Planeta dos Macacos – O confronto

Saiba o que esperar do novo filme do Planeta dos Macacos (Dawn of Planet of Apes). O filme está previsto para lançar no Brasil em (24 de julho). Esta análise contém SPOILERS.

Da Redação.

Planeta dos Macacos - O Confronto (Foto: Rafael Junqueira/Mundo Pauta)

Planeta dos Macacos – O Confronto (Foto: Rafael Junqueira/Mundo Pauta)

O Mundo Pauta viu e aplaudiu na pré-estréia, Matt Reeves, responsável pela adaptação do roteiro em ‘Deixe de entrar” , dirigiu os episódios da série Felicity (1998-2002) que conta com a protagonista como esposa Ellie (Keri Russell) do protagonista, ou melhor co-protagonista Malcolm (Jason Clarke), já que o papel principal é de Andy Serkis como o símio Caesar. Que deu voz e performance corporal do líder dos primatas.

Contou com a melhor das apresentações do confronto entre humanos e macacos, até o final você torce para ambos, a sobrevivência, e mais próximo o extermínio. Com um elenco de primeira, o que mais se vê no filme, é o dilema que Caesar e Malcolm se veem, e mais há elementos dos filmes originais, que já pontuaram no filme anterior, neste, tal como o ‘apelido’ de Charlton Heston como “Olhos claros” e no filme como “Olhos azuis”.

“Pensei que tivesse uma chance” – Malcolm | “Eu também” – Caesar.

Uma das cenas mais emocionantes é notar o ar decepcionado dos dois personagens no final do filme, marcantes e dramáticos do que viria a ser a ruína de duas espécies, símios e humanos. A frase ilustra que ambos tentaram pacificamente evitar uma guerra.

Planeta dos Macacos - O Confronto (Imagem: Reprodução)

Planeta dos Macacos – O Confronto (Imagem: Reprodução)

 

Um pouco dos dois mundos.

Podemos notar a chamada do filho de Caesar como ‘olhos claros’, o nome dado por Zira a Taylor (Charlton Heston) no clássico original. Tal como no original, o astronauta foi a ponte da tentativa do entendimento entre humanos e símios. E isso acontece em Planeta dos Macacos – O Confronto, onde vemos, apesar da rebeldia que tinha , a fé que o filho (Olhos Azuis – Nick Thurston) tinha na ideologia do pai era mais forte do que se imagina.

Senão fosse por ele, haveria uma tragédia muito maior. Embora não pudesse evitar a guerra, que por hora iniciada pelos macacos, ele tomou a frente do pai ao invés de Koba, que era levado pelo ira por humanos. A chamada “Macaco não mata macaco” ditada por Maurice (Karin Konoval) no começo do filme, é tão ilustrada entre os primatas, que o próprio Koba, apesar de todo trejeito de símio que levava, mais se assemelhava com um humano irracional.

Sua raiva pela raça o transformou em algo pior que um animal ou monstro, passou a usar os macetes humanos para obter os resultados que deseja, uma guerra por pura vingança. Imagine um psicopata, ele era um. Apesar do respeito que tinha por Caesar, ele revelava tremendo ódio por tudo que passara. Uma guerra sem volta.

Acordo entre Caesar e Malcolm (Imagem: Reprodução)

Acordo entre Caesar e Malcolm (Imagem: Reprodução)

Haviam muitas perdas na história, pelo menos cada um dos personagens, tinham perdido algum ente querido. E todos tinham motivos para iniciar uma batalha, tinham várias razões para dizer que lado tinha mais culpa pelo ocorrido. Todos carregavam o medo, desesperança, mas também a fé que tudo iria se re-erguer novamente. Tanto os primatas como os humanos, e alguns, estavam dispostos em reaver o vislumbre de um novo amanhã á qualquer custo. Como faces da mesma moeda, entra Dreyfus (Gary Oldman) que encarregado por todo o grande suporte que tinha em mãos, pela proteção de inúmeros seres humanos, vivendo como sedentários, debaixo de chuva e sol, todos com algo em comum, apesar da imunidade pela doença, tão vulneráveis a qualquer outro malefício, carregava diante de tantos que clamavam por acreditar em algo, ele mesmo perdera demais para uma vida só. Mas estava disposto, como Koba, a ter uma resposta nem que fosse pelo uso da força. E Caesar e Malcom almejavam a paz custe o que custar.

Recepção e Críticas.

Enquanto que o nome Caesar possa remontar ao imperador romano, e como destaque ser o líder que comandou exércitos para  dominação, e ao mesmo tempo ser o nome do filho de Zira e Cornelius na série original, onde o mesmo levava os símios para conquista e libertação, procurando entre a paz e a guerra uma solução, Caesar nos novos longas, deu um novo impasse. Algo que como fosse um menino criado por lobos, especialmente entendendo entre o possível inimigo (Ser humanos) e os de sua própria espécie (símios), um balanço entre os poderes. Um genial líder, não poderia lhe faltar bom senso. Mas sempre sendo dividido entre forças que tendiam a guerra e a paz, e quase como em todas as vezes, a força brutal fala mais alto, causando impacto na vida aos arredores. E o contexto dos dois filmes (2011 e 2014) reescrevem o que a série original tentava falar, mas sobre outra realidade. Na Rotten Tomatoes a nota foi de 91% de apreciação e 93% que abocanhou em audiência contra 82% de apreciação e 77% de audiência de Rise of Planet of Apes (2011). O Mundo Pauta calcula sua nota baseado na fotografia, nas cenas de batalha, no drama humano e símio, nas expressões, na grade de efeitos, na identidade da série clássica com a atual e as interpretações e mais o tempo que o filme prende atenção entre diálogos e ação, para todos os efeitos, o balanço geral foi de 97.0. Fonte: Rotten Tomatoes

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