Sequência do aclamado e clássico de terror assinado por Steven Spielberg em 1982, Poltergeist o fenômeno. Na história, um ano depois, na vida real quatro anos. A família Freeling se mudou de Cuesta Verde para viver finalmente uma vida normal e feliz. Mas algo os perseguiu, e eles estão de volta.
Dirigido por Brian Gibson, ‘They’re Back, traz novamente o elenco do primeiro em 1982, exceto Dominique Dunne que faleceu no mesmo ano, vitimada por seu ex-namorado John Thomas Sweeney. E de uma forma inexplicável, não é sequer comentado pela família a ausência da mesma. Que poderia muito simplesmente ter argumentado a ida dela para alguma faculdade em sistema de internato.
Mas a falta da atriz não perturba a ordem das coisas, já que no primeiro filme, ela faz participações e não foi efetivamente uma personagem essencial para trama, ao contrário de Robbie (Oliver Robins) e Carol Anne (Heather M. O’Rourke). Após um ano contados da história do filme, a família Freeling se muda de Cuesta Verde após os acontecimentos obscuros que focavam a pequena Carol Anne.
Agora morando temporariamente na casa da mãe (Geraldine Fitzgerald) como Jess de Diane (JoBeth Williams) juntamente de seu marido Steven (Craig T. Nelson) e seus dois filhos Robbie e Carol Anne. A partir desta sequência é notado uma percepção extra-sensorial em Carol Anne, algo que Diane também possui. E a avó Jess encoraja a menina a desenvolver. Justo na noite que ela indaga á Diane que conte tudo o que aconteceu na casa em Cuesta Verde, vem o inesperado, ela morre no dia seguinte.
E as coisas começam a ficar estranhas. Mas o mal tem nome e forma, e vem na forma de um reverendo chamado Henry Kane (Julian Beck) que carrega no seu caminhar sereno uma música que fez este terror um clássico dos anos 80 – “The god is in the holy temple“. Após afrontar Steven na tentativa de entrar na casa, Taylor (Will Sampson) um índio protetor, identifica que o pai da família escolhera um caminho de guerreiro, e agora ele estava pronto.
Uma das cenas mais impressionantes, a contar a tecnologia da época, é quando ele,Steven, regurgita (vomita) o verme e ele se transforma numa ser quase parecido com um ser humano, disforme, com as costelas para fora, sem pele e uma face abominável. Era Kane, em seu pior ângulo. A forma monstruosa rasteja para fora do quarto, enquanto o casal se recompõe. A batalha épica entre o bem e o mal estava iniciada, e eles precisavam de toda forma voltar á casa em Cuesta Verde para resolver os assuntos pendentes.
Quem retorna a esta sequência é a médium Tangina Barrons (Zelda Rubinstein) que mais uma vez lida com o desconhecido, é com ela que sabemos o verdadeiro paradeiro de Henry Kane e porque ele quer tanto Carol Anne.
Recepção da crítica.
O principal canal de críticas de filmes, o Rotten Tomatoes, considerou que o filme não foi muito aparado pelo público e analisou o contexto da história com um impacto extremamente negativo em relação ao primeiro filme em 1982. A média dada foi de 4.7 (47%) com apenas 47% de audiência contra 7.4 de média (87%) com 78% de audiência de Poltergeist o fenômeno.
O Mundo Pauta dá a sua crítica, ao avaliar o contexto dos dois filmes de forma separada, o primeiro Poltergeist introduziu uma excelente ideia de criar uma forma fantasmagórica que perturba e rapta seres viventes, onde a maior viagem é encontrar no desconhecido uma saída e respostas. A atuação dos atores fazia parte principalmente de uma década onde a tecnologia para os filmes iniciava e engatinhava.
Os efeitos especiais já eram bem experimentados em 1986, e a novidade foi enriquecer a trama com aparição de um monstro e a realidade astral, que por ventura, deve ter sido a mesma que Carol Anne e Diane estiveram no filme anterior. A grande questão é que tanto o primeiro filme como segundo possui furos de roteiro. No segundo a aparição daquele ser com rugido de leão no final do filme, era na verdade Henry Kane e não a besta, e por uma explicação mais concreta, a personagem de Zelda Rubinstein, explica que maldade que levou o reverendo a trancafiar os seus seguidores numa caverna até a morte a procura da salvação, o tornou um demônio.
A explicação pode ter caído em uso, e não convenceu muita gente. Os efeitos da sequencia são claramente superiores ao seu antecessor, mas a história tomou um rumo inesperado, dando novas características, ao que se pensava que era no primeiro. As explicações de assombração e Poltergeist caem por terra. Henry é um Poltergeist, mas na verdade é uma assombração. Uma perdura um tempo e pará sem ligação e a outra perdura por muito tempo criando laços. Logo o próprio nome do filme cai por terra.
A tentativa no segundo foi de apresentar uma forma a criatura, que não teria problema, se as versões e explicações do primeiro tivessem continuado. Na década de 80, ainda valia a interpretação, mais do que efeitos em exagero. E tanto a crítica geral condenou o uso desnecessário de efeitos para justificar a interpretação. Apesar de bater de frente com estes detalhes, e entender porque o filme ganhou uma crítica negativa, a nota é 95.0.
Analisando o contexto separado, agora em sequencia ele ganha 70.0 devido a estes furos que reescrevem a história quase em todo seu formato. Para não dizer que apesar da mesma família, surge uma nova versão dos fatos.
Opinião.
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