VR com RA, ok, Realidade virtual utilizando Realidade Aumentada é o tema do filme. Pelo menos é como um mágico faz sua mágica. Criando uma distração enquanto que o real foco está em um conto de terror que a gente só escuta quando houve falar de um mestre dos sonhos de uma tal Elm Street. Mas não faça presunções, esse filme bate numa tecla um pouco diferente.
Jenny (Elizabeth Morris) recebe uma notícia que foi selecionada para algum tipo de experimento. Tão secreto que quem fala por telefone não pode dar mais detalhes, exceto que ninguém pode saber do que se trata. Esta é uma cena inicial, ao qual vemos a mãe da personagem em um estado de penúria. Daí sabemos que essa seleção é uma porta de entrada para pagar os tratamentos caros que sua mãe precisa.
Imagine o conceito do Vault de Fallout 4 onde fica fechado a mil palmos da terra onde você não sabe o que acontece lá fora? Let’s Be Evil em tradução significa “Vamos ser maus”. Três monitores e um monte de criança. O título “Child’s Play” que faz alusão ao Brinquedo Assassino tem algum sentido por aqui. O sentido é que o terror não é o mesmo, e sim o desconhecido. Alguns descrevem o terror do desconhecido como o de beco ou visceral. É nas entranhas que o medo permanece.
O medo do filme é sofisticado, recentemente a produtora Wales Interactive lançou em 20 de setembro de 2016 um jogo com Live action que trata de filme + games (algo bem comum nos anos 90) – X-Files e Black Dahlia (bons tempos aqueles) – a ideia é de criar um terror psicológico por causa do desconhecido. Quando você saca a ideia, o terror fica pela pergunta principal – Por quê tudo isso?
Tem filme que mata o telespectador de pergunta, como é o caso de Lucy, que muitos saíram do cinema tentando entender. Mas a lógica era óbvia. Lucy se tratava de um elo do ser humano a algo mais, assim como foi a Lucy primata para o ser humano. A trama se contar errado essa passagem fica um quê de preocupação. Que filme eu vi afinal? Não é o que acontece com Let’s be evil. Pode parecer trash, mas agrada a quem assiste.
Jenny começa a ter alucinações porque do ambiente fechado, as crianças começam a agir estranhas, elas são os experimentos desse lugar. E o que menos se percebe é que o experimento é algo um pouco relativo. Quem realmente é o alvo do experimento? De primeira nós temos um contato que os monitores vão sofrer abstinência devido ao ambiente fechado e o isolamento, depois tem a ideia bacana da realidade aumentada, e depois tem a menina que se esconde debaixo da mesa e revela – “Não acho certo isso que eles estão fazendo com você.”
Ok dali em diante você percebe um padrão. Os monitores são parte de um experimento onde eles são parte do experimento. Agora para descobrir que experimento é esse, tem que ver o filme.
O filme está no catálogo do Netflix.
