Normalmente não elejo um game como abacaxi antes dele ser lançado. Mas desde de 2017 em meados de setembro que foi anunciado seu lançamento para janeiro de 2018 e antes de terminar o ano o mesmo foi prorrogado para março.
E o que choveu de teaser, youtuber falando que o FC5 é o jogo do ano me fez pensar que estão dourando a pílula. Pelo menos para quem tem o costume de perceber que Game que faz muito Marketing, quer garantir as vendas pois o jogo é um fiasco.
Talvez fiasco seja uma palavra forte, a palavra certa seria – “Criando expectativas altas demais”. Já vi gameplay, teaser, até webdrama que fizeram. Já anuciaram os 3 DLCS (Marte, Vietnam e Zumbis) e já deram até atenção para os companions (experiência pessoal: Nenhuma prestou até hoje) e claro aquela propaganda que Hope será diferente de Kyrat e Oros, mas no fundo será igualzinho só que com novos elementos.
Sem imersão, sem história, sem delongas. Gosto da série FC, mas gostar é diferente de virar finais de semana como costumo fazer com Skyrim, e com adendo que não uso MODS. O jogo é o suficiente para dar ar a qualidade. E detalhe que esse jogo é de 2011, foi remasterizado para PS4 e convertido para VR, sinal que a Bethesda no lugar de lançar um novo OVO para a nova geração, preferiu pegar o que já deu certo.
Quase todos os jogos apostam em Multiplayer, na época do PS3 por não ter um suporte nativo para online e raramente ser usado como fonte de MMORPG ou MMO, os jogos da geração anterior eram focados na campanha. Agora os jogos são focados no online, a campanha é o extra. Quando existe.
A grande maioria dos jogos do PS4 foram ‘refeitos’ do PS3. Agora em março é que começa uma corrida de lançamentos, mas há de pensar que será um hiato depois disso. E também avaliar que jogos serão os aclamados e os que o público vão esquecer. Posso até contar quantos jogos eu achava legal no PS3 e quantos não são no PS4.
A média era a seguinte, a cada 10 jogos eu comprava com certeza 6. No PS4 na mesma proporção, 2. E precisando ter uma média de avaliações terceiras para dar um veredicto. Após minha decepção ao Zelda: Skywards há algum tempo, que achava Zelda sagrado demais para deixar um fã na mão, vejo que nenhum título garante qualidade.
Mesmo sendo fã da série Tomb Raider, senti que o jogo acaba antes de começar. Tomb Raider de 2013 em ambas as vezes que zerei a contagem para fechar o jogo foi exatamente a mesma – campanha em 12 horas.
Rise Tomb Raider trouxe novidades, mas repetiu a dose do TB (2013). Esperava mais. Ainda mais de uma Lara Croft Survivor. Seria uma boa um modo survivor em um open world. Mas não vi acontecer. É um jogo de plataforma que pode agradar muitos fãs, mas assim como a modalidade MMORPG invadiu, não vejo problema em Open World fazer o mesmo e os modos sobrevivência.
Pode ser que FC5 não seja uma perdição, talvez Detroit: Become Human que vai chegar em maio também não. Mas depois de saber que a campanha termina em 10 horas, me faz pensar que o multiplayer virou modelo de negócio único. Esses jogos merecem serem comprados? Como PSN Store é famosa em fazer ofertas e oferecer os melhores preços para planos Plus, prefiro esperar um corte considerável para averiguar se FC5 vai valer o que anda vendendo.
E como milagre existe na Sony, Just Cause 3 XL que custava 400 reais, peguei custando 89,00 há alguns dias. Mas não coloco muita fé no FC5, ainda mais com essa pólvora publicitária toda. Já comecei a desconfiar mais ainda quando ouvi um youtuber falando que FC5 não terá ditadores e doidos – quando que a história central é sobre fanatismo religioso onde um cara como Vaars (Senão um primo distante) é doido de pedra.
O que espero de Far Cry 5:
- Sistema de recompensa: Se é uma resistência ao fanatismo religioso, espero que as ações sejam reconhecidas e tenham impacto direto na luta. Resgatar civis devem promover sentimento de coleguismo futuro. Se for igual ao demais FCs e jogos como Homefront – você pode se matar para entrar numa base, o seu colega de resistência só vai comentar que tem comido rato no jantar, sem ao menos reconhecer seus atos dos últimos dias;
- Protagonismo falso: Você é eleito líder de tudo, general e sentinela em Fallout, Líder em Homefront, mas na prática é um soldado raso que não manda em nada, não é reconhecido e é jogado na toca do leão toda vez. Luta sozinha a batalha e ainda se depender do roteiro é esquecido nas cenas finais;
- Exército de um homem só: Já deu para jogos que apostam em batalhas quando você é o único soldado na jogada. Não tem muita lógica isso. Se dependia apenas de uma pessoa para vencer, o jogo não precisaria logo de você o ALTAIR da era moderna. Tem que ter NPC ajudando a todo tempo;
- Mundo vivo: É o que ouço há muito tempo. Já vi dois Deathclaws lutando em Fallout sem que eu precisa-se fazer algo. Já vi o pessoal em Kyrat descendo o chumbo no pessoal e nem por isso precisei iniciar a batalha. Já fui atacado por elefante e rinoceronte. Mas se o NPC me vê para atacar, está na hora de me ver e sair correndo ainda mais depois se eu acabei como uma fazenda inteira portando uma faca;
- Inimigos com radar na cabeça: Deu um tiro lá em cima na pedreira. Todos os soldados são super soldados. Eles sabem a trajetória da bala, e todos se comunicam mentalmente. Vão exatamente para sua posição, cercam e se tiver sorte você não volta a fase toda;
- Campanha demorada e sem final: Pelo menos depois do final posso ficar em Hope e reconstruir a cidade? Nenhum jogo permite reconstrução só apenas, mesmo depois de matar o vilão, ninguém te contou, que ele não era o chefe de tudo. Lembram de Star Wars: O retorno de Jedi que foi uma felicidade ao matarem o imperador, mas anos depois descobrimos que o imperador e o Vader eram apenas uma pedrinha no sapato, tinha mais imperiais que os jedis sobrando;
- Movimento bizarro: Todos os FC não pecam em cenas de vídeo, mas o movimento dos companions (Primal) são bem estranhos. Você sai em direção ao rio para pegar um inimigo desprevenido, e espera um ataque sorrateiro do seu tigre dente de sabre. E pimba, se dá conta que o bicho não vem. Por quê? Ficou preso em algum polígono. Depois de você matar todo mundo, o tigre surge do seu lado;
- O escopo: O que importa é história, a imersão dos personagens, a construção de relações como The last of us, Life is strange e o desenvolvimento da árvore do personagem, que permite que nosso esforço seja recompensado, mas seja realmente recompensado;
- Sentimento de rebelde: Nenhum jogo de resistência até hoje fez jus a proposta. É sempre como disse anteriormente: Você sozinho, ninguém vai te ajudar, mas comemorar vai aparecer uns 30 soldados do nada. Enquanto você tem que resolver os problemas com faca de cozinha, quando há fase que eles te ajudam, vem até helicóptero apache. Então se o sentimento de resistência não acontecer, será o primeiro golpe do FC5 – os teasers oferecem essa proposta.
Se FC5 não melhorar e corrigir o que os demais jogos da saga trouxeram e oferecer o que os outros não trouxeram. Esse jogo terá uma vida útil muito curta.
