Cidade pequena, filme feito de maneira rústica, a ideia é demonstrar um lado antiquado do interior. Com foco em relações e nos personagens. E o que acontece quando você entra em contato com um adolescente que trabalha num necrotério, tem pensamentos bizarros e enquanto isso a polícia tenta solucionar uma série de brutais assassinatos?
Quando assisti ao filme pensei estar vendo uma versão normal de Let Me in. Basicamente a versão vampiresca interpretada pela última vez por Chloe Moretz, trazia um cenário dos anos 80 muito bem adaptado a época com poucas locações e uma verdade sinistra e crua de como vive um ser das sombras. Mas o filme I am not a serial Killer consegue com uma simples narrativa trazer um pouco de terror, lembra bastante os anos 80’s e o trash clássico.
Fase difícil da adolescência, e imagine trabalhar no necrotério, onde sua mãe e tia dividem a sala com um morto sendo costurado? Tudo indica que haverá um problema muito sério com John Clever (Max Records) e sua mania de pensar em homicídios. Acompanhado por um terapeuta que mais lembra, pelo menos em certos momentos, o personagem John Keating (Robin Williams) em a Sociedade dos Poetas Mortos. Poético, mas sem a genialidade incentivadora, o terapeuta é um daqueles que são mais confusos que o paciente.
E a ronda dos brutais assassinatos? O que mais parece ser é uma drama que envolve um adolescente com problemas familiares, contra um valentão na escola e com uma mania esquisita de pensar em morte o tempo todo? Mas o título faz menção ao personagem crowley (Christopher Llyod), um senhor de idade com a saúde abalada, boa pinta e carismático.
Até o próprio John faz o bom samaritano, ajudando o casal em tempos difíceis.E aí que vem a relevação, o assassino dos crimes brutais. As pessoas tem os órgãos arrancados do corpo em vida. Semelhança com os assassinatos do torso que baseado em fatos verídicos, mesmo na obra cinematográfica (2006) e na versão de jogo eletrônico de 1999, o ‘modus operandi era de mutilar os membros, lavar cada um e embrulhar em pedaços de jornal. Até um caso desse foi abordado em L.A Noire da Rockstar.
Mas aqui o caso é mais sobrenatural. Envolve a sobrevivência de um ser humano que procura estender seu tempo de vida tirando a de outros. No caso, tirando os seus órgãos e fazendo-os funcionar em um corpo já debilitado. Quem será? Crowley é claro. Mas imagina que essa é a parte menos bizarra. Até que seria um terror de alto nível apenas com a pinta de Dr. Frankestein. Fica para a surpresa geral como é que ele faz isso e o que de fato se trata.
O filme está no catálogo do Netflix com o nome original em inglês.
