Eles estão aqui.
A família Freeling não esperava que em sua casa haveria mais algum hóspede. Após eventos estranhos aconteceram e envolveram a filha mais nova, Carol Anne (Heather O’Rourke), eles passam a viver reféns das entidades, algumas apenas de passagem, outras tem outros planos. Com pontos entre o misticismo e a espiritualidade, o filme rendeu aos formadores de conspiração e teóricos que o filme trouxe uma maldição para os atores.
Confira a repercussão dessas teorias e as mortes do elenco em “Os Segredos de Poltergeist“. O filme foi lançado em 4 de junho de 1982 e dirigido por Tobe Hooper, os roteiros foram assinados por Steven Spielberg e Michael Grais. Contava com um elenco formado por Craig Nelson (Steve Freeling) , JoBeth Williams (Diane Freeling) , Beatrice Straight (Dra. Lesh), Dominique Dunne (Dana Freeling), Oliver Robins (Robbie Freeling) , Zelda Rubinstein (Tangina) , Martin Casella (Marty) , Richard Lawson (Ryan) e Heather O’Rourke (Carol Anne Freeling).
Trilha sonora assinada por Jerry Goldsmith
História.
No subúrbio de Cuesta Verde na Califórnia, a família Freeling formado por Steve e Diane, e os filhos Robbie e Carol Anne levam uma vida calma quando acontecimentos estranhos como levitação de cadeiras, móveis que se deslocam sozinhos, surgem para deixar tudo mais inquieto. No entanto não levam muito a sério quando nem todas as presenças envolvidas são de fato inofensivas.
Eles fazem contato com a Carol Anne que vira alvo e acaba raptada por um mundo entre os vivos e os mortos. Então é chamada para resolver este caso, uma vidente chamada Tangina que irá revelar que a entidade encrenqueira é muito mais maligna que eles pensavam.
Análise.
O filme é em si considerado um clássico dos anos 80, que para muitos, chegou no ápice de filmes POP, sobre alienígenas e fatos fantasmagóricos. Sejam nos gêneros de comédia, terror, suspense e fantasia. Uma época de transição tecnológica entre “manual e automático”.
Atualmente filmes com mais tecnologia não são capazes de transmitir a mesma intensidade de Poltergeist. Nos anos 90, os filmes tem mais um ‘quê’ trash que chegava a piorar até o título que antes fora feito num tempo remoto. Casos clássicos como estes seguem a quadrilogia alien. Que desandou no terceiro e matou a saga no quarto filme. Com fotografias e cenas trash, o filme não lembrava mais o terror alien.

O que o Mundo Pauta achou do Poltergeist?
Outro filme já tido como trash no começo dos anos 90, Tremors (por aqui O ataque dos vermes malditos) de 1989 trazia uma cidade chamada Perfeição no meio do nada, e um bando de vermes gigantescos comedores de gente (e qualquer outra coisa). Se acha isso trash, tentem ver o Tremors 3. Não chega nem perto na qualidade e roteiro.
Os filmes da década atual beiram entre dois júris: Ou é muito bom ou é um fracasso total. Não tem muito meio termo. O que existe muito atualmente é ‘MUITO DO MESMO’. Isso é tão comum de acontecer, com mais de 100 anos de cinematografia, não seria difícil se as ideias começa-sem a minguar.
Alice no País das Maravilhas sofreu adaptações literárias muito antes de virar filme. E atualmente muitos dizem que não aguentam mais os remakes da Carrie que teve 3 até agora. O que dirá de Batman que teve a versão de 1989 e fez criar outra nova em 2005. Ou o Superman que tinha uma origem nos anos 50, teve uma modificação ‘pequena’ nos anos 80, houve um hiato para o Superman Returns em 2006 e em 2011 até Krypton mudou o bioma. Sem contar as séries, existem ‘MIL VERSÕES DO MESMO CARA POR AÍ’.
Se pensarmos assim Poltergeist é remake de uma ‘pancada’ de outros filmes com ou apenas este tema. E por que ele fez sucesso e ganhou status de clássico? Em 1979, Ridley Scott lançava o filme “Alien” que trazia o terror na esquina. O medo de um ser desses te pegar. Na época a crítica detonou o filme, os telespectadores não acharam nada demais. E mais, antes do filme conseguir rodar, os diretores, roteiristas passaram fome, ficaram debaixo da ponte (conteúdo do DVD Especial de Alien).
Mas ele madurou como um bom vinho. A safra de alienígenas perigosos com uma trama que envolvia a primeira mulher como protagonista, só ganharia importância no final dos anos 80. Daí o motivo do filme ter virado sucesso, uma questão histórica somente. Poltergeist ganhou pontos por dois motivos – “OS SEGREDOS E FATOS BIZARROS” e “A morte da atriz”. O filme é simples em roteiro, diversos furos, os efeitos não beiram a ULTRAMAN, mas o maior cuidado da época era evitar virar um papelão, por isso o que era mostrado pouco era o suficiente.
Mas para o Mundo Pauta – Poltergeist é um clássico por reunir os fatores de nostalgia, o filme carrega um pouco dos anos 80 para os tempos atuais, é um filme simples e com efeitos extremamente ultrapassados, mas que ganham valor devido ao esforço da produção (quem tem o DVD especial de Poltergeist deve saber que as cadeiras em cima da mesa foi feita de uma cena para outra com a equipe equilibrando – TAKE 1 – TAKE 2.
O filme por alguns críticos, tem a presença da expressão como principal contador de histórias. Você não teme a entidade pelo efeito assustador, mas sim pelo desconhecido. A razão pela época ter ausência de recursos melhores, obrigou os roteiristas apelarem pelo suspense e caracterizar no momento de Tangina falar – “Ela vê ela como uma criança, nós a vemos como a besta” dá mais impacto que monstro feio por aí.
A nota do Mundo Pauta é 95.0
Curiosidades.
- Apesar da atriz Heather O’Rourke ser o principal motivo de lembrança do filme Poltergeist, ela teve muita mais participação nos dois filmes posteriores;
- A cena em que a mãe Diane Freeling (JoBeth Williams) é atacada pelo poltergeist na cama e levada pelo teto foi rodada apenas girando a câmera para dar efeito. E há cortes entre as cenas. O teto passa a ser chão, a parede e assim sucessivamente;
- A atriz Heather O’Rourke nunca teve a chance de ver sua própria atuação no terceiro filme, ela faleceu no dia 2 de fevereiro de 1988 e o filme foi lançado no dia 2 de junho do mesmo ano (e por esta razão, foi prorrogado para esta data o lançamento);
- Na lápide da atriz está escrito – “Carol Anne Freeling da trilogia Poltergeist, irmã e filha”;
- Do segundo para o terceiro filme é possível notar a diferença de inchaço do seu rosto , em decorrência do problema que ocasionou a sua morte;
- O site de críticas e resenhas de filmes Rotten Tomatoes avaliou como péssimo o filme Poltergeist III, a única pessoa a receber excelentes críticas, de forma póstuma, foi Heather O’Rourke;
- Os esqueletos utilizados na cena de Diane na piscina são de verdade;
- O mito de cemitério indígena ou cemitério alheio foi abordado por Stephen King em cemitério maldito onde tudo que morre volta a vida. A ideia foi utilizada para Poltergeist;
- O jogo Beyond Two Souls produzido pela Quantic Dream e distribuído pela Sony para PS3 no episódio Diner, Jodie é endiabrada por Aiden quando ele faz o jogo das cadeiras em cima da mesa, imitando a cena do filme.


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