fliperama e pode jogar a versão 2D e quadrada de Time Splitter 2. Um comentário irônico, pelo menos aqui os inimigos não voltam infinitamente.

DLCs.

  • Aftermath (Consequência) – Ocorre logo depois da batalha do Independence Hall. É interessante perceber que todas as suas vantagens (Armas, peças, capacidades de munição e kits médicos) que você conseguiu em Homefront: Revolutions é transferido para o DLC, você não começa do zero. E você precisa habilitar esse arsenal, não é logo de cara ao começar. Aqui você volta a maçante ideia, e agora você Ethan fala (mas continua não pensando direito), quer resgatar Walker. Descobriram que a propaganda negativa é uma coerção dos Norcos. Mas ainda sim é um risco que eu não correria por causa de uma única pessoa e provou-se um plano quase fatal na história anterior. Em resumo, Aftermath retoma ao jogo original, só que muito mais linear, muito mais difícil e muito mais ‘insano’ – Fornite Plus. (Nota: 5.0)
  • Beyond the Walls – Esperando a atualização. Ainda não joguei.
  • Voice of Freedom – Você agora é Benjamin Walker e mostra como a revolução da Filadélfia iniciou. Ainda jogando. Acontece anteriormente ao Homefront: Revolutions.

A nota que dou o Homefront: Revolutions é 4.0.

  • Existem muitos bugs de jogabilidade, gráficos, cenários, performance, lags;
  • Dificuldade insana até para o mínimo;
  • Proposta de guerrilha é uma fachada da Deep Silver;
  • É um jogo online off-line onde o combate é massivo, campo aberto e mata-mata;
  • A história e os personagens são fracos;
  • Os controles são intuitivos, e os DLCs conservam essa familiaridade;
  • O jogo é longo, mas muito do mesmo;
  • Tem vantagens (Perks) mas na prática não mudam muito o jogo para o seu lado.

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