Megatubarão

Dirigido por Jon Turteltaub lançado como Megatubarão (The Meg) abreviação de Megalodonte traz o elenco com Jason Statham, Bingbing Li, Cliff Curtis, Ruby Rose como o terror dos oceanos em 2018.

Com o currículo contendo o filme A Lenda do Tesouro Perdidos: Livro dos Segredos, A lenda do Tesouro perdido, o diretor Jon Turteltaub conta a história de um tubarão de ordem pré-histórica com 25 metros nadando e vivendo em uma região profunda do abismo.

A equipe do Mana-1 descobre que abaixo de uma fina camada de ‘poeira’ no próprio abismo, há mais que explorar. É quando eles são atacados ferozmente por uma criatura até então considerada extinta.

Os primeiros momentos do filme dão o ar do Tubarão de 1975 de Steven Spielberg que contavam com Roy Scheider, Robert Shaw, Richard Dreyfuss, Lorrain Gary e Murray Hamilton. Demais filmes da saga Tubarão retraram um animal odioso que assustava em diversas praias do mundo os banhistas desavisados.

O filme Do fundo do mar (Deep Blue Sea, 1999) também cria um contraste com o The Meg, pois se trata de um animal modificado para a nossa equipe. Um monstro de 25 metros que torna o desafio de um tubarão branco mais grave do que antes. No filme os tubarões são alterados geneticamente para começarem a produzir um enzima que fosse capaz de tratar o mal de Parkinson e outras doenças degenerativas.

Mas o que conseguem são tubarões super inteligentes que resolvem fugir do estabelecimento colocando os seres humanos em uma situação muito difícil.

E por último, Sharknado. Não se asssustem. Embora a comédia trash tenha sido uma referência para comentar The Meg, há algum tempo atrás quando a produção do filme era mencionada, dava a compreender que o filme teria essa aproximação do absurdo que era ter um tornado com tubarões. Mas essa comparação pode ser descartada, o filme não é uma piada.

O único por menor é que o filme esconde muito o tubarão querendo criar suspense da criatura que você não vê mas te ataca das sombras. Tudo começa com um submarino sendo atacado durante um resgate, é quando conhecemos o protagonista Jones (Jason Statham).

Até os 30 minutos de filme você não vê o tubarão. Vê os ataques deles, as consequências. Um filme de 120 minutos também consagra o tempo que você precisa conhecer para antes entrar na água se deparar com esta criatura marinha. Vale a pena a espera, embora rever o filme e levar 30 minutos para vê-lo pode ser um pouco tedioso.

Temos um filme que pode ser dividido em 2 partes:
– A descoberta que lembra bastante Segredo do Abismo (Abyss, 1989)
– O combate que lembra em tese Tubarão e Piranhas 3D

Existem dilemas quando você cria um filme de terror que precisa resgatar algum material que você não vê normalmente. Você vê um tubarão branco de 5 metros vivendo entre nós, mas um que tenha 20 metros sai um pouco da realidade. Nada que um Tubarão Baleia que mede 12 metros não possa criar uma simulação.

Mas existe um malabarismo entre exposição e ação. Jurassic Park iniciou a narrativa criando um espaço para mostrar o que o espectador de fato iria ver. Então os roteiristas pensaram em como seria uma introdução ao lugar. O jeito foi de pegar dois arqueólogos pré-históricos e fazerem visitarem o parque, como se fossem nós.

Depois de apresentar, veio o problema. O clímax por assim dizer. No segundo e terceiro filme o problema era apenas o conhecido de sempre. A questão era apenas mostrar até onde esses dinossauros poderiam ir e demonstra-los em ação.

O Megatubarão passa muito a questão de que ele é um animal pré-histórico em exibição. Como em Alien (1979) o suspense se dá pelo fato de você querer ver o alien, mas temer vê-lo. Na prática técnica, era difícil criar realidade com um alien que na verdade era vestido por um ser humano onde o mínimo de efeitos especiais era utilizado, por conta da época.

Você vê muita pouca ação do Tubarão. Pouco suspense e muito close. Este close no movimento da nadadeira, que é o movimento para dar impressão que você está do lado dele, é uma visão que tira muito do que o monstro significa. Não é o mesmo que ver as criaturas abissais do Segredo do Abismo, onde temos uma visão perfeita deles.

A única vez que vemos o tubarão é quando ele salta no iate afundando completamente. Embora esses pontos sejam negativos a trama, é em tempo pensar que teremos outras sequências. No filme eles se depararam com um tubarão, que depois relevou serem dois. Nada impede de ter uma família inteira.

Vale a pena? Ser fãs de tubarão não é apenas um indicativo. Mas o público de Jurassic Park vai gostar de saber que o estudo realizado para este filme foi bastante original, e que trazer o megalodonte das cinzas gerou um impacto muito positivo para ser visto numa mega telona. A ação esta na medida certa, pois o tubarão pré-histórico de nada mudou seu comportamento para os tempos de hoje.

A ação predatória é fascinante, mas ainda quando você vê que o aspecto 3D foi bem utilizado no filme. Outro ponto é perceber que há alguns detalhes de realidade, porque é uma produção com pé no chão. Esse tubarão poderia existir e ele poderia ser tão mortífero quanto? Vale a pena ver o filme, mas não como o famoso Tubarão ataca os inofensivos banhistas, mas sim como uma jóia da arqueologia e um filme mais científico.

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